Acomete de novo a alimária
Rimando em decassílabos de truz
Métrica pendurada numa cruz
Uivando incipiente a mesma ária.
Este pajem frustrado de azedume
Ainda espera um novo Sebastião
Para ver o rei guarda o lampião
Porque este tempo ainda é de negrume.
Não viu este urubu feito anedota
Que a mensagem nem sempre dá Pessoa
E que alinhar umas trovas à toa
Termina com a festa e a risota?
Continuar assim é tempo gasto
A chover num molhado inconsistente
Pelo que ninguém ficará contente
Se lhe for dado sempre o mesmo pasto.
Insultos e chalaças têm piada
Se forem comedidos e educados.
Em contrário cospem-se, enfunados
E retornam, íntegros, à morada.
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