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sábado, dezembro 12, 2015

Como se faz censura em Portugal



Este artigo de Dinis de Abreu no Sol de ontem mostra claramente como funciona o mecanismo censório nos media portugueses, em geral e como o ensinamento de Gramsci sobre a hegemonia cultural é um dado assente, relativamente à Esquerda.

Impressiona o facto de se dar conta de que a censura da comemoração da efeméride de 25 de Novembro de 1975 que foi realizada na Gulbenkian com participação de alguns protagonistas da época e com uma importância fundamental para se entender o que ocorreu nos últimos 40 anos em Portugal tenha passado em branco numa estação de tv como a SIC, em que como escreve Dinis de Abreu "as televisões, habitualmente tão lestas e solícitas, não compareceram. Nem a SIC, que não costuma falhar uma intervenção pública do seu accionista maioritário [Balsemão]"

De facto é mesmo impressionante o peso político destas decisões redactoriais tomadas eventualmente pelos directores de informação ou pelos responsáveis pelas notícias em cada canal televisivo.
A fidelização canina  a ditames tacitamente aceites por essa elite redactorial, tudo em prol do sucesso de uma unidade de esquerda em marcha,  mostra bem a verdadeira face do jornalismo português: a esmagadora maioria é de serventuários de um poder que se situa em ciclos ou momentos  e de apaniguados pindéricos de soluções de vidinha. Isto vale o que vale o salário ao fim do mês e em Lisboa, como se sabe,  custa mais viver que no resto do país.
Suponho que é só isto, o que move esta gente: dinheiro suficiente para uma vidinha confortável. Nos anos setenta e oitenta ainda haveria uma réstea de dignidade de idealismo esquerdista. Agora,  nem isso haverá sequer...

Vejamos quem são os censores que não merecem credibilidade alguma acerca de uma suposta isenção ou objectividade jornalística.

RTP- Paulo Dentinho.

TVI- Sérgio Figueiredo.

SIC-N - Depois deste untuoso Teixeira, apareceu outro supérfluo, Alcides Vieira. Não se percebe bem quem manda efectivamente na SIC-N, podendo muito bem ser um conclave que congrega todos os poderes ocultos do país. Proença de Carvalho andará muito longe disto?

Neste momento a ocasião é de frete descarado à frente esquerdista dos vieiras da silva e ferros rodrigues, antigos MES reciclados democraticamente em formol marxista. O poder é que conta e a única forma de lhe aceder foi esta fórmula que desencantaram nos conclaves.

Veremos até onde chega. Para já nem a censura pura e simples é obstáculo. É mesmo um instrumento.

Termos três televisões assim é a maior vergonha de um país civilizado. Na Itália as tv´s do maganta Berlusconi, um bandalho como os que por cá vicejam na porcaria da corrupção mais evidente, mas difícil de provar penalmente, não conseguiram aguentá-lo porque o povo percebeu a marosca.

Será que por cá perceberá ou está para durar o ditado de que é possível enganar muita gente durante algum tempo mas não o tempo todo?

O antigo sindicalista comunista Carvalho da Silva, professor universitário de novas oportunidades, sob os auspícios de um fantástico CES do professore Bonaventura,  anda por aí a proclamar que estamos a "entrar num novo ciclo".

O ciclo, este ciclo, é o velho triciclo desta esquerda desconjuntada que já nos conduziu a três iminentes bancarrotas. Com o advento da quarta talvez os votantes aprendam.

7 comentários:

  1. Poucos têm a noção disto que se descreve neste "post".
    "Muito poucos", mesmo.
    É a impressão que tenho.

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  2. Como veio referido, julgo, na Sábado de há poucas semanas, Ferro Rodrigues, em 24Nov75, era um praça no Regimento de Abrantes e foi quem se dirigiu à unidade de paraquedistas, em Tancos, para se inteirar das intenções destes para a "revolução" do dia seguinte.

    Compreende-se, assim, porque a AR não quis comemorar o 25 de Novembro, isto é, porque esta maioria de esquerda que conta com o PS, não quis comemorar a data em que este País readquiriu a liberdade que estava coartada pelos comunistas e restante esquerdalha.

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  3. Não foi apenas por causa desse desgraçado alcandorado a segunda figura do Estado. Foi porque o actual "ciclo" não suporta essas lembranças e as tv´s, atentas, veneradora e obrigadas tal como a RTP o estava antes de 25 de Abril de 1974 fizeram o frete que tinha que ser feito e entenderam, lá nos conciliábulos das redacções que o assunto era tabu e por isso nada passaram.

    Isto é que é tremendo 40 anos depois, porque significa que está tudo na mesma, em termos de democracia ou de ausência dela.

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  4. Não têm noção porque é a natureza das coisas… Se eu não sei que existem conferências sobre o 25 de Novembro porque os media não as divulgam, dificilmente saberei que foram censuradas porque os mesmos e pelas mesmas razões não as cobrem com notícias e reportagens.
    Mesmo hoje "com tantos meios à disposição do cidadão comum" não é assim tão difícil manipular um país inteiro. As poucas vozes dissonantes chegam a poucos e são corridos a fassistas e revanchistas, ou tolinhos. Por outro lado, o país aburguesou-se de tal forma que quanto menos ondas melhor.
    Thomas Jefferson imaginou que uma democracia sem informação (com censura) nunca seria uma democracia, mas nunca lhe passou pela cabeça que a censura poderia não existir ou ser "soft" à portuguesa, porque de facto o povo não tem interesse em saber. -- JRF

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  5. imagens não editadas'
    significa não censuradas

    o rectângulo latrino vai de mal a péssimo

    o social-fascismo controla a informação há mais de 40 anos

    vão precisar de centenos de dias para apresentar o
    OGE


    omde já encontraram um buraco
    provavelmente um asshole

    dictatura authorum

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  6. Lutero em Conversas à mesa aconselhou os Príncipes:
    “Vamos, caros senhores! Batei, trespassai, degolai como podeis. Aí encontrareis a morte, não conseguireis sonhar morte mais celeste, pois sucumbireis em obediência a Deus, e protegendo os vossos semelhantes contra as hordas de Satã”.
    “O burro quer pancadas e o povo quer ser governado pela força. Deus sabia muito bem, pois não deu aos governantes um rabo de raposa, mas sim uma espada!.”

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  7. A par da censura anda a lavagem ao cérebro. O Estado Novo havia lá de não de vir à balha, nada nem nunca a despropósito, por odioso; vede bem que «esbateu» o Cinco de Outubro. Que tem isso com o 25 de Novembro e logo agora que é ele um feriado tão, tããão prezado pela III.ª República?

    Gente mais obcecada!

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