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segunda-feira, outubro 12, 2015
Plagiarius terror
Expresso no Sapo:
Depois de já ter sido acusada de plagiar a sua tese de doutoramento em Medicina, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, enfrenta novas acusações em relação ao seu percurso académico.
Desta vez, é a prestigiada Universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos, que revela que a governante “nunca esteve matriculada num programa oficial da universidade que lhe permitisse obter um certificado ou um diploma”, contrariando o que Ursula von der Leyen escreve no seu currículo.
A Universidade de Stanford nega que a ministra alemã tenha, como esta afirma no seu CV, completado entre 1993 e 1996 um curso na Faculdade de Negócios e outro na Administração de Serviços de Saúde da instituição. Falando neste domingo, o porta-voz da universidade acusa Ursula de mentir no registo das suas actividades académicas, afirmando que “se uma pessoa admite no seu currículo possuir um certificado da universidade, está a abusar do nome de Stanford”.
A ministra da Defesa da Alemanha enfrentou em Setembro acusações do Vroniplag, portal que se tem dedicado a investigar o passado académico de vários políticos alemães. O portal anunciou então que a governante terá cometido plágio em “43,5% das páginas analisadas”, pertencentes à sua tese de doutoramento sobre os efeitos da proteína C no diagnóstico de um “síndroma de infecção amniótica, com ruptura prematura e relaxamento terapêutico do parto”.
Os "percursos académicos" actuais de quem ambiciona títulos só para exibição, são pasto de chamas purificadoras de uma nova organização alemâ: VroniPlag.
Diz o sítio da Wiki que a VroniPlag é uma recente organização teutónica que examina e documenta a extensão dos plágios em teses de doutoramento alemãs. Vai às percentagens de cópias...
Na alçada dessa nova inquisição virtuosa, verdadeiro terror de aldrabões, já contam vários casos que conduziram à destituição das respectivas teses doutorais, afinal copiadas em grande parte de outros.
Se a moda pega por cá veremos certamente casos singulares muito interessantes. Por mim, sugeria que se começasse por certos casos que alguns consideram meros "fait-divers" e se indagasse como obtiveram o diploma, que orientadores tiveram, como foi recebida a tese, etc etc.
Afinal trata-se de mera actividade de "fact.checking", para usar a expressão anglo-saxónica. Comparação de factos apresentados com a realidade conhecida...
Para muitas pessoas só há dois crimes puníveis no código penal: matar e roubar. Plagiar é roubar...
Pois é. Fiquei parva com a quantidade de ministros alemães que já foram apanhados em plágios.
ResponderEliminarE dizem que por lá ainda levam muito a sério a coisa.
Faria se não levassem.
slogan do prec
ResponderEliminar'quem roubou, roubou!
quem não roubou, roubasse!'
teve continuação a todos os níveis
o 'jornalixo' não investiga os profs drs da esquerda
vendem-se teses e trabalhos diversos
fui diversas vezes contactado
'sei que não vou por aí'
Pierre Béarn Couleurs d'usine, paru en 1951 :
« Au déboulé garçon pointe ton numéro
Pour gagner ainsi le salaire
D'un morne jour utilitaire
Métro, boulot, bistro, mégots, dodo, zéro »
Por cá não merece a pena.
ResponderEliminarPode crer. tenho o exemplo do que aconteceu comigo e no que deu. Águas de bacalahau e com plágio feito na Universidade de Coimbra. Não foi em nenhuma da farinha Amparo.
Mas ampararam-se todos. nem o reitor que me pareceu uma pessoa decente, conseguiu alguma coisa porque a capelinha tapou-se toda uns aos outros.
mandei-os a todos à merda e para sempre. Quando me pedem cv com citação de obras onde sou referida acrescento sempre o plágio e com todas as letras.
São obrigados a escrever isso. Citada na tese de fulana de tal assim assim, com orientadora, fulana altamente assim assado, e tudo plagiado em meia dúzia de meses do meu trabalho que levou anos.
Portanto, pode crer que o mundo académico cá não é muito diferente do mundo político. Uma cambada por endogamia.
ResponderEliminarO que me espanta é a falta de vergonha. Deve ser porque sabem que na generalidade é assim.
ResponderEliminarO Rangel...parece-me que deveria ser escrutinado pela dita alemoa...
"O que está em cima é como o que está em baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima" (hermes, o trimegisto):-)
ResponderEliminarNa generalidade deve ser mais que assim.
ResponderEliminarÉ ir à pagina da Assembleia e ver quem passou a Dr. assim do nada.
Reparei nisso e alguns até conhecia pessoalmente. Pessoas que tinham o antigo 7º ano e que passaram a Dr.s ao mesmo tempo do Sócrates.
E também acrescentaram umas letras no nome. Um de, ou um da, a fazer de Von.
Mas nisto do plágio e das falsas habilitações também há níveis.
ResponderEliminarA nível académico até existem ainda gente com bom trabalho e muito válida.
Mas aí aconteceu outra coisa- essas universidades são estatais e têm montes de professores que ficariam sem ordenado, ou tinham de ir para casa, se não inventassem umas tretas de mestrados e doutoramentos, no seguimento da palhaçada de Bolonha.
Portanto, o plágio aparece porque é a orientadora ou orientador, que inventa uma treta de mestrado para não baixar o ordenado.
E assim, orientam resumos (que foi literalmente este o termo que a que orientou a vigarice e roubo que me fizeram, chamou- um resumo). Agora um mestrado em palhaçada que invalida logo o espírito de investigação, pode ser um mero resumo.
O grau é o mesmo que aquele de onde resumiu a coisa.O que importa é vender estes mestrados fantoche e doutoramentos fantoches em turismo na história da arte, por exemplo.
Depois existem as fraudes para carreira política e essa nem precisa de conseguir entrar em universidade com peso histórico.
Para essa fabricaram as vigarices privadas e foi daí que apareceram os Dr. e os nomes com mais umas letras na Assembleia.
Existem universidades com gente boa. O verbo estava errado.
ResponderEliminarOs graus académicos permaneceram e fizeram mais ávida carreira, desde que os de nobreza se foram.
ResponderEliminarOs percursos, todavia, não são muito diferentes, no presente - como no passado.
Agora já nem chega Bolonha.
ResponderEliminarJá reparei que o secundário está de tal modo rasca que nem Bolonha serve para a licenciatura.
Fazem o interrail e acabam aquilo com Erasmus em país de leste.
Por cá estavam com médias de 6 ou 8, chegam lá e levam 5 e o 5 é um 20 e pronto.
Depois andam em interrail de trabalhos de beneficência para aumentarem as skills
Cara Zazie
ResponderEliminarum contabilista roskof comprou tese de doutoramento,
prestou provas e aprovaram-no com a designação
summa cum laude
deve ter posto o cv na lápide funerária
prefiro dizer que tenho a 4ª classe do ensino primário
depois das brigadas vermelhas só conhecem Bolonha pela pastasciutta
Comprar sempre é mais honesto que copiar e fazer resumo da cópia.
ResponderEliminarNo caso o trabalho era pioneiro e era impossível tentar dizer mais alguma coisa em tese e muito menos fazê-lo sem ler o meu trabalho.
Pois a orientadora de resumos confessou-me que nem sequer leu o meu trabalho. Orientou um resumo por cópia em menos de 6 meses sem sequer se dar ao trabalho de saber o que é que a vigarista tinha de ler para inventar coisa nova.
Claro que não só não inventou como copiou e mentiu dizendo que eu nem tinha falado nisso. Um nojo que depois foi validado por mais gente- os colegas da academia. Taparam todos.
Portanto, esta valeu-me para perder todo e qualquer respeito a um académico. A todos eles. Desprezo-os e eles sabem disso e nem os quero ver à frente. Vão morrer longe.
Atenção: não houve nisto a menor questão pessoal. bem pelo contrário. Sempre me convidaram para tudo e mais alguma coisa. Havia respeito mútuo e até admiração.
ResponderEliminarSó não havia um detalhe- eu nunca fui porta-estandarte e fiz todo o trabalho sozinha. O orientador não sabia rigorosamente nada do assunto; não havia cá ninguém que soubesse. Foi trabalho que me deu o gozo de sentir pioneira como se sentiram outros lá fora no século XIX.
Claro que sem haver net foi tudo em viagem em buscas de paralelos e consultas bibliotecárias pela Europa, durante 4 anos.
Não devo nada a ninguém - excepto os do passado e estrangeiros e até pequenos trabalhos de outros portugueses, sem serem académicos que citei sempre o mortos e com uma única que fez pequeno artigo, até me senti na obrigação de falar ao telefone e trocar pareceres. Porque o saber é isto- coisa que passa de mão em mão e uma forma de lembrar os que já cá não estão mas deram achegas preciosas.
Só que neste meio, tal como na política, é obrigatório dever-se sempre tudo a alguém, a começar por ser porta-estandarte do orientador, seguindo-se o emprego e carreira.
O que significa que também para o plágio ser tranquilo há trocas por trocas desde que beneficiem todos.
ResponderEliminarDantes plagiavam só os mortos. Agora consta que resumem tudo aquilo a que deitam a unha.
Ora boas...
ResponderEliminarAlém dos plágios ainda temos (e isto sei de fonte segura, pois foi o próprio a confessar em plena aula para quem quisesse ouvir) os trabalhos pagos... Quem tem dinheiro, paga para fazer.
Mas...quem é que confessou tal coisa?
ResponderEliminarEu sei de quem os faz e até de empresa que os vendia. Com professores inscritos como explicadores e a escreverem-nos.
ResponderEliminarNa volta, até já penso que merecem isso e muito mais.
Olá de novo.... Ora caro José quem confessou? Simples... um professor universitário de uma faculdade independente...Recentemente, tive que fazer uma pequena formação e no decorrer de uma conversa durante a aula, o nosso professor admitiu com a maior naturalidade que fazia trabalhos, digamos assim, para fora. Era para alunos ditos "especiais", incluindo estrangeiros (não muito longínquos... if you know what i mean... ;-)) .... O que achei curioso é que também acabou por dizer que entretanto tinha desistido, pois não só queriam que ele fizesse os ditos trabalhos, como também já começavam a exigir-lhe que os mesmos atingissem determinadas notas... Tudo com uma grande naturalidade, o que me levou a concluir na altura que a prática deveria ser recorrente...
ResponderEliminarJá nos meus tempos de estudante (universitária numa faculdade pública, para não dizerem que isto só acontece nas privadas) ouvia histórias sobre plágios e conluios entre professores... enfim...
Há a história de um suposto plágio da Faculdade de Direito da Univ Coimbra que deu brado: Coutinho de Abreu, o suposto plagiador contra Orlando de Carvalho, o original...
ResponderEliminarDeu em zanga.
Mas aqui nem é desses plagios que se trata. Aqui é a cópia pura e simples do trabalho alheio, sem citar as fontes.
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