Voltaire é um dos filósofos das Luzes e morreu em 1778, um pouco antes da Revolução em França.
O autor do Tratado da Tolerância, agora muito citado por causa dos atentados de Paris, em Janeiro, ao Charlie Hebdo, era um defensor da liberdade de expressão e de imprensa.
Contudo, como mostra a revista cujos textos tenho vindo a passar, tinha facetas desconcertantes para quem vê uma unidimensionalidade simplista nesse pensamento "progressista".
Afinal o pensador das Luzes seria um esclavagista homofóbico, racista, anti-semita, anti-islamita e misógino? É ler...
ehehe
ResponderEliminarNão sabia do esclavagismo nem no investimento no tráfico de escravos.
O resto era mais ou menos comum na altura- o racismo também vem com as luzes e misoginia e dita homofobia sempre foi assim (a moda do contrário é que tem para aí 3 décadas ou pouco mais).
Agora essa da despenalização da violação é muito estranha mesmo.
Defensores do semitismo são poucos mas aparecem mais tarde, como o Lord Byron e assim.
de Voltaire só li alguns temas do Dicionário
ResponderEliminarporque estava interessado numa pesquisa
os franceses dessa época nunca me interessaram grandemente
por influências várias estava mais virado para alemães e ingleses
sempre estive muito próximo dos critérios de utilidade
o naufrágio de Spengler é quase centenário
e muito actual
'a idade da pedra não terminou por falta de matéria-prima' (raw material)
também a know-how prefiro modus faciendi ou operandi
Era tão infame como talentoso.
ResponderEliminarNão fora o seu génio, o seu "génio" tê-lo-ia perdido.
Teve sorte. Muita sorte: o celerado patife.
Cuidado, não acabem a dizer que é para censurar...
ResponderEliminareheheh
ResponderEliminarCensurando nem se sabe e depois torna-se vítima e cria mito.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAgora e por cá os avançados purificaram-se.Vamos ver no que vai dar.Coisa boa não será...
ResponderEliminaregando nas palavras de Fluribundus (outro sobredotado:), também não sou perita em Voltaire, longe disso. Conheço apenas e de um modo geral o que toda a gente conhece sobre a personagem em questão.
ResponderEliminarO que aqui me trás é, se me é permitido, tecer modestamente uma opinião muito pessoal para, digamos, acrescentar um grão d'areia a outras opiniões elaboradas por pessoas bem mais conhecedoras e abalizadas para o fazer, de certeza absoluta.
Pelo que tenho lido, por alto, em alguma literatura que tenho aqui em casa, Voltaire, como pessoa, era exactamente tudo o que se pode ler em título introdutório a algumas das notícias no interior da revista - e mais. Era racista, xenófodo, anti-semita(?!?), egocentrista, polémico, quezilento, sarcástico, vaidoso, orgulhoso, provocador, dasafiador dos costumes, insultuoso, etc., etc. Pelo que se lê, também foi um bon-vivant, um pinga-amor, dir-se-ia um pseudo-casanova e sem dúvida um sedutor que se apaixonava com uma facilidade extrema sendo igualmente objecto de paixões assolapadas por parte do sexo feminino, como poucos porventura o terão sido no seu tempo. Era muitíssimo rico por direito próprio já que publicava livros e panfletos pràticamente todos os anos, sempre com enorme sucesso de vendas, além de dar conferências muito concorridas (só se bem pagas, naturalmente...), tudo isto se tornando d'imediato o que hoje vulgarmente se designa por best-sellers, obtendo bons proventos dos vários cargos políticos importantes que desempenhara e herdando simultâneamente uma fortuna considerável de seus pais (mais por parte da mãe, muito rica) e beneficiando também de somas importantes (e pelo menos uma extensa propriedade) doadas pelas várias senhoras com quem havia mantido relações amorosas, assim como e igualmente através das duas mulheres legítimas, uma das quais de família muito rica.
Este homem foi preso diversas vezes devido às suas tomadas de posição contra o Regime, bem como ao conteúdo desbragado e ofensivo de alguns dos seus livros. Foi corrido de Berlim, para onde havia ido viver, dois anos depois e pelos mesmos motivos. Sucedeu-lhe exactamente o mesmo em Londres, cidade onde viveu poucos anos. Foi nesta cidade que levou uma lavagem ao cérebro pela maçonaria lá do sítio, regressando a Paris (embora já dela padecesse, em parte, com anterioridade) com uma aversão exacerbada ao cristianismo e ao islamismo, um ódio que não mais o abandonou. O que é que esta atitude, sinónimo de maus princípios, má formação moral e intolerância cega, quer exactamente dizer? Hummm..., não é preciso ser psicólogo para a detectar a milhas de distância e com uma hipótese considerável de não errar.
(cont.)
egando nas palavras de Fluribundus (outro sobredotado:), também não sou perita em Voltaire, longe disso. Conheço apenas e de um modo geral o que toda a gente conhece sobre a personagem em questão.
ResponderEliminarO que aqui me trás é, se me é permitido, tecer modestamente uma opinião muito pessoal para, digamos, acrescentar um grão d'areia a outras opiniões elaboradas por pessoas bem mais conhecedoras e abalizadas para o fazer, de certeza absoluta.
Pelo que tenho lido, por alto, em alguma literatura que tenho aqui em casa, Voltaire, como pessoa, era exactamente tudo o que se pode ler em título introdutório a algumas das notícias no interior da revista - e mais. Era racista, xenófodo, anti-semita(?!?), egocentrista, polémico, quezilento, sarcástico, vaidoso, orgulhoso, provocador, dasafiador dos costumes, insultuoso, etc., etc. Pelo que se lê, também foi um bon-vivant, um pinga-amor, dir-se-ia um pseudo-casanova e sem dúvida um sedutor que se apaixonava com uma facilidade extrema sendo igualmente objecto de paixões assolapadas por parte do sexo feminino, como poucos porventura o terão sido no seu tempo. Era muitíssimo rico por direito próprio já que publicava livros e panfletos pràticamente todos os anos, sempre com enorme sucesso de vendas, além de dar conferências muito concorridas (só se bem pagas, naturalmente...), tudo isto se tornando d'imediato o que hoje vulgarmente se designa por best-sellers, obtendo bons proventos dos vários cargos políticos importantes que desempenhara e herdando simultâneamente uma fortuna considerável de seus pais (mais por parte da mãe, muito rica) e beneficiando também de somas importantes (e pelo menos uma extensa propriedade) doadas pelas várias senhoras com quem havia mantido relações amorosas, assim como e igualmente através das duas mulheres legítimas, uma das quais de família muito rica.
Este homem foi preso diversas vezes devido às suas tomadas de posição contra o Regime, bem como ao conteúdo desbragado e ofensivo de alguns dos seus livros. Foi corrido de Berlim, para onde havia ido viver, dois anos depois e pelos mesmos motivos. Sucedeu-lhe exactamente o mesmo em Londres, cidade onde viveu poucos anos. Foi nesta cidade que levou uma lavagem ao cérebro pela maçonaria lá do sítio, regressando a Paris (embora já dela padecesse, em parte, com anterioridade) com uma aversão exacerbada ao cristianismo e ao islamismo, um ódio que não mais o abandonou. O que é que esta atitude, sinónimo de maus princípios, má formação moral e intolerância cega, quer exactamente dizer? Hummm..., não é preciso ser psicólogo para a detectar a milhas de distância e com uma hipótese considerável de não errar.
(cont.)
ResponderEliminar(conclusão)
Sendo ele um homem muito inteligente e reconhecidamente um escritor, dramaturgo, poeta e conferentista genial, era por isso mesmo adulado e seguido nas suas conferências por uma legião d'admiradores grangeados através da imensa literatura publicada sempre com bastante sucesso de vendas, mas, exactamente e pelo mesmo motivo, suscitando ódios exacerbados entre o público francês.
O que é que se pode dizer de semelhante personagem d'antologia? Para além de todos os méritos que lhe possam ser justamente atribuídos e podem, só me ocorre classificar um tão diabólico quão genial carácter como pertencente a alguém d'origem judaica. Descendente directa ou indirectamente de antepassados que o foram, parentes porentura próximos ou afastados, não obstante quase de certeza judeus. Porquê? Porque está patente no seu temperamento tortuoso, belicoso, quezilento e intolerante, mas também na sua desmesurada vaidade, na sua prepotência, no orgulho exacerbado na sua pessoa, no constante alardear da sua genialidade como intelectual superior e melhor escritor dentre os demais, no ódio dispensado às outras raças (defeito iniludível e intrínseco a estas gentes), pela sua tendência em provocar intencional e desnecessàriamente o próximo com atitudes desbragadas, originando polémicas graves e provocando mesmo duelos, assim como não se coibindo de proferir ofensas gratuitas atentatórias do bom nome e reputação de outrem, tendo como alvos prioritários a nobreza, a burguesia (sendo ele próprio um produto da mesma) e inclusivamente seus pares escritores e poetas.
É certo que na fisionomia de seus pais não se detectam traços judaicos..., o que não quer dizer nada. Ainda hoje (como de resto em todos os tempos) há muitos judeus que os não possuem, todavia muitíssimo no seu carácter. No entanto desconhece-se como eram seus avós, facto que seria interessante de ser analisado. Contudo o seu perfil não o desmente e é aliás através deste que se podem ler como numa carta aberta os traços definidores do seu temperamento absolutamente detestável, mesmo execrável, porém e paradoxalmente deveras atraente (como acontece de um modo geral com este género de personalidades) levando-o a ser tanto idolatrado como assaz odiado por multidões no seu tempo, do mesmo modo que para muitos ainda hoje o seu talento literário é largamente elogiado, deixando outros tantos àquele totalmente indiferentes. Tal facto deveu-se/deve-se sem dúvida à sua indesmentível genialidade como dramaturgo, encenador, conferencista, poeta, escritor e enciclopedista, por um lado e por outro, ao seu temperamento dissoluto e radicalismo político.