Marcello Caetano considerava ( no livrinho de que tirei alguns extractos, em baixo) que no conceito de opinião
pública se integram ideias melhor entendidas como
"correntes", uma vez que existe um fluir constante nessas categorias.
Haveria por isso "correntes profundas ancoradas em
crenças, hábitos e tradições, sentimentos e até preconceitos" que alicerçam a vida social e são desta
ordem os juízos dominantes sobre a família, a propriedade, a moralidade e a
religião que caracterizam uma cultura.
Depois haveria correntes intermédias constituídas pelas
"modas" que dominam épocas de maior ou menor duração. Apontava como
exemplo o uso da palavra "fascismo" cujo significado e semântica
variou ao longo de décadas. O mesmo ocorria com as palavras
"colónias" , "Império" ou "progressista". A força de determinação destas modas seriam
vagas ideológicas que na Europa assumiram modas liberais ou autoritárias,
liberais, socialistas, etc.
Por fim haveria a noção de "correntes
superficiais" de opinião que variavam frequentemente, quase em ritmo quotidiano acertado em
compasso com notícias sobre pessoas, factos, acontecimentos.
Ao mesmo tempo considerava Marcello que as transformações
tecnológicas do séc. XX estavam a acelerar o ritmo das mudanças profundas,
"prestando-se a transigência na moral, nos costumes e nos ritos" que
entendia como preocupante.
No domínio das correntes intermédias, das modas, também as
modificações no gosto decorreria de
forma mais acelerada quando as "belas-artes" ( literatura, teatro,
cinema, pintura ou música) entravam no
jogo, porque "as ideias, no seu estado puro, actuam nos espíritos de
élite, formam e conduzem os homens de escol e através destes influem poderosamente
na vida corrente. Mas a doutrina abstracta não penetra nas consciências da
grande massa e raramente impregna a inteligência comum enquanto não traduzida
em fórmulas práticas ou soluções concretas".
Assim, entre estas três correntes haveria continuamente uma relação de sobe e
desce, entre as profundas e as
superficiais e quando a influência das superficiais, das notícias, dos
acontecimentos, etc. é maior e mais
penetrante naquela profunda e enraizada, cultural, a modificação pode operar-se
criando uma crise de cultura.
O papel dos mass-media nestas modificações torna-se crucial
porque nos dão a imagem do movimento das modas, tendências e ao mesmo tempo nos
asseguram o ritmo dos factos e acontecimentos que por vezes os vão
condicionando e modificando, alterando lentamente a cultura de uma sociedade.
Estas opiniões individuais que se vão formando neste
processo dinâmico exprimem-se depois em sufrágio político.
Ora é neste resultado que se poderá revelar a alteração das
"opiniões" que influenciam já a cultura geral de um povo ou
sociedade.
Marcello e os governos do Estado Novo antes dele, tentaram
condicionar a propagação de modas entendidas como subversivas para o bem estar
social como o entendiam e criaram por isso uma censura permanente aos órgãos de
informação, muito para além da estrita necessidade de o Estado defender os seus
valores intrínsecos de segurança e estabilidade institucional, mormente em
tempo de guerra com outros povos animados de ideologia antagónica, como era o caso dos
movimentos terroristas nas antigas províncias ultramarinas ( que tinham sido "colónias"
durante algunas décadas na primeira metade do séc.XX).
Esta Censura permanente que atingiu aquele núcleo das
"modas" propagadas pelos países que nos rodeavam geograficamente e em
que estávamos inseridos culturalmente ( Europa e Estados Unidos) foi fatal para que em 25 de Abril de 1974 se deparasse ao
povo que vota e escolhe politicamente, uma ausência de referências precisas e
esclarecidas sobre essas modas e tendências.
Ao invés do que acontecia nos grandes e pequenos países da
Europa e nos EUA, Portugal era um país relativamente fechado e imune a certas modas,
como o exercídio democrático do voto que congregasse representantes de ideias
que fossem consideradas subversivas para o regime, tal como o comunismo e o
socialismo ainda marxista.
Essa circunstância, a meu ver, condicionou de modo determinante
o resultado do processo revolucionário que cursou durante a segunda metade do
ano de 1974 e cavalgou todas as ondas no ano de 1975, transformando-o em moda a seguir por toda a gente dos media e
que por sua vez replicaram o fenómeno em
progressão geométrica.
Não obstante, permanece por esclarecer, para mim, por que
motivo ocorreu essa mudança de moda de forma tão repentina e aparentemente súbita, com uma influência
tão devastadora na cultura nacional que até então se vivia, modificando por isso a corrente profunda da opinião.
Das duas uma: ou já se tinha modificado internamente, no
espírito das pessoas e portanto foi apenas uma revelação consequente ou então
surgiu ex-nihilo , de rompante, como um furacão ideológico que varreu os
ventinhos que sopravam antes.
Seja o que for, o que sucedeu nesses meses e anos posteriores foi um autêntico tsunami cultural, para ficarmos nas imagens meteorológicas que acompanham os "ventos da História", expressão típica de uma dessas modas.
E que razões concretas teriam suportado tal mudança? E que motivos a podem explicar?
Para mim, apresentam-se dois: a Censura anterior e o apelo ideológico da igualdade, fraternidade e solidariedade, do socialismo democrático, essencialmente. Ou da social-democracia que vai dar ao mesmo, anos depois, aqui em Portugal, tal como na Europa já tinha dado antes. Ou seja, o que resulta de uma das correntes de moda política dos tempos que então corriam.
Foi esse apelo ideológico irresistível que sufragou as escolhas políticas que então se fizeram, por uma razão, a meu ver: as pessoas em geral, realmente não estavam preparadas para a escolha totalmente livre, por desconhecimento.
Marcello e Salazar tinham inteira razão nesse aspecto, mas paradoxalmente foram os obreiros principais desse "obscurantismo", ao proibirem a difusão maciça de mensagens, notícias, ideias, debates e no fim de contas cercearem a propagação de outras modas que contrariassem aquelas, nefastas e que nos prejudicaram colectivamente nas últimas décadas.
E com um efeito perverso: não conseguiram impedir as "elites" de acederem a tais modas e cortaram efectivamente ao povo em geral, o que vê tv de concursos e telenovelas ou o que apreciava o "festival da Eurovisão" , a possibilidade de acesso a tais informações do mesmo modo que se fazia na Europa.
A Censura extrema ao comunismo e socialismo marxista impediu que as pessoas ficassem a conhecer a verdadeira face de tais ideologias e pudessem escolher livremente quando lhe deram oportunidade para tal. Em Abril de 1975 tal fenómeno tornou-se notório, com as primeiras eleições ditas livres, em mais de 40 anos.
Livre foram, mas apenas naquele contexto das novas modas...
Seja o que for, o que sucedeu nesses meses e anos posteriores foi um autêntico tsunami cultural, para ficarmos nas imagens meteorológicas que acompanham os "ventos da História", expressão típica de uma dessas modas.
E que razões concretas teriam suportado tal mudança? E que motivos a podem explicar?
Para mim, apresentam-se dois: a Censura anterior e o apelo ideológico da igualdade, fraternidade e solidariedade, do socialismo democrático, essencialmente. Ou da social-democracia que vai dar ao mesmo, anos depois, aqui em Portugal, tal como na Europa já tinha dado antes. Ou seja, o que resulta de uma das correntes de moda política dos tempos que então corriam.
Foi esse apelo ideológico irresistível que sufragou as escolhas políticas que então se fizeram, por uma razão, a meu ver: as pessoas em geral, realmente não estavam preparadas para a escolha totalmente livre, por desconhecimento.
Marcello e Salazar tinham inteira razão nesse aspecto, mas paradoxalmente foram os obreiros principais desse "obscurantismo", ao proibirem a difusão maciça de mensagens, notícias, ideias, debates e no fim de contas cercearem a propagação de outras modas que contrariassem aquelas, nefastas e que nos prejudicaram colectivamente nas últimas décadas.
E com um efeito perverso: não conseguiram impedir as "elites" de acederem a tais modas e cortaram efectivamente ao povo em geral, o que vê tv de concursos e telenovelas ou o que apreciava o "festival da Eurovisão" , a possibilidade de acesso a tais informações do mesmo modo que se fazia na Europa.
A Censura extrema ao comunismo e socialismo marxista impediu que as pessoas ficassem a conhecer a verdadeira face de tais ideologias e pudessem escolher livremente quando lhe deram oportunidade para tal. Em Abril de 1975 tal fenómeno tornou-se notório, com as primeiras eleições ditas livres, em mais de 40 anos.
Livre foram, mas apenas naquele contexto das novas modas...
Nessa altura pode muito bem ter isso.
ResponderEliminarMas, e agora?
Ainda não perceberam por falta de informação?
Exactamente. Não há informação.
ResponderEliminarRepare que durante os últimos 40 anos dominou o conceito de esquerda nos media. Todos, essencialmente.
Não conta o exemplo da Rua ou do Diabo. Não há exemplo de grande jornal em Portugal que passe a mensagem do equívoco que a Esquerda representa.
Por isso tivemos três bancarrotas, a meu ver.
O PSD não consegue desmontar esse discurso assim como o CDS também não porque nem lhes convém: têm assegurado o seu futuro assim.
A Censura agora não se chama Exame Prévio e as pessoas podem comprar outros jornais e revistas e livros estrangeiros. Mas não o fazem.
ResponderEliminarAliás, dantes, por cá, também havia liberdade de comprar jornais e revistas estrangeiros, mas...quem o fazia? cinco mil pessoas?
Aquilo que era moda transformou-se em "corrente profunda" e estamos feitos.
ResponderEliminarNão sei se será assim.
ResponderEliminarRepare, as pessoas votam com a barriga.
Num país em que uma gigantesca parte da população depende do Estado, por muita informação que existisse, essas pessoas pensam primeiro nos seus interesses a curto prazo.
O truque escardalho é sempre este.
Por um lado sim, porque essa moda cavou fundo e tem tudo, incluindo a escola e a informação a trabalhar por isso.
ResponderEliminarDepois houve uma revolução e a diabolização de tudo o que conseguem encostar como "Direita reaccionária" sempre por associação a esses espantalho das trevas anteriores ao 25 de Abril.
Mas, há os aspectos comezinhos - a barriguita.
A mania do estatismo, de defenderem tudo o que possa ser Estado. O pavor ao investimento, a diabolização do capitalista se não for estrangeiro, é uma coisa que está para lá da propaganda.
ResponderEliminarÉ fruto do PREC. E o PREC foi uma realidade, não foi apenas "discurso de esquerda".
A economia tem um peso enorme em tudo.
Num país pobre ainda tem mais. Há sempre o medo de perder o que se tem. O desemprego cá é uma ameaça como não é num país capitalista a sério.
Por isso, quando emigram, também não se preocupam em irem para esses antros que por cá diabolizam.
Os males da Direita só são males cá.
ResponderEliminarEm indo para fora não emigram para Cuba ou para esses paraísos que por cá achavam que fazem falta.
e o mesmo acontece nos outros países.
ResponderEliminarOs ingleses pensam nos seus interesses.
Não querem demagogia de alianças com escoceses mas também sabem os efeitos práticos na economia de quem vai para o poder.
E a tendência de voto é diferente porque não há tanta gente a depender do Estado como cá.
Para além de haver alternativa económica sem ser estatal que cá não existe desse modo.
no 26.iv destaparam a caixa de Pandora
ResponderEliminaro anão do iscte disse não haver lugar para a direita
há dias encontrei num artigo divulgado a melhor definição do mal do capital
não é a sua existência
mas a sua falta
Creio que apesar de tudo,
ResponderEliminarse Marcelo houvesse resolvido o problema do Ultramar,
venceria eleições se fosse a votos.
«A mania do estatismo, de defenderem tudo o que possa ser Estado. O pavor ao investimento, a diabolização do capitalista se não for estrangeiro, é uma coisa que está para lá da propaganda.»
ResponderEliminarÉ cultura de elites.
O povo parece-me agarrado à propriedade individual e desenrasca-se bem se o papá Estado. Nenhum país tem proporcionalmente um historial tão grande de emigração como Portugal. Nesta crise nenhum país do Sul teve tantos emigrantes. A emigração é o último recurso. Há portanto iniciativa, como dizia Jorge de Sena há forças e energias no povo.
É cultura de elites.
Marcelo e Salazar vinham do povo e subiram graças ao brilho intelectual que tinham.
A minha pergunta é:
como nos vemos livres destes canalhas?
Que povo é esse, Zephyrus?
ResponderEliminarEsse povo é uma fantasia que desapareceu.
Além do mais o gigantismo do Estado nem é mera obra de esquerda- foi o Cavaquismo que trabalhou para isso.
Tudo mama na teta estatal.
O que eu penso é que as pessoas podem ser influenciadas pelos media.
ResponderEliminarE acredito que esse pensamento com os mitos de esquerda se tenha entranhado.
Mas não é por idealismo que se elegem governantes.
A preocupação é sempre outra- estejam ou não estejam informados.
Viu-se com Sócrates. Só à terceira é que lhes chegou o cheiro ao nariz.
«Esse povo é uma fantasia que desapareceu.»
ResponderEliminarPerdeu-se um pouco sim.
Mas ainda existe. Especialmente no Norte.
oh José e se deixássemos a erudição à volta de figuras do "antigo regime" cuja designação parece preferir e se voltasse, por um instante, para as questões jurídicas que envolvem o recluso 44...Ou, por ora, não há matéria sobre o assunto ?
ResponderEliminarCumprimentos do cripto-comunista João Pedro
Eu não sei mas não estou a ver que a diabolização do reaccionário "facista" por cá tenha uma ligação directa com o fascismo de mussolini ou tudo fosse propagado pelo Major Alvega.
ResponderEliminarEstas coisas não funcionam assim. Não há um significado com ligação a significante directo.
Existem memes e aclimatações e foi mesmo a escardalhada que inventou a História depois do 25 de Abril.
O nosso facista vem dessa família, tal como reaccionários já eram os russos brancos ou termo empregue na Revolução francesa.
As heranças são de quem os repete e não da sua ligação a uma realidade
Por outro lado, também não consigo imaginar como viável aquilo que o José imagina.
ResponderEliminarQue tudo seria diferente se o Salazar abrisse mão do anti-comunismo ou o Caetano se tornasse democrata.
Há uma coisa chamada vingança.
E quem perdoa a inimigos acaba à mão deles.
O comunismo por cá foi marinando durante décadas. Teve os seus mártires e as prisões e torturas falam mais alto que espantalhos de personagens históricas desaparecidas.
Não seria por causa do Mussolini ou do Hitler que se doutrinavam.
Espanha conseguiu essa transição. Mas foi preciso o Franco morrer e o rei aglutinar o país e mudar o regime.
E não tinham o berbicacho das ditas colónias para resolver.
Depois, é claro, como não havia alternância verdadeira por votos- os votos eram uma mentirita para fazer que sim, tudo o resto acabava por tolerar o comunismo porque tudo funcionava assim em bloco.
ResponderEliminarDa parte dos que reprimiam e da parte dos que se juntavam aos reprimidos.
Não imagino nem o PCP nem a extrema-esquerda a ficarem dóceis e esquecerem vinganças por promessas de "liberdade de expressão" ou poleiro.
Aliás, se a tal associação entre diabolização de fascistas e nazis viesse da propaganda anglo-saxónica, seria natural que assim se chamasse antes do 25 de Abril.
ResponderEliminarE não chamava.
Esses termos só entram para o léxico depois, como muito bem o José apanhou e tem mostrado.
Ninguém apelidava o governo de fascista. Ninguém andava com esse paleio na boca.
Era paleio falado por escardalhada mas nem era assim dito antes do 25 de Abril.
A visão do Dragão ou do Euro2Cent é até bastante parecida com a da esquerda.
ResponderEliminarÉ sempre aquela mania de existirem donos que são sempre o capital estrangeiro e que esses donos manipulam tudo.
Só não manipulam o povo dos outros países onde o dinheiro não falta.
é uma visão de teoria da conspiração e uma nova forma de luta de classes.
Esse nacionalismo é uma utopia. Porque dizer que o Salazar se viu livre dos credores e não deixou que os estrangeiros tomassem conta de Portugal´é fantasia à América latina ou Cortina de Ferro.
Pagou dívidas porque isto era economia de mercado
Não há maior prova que tudo isto era economia de mercado e trato de interesses com políticas europeias que a estratégia adoptada durante a Guerra.
ResponderEliminar"Por outro lado, também não consigo imaginar como viável aquilo que o José imagina
ResponderEliminarQue tudo seria diferente se o Salazar abrisse mão do anti-comunismo ou o Caetano se tornasse democrata."
Isso é apenas uma hipótese que ando a explorar e a pensar.
E já encontrei alguns argumentos que penso vir a utilizar, se encontrar matéria para fustigar o scanner.
O raciocínio é este:
ResponderEliminarPorque é que o PCP e o PS eram de esquerda macaca e ultra marxista, sendo aquele abertamente estalinista?
E porque é que o PS mudou logo a seguir ao 25A e o PCP fossilizou ainda mais?
E, principalmente, porque é que o povo que vota não se apercebeu do logro e não inviabilizou totalmente o PCP como fizeram em França, Espanha ou Itália, para citar apenas alguns?
Há razões para isso e em Portugal penso haver algumas que me parecem lógicas.
A resposta que dei, a de ser opaca a imagem que havia do PCP, deve-se à Censura, sem dúvida, para mim.
ResponderEliminarE a outro fenómeno que ando a estudar.
O VPV tem outra explicação que não me parece de deitar fora.
ResponderEliminarDiz ele que foi o regime que criou esse bloco.
Todos desculpavam o PCP porque eram as vítimas. Não havia grande leque porque os partidos não eram propriamente permitidos, fora da União Nacional
Ou seja- o regime era assim e não podia ser assim e o seu contrário em simultâneo.
ResponderEliminarMuito menos depois de mais de 40 anos igual.
O factor tempo é determinante. Não foram apenas uns anos assim- foi demasiado tempo.
Haver mudança dentro do mesmo regime- com os mesmos personagens parece-me impensável.
Onde é que alguma vez isso aconteceu?
Mesmo tendo em conta as especificidades portuguesas, que isto não era uma ditadura como as outras, a verdade é que teve os ingredientes suficientes para ter criado as mesmas hagiografias e mártires
As coisas tornam-se diferentes e os extremismos são neutralizados em aparecendo maior leque e até rivalidades e diferenças nas oposições.
ResponderEliminarPor cá isso nunca aconteceu porque, de facto o anticomunismo dominou tudo e os comunistas vivem de se fabricarem mártires.
O comunismo antes do 25 de Abril não queria democracia alguma (nem depois)
E nem queria poleiro- queria a revolução.
Ainda quer.
Só deixam de querer quando o leque partidário aumenta e são obrigados por força da mitologia democrática a também serem mais iguais aos outros.
Quando os tais valores ditos democráticos nem são chavão nacional, o que se impõe contra o Estado é da mesma ordem dele.
ResponderEliminarO que triunfou no PREC foi uma espécie de caricatura a negativo do que foi deitado abaixo.
É sempre a vingança e usam sempre retaliações da mesma ordem.
Não há espaço para muito mais porque o que havia antes também não tinha muito mais difusão.
Só que eu não penso que a responsabilidade fosse apenas da censura.
Nisso estou mais pelo Dragão- a populaça e a ideologia não se faz por leituras teóricas.
Quanto ao PS é fruto da formiga branca.
ResponderEliminarEsquecemos sempre esses antecedentes republicanos.
Há um pano de fundo muito mais antigo no jacobinismo dominante e até numa infiltração revolucionária popular.
«E porque é que o PS mudou logo a seguir ao 25A e o PCP fossilizou ainda mais? »
ResponderEliminarUm para ser poder; o outro para ainda tentar a última cartada da Revolução.
Veio tudo para cá ver o fenómeno.
Por pouco que não tivemos uma Cuba na Europa.
O povo não sei se viu ou não viu-
Há um fenómeno tremendo mo PCP- é popular- é a imagem do povão mais anónimo, mais fraco, mais pobre e sem voz.
Conseguir servir de alter-ego das massas é tudo, quando se lhes vende o engano que vão poder também mandar e serem donos.
O PCP nunca tem ar de ser elite. Vestem-se mesmo por mascarada popular.
ResponderEliminarOs caciques têm sempre uma aura de iguais aos mais iguais e mais proletas que os proletas.
Quando o não têm, como o Cunhal não tinha- são os grandes heróis que combateram e venceram os mesmos que os exploram e dominam.
"Nisso estou mais pelo Dragão- a populaça e a ideologia não se faz por leituras teóricas."
ResponderEliminarÉ o que diz Marcello Caetano a propósito da formação da opinião pública. Mas diz também que há modas que em certa altura surgem e se vão impondo e no jogo do sobe e desce das influências mediáticas essas modas podem tender a formar parte da paisagem, por qualquer motivo.
Ou seja, tornam-se substracto cultural profundo e que só mudará com outras modas mais poderosas ou apelativas.
ResponderEliminarÉ nesse jogo que se desenrola o que sucedeu após o 25 de Abril e que tem origem no desconhecimento anterior e que eu atribuo à Censura.
Em França, Itália e Espanha não havia o mesmo género de Censura.
E vou dar exemplos nos postais a seguir.
«Por pouco que não tivemos uma Cuba na Europa.»
ResponderEliminarAcha que seria possível?
O Norte, o Centro, o Alto Alentejo e o litoral algarvio são zonas de pequenos e médios proprietários.
A dimensão da propriedade em Portugal é pequena se comparada, por exemplo, com a realidade espanhola.
80% dos português têm casa própria. Parece que na Alemanha essa percentagem ronda os 40%.
Acho que antes do PCP tomar as rédeas haveria guerra civil.
A Igreja naquela altura tinha mais poder.
O povo do Norte e do Centro ainda era fortemente católico e estava contra o comunismo.
Ouvi muita gente dos bairros do Porto, desde o arrumador à sopeira, a dizer que nunca votariam nos comunistas.
«Em França, Itália e Espanha não havia o mesmo género de Censura.»
ResponderEliminarEm Espanha a Esquerda é muito forte no Sul, especialmente na Andaluzia.
Parece-me que há uma relação entre a dimensão da propriedade e a ideologia política que o povo prefere.
Repare, no Alentejo predomina a grande propriedade. E onde votam a maioria dos alentejanos? No PS e no PCP.
E na Andaluzia predominam também as grandes propriedades. Bem maiores aliás que no Alentejo.
No Sul de Espanha parece que a Igreja também é menos influente mas curiosamente têm um culto mariano fortíssimo, ainda este fim-de-semana andei por lá e vi as capelas prontas para as romarias.
Fala-se nas duas Espanhas, numa divisão profunda da sociedade: a Espanha republicana e a Espanha monárquica e católica.
Em França havia uma forte incubadora esquerdista.
ResponderEliminarContudo há o antídoto.
Aqui não há.
A Esquerda dominou por completo a comunicação social.
Pois, mas eu refiro apenas a influência do PCP ou do PCE, no caso.
ResponderEliminarO PCE desapareceu, tal como o PCF ou o PCI.
Há quem diga que foi por se terem social-democratizado.
No entanto, as razões para tal é que me interessam: porque é que se social-democratizaram e por cá não o fizeram?
É nessa resposta que reside a chave.
"Em França havia uma forte incubadora esquerdista.
ResponderEliminarContudo há o antídoto.
Aqui não há.
A Esquerda dominou por completo a comunicação social. "
Exactamente isso.
«E nem queria poleiro- queria a revolução.
ResponderEliminarAinda quer.»
Querem nova bancarrota para tirar Portugal do euro e apresentarem depois a solução comuna.
São psicopatas.
Parte do Partido Socialista também quer o estoiro. Cuidado.
Tenho em casa dos meus pais uns artigos do século XIX e do princípio do século XX.
ResponderEliminarSão artigos de Jesuítas que foram depois contestados pelos Republicanos.
Reparei que defendem vigorosamente o direito à propriedade privada e opõe-se à Maçonaria.
Não vejo esse activismo da Igreja portuguesa nos tempos que correm.
Temos uns padres vermelhos como o Milícias que vive confortavelmente com a sua reforma dourada.
Dizem que o anterior Cardeal Patriarca era muito simpatizante da Maçonaria. Ouvi uma vez um discurso dele com um forte teor teísta e fiquei desconfiado. O PS também simpatizava com o cardeal.
Não há ninguém na Igreja que ataque ferozmente a Esquerda.
A própria Igreja encostou-se ao pote e come do Orçamento para as suas IPSSs, para as ajudas do poder local e para os seus colégios com contrato de associação.
Esta é parte da nossa desgraça.
A desgraça de Igreja que temos.
Veja só a reacção da Igreja espanhola ou da francesa às políticas «fracturantes» e compare com o que se passou por cá.
Qual foi aquele Papa ou aqueles Papas que reformaram a Igreja há cerca de 1000 anos?
ResponderEliminarNão avisaram que a missão do católico é ser activo e que a Humanidade é um projecto divino inacabado? E é nossa missão prosseguir esse projecto sendo activos na comunidade?
Poderá um católico ou um cristão ter uma atitude passiva que vê que à sua volta são quebrados os princípios cristãos?
A minha resposta é: NÂO.
Então por que temos esta Igreja?
É uma Igreja conjuntural.
ResponderEliminar«porque é que se social-democratizaram e por cá não o fizeram?
ResponderEliminarÉ nessa resposta que reside a chave.»
É pertinente a pergunta. Cá não precisaram disso para poderem continuar a ter até mais.
Se calhar por efeito dessa tolerância em relação às consequências do verdadeiro comunismo.
Nunca se viveu; nunca tivemos guerra civil para o provar e a Universidade tomou conta de um pensamento de esquerda que também o legitima.
Como diz o hajapachorra- depois os jornaleiros repetem.
A intelectualidade tuga é comuna ou não tem vergonha do comunismo.
Eu acho que é isso e que há provas disso.
ResponderEliminarAndo à procura...
Por cá não houve informação suficiente para inverter a tendência de "moda" que tal constituiu logo a seguir ao 25A.
ResponderEliminarE essa ausência de informação deve-se essencialmente à Censura.
Foi um efeito perverso, não querido pelos poderes da época.
ResponderEliminarNem Salazar nem Caetano pensaram bem nisso. E Salazar sabia que o fruto proibido se tornaria o mais desejado...como aliás Caetano sabia.
Acho que o equívoco de ambos residiu naquilo que Caetano até explica bem: não é com teorias e discursos de circunstância a denunciar o comunismo que o mesmo se poderia combater eficazmente. Nem com proibições de divulgação de factos importantes e que noutros países foram determinantes para a alteração da "moda" e a irrelevância que esses partidos assumiram depois dos anos 60.
Mas ó José- o que seria o regime, tal como era, sem censura e com legalização dos partidos, incluindo o comunista?
ResponderEliminarNão era
eheheheh
Não há hipótese de junção de contrários na mesma entidade.
E não haver censura mas continuar tudo na mesma, sem alternância, então seria o mesmo que patrocinar a Revolução
":O))))))
Era o que Caetano iria fazer se tivesse tempo.
ResponderEliminarClaro que já não seria o regime de Salazar.
Mas é disso que aqui estamos a tratar: o salazarismo tinha os dias contados, porque não poderia subsistir sem Salazar e com tudo o que sucedeu no mundo nos anos sessenta e setenta.
Impossível.
E quem iria prolongar o salazarismo? O Franco Nogueira?
o Kaulza? Deixem-me rir.
Mas precisamente por isso é que acho que foi a Censura de Salazar que impediu um mais perfeito conhecimento do comunismo.
ResponderEliminarNão era possível fazê-lo com Censura e sem ela o regime desfazia-se.
ResponderEliminarÉ essa a conclusão.
A qual demonstra a inviabilidade política do salazarismo.
ResponderEliminarCaetano acho que entendeu isto que é muito simples de perceber.
«Não era possível fazê-lo com Censura e sem ela o regime desfazia-se.
ResponderEliminarÉ essa a conclusão.»
Aqui de acordo.
Penso que é isso.
Mas falta o detalhe de África.
Caetano não tinha o mito imperial mas sabia o valor delas para o PIB.
E fala nisso. Diz mesmo como era descabelado entregar sem ter em conta todos os efeitos para economia.
Acerca disto não sei nada.
(aliás, o mito imperial também não era um mito de ter mas de destino a cumprir.
´Há sempre uma coisa engraçada em toda a nossa História, a maneira como se consegue misturar o ideal com o interesse mais terreno.
Sacrificar sim, para um futuro importante mas sem largar o que vai vindo à rede.
E sempre da forma mais fácil.
No geral concordo com a Zazie.
ResponderEliminarNo que respeita à França e Itália é preciso não esquecer a situação que existe no pós-guerra imediato. Ambos os países estão ocupados pelos aliados ocidentais.
Os comunistas foram obrigados a contemporizar pois não enfrentavam um estado civil mas sim um dispositivo militar em plena acção que não poderiam afrontar directamente, até porque tal não conviria à URSS. Uma vez consolidada a situação interna desses países, foi lá, justamente, que surgiram as correntes mais extremistas, virulentas e violentas nos anos sessenta.
No caso de Espanha não sei bem, mas no com o franquismo não havia censura? Surpreenderia-me se assim fosse.
Também acho que a questão do ultramar era a chave.
ResponderEliminarFomos apanhados entre os tais megapolos ideológicos de que fala o Dragão.
A questão era: que fazer?
Salazar entendia que era necessário afrontá-los, na medida que nos fosse possível e vantajoso fazê-lo, e tentar subsistir protegendo os nossos interesses. E já o tinha feito antes, durante a guerra civil espanhola, com sucesso. Fê-lo também durante a segunda GG.
É, aliás, cíclico que Portugal se veja apanhado entre as maquinações das grandes potências.
Porém, também é certo que a aliança com a Inglaterra foi sempre o nosso principal instrumento de política externa e os ingleses já não têm - e não tinham, aquando da guerra ultramarina - a importância que tiveram outrora.
De qualquer forma, penso que o grande problema foi ter-se deixado que os comunistas se apoderassem do Estado e da comunicação social. E isso não foi o povo que deixou fazer; foram os militares.
O caso de Espanha foi diferente: a guerra surgiu porque uma parte considerável dos militares se manteve nacionalista e reagiu prontamente à tomada do Estado pelos comunistas (ao prelúdio desta, melhor dizendo). E há-de ter sido por isso que também foi possível a transição para a monarquia.
E se se tivesse entregado o Ultramar, fosse por acordo com os americanos ou outro expediente qualquer?
ResponderEliminarTer-se-ia impedido a tomada do Estado pelos comunistas? Penso que é uma hipótese legítima.
Encontrar-nos-íamos em situação muito diferente, nesse caso? Isso é que já não me parece tão claro.
Creio que estaríamos ainda em plena degeneração; como, aliás, o estão os outros países europeus, quase sem excepção.
Penso que a república serviu para mostrar que o parlamentarismo quase sempre degenera em balbúrdia ou partidocracia (ou ambos, que são, no fundo, uma e a mesma coisa).
Por isso é que acho que a conservação do Ultramar não era uma coisa assim tão estapafúrdia e que tem muitas razões nada mitológicas em seu favor.
ResponderEliminarPortugal parece-me que foi sempre um país-excepção. E bem nos convinha agora sê-lo. O Ultramar talvez no-lo permitisse. Talvez ainda venha a permiti-lo.
E a inevitabilidade da sua perda parece-me também uma posição mais ou menos mitológica. Em primeiro lugar porque, desde que se admita, é muito difícil que deixe de acontecer. O inevitável é, por definição, impossível de evitar. É uma profecia que se auto-cumpre.
É certo que todos os outros países abdicaram daqueles territórios. Mas também não é menos certo que nenhum outro precisava deles tanto como nós. Como o era que nenhum tinha a mesma capacidade para os manter ou, melhor dizendo, assimilar (ainda que apenas lá).
E sendo Portugal um país excepção, é talvez legítimo pensar que pudesse continuar a sê-lo. Quer dizer, no fundo continua sempre a ser, quanto mais não seja - e é já muito - por conta da sua posição geográfica. A questão é se, a cada momento, as excepções são as que nos convêm ou não.
O Ultramar sempre nos permitiu contrariar, em todos os aspectos, a força centrípeta do continente europeu. Isso tem vantagens e desvantagens. Mas ao fim de oito séculos de existência, maioritariamente pacífica (na Europa pelo menos e ao contrário de todos os outros - ainda a excepção), e com fronteiras estáveis há pouco menos que isso (mais excepção), pode dizer-se, penso, que tal tem vindo a resultar bem para nós.
Daí me ser tão repugnante essa visão mitológica do assunto. Pode haver quem encare assim as coisas e acaba por ser para isso mesmo que existe o mito. Mas é uma visão redutora e é, a meu ver, errado atribuir a acção governativa portuguesa (não podemos falar apenas de Salazar ou do EN, porque a política foi sempre a mesma, desde que há Ultramar) à dominação por essa influência.
Se a aliança luso-inglesa foi sempre o nosso principal instrumento de política externa, o Ultramar foi o segundo. A existência de ambos, e o seu manejo hábil como instrumentos políticos, permitiram-nos sempre manter o estatuto de excepção que é, fundamentalmente, capacidade de manobra.
Numa altura em que nosso principal instrumento se enfraquecia, não me parece lógico que fosse de deitar fora o segundo.
« E bem nos convinha agora sê-lo. O Ultramar talvez no-lo permitisse. Talvez ainda venha a permiti-lo.»
ResponderEliminarPois. Mas não temos. Tal como todos os outros não têm.
E os outros cuidaram-se para conseguirem viver bem sem ele e nós não nos cuidámos.
E sonhar que se volta a África é absoluta loucura.
ResponderEliminarNem a África, nem ao Brasil e como não se tratou a tempo, como trataram os ingleses que conseguiram manter interesses até integrá-los na Comonwelth, eles agora preferem-nos a nós e que se lixe a língua ou o legado histórico que por lá deixá-mos e tudo o que por lá construímos. a começar e a acabar com as próprias fronteiras e identidade do que agora é reconhecido internacionalmente como deles.
deixámos, phónix!
ResponderEliminarÉ claro que a debandada foi irresponsabilidade do 25 de Abril mas não se evitou a tempo.
ResponderEliminarPois não nos cuidámos. Ou melhor, cuidar até cuidámos, da única forma que podíamos, e que era tentar conservá-lo.
ResponderEliminarNão vejo muito bem o que se poderia ter feito em alternativa. Podia-se ter recebido dinheiro ou assim, mas no dia em que o Ultramar nos fizer mesmo falta, não nos há-de valer todo o dinheiro do mundo, segundo me parece.
Estamos numa posição bastante periclitante. A nossa importância estratégica para a Inglaterra é muitíssimo menor do que antes e está circunscrita apenas ao Atlântico norte. Se ao menos houvéssemos conservado Cabo Verde, já era uma diferença considerável.
Sem a Inglaterra torna-se muito difícil não ir de arrasto com a política continental, e tal coisa nunca é boa, nem ideia, nem nada.
Quanto ao voltar a África, parecerá loucura, mas cada vez me convenço que, mais tarde ou mais cedo, alguém terá de para lá voltar.
ResponderEliminarEsta história dos imigrantes a afogarem-se aos milhares no Med., acampados em Paris ou Calais, é já o prenúncio de um problema gravíssimo que só terá tendência a agravar-se. Prevê-se que a população da Nigéria, por exemplo, já de si enorme, venha a duplicar em menos do tempo de uma vida.
Essa gente não pode ficar em África. Não tem condições nenhumas, nem mesmo a que os antepassados tinham e que lhes permitia subsistir primitivamente, melhor ou pior. Vai portanto dirigir-se para o local onde sabe, ou pensa, que pode ter melhor vida. E esse local é a Europa. Cada vez mais e mais pessoas para cá tentarão vir.
Este problema só tem remédio na origem. Já está mais que visto que aquilo nunca vai melhorar assim. Tal como se previra, os africanos não têm quaisquer condições para se governarem. Até agora, o problema ficou mais ou menos circunscrito a África. Mas estas vagas de imigração mostram que não é possível contê-lo muito mais tempo.
Ouvi nas notícias que a UE vai fazer uma marinha "europeia" para combater os traficantes de pessoas. Isto é pura demência. É um absurdo. Como se os traficantes precisassem de ir buscar toda aquela gente e ela se lhes não apresentasse disposta a tudo...
Portanto, a não ser que se continue a caminhar alegremente para a destruição total - pois é o que nos espera se o problema não for resolvido - é necessário governar África em condições para que as pessoas não sintam necessidade de sair de lá.
ResponderEliminarSob que fórmulas isso se alcançará não sei eu, mas alguma terá de se encontrar.
Em qualquer caso, a recuperação de Portugal - e do resto da Europa - não se poderá fazer sem a colaboração e integração dos imigrantes que já cá estão. Talvez seja uma oportunidade de formar os futuros quadros que hão-de governar África. Talvez se possa formar essa gente e inculcar-lhes a vontade de regressar aonde estão as suas raízes.
Naturalmente, irão daqui mais portugueses, ou franceses ou seja qual for a cultura que os acolheu (ou mesmo os viu nascer) dos que os que lá estão. E talvez seja essa uma forma de regressarmos lá.
Claro que isto é tudo conversa, e requereria desde logo gente de jeito a governar os países europeus, coisa que parece mais difícil hoje em dia que governar África...
Ainda tinha a sua piada que Portugal, sem Ultramar, houvesse de ser o pioneiro dessa acção finalmente civilizadora de África e que a lançasse no caminho da paz e da prosperidade. Era uma bela forma de se cumprir o mito, e nos desempenhar-mos da responsabilidade de abandonar aquela gente ao Deus-dará...
ResponderEliminarEheheh!
Mas acho que não vou ter oportunidade de lhe dizer: "bem lhe disse"!
sem hífen ali atrás...
ResponderEliminarNão tenha dúvidas que a Europa vai dar o estouro.
ResponderEliminarA África há-de continuar a regredir alegremente até que a evolução das espécies funcione.
E os tarados no Médio Oriente vão fazer muito mais estragos.