Páginas

sábado, janeiro 23, 2016

O PCP é um alfobre de mentiras

Do PCP, a verdade a que temos direito é quase sempre a Mentira. Em 6 de Junho de 1975, a revista italiana L´Europeo publicou uma entrevista com Álvaro Cunhal, realizada pela grande jornalista Oriana Fallaci, a qual conseguiu que Álvaro Cunhal, inebriado pelos sucessos do PREC vaticinasse que " Em Portugal jamais haverá oportunidade de haver uma democracia como a que vocês têm na Europa Ocidental". Tal já foi tratado por aqui.

 Quando a jornalista italiana morreu, em 2006, o Expresso lembrou o episódio, assim:

 Oriana Fallaci entrevistou Álvaro Cunhal em 1975: os ecos do trabalho publicado pelo "Europeo", a 6 de Junho, obrigaram a Secção de Informação e Propaganda do PCP a emitir um categórico desmentido. De acordo com o "Europeo", Cunhal afirmou não haver possibilidade de Portugal ter uma democracia ou um parlamento ao estilo ocidental. A nota divulgada pelo PCP no mesmo dia referia ter havido uma "grosseira deturpação das palavras de Cunhal". Fallaci não só reiterou a "exactidão da tradução" da conversa com o secretário-geral do PCP como anunciou que colocaria as cassetes com a entrevista à disposição de quem duvidasse da sua palavra. Como afirmaria numa entrevista que concedeu a Álvaro Guerra para "A Luta", "não é de mim que têm medo, é da verdade".


De qualquer modo, quanto à imprensa portuguesa da época, a generalidade não tomou conhecimento do assunto. Eventualmente por não saberem italiano, não conseguiram traduzir a entrevista e apenas o Expresso a mencionou, assim muito ao de leve e com a frase mais polémica, associada ao desmentido do PCP.
O jornalismo português é singular. E o de 1975 ainda mais era. O PCP, esse continua o mesmo, como dantes: um alfobre de falsidades.
Por isso é que o PCP sempre vicejou em Portugal, com votações próximas dos 10%, ao contrário dos partidos comunistas de outros países que simplesmente desapareceram. Não conseguiram enganar muita gente o tempo todo, como pelos vistos acontece em Portugal...


25 comentários:

  1. tenho aqui ao meu lado fotocópia da entrevista publicada numa edição espanhola do livro de Oriana

    a edição portuguesa escondeu o texto na gaveta dum dirigente comunista

    oa gravação da conversa está guardado em arquivo

    também receiam as memórias do cam,arada Kruschef publicadas por seu filho

    amanhã o padreca do 'cumité' vai ficar vermelho de raiva por causa de 2 votações:
    a sua
    a de Marcelo

    'os últimos são os primeiros'

    ResponderEliminar
  2. Não é por isso que o PC flutua, é simplesmente por continuarmos pobres, quase tão pobres como em 1974.

    ResponderEliminar
  3. Pobres ...de espírito , sobretudo , o que ainda é mais grave

    ResponderEliminar
  4. E continuamos pobres por obra e graça de quem adoptou ideias do PCP e não as modificou durante estes últimos 40 anos...

    Uma delas, a mais perversa de todas é a linguagem política que se usa e que tem a matriz do PCP de sempre e que é a mesma dos anos sessenta.

    ResponderEliminar
  5. Chegou a tal ponto que os comunistas usam essa linguagem como se fosse standard.

    Por isso mesmo é que falam em fascismo não suscitando qualquer reparo e se alguém o fizer torna-se logo burgesso ou boçal como uma voscência qualquer veio para aqui bolsar.

    ResponderEliminar
  6. o pcp esconde-se atrás da cdu
    desta vez vai nu

    já votei secretamente em MRS

    por causa da inveja , ódio e horror ao trabalho

    esta trampa nunca deixará de ser pobre em todos os sentidos

    a maior parte do país é citadino,
    mas o QI é 30 furos abaixo de centeno
    que penso ser o último degrau da degradação politica

    ResponderEliminar
  7. O PCP é um partido que já não faz sentido,nos dias de hoje, digam lá o que disserem, e não faz sentido porque é um partido que perdeu já toda a actualidade, deveria ter sido extinto - desde há muito, com o implemento da democracia, porque quer queiram, quer não, o partido comunista não é um partido democrata, é um partido que esteve sempre relacionado com a ditadura totalitarista do proletariado, eles vivem parados nos tempos pré 25 de abril,a sua linguagem está mais que desfazada dos tempos presentes, deveriam ter saído da cena política - desde há muito - quando viram que os "cubanos" aqui não tinham hipótese.

    ResponderEliminar
  8. Cuidado que essa linguagem é "boçal"...segundo alguns voscências.

    ResponderEliminar
  9. Boçal é o facto de certos "boçais", sem instrução, sem cultura e ignorantes, que por falta de argumentário próprio, não conseguem rebater a óbvia e evidente... verdade!

    ResponderEliminar
  10. Pois sim, mas a verdade é que a verdade deles é imutável e para eles insofismável e estranham até que alguém lhes coloque qualquer questão sobre uma verdade que tomam como indiscutível.

    ResponderEliminar
  11. Para um tolo só existe a sua própria verdade, porém, o que existirá mais forte do que qualquer verdade? É a realidade,i.e. os factos são a realidade, e contra factos não há argumentos!

    ResponderEliminar
  12. Ora... Não sei quem serão os tolos...

    Parafraseando o do Grande Salto em Frente: a democracia está para o comunista como a água está para o peixe.

    Ahah!

    ResponderEliminar
  13. Não somos pobres por causa do pcp, temos o pcp porque somos pobres. Por que razão somos pobres? Porque estamos no cu do mundo. Só isso. E somos uma merda.Outros também são uma bosta, os suiços por exemplo. Mas não estão no cu do mundo.

    ResponderEliminar
  14. "Não somos pobres por causa do pcp"

    Por acaso acho que é o contrário e tem sido isso que procuro aqui descobrir e demonstrar ao mesmo tempo.

    Quem diz pcp diz a esquerda comunista.

    Se tivéssemos continuado o caminho de Marcello Caetano não estaríamos tão pobres como estamos e disso tenho a certeza pelo que tenho lido e pensado.

    É essa aliás uma das ideias que me consome.

    ResponderEliminar
  15. Nós precisávamos de gente com dinheiro, de ricos. E tínhamo-los, em 1974. Expulsamo-los porque se instalou a ideia de que era preciso haver menos ricos para haver menos pobres.

    Essas ideias tão simples podem ser a maior tragédia de um povo e foi isso que sucedeu.

    ResponderEliminar
  16. Era interessante perceber até que ponto se não expulsaram a eles próprios...

    ResponderEliminar
  17. Quem assim pensava tomou conta do poder em 1974 e nunca mais o largou, de facto, porque quem tem estado a governar é quem admite essa ideia simplista como próxima da verdade.

    Se não admitisse teria modificado a Constituição, corrido com a esquerda comunista do léxico comum e permitido que o sistema capitalista se reimplantasse outra vez de modo eficiente.

    Tal nunca sucedeu nos últimos 40 anos porque temos sido sempre uns híbridos movidos por essa ideia simplista.

    A social democracia é um pouco isso, porém só funciona quando os países são mais ricos do que nós somos.

    ResponderEliminar
  18. Não expulsaram a eles próprios porque em Julho de 1974 ainda tinham ilusões e isso está aqui demonstrado sem margem para qualquer dúvida.

    A discussão que Champallimaud teve, por escrito, com um comunista - João Martins Pereira que em tempos coloquei aqui é de antologia no que pretendo dizer.

    ResponderEliminar
  19. Ainda tinham ilusões, diz bem.

    E desde quando viriam essas ilusões?

    ResponderEliminar
  20. As empresas capitalistas precisam de quem as oriente e de quem saiba da poda. Não é qualquer borra botas comunista que pega numa Lisnave ou numa CUF e faz o que os Mellos fizeram.

    Pura e simplesmente não é.

    E a vantagem de Marcello Caetano sobre esta canalha que lhe sucedeu era apenas essa: sabia o que queria e era bom o que queria.

    ResponderEliminar
  21. Essas ilusões manter-se-iam e modificar-se-iam conforme as circunstâncias.

    Como sabe o sector têxtil passou uma crise grave há cerca de dez anos. Actualmente está melhor que nunca e o mérito é dos empresários.

    Este é apenas um exemplo do que vale o espírito empresarial levado a sério e não comn as tretas socialistas e comunistas.

    ResponderEliminar
  22. Faltou-lhe, calhando, o saber para onde ia...

    ResponderEliminar
  23. Sim, mas eu perguntei desde quando vinham as ilusões. Algo me diz que não tinham apenas dois ou três meses...

    ResponderEliminar
  24. Em 1974 havia em Portugal uma estrutura de produção de bens que era eficaz e de alto valor.

    Foi quase toda destruída e o que ficou foi apenas o que resta, ou seja "os pequenos e médios empresários".

    Ninguém mais conseguiu chegar a um nível que tiveram os Mellos e Champallimaud. Ninguém.

    Porquê? Porque o ambiente nunca foi propício a tal. Ainda vamos a caminho do socialismo e da sociedade sem classes, segundo a Constituição que quase todos acham que não deve mudar-se porque é vaca sagrada.

    ResponderEliminar
  25. As ilusões dos capitalistas vinham de sempre, do sistema que lhes permitiu singrar desde os anos 40 e 50.

    A renovação marcelista permitiria avançar ainda mais do que já estavam e a prova é que o PIB crescia então a um ritmo que nunca mais tivemos.

    E com guerra em três frentes e despesas inerentes que levavam quase 40%do Orçamento que tinha menos impostos do que hoje temos. E era equilibrado.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.