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quinta-feira, outubro 08, 2015

Confesso que não esperava tão cedo artigos como este...

José Milhazes no Observador:

Fui militante comunista e vivi durante 14 anos na URSS. Por isso sei que, não fosse o 25 de Novembro de 1975, e muitos dos que defendem a aliança com o PCP estariam a picar pedra numa região remota.

Só a ideia de que é possível ver a extrema-esquerda no governo do meu país, deixa-me envergonhado e indignado. Como será possível o Partido Socialista, que se diz europeísta, que não põe em causa a presença de Portugal na União Europeia, no Euro e na NATO, faça uma coligação com partidos que defendem exactamente o contrário?

Um dos meus amigos socialistas que defende essa aliança escreveu no Facebook: “Aquilo que aqui quero deixar agora, como testemunho pessoal fundado na minha própria experiência de trabalho em comum, é que os comunistas com quem trabalhei e o PCP com quem estive coligado, enquanto socialista militante e dirigente do PS, são portugueses honrados, trabalhadores empenhados e dedicados, que respeitam a palavra dada e honram os compromissos que assumem. Não são, na minha modesta opinião fundada também na observação e vivência pessoal, hoje, nem serão no futuro, nenhuma ameaça ao nosso sistema democrático e às suas regras. Mais, são, também o tenho sublinhado muitas vezes, um dos mais importantes garantes de respeito pela preservação da ordem publica, mesmo no decurso dos mais acirrados protestos politicos ou sindicais”.

Este meu amigo parece ter-se esquecido da história e dos clássicos do marxismo-leninismo-estalinismo, que continuam a ser o catecismo da extrema-esquerda em Portugal. Já não se lembra das tácticas previstas nos manuais comunistas de que, para tomar o poder, faz-se até alianças com o diabo. Talvez não tenha lido a entrevista que a deputada da CDU Rita Rato, formada em Relações Internacionais na Universidade Nova, deu ao Correio da Manhã, onde afirma não saber o que é o “goulag” (rede de campos de “reeducação” soviéticos).

Como é do domínio público, fui militante comunista e tive a oportunidade de viver durante 14 anos numa sociedade por eles edificada na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. O Partido Comunista Português, ao que eu saiba, nunca se demarcou dos hediondos crimes cometidos por Lenine e Estaline, continua a ver nestes dois carrascos “timoneiros do povo”, sempre foi fiel e servo do Partido Comunista da União Soviética até ao fim deste. E, para os que já se esqueceram, não fosse o 25 de Novembro de 1975 e a pressão exercida pelos dirigentes soviéticos sobre Álvaro Cunhal, e muitos dos socialistas que defendem hoje a aliança com os comunistas estariam pendurados em postes de iluminação ou a picar pedra algures nalguma pedreira numa região remota.

O Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda estão contra a integração de Portugal na União Europeia, contra o Euro, contra a NATO. E o que nos propõem como alternativa: atirarmo-nos todos ao mar ou aderir à União Económica Eurasiática e ao Tratado da Organização de Segurança Colectiva?

É verdade que a União Europeia está longe da perfeição e mergulhada numa profunda crise, que os portugueses, incluindo eu, foram e continuam a ser massacrados por medidas económicas honorosas, viram o seu nível de vida descer bruscamente, mas é necessário procurar novas alternativas e não propôr a repetição de ideias utópicas. Os comunistas-bolcheviques russos prometeram, em 1917, paz, pão e terra, mas o povo recebeu uma guerra civil que ceifou milhões de vidas, fomes que mataram mais uns milhões e os camponeses ficaram sem a terra que tinham, tendo muito deles ganho apenas um quinhão nalgum cemitério ou nas imensidões da Sibéria.

Se querem fazer novas experiências sociais, não as façam em pessoas, façam-nas em cobaias, se o PAN autorizar.

Lanço aqui um apelo aos amigos socialistas para que olhem para o Norte da Europa e vejam que há países que encontraram a prosperidade fora do comunismo. Para isso, não é preciso repetir utopias, mas fazer de Portugal um país menos corrupto, onde a justiça funcione, onde todos paguem impostos, onde os mais desprotegidos não sejam esquecidos.

Por favor, não me obriguem a participar duas vezes no mesmo filme, pois este segundo não será ficção como o “Good bye Lenine”
.

O que se passa em Portugal é um segundo PREC. Nada mais e nada menos. E Mário Soares está caquético, o que é pena e pela primeira vez o digo.

Esperemos para ver quem lhe sucede no lugar que afinal foi o seu e nos livrou da malina do comunismo em 1975. Só por si, a Igreja Católica de 1975 e o povo dessa altura, sem derramamento de sangue e guerra civil, não poderiam alterar a correlação de forças que se preparavam para tomar o poder, faz agora 40 anos.
E é com  pena que o reconheço. É verdade que na altura o comunismo era uma ameaça (sur)real com o espectro do que se passava nos países de Leste e isso era claro para muitos que então viviam, mas não para uma grande maioria.
Actualmente a farsa será outra e com outro contorno como se verifica na Venezuela, por exemplo. Por cá, será diferente, como seria diferente o comunismo de 1975 em Portugal.
Porém, a essência continua a mesma e a Liberdade é o assunto central em causa.
Até agora nem queria acreditar que isto fosse possível, mas é.

98 comentários:

  1. tinha acabado de ler

    o monhé ainda acaba afogado na Fonte Luminosa

    adorava ver o pançudo a correr, cagado de medo, à frente duns comunas

    anda com a manita masturbadora a brincar com o fogo

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  2. Não vai acontecer.
    Portugal, em protesto, votou PAN. Temos muitos e muitos defeitos mas revolucionários não.

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  3. José, podia ter posto o link do FB do seu amigo dava mais realismo e teclava menos. Presumo que ainda o possa fazer; é que estava a ler o post com o meu irmão e ele disse: "isso é conversa, só acredito se vir as fontes.

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  4. O ps está disposto a vender a alma ao diabo para safar o 44. O nosso atraso em relação à Europa justifica-se, em parte, com a existência dum partido comunista com representação parlamentar.

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  5. Também estou estupefacta e a ver o mesmo filme. Um neo-prec que está em calha

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  6. Mas que link de facebook é que aquele tosco quer? O artigo vem no Observador e está aí o link!

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  7. Mais, são, também o tenho sublinhado muitas vezes, um dos mais importantes garantes de respeito pela preservação da ordem publica, mesmo no decurso dos mais acirrados protestos politicos ou sindicais

    Já o disse antes e repito: o PCP é a muleta do centrão. Mantém os protestos "sob controle".

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  8. Tenham medo, muito medo!...
    Entretanto, as "forças do bem", estão todas acantonadas e com os cofres cheios, prontos a criarem mais uma "santa aliança" que lhes permita continuarem impunes aos roubos praticados.
    Leiam "post" no Portugal Profundo, com o qual concordo na reflexão que o mesmo nos provoca.
    O resto..."é só fumaça!"

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  9. Palhaço- quem roubou foram os teus. Estes andam a pagar os v.s roubos.

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  10. Vai insultar a tua mãezinha, ó cretino.

    E desorelha.

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  11. Cada mulherzinha à solta que faz favor. O outro vem com trica de porteira a dizer que o "amigo" e não sei quantos, do facebook, quando o José nem tem facebook e o texto é do Milhazes e publicado no Observador, este ex-bombista aparece para a festa a sonhar com luar.

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  12. Vou borrar novamente os dedos.
    A velha que te pariu, não te deu banho de seguida e por isso, infestas por todo o lado. Vai insultar as ratazanas que te acompanham.

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  13. Estás a falar com a mãezinha ao telemóvel? só pode. Desliga e chama antes o preto para o serviço que estás carente.

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  14. Tu é que infestas isto, merdas de um raio que só vieste aqui para largar gosma.

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  15. Para quem acompanha este "blog", não preciso dizer mais nada.

    Todos conhecem o teus argumentos. Primeiro o insulto, depois a pretensa superioridade intelectual.

    PORCA

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  16. eheheh

    A panca dos idiotas que se imaginam sempre acompanhados

    ":O))))))))

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  17. ò tosco- tu é que insultaste primeiro. Pediste-as. Foste tu quem escreveu isto:

    « Blogger Carlos disse...
    Bardamerda sujeitinha.

    9 de outubro de 2015 às 10:52
    »

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  18. Estão a fazer uma tempestade num copo d'agua. O PS não fará uma coligação negativa com os partidos à esquerda do PS.
    .
    Por uma razão muito simples. Tem consciência das consequências imediatas.
    .
    Um governo de coligação negativa formado pelas esquerdas, por razões pragmáticas que estão não ordem do dia (ou dos mercados) , seria um governo que nem precisava de tomar posse para mergulhar o país numa crise financeira sem precedentes.
    .
    Bastaria o anúncio de que Portugal teria um governo comunista e trotskista (syriziano) para vermos num ápice as taxas da dívida pública dispararem para níveis gregos.

    O problema nem seria as contas do estado, mas antes as necessidades de (re)financiamento dos particulares e empresas que, saliente-se, tem o maior endividamento de toda a UE.

    Deste modo os nossos bancos colapsariam de supeton e, com eles, as pessoas e empresas que a eles recorrem e recorreram.

    Eu sei que dá vontade de mandar os ditos mercados apanhar gambozinos ou mesmo dizer em jeito coelhino: que se lixem os mercados, mas a verdade é que sem massa não há pão. Neste campo das vontades eu até iria mais longe: que prazer não seria dar um chuto em PP e PPC. Vontades, enfim, que às vezes é preciso reprimir para um bem superior.

    Em suma, creio que o PS seja um partido moderado (sempre foi) e consciente das consequências imediatas duma coligação à esquerda.

    Mas Se assim não for aconselho vivamente o pessoal a retirar as suas poupanças de imediato de qualquer banco.
    .
    Rb

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  19. Este comentário foi removido pelo autor.

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  20. ahahaha

    O judeu lembrou-se logo do detalhe que importa

    ":O))))))))))

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  21. Pois importa. E olha que até estou com o PCP na questão do Euro. Por razões e metodologias diferentes, porém.
    .
    Os estrangeiros que nos avaliam e compram dívida não sabem que o Jerónimo até é um gajo equilibrado e inofensivo. Vêem rótulos. Para eles é comunismo soviético e o BE é um syriza.
    .
    Nesta fase do campeonato é mais importante parecer do q ser.
    .
    Se até o Costa foi escrutinado pelo Pritchard do jornal telegraph e colado (injustamente) ao syriza, imagina o q não pensariam se os parceiros do syriza e os comunas estivessem no poder.
    .
    Pelo sim pelo não, o melhor é deixar um cheque pronto a sacar dinheiro das nossas contas. Se houver anúncio de coligação negativa IDE a correr levantar a massa. Logo, no minuto seguinte. No dia seguinte pode ser tarde.
    .
    Mas não acredito q o PS faça isso.
    .
    Rb

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  22. Tu já a puseste a salvo há muito. Por isso é que achas giro para os outros saírem do euro.

    E sim, esse é o único conselho sensato que se pode dar.

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  23. "Para eles é comunismo soviético e o BE é um syriza. " Leia O Militante e o programa do partido. Saiba que o leninismo aconselho o passo a trás para depois dar os dois à frente. Saiba ainda que o próprio Cunhal, em 1975 duvidava que houvesse condições políticas suficientes para a tomada de poder pelos sovietes. Leia depois o que Louçã já disse várias vezes sobre o que é o BE e saiba o que é o trotskismo.

    Depois conclua logicamente.

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  24. Em 1975 até eu duvidei do perigo que corríamos e não acreditava no que os franceses e americanos diziam de nós nas revistas que por cá chegavam.

    Mas a verdade é que tinham inteira razão. Tal como hoje e penso que desta vez não serei ludibriado, ao contrário de muitos que continuam a pensar como a maioria em 1975 que nem se aperbeu dos riscos que corremos.
    Por isso é que não ilegalizaram o PCP como se calhar deveria ter sido feito.

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  25. Eu não sei mas já me acautelei há muito


    AHAHHAHAHAHA

    Mesmo se não der PREC, está mais que visto que em 40 anos o que se conseguiu de novo foi mais do mesmo.

    E isso é que é assustador. O panorama político não se alterou.

    Não apareceu nada para contrariar esta tendência revolucionária e abrilista que se tornou a nossa gigantesca desgraça.

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  26. Quem viveu isto ou se lembra e é realista, ou é fóssil e é o que deseja.

    Não encontro outra perspectiva em pessoas da nossa geração.

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  27. E o que saiu dela é mais do mesmo sem ter sequer vivido para poder ajuizar.

    Não sei por onde para a diferença quando as novidades são pan-caninas ou neotontas.

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  28. Por isso é que escrevi aí em baixo que em 40 anos as opções políticas são as mesmíssimas com um pouco de cosmética à mistura.

    Trágico.

    Em 40 anos de Liberdade e Democracia cometeram os mesmíssimos erros que Salazar e Caetano ao não se esclarecer a população da verdadeira natureza do comunismo.

    Mesmo depois do Muro cair e se conhecer o que ocorreu na RDA, Polónia, Hungria, antiga Checoslováquia e demais países de Leste, sem galar da URSS e Rússia, continua tudo como se estivéssemos em Outubro de 1975.

    Incrível.

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  29. Pois escreveu e é mesmo como o seu balanço diz.

    É impressionante e isto não é dito publicamente por ninguém.

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  30. As Lourenças e Judites foram quem ajudou a esta farsa gigantesca porque são elas, a título de exemplo que continuam a apresentar o PCP e o BE como muito respeitáveis e democráticos quando o não são de todo.

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  31. E como isto me parece assim, a História está a repetir-se, agora como farsa e é um autêntico "regresso ao futuro".

    Vou mostrar neste fim-de-semana como foi o que agora é.

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  32. Mais uma vez,claro, porque estou farto de bater na mesma tecla.

    O Dragão, esse, continua à margem desta discussão porque se acantonou no limbo do saudosismo atávico, inconsequente e serôdio.

    É pena porque de facto é o comunismo e esquerdismo que continuam a ser o problema principal em Portugal como o foram nos últimos 40 anos.

    Custa a morrer, esta hidra...arre!

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  33. José, desculpe antecipar-me a um assunto que decerto irá abordar.

    A Ministra da Justiça anunciou há dias a sua demissão do cargo. Creio ser esta a norma do executivo ou pelo menos d'alguns dos seus elementos, quando um governo cessa funções e imediatamente antes doutro ser empossado.

    Ora bem, perante os desenvolvimentos e avanços extraordinários verificados nos processos judiciais em curso, particularmente os mais mediáticos e escabrosos, tenho para mim que não fora esta minstra com a preciosa e fiel prestação dos seus colaboradores mais próximos e não se teria verificado o decisivo avanço e conclusão dos processos mais escaldantes que a Justiça tinha em mãos.

    Esta corajosa ministra não se pode dispensar. Sr. Primeiro Ministo não aceite a sua demissão por amor de Deus, o Dr. Passos Coelho tem no seu executivo talvez o mais incorruptível dos elementos e isto tem sido raro, para não dizer nulo, com as horrosíssimas excepções que confirmam a regra, desde o 25/4.

    Tal como a brilhante Drª. Paula Teixeira da Cruz, a derminada G.C.L. e a Valente Drª. Joana Marques Vidal (dentre mais alguns) todas incorruptíveis, estas três senhoras, pelo menos, não podem deixar os seus cargos político e institucionais sob pena dos processos mediáticos a decorrer na Justiça, alguns já concluídos e outros importantíssimos em fase de conclusão, por demais escabrosos (cujos implicados estão mesmo à espera destas substituições para evitarem prestar contas à Justiça) serem votados ao completo insucesso. Estas três personalidades, pelo menos no próximo governo, que se espera seja na sua quase totalidade PSD-CDS para bem dos portugueses, são simplesmente insubstituíveis.

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  34. Há mais que se ficaram pelo limbo do saudosismo atávico e depois sonham com reviralhos de terceira-idade.

    Não tenho pachorra para essas coisas. É mais do mesmo- é "pelo sonho é que vamos"; é a hora!"

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  35. no limbo do saudosismo atávico, inconsequente e serôdio.

    Hmm...

    Inconsequente, à mesma luz, também podia ser o que aqui se faz. Bate-se na mesma tecla e... estamos na mesma.

    Não sei se o comunismo e o esquerdismo são o problema fundamental de Portugal tanto quanto serão expressão, ou consequência, de um tal problema. E indo por esse caminho, se calhar, encontraríamos alguma claridade.

    Porque o saudosismo pode ser, parece-me, apenas a expressão que denigre uma forma particular de conceber o que somos e o que fazemos.

    Não é esta - creio que já lhe podemos chamar assim - utopia de que o nosso país pode ser um modelinho de regime político e governar-se como se governam os outros - importante! -, mui democrata e pluralmente, com um partidinho conservador e outro mais a dar para o progressivo, à inglesa, ou com muitos partidinhos à outro estrangeiro qualquer, e assim vivermos felizes, a votar ora num ora outro, de quatro em quatro anos, e ser, enfim, mais um paízinho europeu não muito diferente do resto dos paízinhos europeus, sob a tutela benévola dos países que são menos inhos. Sermos uma espécie de inglesinhos ou de francesinhos. Não se pode conceber esta utopia, dizia, como uma espécie de saudosismo? No caso um saudosismo de uma coisa que nunca se passou? Não se passou nem parece que se haja de passar.

    Saudosismo pode ser muita coisa. Pode não ser nada.

    Longe de mim querer falar pelo Dragão, mas tenho de perguntar: que há de novo para discutir? O comunismo? Outra vez? Mais? Mas que haverá para discutir que ainda se não tenha discutido?

    A saída do euro? Deus nos proteja que isso dava-nos cabo das poupanças e o estado precisa delas para pagar a dívida...

    A saída da UE? E depois? Que havemos de fazer, sozinhos perante o mundo? Coisa de malucos. Nós sozinhos... onde é que já se
    viu? Juntinhos, aconchegadinhos aos outros é que se tá bem.

    Realmente não sei se há grande coisa para discutir.

    "pelo sonho é que vamos"; é a hora!"

    Pois. Que coisa tão atávica. Era muito melhor se civilizadamente discutíssemos os issues dos programas dos partidos e civilizadamente ponderássemos o que era melhor para o nosso país e votássemos em consciência. Era... seria, melhor dizendo. Talvez.

    Uma coisa é certa, porém: para os comunistas, é mesmo pelo sonho que eles vão. E para eles é sempre a hora. É natural que depois passem a perna a quem fica a olhar para o relógio - swiss made ou noutro sítio qualquer. Menos em Portugal.

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  36. "tenho de perguntar: que há de novo para discutir? O comunismo? Outra vez? Mais? Mas que haverá para discutir que ainda se não tenha discutido?"

    Mas o que eu disse é que não se discutiu de modo eficaz porque a prova está aí: continuam a achar que o comunismo é coisa comestível democraticamente. E o trotskismo idem.

    As pessoas que votaram no BE e parece que foram maioritariamente descontentes da Coligação ( PSD/PP) fizeram-no por reacção idêntica á que tomaram em 1985 com o PRD de Eanes. Porém, não sabem exactamente o que é o BE como se comportaria se estivessem no governo.

    Por outro lado o que por aqui escrevo tem muito pouca relevância. A televisão é que tem importância.

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  37. O comunismo e o esquerdismo é coisa que náo foi devidamente estudada pela maioria da população. Antes de 25 de Abril ninguém discutia tal coisa publicamente porque era proibido.

    Depois, foi quase igual com uma particularidade: o comunismo passou a ser coisa banal e quase como as demais ideologias democráticas burguesas. Coisa corriqueira.E não é.

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  38. Há coisas que me ultrapassam e não é só o PAN

    Esta ideia que em cima do momento histórico- do presente, com a juventude como imagem do futuro, o que importa é debater a vantagem de não se votar e até a vantagem de não existir votação é cá uma coisa que faz favor.

    Mas pronto, assim como também há malucos que se juntam e votam num partido para IRS e SNS de animal doméstico, já não digo nada que talvez consigam chegar aos 2 deputados da defesa da inexistência de democracia

    ":OP

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  39. Experimentem que eu acredito que os tugas são suficientemente poetas para irem nessa e votarem a favor de não haver voto.

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  40. Sempre é uma ideia mais excitante e jovem que a do reviralho da terceira idade

    ":OP

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  41. Estudar? Eheheh

    Então o outro não precisou de 14 anos a viver lá, para perceber o que outros ditos pacóvios perceberam sem terem que sair das berças?

    E será que essas ideologias democráticas burguesas são mesmo coisa corriqueira como o comunismo não é?

    De onde provêm elas? Que género de pessoas subscreve a umas e outras?

    Acho que é uma questão de perspectiva. Da minha, acho que não há nada para estudar e, por conseguinte, para discutir nesse sentido. Eu sei perfeitamente porque é que o comunismo não presta. E é pela mesmíssima razão que o resto, mais ou menos corriqueiro, também não.








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  42. Mas o outro era militante. Estamos a falar de pessoas normais que não fazem a menor ideia do que é o BE.

    Mas força, criem um grupo de reflexão acerca da democracia sem voto ou coisa mais estrambólica que passam à frente do Boaventura.

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  43. Se v. acha que o comunismo não presta pelos mesmos motivos que a dita democracia burguesa não presta, então v. não sabe o que é o comunismo.

    Não há outra resposta. A menos que seja um ET à PAN e por aí tudo é cada vez mais possível.

    O que está a dar é apelar ao sentimento das pessoas (ou dos animais).

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  44. Eheh essa tem piada, votar para não haver voto.

    Só que a questão é mais profunda do que isso. Mas é fácil de desenterrar, quer ver?

    Qual era a forma mais eficaz, mais certeira e determinante de acabar com o voto em Portugal? Simples: bastava acabar com ele nos outros países.

    Passasse-se isso e, tão certo como eu me chamar como chamo, que aqui havíamos de estar a discutir os tolos dos saudosistas que queriam essa coisa serôdia e atávica de andar o governo a pedir licença, de quatro em quatro anos, para fazer o que lhe compete...

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  45. Que raio, os países têm de funcionar e precisam de governos. Isto é básico.

    Se as pessoas se habituaram a participarem em toda a caca e darem opinião por tudo e por nada, por que carga de água íamos agora dizer que afinal o que é preciso para Portugal é acabar-se com a democracia e colocar-se um rei sábio no trono.

    Mas pronto. È como digo. Se conseguirem embrulhar a ideia da forma mais estapafúrdia possível e com apelos ao coração, conseguem votos.

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  46. Sim, eu sei que é mais profunda. Todos os meus colegas escardalhos passam a vida a dizer o mesmo acerca do sistema capitalista.

    Os problemas são mais profundos, é preciso escalpelizar o óbvio até que se fique sem nada para depois se inventar tudo de novo.

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  47. Eu diria mesmo mais: porque carga de água havemos nós de fazer o que os outros não fazem, ou deixar de fazer o que eles fazem?

    ahaha!

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  48. Mas já se acabou com voto noutros países e até os comunas fingem que nunca quiseram isso.

    Está a perceber a diferença?

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  49. V. tem comunas de todos os modos e feitios, capazes de defenderem a revolução, para inventarem um outro sistema que não seja capitalista mas todos eles acreditam que até essa revolução vai ser democrática e popular.

    Já diziam isto em 75. Sempre enganaram. Nunca ninguém normal, sem serem os fanáticos militantes e ditadores frustrados, acreditou ou desejou uma revolução que não fosse para mandarem todos.

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  50. E é por isso que as pessoas não sabem o que é o BE. E nem acreditam muito que um Jerónimo possa ser algo parecido a um palhaço da América latina.

    È sempre tudo para lutar contra o únicoa fantasma totalitário e anti-democrático que encasquetaram que existe- a Direita e o perigo do fascismo.

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  51. Excelente artigo de José Milhazes. Não vale a pena argumentar com trolls crónicos que defendem o indefensável, gente doente, que de bom grado mataria os não-comunistas todos, como o MRPP ameaçou fazer. É corriqueiro aceitar-se o comunismo como se este fosse uma ideologia normal e não assassina, como disse e muito bem um comentador. Se tivesse sido o CDS, por exemplo, a prometer matar os "traidores de esquerda", a histeria seria de tal ordem que não me admiraria que houvesse uma revolução. É a esquizofrenia esquerdista mo seu melhor. Eles podem literalmente matar. Os outros merecem a morte apenas por existirem. Comunistas, islamistas, nazis, fascistas, loucos...

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  52. Eu conheço de perto gente do BE. E são uns tipos mais brandos que eu. Aposto que nem um murro eram capazes de dar a alguém. Fala-se-lhes mais alto e baixam a bola.

    Mas, se a coisa se passar como querem- e como querem é sempre igual- nacionalizações e o resto que vem por si, acabavam defenestrados pelos comunas à séria. Inclusive os que têm entre eles.

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  53. Quando o palerma do marrano das espécies disse que apertou a mão ao Arnaldo de Matos e percebeu que só podia ser uma excelente e pacífica pessoa, dá para perceber que mais valia ter-lhe apertado o pé.

    Porque até podia ter cumprimentado o Estaline ou o Che e achado o mesmo. E este não é criança e fala assim. Porque não sabe.

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  54. A diferença entre quê?

    V. continua a dar-lhe com o voto. A mim não me interessa nada isso.

    Vou tentar esclarecer: a única razão pela qual se acha tão grande ideia votar, é porque no-lo dizem de fora.

    Esta é a diferença. E é a razão pela qual o comunismo não presta, e o resto também não.

    Não é preciso saber mais nada.

    Agora se quer discutir se uma trampa que nos despejaram da Alemanha é pior que uma basbaquice que nos impingem de Inglaterra, esteja à vontade.

    Eu dispenso. Acho que enquanto não se ultrapassar isto, não chegamos a lado nenhum, como nunca chegámos na nossa história nem havemos de chegar na que ainda tivermos pela frente.

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  55. O que é que dizem de dentro?

    Eu estou a falar para horizontes minimamente viáveis, a acontecerem aqui, neste planeta, nesta galáxia, com a geração mais nova porque não vou estar cá para ver.

    Portanto, pergunto- o que é que há cá de novo que possa vir de dentro e dessa geração?

    E tendo em conta que as pessoas pensam umas coisas em novas e tendem a mudar quando ficam mais velhas.

    Pergunto eu- o que é que nasceu em Portugal de sui generis (sem ser o PAN que parece que também é cópia estatista de outras palhaçadas estrangeiras) que está embrionário cá?

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  56. Eu podia até perguntar o que pensa que pode vir para a semana.

    Porque eu não sei.

    Mas se não consigo prever o que pode vir daqui a umas semanas, muito menos encontro qualquer utilidade prática em pensar no que pode acontecer daqui a uns séculos.

    Porque a v. conversa é essa fuga à realidade. Ora olham para um passado que acabou, ora se agarram a um presente a apontar com coisas para daqui a séculos.

    Que o façam dizendo que são teorias, na boa. Agora misturar especulação visionária com realidade possível num presente ou futuro próximo é que e de malucos.

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  57. E v. fala de Portugal, com um povo estanque, quando já nem eu me reconheço lá muito entre os portugueses e a mistura tenderá a ser cada vez maior.

    Com milhares de imigrantes a entrarem e a ficarem com nacionalidade portuguesa, eu nem sei como é que v.s ainda conseguem apalpar essa alminha lusitana para fabricarem um sistema genuíno.

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  58. Por exemplo. não consigo reconhecer-me em quem vota PAN

    ehehehe

    Foi daqueles fenómenos sociológicos que mordi desde o princípio, e fui fazendo posts à conta do Paulo Borges mailo 5º Império da Bicharada e a realidade aconteceu.

    E aconteceu do modo que o Hajapachorra muito pertinentemente já tinha dito:

    As coisas começam academicamente, até se imporem por status, a seguir descem aos media e depois a populaça agarra e transforma em moda. Em moda de nenucos, como dizia a outra

    AHAHAHAHAHHA

    Só estas coisas já são um mundo para se entenderem quanto mais os ditos sistemas de hábitos estabilizados.

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  59. O que é que dizem de dentro? Dizem que o que vem de fora é que é bom. Ahaha!

    V. já não se reconhece lá muito entre os portugueses. E eu não me reconheço em mais ninguém.

    É assim...



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  60. O Louçã continua a falar na SICN como sempre. A apontar o "falhanço" do sistema pressupondo sempre algo que não explica devidamente. A lourença ouve e segue...

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  61. O Louçã tem uma tribuna semanal na tv do militante nº1 do PSD. Coisa de loucos.

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  62. Pois o hajapachorra diz isso e tem razão. Mas depois fica chateadinho quando se criticam os Warburgs. Porque lhes "devemos" os maiores centros de estudos de não sei quê... Pois devemos, devemos... A questão é: para que os querem eles.

    É assim...

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  63. V. reconhece-se em que portugueses?

    Deixe-se de tretas. isso é cena nerd. Não acredito que exista muita gente como v. e mailo Vivendi a pensarem uma monarquia à moda antiga.

    Nem o seu nick é entendível para mais gente que não tenha percebido uma série de pequenas coisas completamente pessoais e está agora a dizer que os tugas de agora são mujahedins a lutarem por um regime autoritário e moral à Salazar com turbante?

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  64. O Warburg foi um genial historiador de arte.

    Ponto. Ainda bem que gastou o dinheiro da família naquele instituto. V. falou sem saber do que se estava a falar.

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  65. Quer-se dzier, só se eu fosse uma retardada mental de uma troglodita ia agora dizer mal do Aby Warburg e da obra dele, pelo facto de ser judeu e de uam família de banqueiros magnatas.

    Essas merdas são tiques seus e isso acredite que partilhe com mongos à PNR. Com mais ninguém.

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  66. Pois é. Esse Louçã é outro fenómeno em que não se toca. Tem lugar em toda a parte e até falam com ele como se fosse alguém com alguma coisa para dizer (sem ser o que não diz nem conta)

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  67. O Louçã é um palerma com todas as letras. Todas.

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  68. E o pai era um salazarista que poderia ter terminado com o 25 de Abril...se tivesse disparado a canhoneira do navio em que estava a comandar nesse dia.

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  69. O "falhanço do sistema".

    Literalmente. Dizem esta frase há décadas. É o sistema. O sistema mostrou que falhou.

    É preciso criar grupos de reflexão para perceber o que tem de mudar no sistema mas antes disso, nada como deitar abaixo e experimentar depois.

    é isto o trostkismo. Desde sempre e continua igual. E eu nem vejo tv porque quando via nem dava para aguentar porque não havia uma alminha que lhe dissesse isto.

    Que raio de cena é essa do sistema e o que é que quer?

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  70. O sistema que o Louçã defende, nunca o dizendo expressamente falhou em todo o lado. E é um horror, literalmente e ninguém lho diz. A Lourença e outros convidam o tipo para debitar as inanidades de sempre com um objectivo: derrubar o "sistema".

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  71. o militante nº1 do PSD aplaude e apadrinha.

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  72. Para mim a luta política que faz algum sentido neste momento é a de desmistificar a esquerda comunista que nem sequer se aceita enquanto tal nas tv´s. Nos pasquins que editam já não é assim e são claros como a água.

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  73. Sim. Derrubar o sistema. E toda a gente escardalha que eu conheço repete isso. Sonham em derrubar o sistema.

    E uma pessoa pergunta-lhes para quê e com que exemplos e fecham-se em copas. Não sabem. É algo de novo e muito mais democrático.

    Agora dizem assim. Há 40 anos diziam que era democrático e popular como era na URSS ou na China ou no farol da Albânia.

    Portanto, também acredito que se derrubarem alguma coisa vão ficar com o mesmo mas nas lonas. Há sempre exemplos- a Venezuela,de facto, pode ser um.

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  74. Quem anseia pelas utopias dos quintos impérios e pela ética salazarista dos anos 40 está desfasado e ultrapassado, mesmo que tal ética não o esteja.
    Parecem aqueles indivíduos que passam a vida a falar "do meu tempo é que era"...

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  75. Não se aceita como é em parte alguma, José. Em parte alguma, a começar pelas escolas.

    A patranha institucionalizou-se e agora conta com geração que nem sabe e apenas repete o que lhe ensinaram.

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  76. Salazar se fosse vivo e em plenitude de faculdades não aceitaria os salazaristas actuais. Não se reconheceria neles, penso.

    Hoje não é possível encomendar a um canteiro que trabalhasse nas obras de construção de uma pousada do Estado, a tarefa de ir talhar um cabeço de pedra para fazer sete pedras tumulares dignas de figurar num museu de arte e que na altura eram coisa relativamente vulgar.

    Hoje seria de outro modo. Como é que Salazar escolheria a sua pedra tumular? É uma pergunta cuja resposta me interessa.

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  77. Essa descoberta foi a coisa mais fantástica que soube sobre Salazar, este ano.

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  78. estou a pensar votar no pan.
    gosto muito de cachorros ... quentes

    esquerda e direita
    perguntava Einstein 'qual é o lado direito da rua?'

    saudosistas da urss 26 anos após a sua implosão,
    só mesmo entre analfas do rectângulo

    saudosistas em geral:
    o monhé é o actual d. sebastião
    chegou na nau catrineta
    para dirigir o V império

    o trotsquismo acabou à martelada

    regresámos ao ponto de partida sem retorno

    ardeu Tróia
    Ítaca é um sonho transformado em pesadelo

    vou comprar uma bola de cristal da marinha pequena

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  79. O modo como vivia a sua vida, na altura dos anos 50 e 60 era o modo como se vivia em Portugal pela maioria das pessoas e que era muito semelhante à dos pobres de verdade.

    Hoje é tudo diferente seja no meio urbano seja no rural.

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  80. Pois é. E tem mudado de um modo que até é difícil de acompanhar.

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  81. As opções políticas actuais têm que levar isso em conta necessariamente e por isso qualquer veleidade de regresso a um passado perdido é completamente utópica.

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  82. Quem ficar agarrado a isso pode efectivamente perder a vontade de votar. Mas é solução para alguma coisa, isso?

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  83. na II rep havia pobres

    actualmente há falidos em todos os extractos sociais

    nostalgia da urss
    ou a dor do regresso

    utopia ou rebaldaria?

    ditado galego
    'fidalguia sem comedoria
    'e gaita que não assobia'

    boa noute
    amanhã deve chover

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  84. ehehe boa noute. Deve chover, deve. E chuva molhada.

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  85. Salazar se fosse vivo e em plenitude de faculdades não aceitaria os salazaristas actuais. Não se reconheceria neles, penso.

    Quem é que designa os salazaristas?

    Hoje não é possível encomendar a um canteiro que trabalhasse nas obras de construção de uma pousada do Estado, a tarefa de ir talhar um cabeço de pedra para fazer sete pedras tumulares dignas de figurar num museu de arte e que na altura eram coisa relativamente vulgar.

    Só se for já não haver pedreiros que saibam trabalhar a pedra. O meu avô era-o. Antes de usarem explosivos, rachavam penedos de alto abaixo a poder de ponteiro (não sei se era esse o nome exacto) e marreta.

    De qualquer maneira, o V. ponto de vista não é coerente. V. referem-se a aspectos que são temporários, da ordem da aparência e portanto ilusórios.

    Do ponto de vista dos interesses permanentes de Portugal, a opinião de Salazar não poderia ser muito diferente nos princípios porque esses interesses não mudaram. Decerto que, se ele voltasse agora, teria de partir do que está e não do que estava. Mas, mais uma vez, essa é uma questão circunstancial. É o ponto de partida que se altera, e não o ponto de chegada.

    Lá por Portugal ter deixado perder o Ultramar, não significa que os nossos interesses se tenham alterado. Eles nunca se alteraram nem se hão-de alterar enquanto existirmos como país.
    A única coisa que mudou foi que comprometemos a nossa capacidade de fazer valer os nossos interesses mais profundamente do que alguma vez antes. E, como tal, é-nos muito mais difícil agora fazê-lo.

    Cuidou-se que íamos para um mundo novo e tudo isso era passado. Pois note o que eu lhe digo: tudo isso vai parecer a maior patetice em muito pouco tempo. Nunca há mundos novos. Só muda o aspecto dos interesses permanentes e as circunstâncias temporárias em que eles se movem e os argumentos e teorias que arranjam para melhor se imporem aos mais fracos. Como foi o Mare Libertum, ou a escravatura, ou as esferas de influência, o fardo do homem branco e por fim o anti-colonialismo. Tudo isto são expressões dos mesmíssimos interesses a tentarem levar a sua avante sob o pretexto de "mundos novos" e "mentalidades novas".

    Tal como o comunismo é exactamente a mesma coisa. É uma tirania velha de milénios que se disfarça sob uma revolução "nova", de "uma mentalidade nova". Porém, é a mesma coisa que já os romanos se viam obrigados a passar a fio de gládio no séc. II

    Portanto, não creio nada que Salazar não aceitasse os salazaristas actuais. E neles me incluo, embora não saiba quem mais vós incluís. Acho que ele diria simplesmente: eu bem disse. E ia trabalhar.


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  86. "Quem é que designa os salazaristas?"

    Quem se reclama do salazarismo. Não é preciso mais.

    "De qualquer maneira, o V. ponto de vista não é coerente. V. referem-se a aspectos que são temporários, da ordem da aparência e portanto ilusórios."

    Acho que não é assim e o exemplo que dei é apenas isso,um exemplo, mas que possibilita perceber que o tempo não parou nesse tempo.

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  87. Importa perceber o que é eterno e o que muda conforme as épocas. As técnicas mudam. Os conhecimentos científicos mudam. Os costume também mudam e por vezes mudam as próprias pessoas que passam a comportar-se de modo diverso do que se comportariam 40 anos antes.

    "Todo o mundo é composto de mudança tomando sempre novas qualidades". É uma citação que não digo de quem é porque pressuponho que todos saibam. Porém, há muitos jovens hoje em dia que não fazem ideia de quem isto escreveu e o que significava nesse tempo.

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  88. A questão do tempo é falaciosa.

    Serve para tudo. E normalmente para enganar.

    Os ditos saudosistas - e falo por mim - não estão parados no tempo. Antes pelo contrário: parecem-me que têm uma atitude lúcida perante o dito. Porque compreendem que o tempo passa mas há coisas que não mudam e outras que mudam ciclicamente; mais, há outras que, ao parecerem mudar, só o fazem na aparência, ao passo que a essência permanece a mesma.

    Não podemos regressar no tempo e, como tal, não podemos regressar a 24 de Abril de 74. Mas o que importa não é isso. O que importa é a questão: no essencial, o que nós precisávamos e nos convém mudou substancialmente desde aí? Prometeram-nos que sim, mas verificamos que não.

    Perdermos aqueles territórios serviu-nos de alguma coisa? O mundo acaso nos tratou melhor por isso? Não e não. Quanto muito, passou a tratar-nos pior - e com razão porque verificou a nossa fraqueza. Percebeu que o momento tinha chegado em que podia fazer de nós gato sapato novamente. E fê-lo. A culpa disso, porém, de quem é? É nossa como sempre foi de cada vez que tal aconteceu. É nossa porque nos recusámos e recusamos a ver que, como sempre foi, assim é e sempre será: se nós queremos o nosso lugar no mundo, ele nos há-de custar sangue, custar suor, e custar lágrimas.

    Que fazer? Entender. Entender que não nos adianta, nunca nos adiantou nem nos há-de adiantar - são 872 anos de comprovação empírica - contemporizar. tergiversar ou ceder naquilo que nos é importante. Que quando nos pedem tal é porque querem mais do que pedem, e normalmente mais do que nos convém dar.

    Entender que vieram, vêm e virão ideias, teorias novas na aparência mas velhas no intuito; far-se-á apelo a todos os ideais, todos os grandes princípios, tanto mais abstractos quanto grandiosos, para justificar a criação de ordens - essas sim, novas porque visam substituir as anteriores - políticas, jurídicas e sociais que legitimem e facilitem o estabelecimento e o domínio daqueles com poder suficiente para as produzir, mobilizar e promover - sempre, sempre, sempre no interesse deles e não no daqueles que lhes cedem.





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  89. E esta ilusão de ceder aos "ventos da história" - que amanhã terão outro nome, soprarão outras ideias, outras palavras, apelarão a outros ideais - é o maior problema.

    E é fácil de verificar porquê: porque o objectivo é encerrar-nos na sua lógica e condições. Sabemos que o sistema que temos não nos serve, necessita de mudanças. Até aqui todos estamos de acordo. É a seguir que começam os problemas: que mudanças? E bom, verificamos que qualquer mudança que ultrapasse a aparência é denegrida como saudosista, atávica, ou impossível e irrealista. Porquê? Porque, efectivamente, estamos a ir contra o que nos preconizado de fora.

    E assim caímos na contradição que nos é tão típica: queremos o benefício de mudar, mas queremos fazê-lo sem incorrer no custo. Queremos os benefícios de duas políticas contraditórias: queremos manter os benefícios de não mudar e os de mudar para melhor.

    Foi por isso que foi tão fácil perder o ultramar. É por isso que ainda hoje ouvimos defender isso mesmo: não entregar mas fazer de conta que sim. Ter os benefícios de permanecer sem os custos de lá estar.

    E o mesmo decalca-se quase na mesma hoje para a UE: queremos os benefícios de lhe pertencer sem os custos associados. Queremos os benefícios de não lhe pertencer, sem o sacrifício que implica sair.

    E o mesmo para a política: queremos os benefícios de uma democracia e os de uma ditadura, sem os custos de uma ou outra.

    Quem pensa assim apenas tem um destino reservado: ser explorado, humilhado, enganado, retalhado - vez após vez após vez, vezes sem conta até não sobrar nada senão uma sombra do que foi.



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  90. As soluções existem, as alternativas existem, até já experimentadas por nós próprios. Estão perfeitamente ao alcance, bastando para isso decidir alcançá-las.

    Mas desengane-se quem pensar que as encontrará sem sacrifícios, sem custos, sem problemas, sem, em última análise, ter o mundo contra nós. Porque o mundo virar-se-á sempre contra nós quando decidir-mos seguir o nosso caminho sem olhar ao que os outros querem, mas apenas ao que nos convém.

    Quem pensa que vai encontrar soluções novas, soluções grandiosas, que nada vão custar e que nos grangearão a aprovação do mundo está enganado; profunda e tragicamente enganado. Tais coisas não existem nem nunca existiram.

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  91. Eu gostei mesmo foi do Louçã a levar umas chapadas dum "guardilla" espanhol num dia em que armado em deputado europeu queria pregar loas no país vizinho. Claro levou no focinho e rabinho entre pernas de volta á casa materna. Gostei muito dessa cena que bem aquilata a heroicidade destes maricões.

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  92. "na II rep havia pobres

    actualmente há falidos em todos os extractos sociais" Floribundus

    É exactamente como escreveu e isso é que dói.

    Oue havia pobres antigamente, claro que havia, mas eram de certo modo felizes simplesmente porque viviam numa sociedade que lhes garantia uma absoluta paz social e política, uma estabilidade laboral e uma total segurança pessoal. De que serve um regime que supostamente nos trouxe a liberdade (e muito haveria a dizer sobre 'esta' suposta 'liberdade' de que aparentemente beneficiamos) mas que não nos garanta as três condições imprescindíveis para que um povo, qualquer povo, prospere social e econòmicamente: viver em clima de paz; sentir alegria e dedicação no trabalho que desempenha; sentir aquela felicidade indefinível que só um ambiente social, laboral e familiar pacíficos são capazes de proporcionar; ser governado por políticos competentes, honestos, integros e patriotas, numa palavra, incorruptíveis.

    Será que no actual regime - contràriamente ao anterior em que havia, se tanto, alguns milhares de pobres, dos mais humildes, mas vivendo em paz e felizes - não existem muitas centenas de milhares dos verdadeiramente pobres e de pobres envergonhados e agora atingindo todas as classes sociais? Era "isto" que os democratas queriam que acontecesse à população? Perante a degração económica, social e política em que nos encontramos, que não se duvide, era de certeza. E por que razão neste excelso regime, ao contrário do sucedido no anterior em que teriam emigrado alguns poucos milhares, bastante mais de um milhão de portugueses emigraram nos últimos anos (para já...) por não encontrarem trabalho no País? E será que o povo português neste regime vive com a mesma alegria de antigamente, alegria traduzia numa sensação de bem-estar físico e psíquico aliás projectada pelas pessoas nos seus afazeres diários, no seu ambiente laboral, nas suas actividades sociais e muito particularmente no seio das suas famílias?

    Repito, para que serve a liberdade política tão propalada pelos auto-proclamados democratas que nos calharam em sorte num dia de azar, se ela nos retirou (na realidade roubou criminosamente) a paz social, a credibilidade política, a prosperidade económica, a segurança pessoal, a estabilidade laboral e a harmonia familiar?

    Se duvidam qual o género de vida - política, social e familiar - que certos povos, vivendo em democracias prósperas e desenvolvidas, no seu íntimo realmente preferem, perguntem aos índios norte-americanos, àqueles infelizes que vivem triste e miseràvelmente em reservas e afastados da civilização (e não o façam aos já americanizados ou aos chamados índios-americanos que já se integraram no meio em que nasceram e cresceram, ainda que, por estranho que pareça, a opinião de muitos destes é também extremamente negativa) se eles são felizes a viver 'naquela' democracia com toda a fartura e riqueza que os rodeia, mas à qual jamais poderão aceder por mais que se matem a trabalhar. Perguntem se eles preferem viver naquela sociedade d'abastança na qual estão inseridos há gerações, porém totalmente falha de princípios éticos e morais ou, caso pudessem escolher, se prefeririam regressar às terras dos seus pobres e humildes mas genuìnamente felizes antepassados nas quais voltariam a sentir-se finalmente livres, em paz e felizes. Ou em alternativa façam a mesma pergunta aos aborígenes australianos. Ou, se preferirem, façam-na a algumas tribos recônditas da América do Sul. E das respectivas respostas retirem as devidas ilações.

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