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segunda-feira, fevereiro 08, 2016

A função social do imposto(r)

Observador:

Numa sessão de esclarecimento sobre o Orçamento do Estado para 2016, António Costa aconselhou os portugueses a andarem de transportes públicos, a deixarem de fumar e a moderarem o recurso ao crédito.

A estes, ao contrário de outros, nem o ridículo lhes mata a imbecilidade exposta.


imagem tirada da net eventualmente saída das "redes sociais".


Esta mania da esquerda letrada  na demagogia e que nos conduziu a três bancarrotas iminentes em 40 anos, primar pelos conselhos paternalistas desconchavados, tem antecedentes.

No Natal de 1975, há cerca de 40 anos e a escassos meses após a nacionalização dos principais sectores produtivos do país, da banca e dos seguros, pela Esquerda magnífica que hoje governa novamente com os resultados previstos, a crise económica era um facto. Grave, sustentável e que perdurou anos a fio. De facto, repetiu-se dez anos depois, com outra bancarrota imimente, salva in extremis pela ajuda externa do FMI e pela austeridade que nos foi imposta.
A culpa? É sempre de uma mítica "direita" que aliás nunca existiu em Portugal nos últimos 40 anos. A confusão com a social-democracia satisfaz a todos os "parceiros sociais" desta democracia que assim se amputou democraticamente e afastou do convívio quem não lhes interessa para nada. Para tal bastou apodar de fascistas todos os que contestam o comunismo como modo legítimo de organização política tendo ideias totalitárias e anti-democráticas.

A prova ?

Em 17 de Setembro de 1976 havia um jornal em Portugal chamado A Rua que era dirigido por Manuel Múrias, um salazarista convicto e dos poucos que não se adaptaram ao regime implantado em 25 de Abril de 1974.
Múrias era o que hoje se poderia classificar de "direita", não contemporizava com as hipocrisias da esquerda  e nem sequer era  fascista porque basta ler o que escrevia para se perceber tal coisa. Múrias era aliás um intelectual de relevo de uma direita que nunca apareceu em Portugal.
Pois bem, não sendo fascista passou a sê-lo por decreto da inteligentsia comunista e socialista da época que não tinha qualquer oposição a essa determinação ideológica firmada principalmente pelos comunistas. Todo aquele que fosse salazarista era ipso facto fascista também. E pronto. Foi assim até hoje, sem oposição visível de ninguém. E de tal modo que faz parte dos livros de ensino oficial tal designação.
Quem definiu os termos de distinção entre "direita" e "esquerda" foi Álvaro Cunhal e ninguém se importou com isso. 



O modo como é redigida a notícia sobre o jornal "fascista" A Rua é um compêndio da ideologia que nos rege há quarenta anos. 



Custa a acreditar como é que as pessoas não sabem disto ou não se lembram disto para contar aos filhos e avisá-los do que nos aconteceu.
Os livros de História oficial, os programas de tv, as opiniões de jornal e a inteligentsia nacional replicam uma visão histórica falsa e preferem andar a contar histórias da carochinha para enganar os que votam.
Isto dura há quarenta anos ininterruptos e quem é eleito fá-lo sempre no pressuposto de manter uma visão e uma versão da História que esconde esses factos e ilude as pessoas.

Em 23.12.1975, apenas saídos do golpe de 25 de Novembro que nos salvou também in extremis do poder da esquerda comunista a governar, O Jornal publicava uma  página que tem sido um resumo do nosso estado de sítio sempre que a Esquerda governa: crise económica, aumento de preços, de impostos, empobrecimento real e austeridade.

O aumento dos combustíveis e outros impostos tem sido sempre o meio de obter receitas inatingíveis pelo modo mais comum a qualquer país, ou seja através do aumento do PIB sustentado pelo investimento real de empresários capitalistas e de economia de mercado. Em Portugal tal coisa é mal vista pela esquerda que prefere a pobreza de todos ao enriquecimento de alguns.



O mais caricato e que tem paralelo com o que se passa hoje, com as declarações patéticas do Kosta que notoriamente anda a aprender a ser syriza bem comportado, foi o que ocorreu há quase quarenta anos, aquando da  referida primeira bancarrota.

Em 27 de Outubro de 1978, na sequência de mais um aumento da "gasolina" ( já era um hábito como modo de obtenção de receita, mas dessa vez foi maior do que o previsto) O Jornal publicou um artigo sobre o modo de poupar 10% na gasolina.

O mais curioso é que os aumentos ocorriam, tal como hoje, para angariar a receita que não havia, porém, simultaneamente os Kostas de então também achavam que tal coisa era compatível com o apelo veemente à poupança...na realização dessa receita. Quem não consome gasolina não paga imposto, claro. Mas aos Kostas o que interessa é que se consuma para que haja um valor maior nos impostos arrecadados. Assim, como resolvem o dilema? Com um artifício demagógico e usual: a função social do imposto.
A contradição fica resolvida: apelam a um menor consumo enquanto tal efeito se levado ao extremo eliminaria a receita esperada...

É a imposturice mais pegada, mas enfim é o costume.




13 comentários:

  1. ehehe

    São muito estúpidos mas ainda não estão carimbados.

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  2. o monhé debita palavras
    sevia ser submetido ao suplicio
    'MERDA EM BOCA'

    por vezes até consegue dizer bom dia e acertar

    o ferrari passa a vida a rir-se do burro que paga impostos

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  3. ahahaha A imagem está o máximo.

    Mas ele disse mesmo isto, das descidas em ponto-morto?

    ahahahahaha

    Estes xuxas são capazes disso e muito mais. Imbecis todos os dias e com imbecis ainda maiores a repetirem estes conselhos.

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  4. Não, nem tanto. Parece que é piada das "redes sociais". Como não uso disso, apenas menciono.

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  5. ehehehehe Mas está o máximo e andam por aí uns palermas a dizer que ninguém é obrigado a andar de carro porque há transportes públicos.

    Vão pagar o défice assim

    ":O)))))))))

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  6. É o mesmíssimo reflexo da "batalha da produção" de 1975 e também das poupanças miraculosas da gasolina. Até houve uma altura em que se chegou a pensar em racionar a gasolina.

    E é a mesma ideia do "dia de trabalho para a Nação"...

    Acham que assim vão lá mas lá fora devem rir-se de nós e este parolo do Kosta deve ser visto como aquilo que realmente é: um parolo mesmo.

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  7. monhé declarou ao tc
    ' As declarações de rendimentos em 2015 eram de 63 457 mil euros de rendimento do trabalho dependente e 91 875 mil euros de rendimentos do trabalho independente.'

    91.875
    63.457
    =155.332/12= 12.944

    verdadeiro XICO-ESPERTO no qual votam os reformados com 5.000€/ano

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  8. Falta saber se pagou IRS devido por causa do que recebeu da SIC e que não pode acumular com o que recebia da Câmara, eventualmente a 100%.

    E se isso aconteceu e crime porque devia saber que a prestação na SIC nunca pode ser considerado a titulo de direitos de autor.

    Claro que ninguém quer pegar nisto. Se fosse o Passos já estava frito.

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  9. Se for verdade que aconselhou a desligar o motor nas descidas, incentivou a ilegalidade.
    Há 50 anos, quando aprendi a conduzir, era ilegal que o automóvel andasse com o motor desligado. Não sei se ainda é assim...

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  10. Lembram-se do escarcéu histérico da esquerdalhada aquando do comentário de Isabel Jonet sobre bifes?
    Agora, silêncio total desses FDP sobre as merdas debitadas pelo monhé.

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  11. Pois estão calados que nem ratos.

    Pelo menos, nesse aspecto, até é bom- deixou de haver o chinfrim diário dos indignados. Estão contentinhos porque isto de bancarrotas de esquerda sempre tem outro perfume.

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  12. Entretanto passam mais um direito de saída- a boa da eutanásia solidária.

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