Público de hoje, entrevista extensa a João Cravinho, um da confraria dos amigos do Público, aproveitando as benesses e subsídios do Privado.
É sabido que João Cravinho é de uma Esquerda Livre há muitos anos. Tantos que a memória só lá vai com recortes de jornais e aqui os têm:
1974:
1976 ( 1ª bancarrota) :
1982:
1983 ( 2ª bancarrota, quando era director de um GEBEI, uma coisa que
se anacronizava a estudar "basicamente" a economia industrial...). Dizia
então que "era preciso criar outra classe empresarial". Assim como quem cria mulas e machos...):
Em todas estas ocasiões João Cravinho revelou-se um bluff e um enganado ao mesmo tempo. Um PS típico. Não obstante, continuou sempre com aura de sabidolas de regime e com ego à altura das circunstâncias.
Em 1995 Guterres chamou-o para ministeriar...e resumidamente fez isto que aqui já foi comentado, a propósito de uma entrevista do general Garcia dos Santos ao i, em 24 de Abril de 2012:
Jornal i- Foi colega do eng. João Cravinho no Técnico…
Garcia dos Santos-Foi por isso que ele me chamou para ir para a Junta. Sabe o meu feitio e quis que eu limpasse a casa.
Jornal i-Mas o que é que aconteceu? O eng. João Cravinho chama-o para
limpar a casa, o senhor limpa, e depois zangam-se. O que se passou?
Garcia dos Santos-Fomos colegas no Instituto Superior Técnico. Houve
um jantar de curso e nesse jantar o Cravinho a certa altura chama-me de
parte e diz: “Tens algum tempo livre?”. E eu disse: “Tenho, mas
porquê?”; “Eu precisava de ti para uma empresa”; “Que empresa?”; “Agora
não interessa, a gente daqui a uns tempos fala”. Passado uns tempos
chamou-me e disse-me: “Eu quero que vás para a Junta Autónoma das
Estradas, mas não digas a ninguém que o gajo que lá está [Maranha das
Neves] nem sonha”. O Cravinho deu-me os 10 mandamentos do que eu
precisava de fazer na Junta, limpar a casa, obras que era preciso fazer,
etc. Entretanto, comecei a conhecer a casa, dei a volta ao país todo e
um dia disse-lhe: “Há aqui uma série de coisas que é preciso fazer e há
11 fulanos que é preciso pôr na rua”. Ele retorceu-se, chamou-me daí a
dois dias, disse que era muito complicado. O problema é que era através
de uma das pessoas que eu queria pôr na rua que passava o dinheiro para o
PS.
Em pouco tempo deu conta do recado e arranjou um imbroglio de todo o tamanho. Mas teimou em "lutar contra a corrupção". Uma luta de sempre, do género cavaleiro andante da bd de antanho.
O tempo de Durão Barroso e o que se lhe seguiu também não foi estranho à personagem desta cavalaria...e já o declarou em tempos ( Abril de 2012) :
"Em relação às PPP tem passado a noção de que tudo foi feito pelos outros, pelo Governo de José Sócrates, pelo governo de António Guterres,
por mim, aqui estão oferecidos às feras os responsáveis, mas na
realidade em matéria de decisões desse tipo de finanças públicas não há
ninguém que eu conheça que se possa considerar virgem, porque todos os
partidos, PS, PSD, CDS, a seu tempo e a seu modo, subscreveram PPP que
hoje os partidos do Governo combatem como se nada tivessem a ver com o
assunto", declarou João Cravinho.
E refere dois exemplos: a Scut do Grande Porto foi assinada pelo governo de Durão Barroso,
"quando poderiam muito bem ter deixado de assinar se tivessem a
doutrina de hoje, sem qualquer prejuízo para o Estado, mas quiseram
assinar". O outro exemplo é o da Scut Costa de Prata que teve "um
agravamento de centenas de milhões de euros porque um senhor candidato a
deputado do PSD, alta figura, resolveu prometer, para ganhar alguns
votos em Estarreja, uma alteração que onerou a SCUT". João Cravinho
concretiza: foi Marques Mendes.
Que fez Cravinho em 2005, quando José Sócrates chegou ao poder executivo? Explica agora ao Público:
Em resumo: em 2006 tentou outra vez o pacote anti-corrpução que já tinha tentado vinte anos antes ( !), sem grande sucesso. E voltou a não ter sucesso.
Denunciou tal coisa devidamente? Bateu fragorosamente com alguma porta e com ruído que o país ouvisse? Qual quê!
A notícia é da TSF de Janeiro de 2007:
João Cravinho foi nomeado pelo Governo administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, em Londres. O deputado promete que, antes de abandonar o Parlamento, vai deixar definido o pacote anti-corrupção.
Portanto agora sabe que afinal quem contribuiu para a sua nomeação para o tal BERD ( onde foi ganhar o que nunca ganharia como governante ou deputado) era mesmo uma das forças da corrupção ambiente e de alto coturno mas continua na mesma e sem o dizer claramente, deixando nas entrelinhas tal afirmação. Sempre o mesmo corajoso, na luta contra a corrupção, este Cravinho. Garcia dos Santos é que o topou bem...
Sobre o pacote anti-corrupção foi um ar que se lhe deu e Cravinho estava longe, não sentindo o fedor. Diz que sente agora...
Só me apetece perguntar uma coisa: esta gente do Público acha que os leitores são uma cambada de parvos ou eles gostam de fazer figuras destas, sabe-se lá porquê..?
'o que nasce torto tarde ou nunca se endireita'
ResponderEliminara bestas esquerdistas andam mal 'calçadas'
porque batem sempre na ferradura e nunca no cravinho de cabecinha
a carneirada continua a gritar més més més
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ResponderEliminarFoi ranzinza toda a vida.
ResponderEliminarArmado em sabichão, teimoso, peco.
Desde o Estado novo.
Para o calarem, chega(va)m-lhe a teta.
Tem sido remédio santo...
à obrigatoriedade de aceitação dos socialismos e social-fascismo
ResponderEliminarproduziu um vazio social preenchido pelos més, be e actualmente pc
a imposição do politicamente correcto por esta escumalha
levou a criação de guetos onde as minorias passaram a enfiar as suas burcas
o mesmo aconteceu na Europa central com a importação de muçulmano
caso do bairro belga com 38%
ao contrário de Sinatra nos insucessos do Rat Pack
'o pior está para vir'
'habituem-se'
Ana Paula Vitorino e José Pedro Vasconcelos no prós e contras a falar da TAP.
ResponderEliminarOnde anda a solidariedade internacional para os portugueses que sofrem esta barbárie?
Porque é que a Campos Ferreira está tão preocupada com a TAP?
ResponderEliminarPorque é que não se preocupa antes com a RTP e o que lhe pagam por lá?
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ResponderEliminarCom as folhas de jornais da época a comprovar as opiniões, só não acredita quem não quer.
ResponderEliminarJosé, esta parte é que não percebo:
"Uma luta de sempre, do género cavaleiro andante da bd de antanho."
ResponderEliminarUma dúvida que mantenho há anos:
tendo em conta as várias declarações proferidas por Cravinho, revelando conhecimento de casos concretos, porque é que nunca foi chamado pelo MP para contar as suas histórias?
o Cavaleiro Andante era uma revista de bd dos anos de Salazar. De boa memória.
ResponderEliminarCravinho é daqueles que tudo sabe e pouco ou nada diz que o comprometa.
Por isso foi despachado para o BERD com um salário milionário para o calarem.
Vem agora falar porque sabe que está salvo...
O titulo do post está bom, apesar de que o Don Quijote era um voluntarioso ingénuo e este está longe, mesmo muito longe, de ser isso.
ResponderEliminarObrigado José pelo esclarecimento. Eu guardava com especial carinho um jornal que julgo que era o Primeiro de Janeiro cujo artigo principal era o ciclone na região do Porto onde era notícia os barcos dos pescadores naufragados e a queda do Pinheiro Manso, que dava o nome a zona da Av da Boavista; tinha também uma revista que era o Mundo de Aventuras. Há cerca de 10 anos mudei de uma casa, para um andar e passados uns 2 ou 3 verifiquei que me faltava um caixa de cartão, onde estavam as relíquias acima referidas mais uns papeis. Quando dei pela falta tinha passado muito tempo após a mudança. Tenho a certeza que só pode ter sido algum empregado do transportador.
ResponderEliminarJosé já leu o CM de hoje ???
ResponderEliminarhttp://www.dn.pt/portugal/interior/ministerio-publico-fez-queixa-do-juiz-rui-rangel-4889217.html
ResponderEliminarJá li. É melhor deixar poisar...
ResponderEliminarCom bumba:é sempre a bombar.
ResponderEliminarLá é que domina a pantera.
"Vou levar-te comigo, vou levar-te comigo
Vou levar-te comigo meu irmão,
Vou levar-te comigo.
Vou levar-te comigo, vou levar-te comigo
Vou levar-te comigo meu irmão,
Vou levar-te comigo."
venho apelar aos seus conhecimentos de jornalismo para ver se percebo este fenómeno dos pasquins portugueses e o apetite que os Angolanos demonstram nesse campo.
ResponderEliminarO Vigaro ALVARO SOBRINHO INVESTE MILHÕES NO SEMANÁRIO SOL QUE NADA VENDE.
Um tal ANTONIO MOSQUITO comprou o jornal I que não vende nada e ainda tornou-se sócio maioritário da Controlinveste que tirando o JN por ser regional os outros títulos são de venda reduzida. Nesta negociata do Mosquito também entrou o genro do Cavaco Montez com 15% mas esse compreendo porque tomou de assalto a TSF que era um desejo antigo. Onde irá este Montez arranjar tanto dinheiro, pois comprou o Pavilhão Atlântico num ápice. Como o sogro disse ser UM MISERO PROFESSOR REFORMADO, não deve ter tanta massa para emprestar ao genro pois a mama do BPN acabou. Aqui em FRANÇA NO MEIO JORNALÍSTICO FALA.SE MUITO DISTO e eu não sei nada. Contou com a sua ajuda, para não fazer uma figura de que eu só sei que nada sei. Obrigada e bom fim de semana. Le point.fr.
..."e eu não sei nada."
ResponderEliminarSe não sabe porque pergunta?
"Um tal ANTONIO MOSQUITO comprou o jornal I"... Comprou o Jornal i?! Onde é que leu isso? Não estará a confundir os jornais?
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