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quarta-feira, outubro 28, 2015

Berlusconi e Sócrates, a mesma luta...contra a imprensa livre

Na Itália de 2009, o jornal La Repubblica publicou 10 perguntas acerca de comportamentos e factos relacionados com a vida privada de Berlusconi com reflexos na sua vida pública e que estavam em curso de análise judicial.

O que fez Berlusconi? Accionou civilmente o jornal, pedindo um milhão de euros de indemenização ao grupo editorial do jornal, tentando obter a proibição de publicação dessas perguntas. Tal como agora, José Sócrates e por motivos semelhantes.

ROMA - Nuovo attacco di Silvio Berlusconi a Repubblica. Il premier va dai giudici e chiede un risarcimento danni per un milione di euro al Gruppo L'Espresso. A suo giudizio le domande formulate il 26 giugno da Giuseppe D'Avanzo sono "diffamatorie". Per la prima volta nella storia dell'informazione italiana gli interrogativi di un giornale finiscono davanti a un tribunale civile.
La citazione in giudizio del presidente del Consiglio, firmata il 24 agosto, riguarda, oltre alle "dieci nuove domande" anche un articolo del 6 agosto dal titolo ""Berlusconi ormai ricattabile" media stranieri all'attacco: Le Nouvel Observateur teme infiltrazioni della mafia russa", un servizio che riportava i giudizi della stampa di tutto il mondo sul caso italiano. Invitati a comparire al Tribunale di Roma Giampiero Martinotti, autore del pezzo contestato, il direttore responsabile di Repubblica Ezio Mauro e il gruppo L'Espresso.

Oltre a Repubblica, Berlusconi vuole querelare anche alcuni giornali stranieri: Ghedini ha detto all'agenzia di stampa britannica Reuters di avere proceduto legalmente contro giornali in Francia e Spagna e di aver chiesto ad avvocati britannici "di valutare, in accordo con le leggi dei loro Paesi, i casi più gravi di vera diffamazione". In particolare, le azioni legali riguardano Le Nouvel Observateur e il quotidiano spagnolo El Pais per aver pubblicato le foto degli ospiti del premier a Villa Certosa.


Al centro dell'iniziativa legale del presidente del Consiglio sono però le domande rivolte a Silvio Berlusconi, "ripetutamente pubblicate sul quotidiano La Repubblica" e "per più di sessanta giorni", come sottolineano i suoi avvocati. Si tratta, per il premier, di "domande retoriche" che "non mirano ad ottenere una risposta del destinatario, ma sono volte a insinuare nel lettore l'idea che la persona "interrogata" si rifiuti di rispondere". Domande alle quali il capo del governo non ha mai risposto, come noto. Per Berlusconi sono "palesemente diffamatorie" perché "il lettore è indotto a pensare che la proposizione formulata non sia interrogativa, bensì affermativa ed è spinto a recepire come circostanze vere, realtà di fatto inesistenti". 



Esta atitude de querela contra a imprensa suscitou um vivo repúdio por essa Europa fora, como se comprova aqui. Título da reportagem: Berlusconi contra a imprensa.

O assunto já foi ventilado aqui, na altura e o paralelo era mesmo com...José Sócrates. Tal como Berlusconi que dominava a maior parte do panorama editorial em Itália, excepto o grupo do La Repubblica, o Portugal de hoje tem um panorama em que o grupo TVI e ainda os jornais Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF e outros se encontram dominados politicamente por apaniguados do antigo PM enquanto tal.  Hoje em Portugal a Cofina é o grupo que não se verga a tais submissões, tal como em Itália, nessa altura, era o grupo do La Repubblica o único a fazer de astérix na aldeia gaulesa cercada de romanos por todos os lados.

Na altura citei Umberto Eco:
Em relação aos italianos, Umberto Eco disse num artigo no L´Espresso, repescado pelo Guardian de Londres que a culpa era mesmo dos italianos que aceitam Berlusconi e votam nele. " Se a sociedade italiana permitiu a Berlusconi governar com todos os conflitos de interesses e de todo o seu comportamento controverso, porquê atirarem-se a ele em vez de à sociedade?"



Portugal é um país periférico e o assunto José Sócrates com a providência cautelar vai ficar assim em águas de bacalhau ou também somos gente europeia que merece a atenção dispensada ao bufão italiano nessa altura?

7 comentários:

  1. quase todos os italianos desejavam ter a fortuna (também com o sentido de sorte) de 'il Cavalieri'

    da net
    Berlusconi é o acionista controlador da Mediaset e proprietário do clube de futebol italiano A. C. Milan. Ele foi apelidado de Il Cavaliere (o Cavaleiro) em sua Ordem de Mérito do Trabalho.[2] Em 2013, a revista Forbes o classificou como o 194º homem mais ricos do mundo, com um patrimônio líquido de 6,2 bilhões de dólares.

    lo stesso qui

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  2. Berlusconi entrevistado na RAI 1 em 2005

    a jornalista insiste num assunto desagragrável
    il Cavalieri levanta-se da cadeira e diz
    '-não aturo comunistas imbecis'

    ainda recordo a cara de pavor da gaja só em frente da câmara

    por ser pobre e poder cursar direito
    passava os verões como entertainer a bordo dos barcos de cruzeiro

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  3. Mas uma questão subsiste José: Como é que um borra botas deste jaez e calibre, domina o que quer que seja? Do Berlusconi, pode-se alegar que o dinheiro, posição social ou o que seja, permitiram saltar para a política e uma série de coisas. E este borra botas? Como é possível? É um trafulha à dimensão do partideco que o acolhe e do país. -- JRF

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  4. Este borrabotas ajudou outros borrabotas a engraxar as botas e por isso "devem-lhe tudo" como o borrabotas disse do outro borrabotas do Camoes.

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  5. Sao aos milhares os borrabotas que lhe devem tudo e por isso tem uma legião de admiradores obrigados, principalmente nos jornais, rádios e tv´s

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  6. Querem algumas respostas? leiam o "Predadores" de Vitor Matos. Algo maçudo, por repetidas "estorietas", mas o essencial, na minha opinião, está lá.

    Carlos

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  7. Ia fazer um comentário a dizer que comparar Pinto de Sousa com Berlusconi é uma ofensa à “dignidade” de Il Cavalieri, mas o Floribundus antecipou-se e, melhor que eu, plasmou tal desígnio.

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