Este artigo no Público de Ontem explica o que devia ser um partido comunista na sociedade actual: um mero partido de tribunos da plebe porque não tem espaço político para mais.
Em França foi assim até determinada altura. Em 1972 o PS, o PCF e os radicais de esquerda assinaram um acordo de "Esquerda Unida"...e o que sucedeu foi isto:
Em 1981 o PS e Miterrand ganharam os votos dos franceses e o PCF entrou no governo, com quatro ministros ou governantes. Durou três anos, a experiência porque a "austeridade" acabou com as veleidades. Até hoje...
Em 1986 apareceu em França uma revista de esquerda moderada em que participava a escritora Margeritte Duras ( muito apreciada por Eduardo Prado Coelho...).
Nos primeiros números publicaram uma entrevista extensa de Miterrand com a dita escritora e um dos temas foi precisamente o de saber o que acontecera ao PCF.
Miterrand explicava assim, no número 3 de 12 de Março de 1986:
E no nº2 explicava outra coisa ainda mais interessante sobre os emigrantes portugueses em França:
No início dos anos setenta numa das grandes metrópoles portuguesas de emigrantes, em Yvelines, construiram habitação social que destinaram a esses emigrantes juntamente com os autóctones franceses.
Os portugueses começaram a cozinhar bacalhau empestando os prédios com o cheiro que os franceses nesses apartamentos não suportavam. Gerou-se conflito e que acabou com os portugueses e franceses a abandonarem a tal habitação social e a regressarem aqueles aos antigos bidonvilles onde eram mais felizes por poderem comer bacalhau mais em conta e à vontade...quando aos apartamentos, foram demolidos.
Moral da história? As boas intenções nem sempre conduzem aos melhores resultados...
Em Espanha falam assim de nós:
ResponderEliminarhttp://www.elconfidencial.com/mundo/2015-11-05/autopistas-ruinosas-por-que-portugal-quiere-cobrar-las-multas-a-los-conductores-espanoles_1072224/
Este balanço deveria ser agora feito na comunicação social. Pelos comentadores, pelas Anas Lourenço e Judites da vida. Este modelo de desenvolvimento baseado em obras públicas foi defendido durante décadas pelo PS, PCP e mais tarde pelo BE. Quando o país faliu há 5 anos, a Esquerda lançou um manifesto a pedir mais obra pública. Ricardo Salgado, o PCP, o BE e o PS socrático defenderam com unhas e dentes um plano de auto-estradas entretanto abandonado, a construção de linhas de alta velocidade, um novo aeroporto em Lisboa, uma ponte sobre o Tejo e uma vaga reabilitação urbana que passará provavelmente por mais Polis e «novas centralidades», ou seja, mais especulação de secretaria sobre solos para enriquecer os mesmo de sempre.
Tudo isto deveria ser discutido pois é esta a causa maior da dívida externa portuguesa: construção civil e obras públicas.
A Frente de Esquerda que se prepara para assaltar o poder defende e defendeu este modelo que não trouxe qualquer crescimento sustentável e endividou o país para níveis estratosféricos, talvez nunca atingidos em mais de 8 séculos de História. Com Passos o país cresceu sem notório endividamento com outro modelo alternativo, baseado nas exportações e num turismo voltado não para o mercado interno mas para a captação de clientela estrangeira. Modelo turístico esse odiado pela Esquerda que se prepara já para matá-lo com taxas e regulamentações. Esta discussão não está a ser feita e importa perceber porquê.
Eu sugeria ao sr, presidente da república deste jardim á beira mar plantado nomeasse com os poderes constitucionais que lhe competem que escolhesse o camarada Girómino por 3 razões absolutas. A primeira porque o homem é um decano e também tem direito a tacho enxundioso. Além disso o homem está com mau ar, o fato que veste já não parece dele, dança-lhe no lombo e ressaltam-lhe muito as cruzetas, reluzem-lhe os dentes e só a trunfa reluz.
ResponderEliminar2ª razão Saber se é tão facil governar como dar bitaites, quero vê-lo a aumentar o emprego o PIB e a natalidade agora que as camponesas deixaram de fazer e de parir filhos (com os abortos de borla e com direito a licença paga dum mês para preparar o próximo desmancho) e os operários estão a dar em pannascas,
3ª E esta é que me daria gozo que era ver os saltos de corça do enxofrado monhé quando tivesse que pedir abébias ao camarada Girónimo
No Norte quem vota PS costuma rejeitar o comunismo. Naqueles bairros do Porto e nas zonas industriais pobres os socialistas têm muitos votos. Mas também ainda há muito povo católico que vota PS e que rejeita o BE e o PCP. Que dirão disto?
ResponderEliminardepartamento 78 perto de Versalhes
ResponderEliminaraqui se falou de brioche
morei em Massy (les loups se sont arrêté a Massy), departamento 71, próximo,
onde havia um bidonville
com bacalhau
só mudam as moscas
havia muito pouca solidariedade entre portugueses
A diferença é que o bacalhau do Costa já fede muito antes de ser cozinhado e naquele bando não existe uma única boa intenção para Portugal e os portugueses. -- JRF
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