Sobre a presença portuguesa em África, durante centenas de anos até à nossa saída atabalhoada e indigna, com prejuízos directos para centenas de milhar de portugueses e indirectos para milhões de outros, mormente indivíduos nativos de Angola e Moçambique , muito se escreveu, mas o discurso oficioso e politicamente correcto é no sentido da afirmação de que houve uma "descolonização exemplar".
Para entender melhor as causas desse descalabro torna-se necessário conhecer os antecedentes e nomeadamente os esforços diplomáticos de Portugal em lidar internacionalmente com tal situação.
Um livro recente- Portugal e o Fim do Colonialismo, edições 70, Maio de 2014, - que tem uma recolha de textos de vários autores sobre o assunto, ajuda a perceber tal contexto. Um dos textos é de Bruno Cardoso Reis, um "estudo" pós doutoral financiado pela UE ( 7º programa quadro) , intitulado As primeiras décadas de Portugal nas Nações Unidas- Um Estado pária contra a norma da descolonização.
A determinada altura o autor coloca em equação o problema colonial belga e o nosso e compara a atitude da Bélgica e de Portugal perante a ONU, após a entrada de Portugal ( em 1955) para a Organização.
A Bélgica era um pequeno país como o nosso. Tinha em África o Congo a que dava a mesma importância que Portugal às suas Províncias. Era tudo Nação. Porém, em 1960 saiu de lá, apressadamente, como Portugal o fez...15 anos depois.
Porquê a diferença de perspectivas e resoluções?
O autor escreve que nessa altura só a Grâ-Bretanha e Portugal mantinham a posição mundial de potências coloniais antigas. O governo britânico nunca ponderou seriamente resistir aos "ventos da História". Portugal, pelo contrário até fez gala nisso mesmo e aguentou a guerra durante 14 anos, desafiando a ONU a até com relativamente bons resultados, particularmente em relação aos americanos que nos anos setenta já se acomodavam à posição portuguesa, não interferindo nem insistindo muito com tal questão. Por causa dos Açores, deve dizer-se e o autor diz. Portugal não se vendeu, mas alugou-se, em parte, recebendo uma renda por isso.
Porém, a comparação entre os belgas e nós tem muito interesse porque mostra até que ponto Portugal construiu uma espécie de ficção, ao mudar a designação de colónias, em 1951, para "Províncias", com tudo o que isso trouxe de coerência à resistência aos ventos históricos e de enformação da ideia de Pátria, com a legitimidade para a defender.
Portanto, poderia indagar-se, e o autor tenta, sobre as razões por que Portugal mudou de alguma forma o sentimento que havia em relação aos territórios de África até aos anos cinquenta e a partir daí.
Ora neste sentimento tomou lugar, mais uma vez, o Mito da Nação e da Pátria dos antepassados. Serviu muito bem, esse Mito.
A Bélgica apresentava uma diferença de vulto em relação a Portugal: era um reino com democracia parlamentar. Portugal tinha o regime de Salazar. A Bélgica era, segundo julgo, um país essencialmente conservador e de velhos costumes. Portugal também. A Bélgica é o país de Hergé e Tintin que não era um modelo "progressista". Portugal ainda era o país dos salazaristas mais salazaristas que Salazar. E talvez isso tenha feito toda a diferença.
Nos anos sessenta, porém, o mundo mudou e as pessoas com ele. A prova: está nos costumes que a publicidade documenta e retrata.
Século Ilustrado de 8.4.1967
Flama, 19.5.1967
Século Ilustrado 21.9.1968
Flama, 4.12.1970
Este já não era o país de Salazar ou Franco Nogueira e foi isso que ditou o 25 de Abril de 1974. Salazar e Franco Nogueira nada poderiam fazer porque não fizeram o suficiente quando puderam. Marcello Caetano já é de outra época porque soube acompanhar o Tempo e ainda assim, lentamente.
Seguindo os ventos da história...
ResponderEliminarNa Bélgica de hoje já se pratica a eutanásia INFANTIL... queremos o mesmo para cá?
Epá acabei de dar mais uma causa fracturante para os berloquistas e para a filha do ex-ministro das ex-colónias.
O verdadeiro registo que conta para a história é que após a saída dos portugueses de Angola e Moçambique aconteceu um holocausto...
ResponderEliminarhttp://liceu-aristotelico.blogspot.pt/2015/04/holocausto-em-angola-iii.html
a 'Ursula maior' era uma estrela que anunciava o Lux
ResponderEliminarquando da partilha de África na década de 1880
o Congo foi atribuído ao rei da Bélgica, país dificil de governar por ter 2 linguas e 2 religiões cristâs
o rectângulo estava lá nominalmente há 4 séculos
leia-se Cadornega
era a costa de África onde se despejavam os condenados
até mesmo Welwistch
a criação da Sociedade de Geo pretendia a penetração de exploradores quase todos marinheiros
a guerra estava condenada ao desaire
sobretudo na mão do xico rolha
Caro José, os EUA não defendiam os mesmos interesses que Portugal porque os nossos interesses só nós o poderíamos fazer.
ResponderEliminarA questão dos Açores foi mais uma questão de salvarmos a face, sob a providencial habilidade de Salazar, isto a crer em Franco Nogueira, porque os Americanos, apesar de parecerem "melhores" que os Russos Comunas ou os Nazis, tinham igualmente interesses diversos dos nossos e como tal não eram confiáveis:
Atente-se nisto: Como é possível confiar nos americanos?
"Nos escaninhos superiores da política anglo-americana, no entanto, cruzam-se novas ideias quanto aos Açores. Roosevelt, com efeito, sente-se obcecado pelos Açores, e é encorajado pelo seu Estado-Maior. Fora sustado o seu golpe-de-força pela negociação luso-britânica, que tornara politicamente impossível aos Estados Unidos precipitarem-se sobre o arquipélago, e pelo acordo entre Londres e Lisboa, que privara Washington de qualquer pretexto ou fundamento. Mas o presidente americano exprime a Churchill o desejo de enviar aos Açores uma força naval dos Estados Unidos oito ou dez dias após a entrada em vigor do acordo anglo-português; Roosevelt sugere que de nada seja o governo-português avisado; as forças navais americanas, e aéreas, entram simplesmente nos Açores; e aos portugueses seria depois dito que ingleses e americanos "estavam imensamente penalizados" pelo que acontecera mas que, perante o facto consumado, "muito pouco poderiam os portugueses fazer". Churchill concorda, e entende que se deve reafirmar a disposição de declarar guerra à Espanha, se esta atacar Portugal em razão do acordo dos Açores; e salienta que o compromisso com os portugueses não especifica as forças a serem usadas para defender Portugal. Ainda em Setembro, o Estado-Maior americano apresenta ao Estado-Maior britânico "um plano para uso dos Açores". Segundo esse plano, os Estados Unidos pretendem os Açores como base de patrulhas e de luta anti-submarina, de protecção de comboios, e de apoio para transporte de tropas e abastecimentos destinados ao Reino Unido, Mediterrâneo, Índia e China. Para este efeito, os chefes militares americanos querem uma base naval em Ponta Delgada e outra na Horta; uma base militar nas Lajes, na Terceira; e uma base militar nas Flores. E propõem-se enviar para os Açores um efectivo de cerca de 10 000 homens. No pensamento do Foreign Office, este plano equivale à ocupação americana do arquipélago."
http://liceu-aristotelico.blogspot.pt/search?q=A+Luta+pelos+A%C3%A7ores+
(Continua):
ResponderEliminarMais provas da "boa vontade" americana
"Abre-se o ano de 1943, e continua a pairar no país a sombra da ocupação de Timor. Não há contactos com o governador: mas as notícias que chegam a Lisboa dão conta do colapso da administração portuguesa e de atrocidades e prepotências dos japoneses sobre aborígenes e europeus. Consideram muitos que o território está efectivamente perdido para Portugal. São claras as ambições da Austrália e até da Nova Zelândia: e os governos dos dois domínios informam Churchill de que pretendem participar das decisões que sejam tomadas quanto ao Timor português. Oliveira Salazar, todavia, está firmemente decidido a recuperar a colónia, e pondera as alternativas possíveis e os seus riscos: negociar com Tóquio a retirada das forças nipónicas, mas as conversações havidas mostram que o gabinete japonês segue uma táctica dilatória; declarar guerra ao Japão, mas Macau será então sacrificado, com os 400 000 refugiados, além de ser provável que nessa hipótese Portugal perca a sua neutralidade na Europa e a guerra se estenda à Península Ibérica; aguardar a evolução das hostilidades, numa atitude passiva, com o perigo de esta ser havida por desinteresse e encorajar os desígnios de terceiros quanto ao território. Entretanto, desenvolvem-se com sucesso as operações aliadas no Norte de África, e melhora globalmente a situação estratégica dos Aliados; parece desenhar-se a vitória destes; mas a Alemanha, sem embargo do desgaste sofrido na frente russa, dispõe ainda de um forte poder militar. Salazar considera que se mantém a possibilidade de um ataque germânico à Península, ou de um desembarque em Portugal; continuam por isso as conversações de Estado-Maior com as autoridades militares britânicas; o chefe do governo dá finalmente a sua anuência ao plano, mais limitado do que o desejariam os ingleses, de demolição de instalações e vias de comunicação que pudessem aproveitar a um invasor; e para o efeito Salazar está a considerar a vinda, de Gibraltar, de técnicos em explosivos e peritos britânicos em destruições militares. Em almoço na Embaixada de Portugal, a 7 de Janeiro de 1943, Churchill declara a Monteiro, e perante os demais convidados, que considera Salazar grande homem de inteligência e sabedoria, e que se conseguir manter neutra a Espanha até ao fim terá prestado a todos um grande serviço. Entretanto, e embora persista em defender uma rigorosa neutralidade, Salazar não exclui que o jogo da aliança inglesa, ou um ataque alemão, ou a necessidade de recuperar Timor, possam levar Portugal a participar no conflito. Entre fins de Janeiro e princípios de Fevereiro de 1943, em sucessivas reuniões do governo e com as autoridades militares, Salazar estuda um plano geral a aplicar naquela hipótese. E em meados de Fevereiro é publicada legislação destinada a preparar o país para tempo de guerra, com mobilização de serviços e recursos nacionais.
(...) Não são infundados os receios de Salazar. Na mesma altura, com efeito, os militares ingleses e americanos retomam a ideia de utilizar os Açores como base aérea para aviões que dos Estados Unidos se dirijam à Europa e à Ásia, e como estação de reabastecimento de navios na luta anti-submarina; e entre Londres e Washington, no plano dos Estados-Maiores, reabrem-se conversações que não excluem o uso da força. Roosevelt e Churchill aprovam a ideia. "
Mas no Foreign Office Eden opõe-se com firmeza: considera que seria violada a neutralidade portuguesa: e que, estando os Aliados a fazer a guerra para defesa da soberania das nações, este fundamento moral seria destruído. Eden insiste em que nenhum passo se deve dar por fora da mais estrita legalidade. Prevalece a opinião do secretário de Estado, e em conformidade é decidido consultar Campbell em Lisboa. Este é convidado a expor o "seu parecer sobre a reacção do Dr. Salazar no caso de ser invocada a aliança luso-britânica", tanto mais que o uso dos Açores "presumivelmente conduziria a um corte de relações, se não a uma declaração de guerra, entre a Alemanha e Portugal". Campbell avista-se com Salazar em 20 de Fevereiro e 2 de Março: mas não levanta o problema suscitado por Londres: limita-se a insistir por uma decisão quanto à vinda dos técnicos de demolições: e encontra o chefe do governo ainda reticente neste particular."
ResponderEliminarE nós defendíamos como?
ResponderEliminarCom os conselhos do Infante e do Albuquerque?
Os americanos foram suavizando a sua política externa relativamente a Portugal no final dos anos sessenta.
ResponderEliminarMas nunca abandonaram a ideia de que deveríamos sair de África, como Nação.
O que eu acho é que não tínhamos condições para nos opôr a tal desiderato universal.
ResponderEliminarE foi um erro insistir no contrário.
De qualquer forma, como já havia referido noutro local, o Rb Ricciardi com o qual eu não concordo quanto à falta de justiça da nossa "Causa" neste caso. acaba por ter alguma razão nalgumas coisas:
ResponderEliminarQue independentemente do Passado mais ou menos bom, mais ou menos glorioso, é preciso encarar o futuro e perceber o que fazer para melhorar.
Ficarmos encerrados no Passado em nada nos ajuda e deve pensar-se como ser agora e o futuro para o qual queremos caminhar, traçando o futuro...
Embora perceba o propósito é claro, mas uma coisa deveríamos perceber... Quem faz os Ventos da História é quem está mais decidido e abnegado no seu sentido de marcha.
Agora é fácil dizer que era uma causa perdida mas no entanto nada era assim em 1974 ou era? Acaso não tivesse ocorrido a Revolução e a intervenção de personagens já aqui mencionadas ou outras como O Almirante Rosa Coutinho... teríamos hoje a mesma percepção de Derrota agendada?
E nisso tenho de estar totalmente em acordo com o MUja que me parece estar certo nesta questão porque foi tudo uma questão de mudança de atitude... Se a tivéssemos mantido provavelmente teríamos aguentado muitos anos e até talvez fosse normal hoje em dia continuar tudo a ser Portugal...
Como estamos no território dos SES... temos de pensar no caso de Israel que contra os Ventos da História e da condenação generalizada, continuam a bater-se pelos seus interesses.
"Agora é fácil dizer que era uma causa perdida mas no entanto nada era assim em 1974 ou era? "
ResponderEliminarA Inglaterra, a França e a Bélgica perceberam antes de nós esses ventos.
Porque é que nos obstinamos na conservação de um Mito que era nada mais que isso?
Essa é a questão que não tem a ver com o facto de agora ser fácil de fazer o diagnóstico.
Outros fizeram na altura e tinham os mesmos dados do problema, como era a Bélgica. Daí o paralelo.
Eu como não vivi nesse Tempo e como o meu interesse é principalmente o Portugal de Hoje e de Amanhã, mais do que perceber de quem foi a culpa ( embora esta questão tenha causado uma quezília que espero que seja sanada entre o José e o Dragão, a mim como leitor proporcionou-me um esgrimir e posições e argumentos que tenho de manifestar como soberbos e muito elucidativos da nossa História, sob perspectivas que não se abordam em mais lado nenhum), a saber de quem foi, que sirva para um intuito construtivo e permita perceber de que forma podemos ajudar Portugal e a nós mesmos Portugueses a sermos melhores. Ora uma das formas é procurar na nossa História os melhores exemplos nas mais diversas áreas e nesse aspecto o Estado Novo deu-nos muito melhores estatistas e governantes com sentido de nação que o regime anterior ou posterior e tal deve ser aproveitado.
ResponderEliminarSe não era mito, era necessidade maior ou as duas coisas.
ResponderEliminarMas o José considerar que a Bélgica e a sua posição pode comparar-se com Portugal?
ResponderEliminarPorque considera que era Mito e não simplesmente algo de ordem muito prática?
É um mito a existência de nações? É um mito o que mantém a identidade de povos?
Mas nós não tínhamos de seguir o mesmo rumo que os Outros. Outros passam a vida a contrariar os Ventos da História e são criticados há anos e anos. Não temos de dar ouvidos a outros, se não nos der jeito e até conseguirmos aguentar.
Estava até a correr bem a Guerra certo? Se não tivesse acontecido o 25 de Abril, podíamos nem estar a ter esta discussão.
E por não ter vivido nesse Tempo não me custa reconhecer virtudes ou defeitos tanto a Salazar como a Caetano nesta matéria. Parece-me contudo que eles eram bastante melhores, com alguns outros a fazerem-lhes companhia, do que o restante maralhal de políticos que os acompanhavam.
ResponderEliminarTalvez o Estado Novo só se tenha aguentado tanto tempo graças ao prestígio de Salazar pois a matilha de oportunistas esteve sempre lá e só esteve adormecida durante esses anos.
PS: Em jeito de brincadeira...O José e o Dragão podiam levantar mais uma celeuma e recuar um pouco até ao início do século XIX, no decorrer das Guerras Napoleónicas, para podermos perceber se não começou tudo aí. Porque desta "discórdia" entre os dois, nós leitores já ganhámos muito :)
'orgulhosamente sós'
ResponderEliminarequivale a confissão de fracasso
José
ResponderEliminarfiz o serviço militar em 65 na EPC depois de reinspecionado pelo Horta pai na Estrela
estive na lista para a guerra. não fiz o curso de capitão porque 2 dias antes fiz 40 anos (a carta chegou atrasada a Paris)
por essa altura vinha mensalmente a Lisboa para renovar o passaporte militar
a voz corrente entre entre sorjas e caps era que aquilo servia para ganhar umas massas antes de entregar a porra ao IN
«É um mito a existência de nações? É um mito o que mantém a identidade de povos?»
ResponderEliminarO que estava em Angola e em Moçambique em que representava a nação portuguesa?
Ora nós somos um país herdeiro das culturas grega, latina e cristã, com algumas influências do judaísmo.
Os nossos vizinhos da Europa Ocidental têm a mesma matriz cultural. Já os da Europa Oriental... nem por isso e tal verifica-se, por exemplo, na atitude dos gregos face à crise, em comparação com os portugueses e os espanhóis, ou os irlandeses...
O que estava em África e constituía a larga maioria da população nativa... era gente que vivia e ainda vive como se viveria na Europa há milhares de anos.
Mesmo que Portugal houvesse vencido a guerra iria funcionar?
Orlando Ribeiro, geógrafo e imparcial, andou por Angola e achou na devida altura que não.
O Europeu dá a face ao outro mas o negro não. Essa é a diferença.
«Como estamos no território dos SES... temos de pensar no caso de Israel que contra os Ventos da História e da condenação generalizada, continuam a bater-se pelos seus interesses.»
ResponderEliminarIsrael comprou os terrenos aos muçulmanos, e com os colonatos está paulatinamente a minar a Palestina.
Nós poderíamos ter feito algo idêntico e expulsado os nativos.
Assim talvez houvesse resultado.
Pessoas como o caro vêem Gigantes onde estão moinhos.
Sonham com a tarefa civilizadora mas resta saber o que o outro quer. Queriam os negros que nós estivéssemos lá a governá-los? Alguns certamente, mas muitos outros na hora h não iriam querer... porque viriam à flor da pele questões de raça e de sangue que por muito que tentemos olvidar, são fulcrais na Humanidade.
A Austrália é um país rico e desenvolvido.
ResponderEliminarO que fizeram os australianos aos aborígenes? Qual é a percentagem de população australiana que não é branca? E do Canadá? E da Nova Zelândia? E dos EUA? Quem é a elite que manda, historicamente, nos EUA?
> [o discurso oficioso e politicamente correcto é no sentido da afirmação de que houve uma "descolonização exemplar"]
ResponderEliminarO iluminadíssimo intelectual abrilino, Major Melo Antunes, vomitou mais excelsa sapiência:
Qualificou a descolonização como: "O maior feito dos portugueses desde as descobertas" . . .
“Na verdade, 1972 veria resoluções mais agressivas da ONU contra o colonialismo português”
ResponderEliminarAo Salazar, as resoluções da ONU faziam tantas cócegas quanto aos israelitas de hoje. Mas o Marcello parece que não gostava de cócegas, era a ONU de um lado e o “vento” do outro, e o homem não aguentou o riso. Foi pena, sobretudo para os nativos.
“A Assembleia Geral declarou formalmente legítimas as revoltas anticoloniais contra Portugal”
ResponderEliminarA moral dos donos da ONU: o terrorismo, só não é legítimo quando mata os nossos. Se forem os outros a morrer, legitima-se a causa. [Copiando o exemplo acima, do Vivendi] Os rapazinhos que defendem a Eutanásia, também a acham legítima se for para assassinar a mãe ou pai do outro.
P.S. Talvez esta não seja a melhor comparação porque alguns destes artistas até devem ser capazes de vender a mãe.
“Mas nunca abandonaram a ideia de que deveríamos sair de África, como Nação.” [José]
ResponderEliminarPara conseguirem, juntamente com os soviéticos, fazer de África aquilo que hoje é (um continente onde a esmagadora maioria dos países recuou cem anos) tinham de insistir na ventania libertadora.
“A Inglaterra, a França e a Bélgica perceberam antes de nós esses ventos. A Inglaterra, a França e a Bélgica perceberam antes de nós esses ventos.” [José]
ResponderEliminarPerceberam-no, no sentido de se deixarem arrastar por ele, como nós fazemos hoje com o Gramscismo, ou perceberam-no porque, à semelhança de hoje, contribuíam para o fazer soprar?
“Porque é que nos obstinamos na conservação de um Mito que era nada mais que isso?” [José]
ResponderEliminar90% do nosso território era Mito? E os Açores? E a Madeira? E o Algarve? Também fazem parte do Mito ou já estamos reduzidos ao território real e concordante com a ventania?
Curiosamente, os Congos são mais dois belos exemplos de descolonização altamente vantajosa para os nativos, que desde 1960 estão livres do colonizador branco e já podem chafurdar tranquilamente na mais absoluta (e diversificada) miséria. Neste aspecto, o Congo Belga (agora República Democrática do Congo) ainda consegue bater a Guiné e Moçambique, com o seu PIB fantástico, a rodar os 600 euros por ano (per capita) e colocar-se entre os 3 países mais pobres do Mundo. O Congo Francês (agora República do Congo) apesar de tudo ainda deixa para trás 50 países e coloca-se a par de Cabo Verde e Timor Leste (na posição 150) outros grandes exemplos da prosperidade conseguida pela libertação que provavelmente não desejavam (pelo menos os cabo-verdianos).
ResponderEliminar“Sonham com a tarefa civilizadora mas resta saber o que o outro quer.” [Zephyrus]
ResponderEliminarSonhar, sonhar, sonhou o Infante, depois passou a ser real.
“O que o outro quer”? Qual outro? A URSS? Os Estados Unidos? Não seria preferível, para melhor entendimento dos leitoress, identificar os bois pelos nomes?
"90% do nosso território era Mito? E os Açores? E a Madeira? E o Algarve? Também fazem parte do Mito ou já estamos reduzidos ao território real e concordante com a ventania?"
ResponderEliminarAcho que não entendeu bem o que é o Mito e isso parece-me importante para entender tudo.
O Mito é uma ideia transcendente sobre o nosso papel, Portugal, no Mundo.
ResponderEliminarE colado a tal vem a ideia de Nação integral e una que reuniu territórios espalhados pelo Mundo e que deveriam ser invioláveis.
ResponderEliminarA Bélgica também teve essa ideia fantástica, mas percebeu logo, nos anos cinquenta ( entrou na II Guerra e sofreu consequências) que assim não era.
ResponderEliminarConcordo plenamente com as observações deixadas por Neyhlup Josand.
ResponderEliminarPerante as interessantes e esclarecedoras transcrições por ele aqui deixadas, temos que chegar a algumas conclusões imbatíveis.
É por demais sabido que os governantes americanos sempre foram falsos e incumpridores dos acordos negociados com países estrangeiros. Eles só defendem e apenas se preocupam com o que é seu, colocando sempre os seus interesses acima de quaisquer alianças ou pactos, quebrando-os sempre que as suas ambições, bélicas ou outras, o justifiquem.
Tenho alguma pena do que vou escrever até porque os meus Pais foram amigos de vários casais norte-americanos patriotas e desligados totalmente da política do seu país (eles judeus d'origem europeia e as mulheres todas católicas, vá-se lá saber porquê... ou sabê-lo-emos bem demais?) o que não invalida que os culpados (todos com a mesma origem genética mas tendo tido os primeiros, contràriamente aos últimos, princípios morais e objectivos de vida diametralmente opostos - do caos semeado pelos cinco Continentes durante os últimos séculos, com particular incidência para a última centúria, devam ser denunciados justamente por estarmos perante factos concretos, traduzidos em actos bárbaros, que têm vindo a ser constatados desde há muito tempo por todos os povos do mundo.
É do conhecimento geral que, nos seus primórdios como país, os Estados Unidos foram sendo colonizados por europeus, na sua grande maioria gente expulsa do país colonizador em consequência de condutas marginais extremas e crimes gravíssimos. Para aquelas terras distantes e quase despovoadas iam sendo desterrados (ou partiam de motu proprio ou para fugir à Justiça) ladrões, criminosos, traidores à Pátria, violadores, vagabundos irrecuperáveis, alcoólicos em último grau, etc. Foi com descendentes de muitos destes primeiros colonos cuja conduta moral deixava muito a desejar, que se fez a América que hoje conhecemos com todas as implicações àquela inerentes.
(cont.)
(conclusão)
ResponderEliminarA partir sobretudo dos finais do séc. dezanove/princípios do vinte - entrando agora já no plano seguinte e desarte abrangendo outra espécie de povoadores, estes mais instruídos mas de pior índole e com intenções definitivamente malígnas - os mesmos que já tinham semeado o terror e feito despoletar guerras fratricidas pela Europa e diga-se de passagem com bastante sucesso -- tendo a Revolução Francesa sido o exemplo acabado da que foi intencional e prèviamente orquestrada para vir a redundar na mais sangrenta e violenta de todas as guerras, iniciando-se a partir de/e como sua consequência directa a destruição sistemática deste Continente, tendo a mesma vindo posteriormente a propagar-se com igual violência um pouco por todo o mundo -- e regozijando-se com as vitórias diabólicas alcançadas na Europa, resolvem partir para os Estados Unidos montando neste país o seu quartel general com o propósito específico de aí continuar a sua obra maquiavélica, fundando para tal uma seita maçónica secreta (na sequência e dando continuidade à inicialmente fundada na Rússia) com múltiplas ramificações/lojas espalhadas por aquele país e em simultâneo por todas as democracias do mundo e à qual todos os políticos e presidentes americanos, passados e presentes, estão obrigados a prestar juramento de obediência e fidelidade, fazendo daquele país o que ele é hoje: um antro de seitas satânicas organizadas numa única e que elaboram e ditam as leis do Estado independentemente do governo em funções e do presidente que na altura esteja a ocupar o cargo, como de resto o fazem em todo o mundo civilizado.
Os seres humanos estão sob o comando de um "governo mundial não eleito" (como o classifica apropriadamente David Duke) cujas entidades que o compõem são a personificação do verdadeiro Mal. As mesmas entidades que têm vindo a disseminar pelo mundo tudo o que de mais infame e abjecto a mente humana foi/é capaz d'arquitectar.
Eis três provas iniludíveis que o confirmam. Mas é claro há muitas mais.
Em 1961 J. F. Kennedy proferiu a seguinte frase, fatídica, com a qual assinou a sua sentença de morte: "Este país tem vindo a ser governado por seitas secretas e isto não se pode admitir". Pouco tempo depois foi assassinado.
Robert Kennedy quis acabar com a CIA (um produto da seita sionista-mundialista), passado algum tempo foi assassinado.
O celebérrimo, prestigiadíssimo e insuspeito Comandante Jacques Cousteau, prestou não vão muitos anos o seguinte e mui significativo depoimento: "A pior coisa que Colombo fez foi ter descoberto a América". Um dos lemas 'sagrados' por que a seita mundialista se rege - e a vingança faz parte do código genético dos seus membros - é não perdoar deslizes ou quebras de juramento. Cousteau praticou um daqueles. Morreu não muito tempo depois.