Ontem alguém resolveu homenagear Mário Soares por ocasião da efeméride dos 40 anos passados sobre o primeiro governo constitucional que encabeçou após as eleições.
O Diário de Notícias de hoje publica uma notícia sobre a reunião de homenageadores com um texto que é um exemplo de branqueamento e desresponsabilização de um indivíduo que teve mais participação directa e afinal de contas responsabilidade, na génese das bancarrotas que nos afectaram nestes últimos 40 anos do que qualquer outro.
Torna-se um clássico deste género de branqueamentos jornalísticos que duram há 40 anos, ler que António Costa enalteceu as virtudes do homenageado, dizendo que nessa altura , esse primeiro governo de Mário Soares "fez muito em pouco tempo".
Tal significa esquecer os antecedentes dos dois anos anteriores e principalmente o que veio a suceder com a aprovação da Constituição de 1976 em que Mário Soares e o PS tiveram um papel determinante para o nosso atraso económico, durante décadas, subscrevendo, apoiando e participando na estruturação do novo sistema económico que nos tirou o capital que precisávamos e continuamos a precisar. Os resgates ocorrem por não termos esse capital e quem o escorraçou foram os adeptos desta geringonça que agora governa e nessa altura andavam de passarola.
Para mostrar o que este miserável jornalismo de lambebotismo ambiente tem feito ao longo de décadas, mostram-se uns recortes de jornais de época para que se conheça o que essa gente não relata, por desconhecimento, ignorância, má-fé ou pura censura democrática.
O primeiro é do O Jornal de 25.6.1976 em que se mostra o que seriam "os grandes problemas do novo governo PS". Um deles era a "coordenação económica" e estavam já indicados os "nomes" dos génios: Rui Vilar, um dos apaniguados-mor deste regime era um deles. Vasco Vieira de Almeida, um dos advogados deste regime, era outro.
O "Pensamento de Che Guevara" era livro recomendado...pela Bertrand cujos trabalhadores, no ano seguinte, boicotariam o lançamento do segundo volume do Arquipélago Gulag de A.Soljenitsine, privando os ascendentes da Rita Rato de matéria para lhe explicar o que eram os gulags...
Em Setembro desse ano o panorama gerido por estes génios, era este: uma bancarrota em perspectiva salva in extremis com dinheiro estrangeiro e medidas de austeridade que pareciam nunca terem fim. Gasolina a aumentar, tabaco a aumentar, inflação sempre a subir.
É desta obra que se orgulham e estão a homenagear um dos principais responsáveis?!
Um dos modos de resolver este problema já vinha do ano anterior...como relata o Expresso de 31.5.1975: ouro da "pesada herança" do tempo de Salazar e Caetano...e o resto, "austeridade". Como hoje.
Estes génios apesar de terem na mão 2/3 da Economia e orientarem de facto a politica económica nunca conseguiram melhor do que conduzir o país a duas bancarrotas. Uma logo a seguir e outra menos de dez anos depois, em 1984, com Mário Soares sempre ao leme. É disto que se orgulham e homenageiam?!
Para além do problema económico,resolvido do modo assinalado por aqueles dois ou três génios que acabaram por encher os bolsos ao longo das décadas, certamente em retribuição pela obra meritória em prol da Pátria, que outro problema se agigantava?
O do trabalho, por exemplo, tinha sido resolvido de um modo peculiar e sem paralelo na Europa de então: o Decreto-Lei nº 372-A/75 de 16 de Julho, em pleno PREC assegurava todos os direitos aos trabalhadores, na sequência da Constituição aprovada que tinha garantido o paraíso para os trabalhadores por conta de outrém e o inferno para os empregadores, esperando assim obter o nirvana económico.
Ainda assim, esse paraíso depressa se mostrou exíguo e em Outubro de 1976 estes mesmos génios acrescentados por outro chamado Vítor Constâncio, do mesmo naipe, capitaneados por Mário Soares, afinal acharam que era preciso fazer o que o PCP não queria, nunca quis e ainda hoje anda a refutar, pela luta contra a "precariedade": os contratos de trabalho a prazo, inventados por esse primeiro governo constitucional para remendar o desastre daquele diploma que prometia o paraíso aos trabalhadores.
É ler o Decreto-Lei 781/76 de 28 de Outubro ( a lei dos contratos a prazo) e perceber a aldrabice em que o PS se especializou sempre sob o comando de Mário Soares...porque foi o instrumento que permitiu verdadeiramente a tal precariedade, uma vez que as entidades patronais da época e posteriormente achavam e continuam a achar que o paraíso de uns não pode ser o inferno de outros...
E o outro problema magno, o da Educação, como é que estes génios o resolveram? Fácil e já foi aqui explicado: um dos génios apontados à pasta era Rui Grácio. O mesmo que acabou com essa coisa bizarra de haver escolas comerciais e industriais para quem quisesse seguir o ensino técnico e os liceus para quem quisesse seguir para os cursos superiores das faculdades existentes.
A divisão era entendida pura e simplesmente como classista e prejudicava os filhos das classes trabalhadoras em proveito da "burguesia". Foi exactamente por isto e nada mais que aquele génio, infelizmente já desaparecido, acabou com a separação e inventou o "ensino unificado".
Com os resultados brilhantes que estas décadas evidenciaram: a maior imbecilidade de sempre, na Educação.
Portanto, esses três grandes problemas ficaram assim resolvidos pelo primeiro governo constitucional e de facto este governo fez mesmo "muito em pouco tempo". Tudo mal, quase. De resto deu continuidade ao que já vinha de trás e que era incrível o que se fez em dois anos de democracia conquistada em 25 de Abril de 1974.
No fundo qual era o verdadeiro problema que tínhamos? É simples de enunciar e os jornais de 1975 explicavam claramente para quem sabia ler ( o que era raro, nesse tempo...):
Como é que isto se passava perante o país, sem grande sobressalto a não ser o de entregar o Governo ao referido Mário Soares e sus muchachos, com os resultados apontados e que agora celebram, sem pudor algum e memória nenhuma?
Passava-se assim, como explicava o Expresso de 25 de Abril de 1975, num artigo assinado por Helena Vaz da Silva: a imprensa estava toda, mas mesmo toda nas mãos dos democratas que nos fizeram a folha das bancarrotas. O pluralismo informativo era uma quimera e toda a gente aceitava este estado de coisas.
Para assegurar melhor a permanência desta fantasia política os génios de então, do lado do MFA inventaram uma lei de Imprensa para amordaçar certos desviantes, sem qualquer prurido e sem se darem conta de que estavam a fazer exactamente o mesmo que não admitiam ao governo de Salazar e Caetano: a Censura pura e simples.
Este era o projecto de lei de imprensa de Agosto de 1975 que garantia a qualidade democrática pura e dura...
Pior ainda: em complemento lógico desta gigantesca e irrepetível lavagem ao cérebro colectivo que nem Salazar ou Caetano tinham logrado imaginar como possível ou desejável, o mesmo Expresso cujo director agora foi tecer loas ao homenageado, numa lógica absolutamente coerente, publicava entrevistas com indivíduos mentecaptos, loucos que não se curaram nestes últimos 40 anos e ainda andam por aí à solta, com todo o perigo que exalam.
Eis Arnaldo Matos numa entrevista em 9.8.1975, cujo conteúdo poderia ser o mesmo de hoje, com as devidas adaptações do tempo histórico entretanto decorrido.
Era isto o Expresso de Balsemão e Marcelo Rebelo de Sousa e não admira que Portugal esteja como está... com o trabalho destes génios, como o que agora foi homenageado.
ps
ResponderEliminarpartido sórdido
a sujeira estava dignamente representada
por variados coveiros e ratos pingados
pinga sempre
o monhé tem a intenção de colocar os dirigentes europeus em tribunal
o boxexas não era tão desmioladp
Grande texto José. Consta que foi o próprio homenageado que uma vez explicou à seita que o PS devia ser como os gatos: fazer e tapar logo a seguir. Até os gatos de beco e os ratos do largo aprenderam com ele. -- JRF
ResponderEliminarExcelente!
ResponderEliminarServiço público igual a este não há.
Muito bom!
ResponderEliminarMuito bom!
ResponderEliminarNUNCA ESQUECER
ResponderEliminarRUI MATEUS
CONTOS PROIBIDOS
MEMÓRIAS DE UM PS DESCONHECIDO
está disponível na Net
grátis
amanhã em Belém
não se falará da bancarrota que se aproxima
a 'direita' vai ser o bode expiatório
boa noute
ResponderEliminare muita 'ó bê sessão'
'são ou não são,
eis a cu-estão'
'' amazza la vecchia ...''
A Corja, vivinha da costa , e do Costa - com o idiferente "beneplácito" de um povo abúlico, ignorante, servil e irremediàvelmente infantilizado.
ResponderEliminar"indiferente".
ResponderEliminarÉ o PS em marcha
ResponderEliminarA seguir irão homenagear o Pedroso, mais o amigo da Assembleia (talvez convidando uns rapazinhos para brincar ao quarto escuro) e o agora livre Cruz dos concursos.
O Pinóquio já queima tanto que vai ter de correr por fora.
Depois mandam a os papagaios acusar o Cavaco dos mais variados males do mundo, inventando todo o tipo de alarvidades.
A seguir o tomonhé faz o habitual número da virgem ofendida, atira com a toalha ao chão e volta em glória ao colo da alcoviteira que aterrou em Belém (que nutre pelo PPC um ódio indisfarçável).
Tudo isto o velho fez várias vezes, enquanto ajudou a destruir todo o tipo de industria e nos levou à bancarrota
Um Arraial de Aventais!
ResponderEliminarQue Lindo! E não vão todos presos?
Muito estranho foi não terem convidado o Mateus. Falha Grave do Protocolo!
continua a 'passarinhar'
ResponderEliminarcuidado com o 'complexo de ´Édipo'da ó bê sessão
os aventais
e outros qu tais
escondem muitos complexos de inferioridade
e da menoridade mental
'passou-se' de
dúvida sistemática
para a
dívida sistemática
José esqueceu ou ignorou o economista-mor Medina Carreira meu vizinho na altura que fugiu deixando a banca-rota para os seguintes tal como olvidou que o mestre de economia Cavaco Silva foi ministro das finanças do Pinto Balsemão deixando a banca-rota nas mãos do Soares e do professor Mota Pinto
ResponderEliminarA amnésia pr vezes dá um jeito do caraças.
Medina Carreira até tem lá a foto...reparou?
ResponderEliminarE dá muito jeito aproveitar a economia socialista implantada em 1975 e que o PS impediu durante dez anos que se desfizesse, para atirar culpas que Cavaco não tem.
É esse género de aldrabice que costuma pegar sempre junto de ignorantes.
É a mesma coisa que ouvir um tal Bernardino do PCP agora mesmo na 3, com a Lourença a falar de empresas e de riqueza, quando o que o mesmo pretende é acabar com as empresas e tornar tudo estatizado...
ResponderEliminarQuanto ao Medina Carreira já nessa altura falava numa mudança radical no sistema tributário e ninguém lhe deu ouvidos...sendo esse ninguém um alguém que anteontem foi homenageado: Mário Soares.
ResponderEliminarestive a consultar notas das reuniões de aventais de que tenho cópias
ResponderEliminarsão falsas as indicações anteriores sobre a responsabilidade de Carreira e Cavaco
quem sabe afirma que o ps voltou hoje a aldrabar um inquérito parlamenta ao Banif
e o quantitativo da divida pública
ainda bem que o monhé e a catarina obtêm maioria absoluta nas sondagens
'não há nada como realmente'
'tó que múseca!'
Basta percorrer os vários documentos que deixei por aqui neste blog, de época, para perceber que foi o PS e a esquerda comunista que impuseram a Constituição de 1976, atrelando as carruagens ao idiota útil Jorge Miranda e durante dez anos impediram que a Economia do país se recapigalizasse e quando o quiseram fazer era tarde.
ResponderEliminarOs Espírito Santo já não tinham a massa que tiveram e a Cuf estava desfeita. A Siderurgia desfeita e a indústria naval num caos que durou até há pouco com a novela dos Estaleiros de Viana.
Foi esta a grande obra do tal Mário Soares. Não foi do Cavaco.
Portugal arruinou-se economicamente e até culturalmente com esta esquerda que anda por aí e ameaça ganhar as eleições.
ResponderEliminarÉ uma maldição que apanhei na minha vida mas tive o privilégio de ainda ter vivido num tempo em que isto não era assim. Quem tem mais de 50 anos deve lembrar-se mas muitos não querem.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/barometro_ps_distancia_se_do_psd.html
ResponderEliminarDepois de ler a notícia do Negócios a conclusão só pode ser uma: o PSD tem que mudar de "vida"
Ou os homens do PPD tomam o partido em mãos ou o partido vai fazer uma travessia no deserto por várias legislaturas. O Passos Coelho tendo sido um razoável 1°ministro é um péssimo líder de oposição. Cheguei há pouco do mar, dou uma volta pela bloga e verifico que há sitios (não quero publicitar) que desmontam quatro mentiras em menos de 5 minutos.Os votantes que o elegeram nas penultimas legislativas são os mesmos que lhe retiraram mais de 700.000 mil votos nas últimas, as circunstâncias é que foram outras.
Nota: as mentiras são com som e imagem do próprio Passos Coelho
sobre patologias zociais
ResponderEliminarNet
O filósofo Baruch Spinoza falava que existem afetos alegres e afetos tristes. O politicamente correto nega o direito à existência a ambos e afirma apenas o direito de os afetos corretos existirem. O problema é que afetos corretos são como círculos quadrados, uma abstração sem corpo e sem alma. Ou somos alegres ou tristes. Corretos, nem os mortos o são. Esta coletânea de aforismos imorais é uma homenagem a quem não teme o pântano que é a nossa alma. Entre os dois tipos de afetos descritos por Spinoza, os tristes são os mais difíceis de serem domados, justamente porque são insuportáveis
ao PSD não interessa voltar ao governo nos próximos anos
ao que tudo indica o monhé irá para o FMI e a catarineta para a ó nu no fim da legislatura
LUIZ FELIPE PONDÉ
ResponderEliminarPouco é necessário dizer sobre a origem e a natureza da praga do politicamente correto. Muitos autores, e eu mesmo, já escrevemos contra ela: trata-se de uma forma de censura do pensamento, dos gestos e da linguagem, mediada por uma pauta política de esquerda herdada da new left (nova esquerda) americana das últimas décadas do século passado. Uma esquerda das universidades, sem a fibra para luta da esquerda clássica, que matou gente a rodo (mas era, pelo menos, feita de “cabras” sinceros), a new left americana é filha de Foucault e Derrida, gente que queria tomar vinho e criticar gestos, palavras e humores, sem aptidão para o combate a não ser via censura e humilhação pública dos outros, enfim, coisa de covarde (nos últimos tempos, essa esquerda covarde recebeu a bênção de dois nomes típicos da revolução queijos e vinhos francesa, Žižek e Badiou). Essa esquerda de campus visa destruir os inimigos e fortalecer os criadores dessa pauta correta, como toda forma de censura, aliás, sempre se dizendo em nome do bem, mas que tem como inimigo número um o risco que a liberdade sempre carrega em si mesma.
paneleirada
Anónimo
ResponderEliminarChegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
'noz por cá todos bem!'
Gestão & Negócios 2001
ResponderEliminarO medo de ser conservador, tanto no ambiente político como nas relações sociais excluiu o debate franco e objetivo. É a ditadura do politicamente correto que leva a inanição conceitual e prática. Ironicamente, ser conservador talvez seja, na essência, uma das maiores inovações atuais.
'Porra! dizia a velha marquesa'do Hospital
Obrigado José por me ter censurado reviveu la bele époque dos tempos do seu ídolo SALAZAR
ResponderEliminarEnquanto eu tenho Salazar para apresentar como estadista de mérito, V. tem Mário Soares?
ResponderEliminarÉ isso?
A História dirá melhor quem foi o verdadeiro patriota, o verdadeiro estadista e o verdadeiro génio da política.
ResponderEliminarPor mim não preciso de esperar por esse tempo porque já sei.
"É uma maldição que apanhei na minha vida mas tive o privilégio de ainda ter vivido num tempo em que isto não era assim. Quem tem mais de 50 anos deve lembrar-se mas muitos não querem." (José)
ResponderEliminarFrase correctíssima, eu não diria melhor. Quem teve o privilégio de ter vivido no regime anterior e queira faz comparações entre aquele e este que nos é dado infelizmente viver, a única coisa que lhe resta é chorar. Chorar de raiva, de impotência por não poder alterar o estado lastimoso em que este regime nos tem obrigado a viver.
Quem só conhece este regime não pode fazer a mais pequena ideia do que perdeu. Do que perdeu em segurança, em estabilidade social e laboral, em empregos para a vida, em poder viver em paz, em saborear cada dia como se fosse o mais feliz da sua vida, em viver sem violência, em orgulho de ter nascido e crescido em Portugal. Não há democracia alguma que pague uma vivência sem bem-estar social, sem segurança, sem harmonia familiar e sem medo. Quem chegou a viver, já como adulto, nesse tempo e disser o contrário do que acabei de descrever, mente com todos os dentes que tem na boca.
Este Soares que foi agora homenageado (homenageado a que propósito?, por ter destruído o País e a vida dos portugueses?, deve ser isso) e que teve a sorte de atingir os noventa anos ou mais, depois de tudo quanto fez a Portugal desde o dia em que regressou do exílio e pisou o solo português, foi a pior praga que nos podia ter acontecido como Povo. Este homem foi o causador das inúmeras tragédias que se abateram sobre nós e ainda não terminaram. Foi o autor do abandono das nossas Províncias Ultramarinas para as entregar aos inimigos de Portugal e o causador do massacre de mais de um milhão de inocentes. Foi o causador da nossa ruína económica, que já vem desde o início deste regime, por interpostos apaniguados - autênticas nulidades que de política nada sabiam nem sabem - colocados por ele no poder e que igualmente contribuiram para esse preciso fim. Esta inominável esquerda é a mesma que se tem mantido no poder desde então até hoje com as consequências gravíssimas que se conhecem, pois tudo quanto ela sempre desejou foi a destruição sistemática da nossa economia, a qual deu origem às sucessivas bancarrotas, além da decadência social e moral do País.
Este Soares e todos os que fazem parte da seita que com ele tem governado o País, só prestam contas - seguindo à risca as orientações que tem vindo a receber desde o 25/4 - aos mandantes (os mesmos que estiveram na origem do criminoso golpe de Estado de Abril de que Soares foi o homem de mão, golpe que só a àqueles e aos seus leais serventuários no terreno beneficiou... e se beneficiou!) que vivem noutras paragens do Globo e que são afinal quem de facto governa esta democracia (e todas as demais democracias, de resto) com mãos de ferro. Os políticos em cada uma delas, 'livremente' eleitos pelos respectivos povos, são simples marionetas contratadas como figurantes para compor o cenário de uma peça de teatro em representação contínua de que não se vislumbra o fim.
Este homem fez tanto mal a Portugal que não sei como consegue dormir descansado. E pior, não demonstra o mínimo dos remorsos. Se a sua saúde física e mental tem aguentado tanta maldade deve ser porque a mesma faz parte intrínseca do seu ADN e que noutro ser humano normal já o teria aniquilado há muito tempo. Mas lá está, a ruindade vence todos os obstáculos só não vence a morte. É por isso que pode dizer-se que para certa gente demoníaca o seu desaparecimento terreno vem sempre tarde demais. Caso isso acontecesse mais cedo quanta dor, sofrimento e tragédias poderiam evitar-se.
No quintus é interessante ler os telegramas enviados pelo embaixador americano para os eua, no pós 25/4.
ResponderEliminarMaria
ResponderEliminarAssino por baixo, o seu excelente comentário.
Antes do 25/4, não gostava do regime vigente e após essa data, penitenciei-me
e passei a dar mais valor a esse grande Homem. A sua honestidade foi um exemplo para toda a ladroagem que se instalou naquela data.
Cps.
Severo, obrigada pelas suas palavras. Sabe bem saber que há mais pessoas por aqui que pensam como eu.
ResponderEliminarO Severo talvez não tenha tido oportunidade de me ler ao longo do tempo neste e noutros espaços, mas o meu pensamento político durante o anterior regime andava próximo do seu. Nem podia ter sido doutro modo, é que eu sou filha de alguém que foi um acérrimo republicano e nada o demoveu disso até falecer. Tendo feito todos os seus estudos em Coimbra, o que admiraria era o meu Pai ter sido outra coisa que não republicano, como aliás o eram todos os seus colegas d'então e muitos deles seus amigos para a vida, já que era a norma naquele tempo e naquela cidade quase toda a estudantada sê-lo (e se calhar ainda hoje assim é). Essa influência, nos seus tempos de juventude chamada republicana e hoje chamada socialista, designação que o nosso nunca abandonou mesmo depois do 25/4, pesou alguma coisa na minha tendência para não admirar grandemente Salazar.
Por outro lado a minha Mãe e toda a sua família eram monárquicos. Isto por tradição familiar. Lá está, influência socialista (moderada) por um lado e por outro forte influência monárquica, deu no seguinte resultado: quase todos nós, filhos e éramos muitos, tendemos para a direita com duas execepções, que as há em tudo. Dois dos meus irmãos mais velhos tornaram-se socialistas com o advento do novo regime, influência notória do nosso Pai sem dúvida. Abro um parentisis para dizer em abono da verdade que nunca ouvi o nosso Pai dizer mal de Salazar, até o elogiou por duas ou três vezes pelas medidas políticas correctas tomadas nas alturas mais críticas que o País viveu, tal atitude deveu-se a uma educação primorosa recebida, a uma personalidade forte e a uma formação moral superior que o fazia nunca dizer mal de ninguém incluíndo Salazar de quem não gostava nadinha. Eu própria fiquei a meio nas preferências políticas sendo a única filha a escolher a social-democracia (a verdadeira) votando sempre PSD, mas com muita simpatia também pelo CDS. Todos os restantes filhos optaram pelo CDS.
Escusado será dizer que fui simpatizante irredutível principalmente do PSD até ao dia 22/3 de Novembro de 2002. Aí a ingenuidade e a confioança nos políticos acabaram num ápice. A partir dessa altura nunca mais votei em qualquer dos partidos. Quando uma pessoa acredita na integridade e honestidade pessoal e política de quem nos governa e passadas décadas verifica que tudo aquilo em que acreditou era uma mentira desmedida, que afinal esta democracia é uma farsa gigantesca, que este sistema governa em circuito fechado e rege-se por compadrios e secretismos, que os políticos que introduziram a esplendorosa democracia que temos a infelicidade de andar a suportar e a sustentar desde há inacreditáveis quatro décadas - sendo quase todos os intervenientes neste processo criminoso falsos como Judas - só tinham dois objectivos em mente (além doutros considerados d'igual importância e que se seguiriam com o passar do tempo, sendo aqueles consequência lógica destes) quando tomaram as rédeas do poder: 1º entregar o mais ràpidamente possível as nossas Províncias Ultramarinas aos dois internacionalismos, para os quais ademais, como bons traidores à Pátria, têm vindo a trabalhar denodadamente desde que atingiram a idade adulta; 2º destruir completamente a economia do País e em simultâneo tirar daí brutos dividendos em proveito próprio, estando òbviamente nos seus demoníacos planos levarem os Bancos portugueses lucrativos um a um à falência. E foi o que fizeram.
(cont.)
ResponderEliminar(Conclusão)
Quando se está perante uma farsa de regime cujos obreiros redigiram uma Constituição que é outra farsa monumental (pois só permite os partidos que os donos do sistema autorizam, nada de partidos da direita nacionalista e civilizada porque o medo desta é atroz, pois eles sabem de ciência certa que caso aqueles partidos existissem e fossem a votos a esquerda na sua totalidade seria relegada para os 0,0009%) o que é que se pode pensar deste pseudo regime e destes pseudos políticos? Compo é possível que os portugueses continuem a permitir este estado indecoroso de coisas? Como é que este Povo não se revolta com uma classe política composta na sua imensa maioria por gatunos, corruptos, apátridas, criminosos e pedófilos, permitindo que a mesma nos continue a governar??? Polìticamente chegámos a um ponto lastimável e de não retorno e o que, a nós os que testemunhámos o "antes" e presenciamos o "depois", nos provoca uma dor interior profunda e indescritível, que não atenua com a passagem do tempo, antes agrava-se a cada dia que passa mais e mais, levando as pessoas que adoram este País a um estado de tristeza permanente, só ultrapassado por toda a alegria que a família nos proporciona e que é imensa e insubstituível.
Porém, o conforto espiritual que recebo constantemente dos meus familiares e que tão bem me faz à alma, dura o tempo suficiente até voltar a apoderar-se de mim a mesma revolta incontida que nunca me abandona pelo ódio (sim, ódio, um sentimento desprezível, eu sei, o mesmo que nos anos que levo de vida jamais pensei vir algum dia a escrevê-lo com a perfeita noção do peso e significado que a palavra conleva. Sentimento que desconhecia por completo até 2002 e que nunca ouvi saído da boca de nenhum português durante o Estado Novo. Neste regime não havia ódio mas sim carinho e estima entre os portugueses. Aquele sentimento não existia no espírito das famílias nem na sociedade nem no povo nem na classe política e muito menos no espírito do seu Governante máximo, o mesmo que proporcionou ao Povo viver feliz e em paz, mantendo o rumo por ele traçado sem crises nem turbulências num largo período de tempo durante o qual houve um extraordinário desenvolvimento económico atestado até pelos seus inimigos. Em suma o Estado Novo foi governado do princípio ao fim por um Génio da política que trouxe ao Povo a paz social e duradoura, a alegria de viver e trabalho para todos e para a vida. Mas há talvez um Bem ainda maior e que não tem preço e que Salazar sempre teve em mente, lutar pela defesa da Pátria e do Povo enquanto Deus lhe desse capacidade física e mental, mantendo bem longe deste chão sagrado que é Portugal os nossos mais temíveis e desprezíveis inimigos. Todas estas bem-aventuranças, que não têm preço, garantir-lhe-ão o nome gravado a letras d'ouro nas páginas da nossa História). Ódio, frisava eu mais acima, assim como o máximo desprezo por uma classe política que é do mais vergonhoso, criminoso e vil como este pacífico e bom Povo jamais poderia nos seus piores pesadelos vê-la alcançar o Poder neste nosso País adorado que leva já quase mil anos como Independente e Soberano.
Cara Maria
ResponderEliminarComo eu a compreendo !
Sou septuagenário, oriundo de uma família humilde e trabalhadora, passamos por bastantes dificuldades, mas apesar de tudo vivemos felizes naquele tempo em que existiam os valores da família. Com 22 anos fui mobilizado para combater no Ultramar, atendendo ao apelo que a Pátria me fez. Podia como muitos fizerem, fugir emigrando para bem longe e virar costas ao meu dever de patriota.
Não o fiz e ainda hoje não me arrependi da opção que tomei. Sinto só uma grande revolta porque após todos estes anos negros de uma "democracia" podre, nós combatentes, nunca fomos reconhecidos pelo nosso esforço em prol da Pátria. Tenho colegas estropiados e outros que vivem em condições miseráveis que nunca mereceram uma palavra destes "ilustres". Para eles apenas existem os que vão como voluntários para o Kosovo, Afeganistão e outro países que nada nos diz. Agora só me resta abrir os olhos àqueles que, conhecendo apenas a realidade e história recentes, possam acordar do pesadelo que poderá ser o seu próximo futuro.
Cps
Severo, muito obrigada pela sua resposta e pelas suas gentís palavras.
ResponderEliminarTem toda a razão no que escreveu quanto a estes democratas d'algibeira. Quase todos corruptos e oportunistas da mais pura água. E sobretudo e para mim, o que é o mais grave de todos os seus defeitos, foi serem sido traidores e inimigos dos portugueses, pois se dúvidas houvesse bastaria pensar no verdadeiro genocídio que estes apátridas que trouxeram a democracia para Portugal praticaram sobre os infelizes portugueses-africanos por interpostos terroristas por eles contratados, estes por sua vez a mando dos mundialistas que é quem governa de facto o mundo.
Se lhe disser que cheguei a votar neste coveiro da Pátria, Soares, para presidente da República não vai acreditar, mas é verdade. Isto no tempo em que ainda acreditava nas falinhas-mansas deste manipulador-mor da política, como aliás a maioria dos portugueses também nele acreditou. O meu Pai, que conheceu o Pai dele por motivos de trabalho, disse do Soares-filho "este é um palerma, o pai é que era como dede ser" (lembro-lhe que o meu Pai disse isto pouco tempo depois de Soares estar a dar os primeiros passos como dirigente socialista, imediatamente após ter regressado a Portugal depois de ter sido o grande libertador do povo..., que faria se o meu Pai - uma pessoa que era de uma integridade absoluta, não suportando hipocrisias e cinismos fosse de quem fosse, muito menos se de políticos se tratasse - tivesse vivido o suficiente para ter presenciado o mal que este grande pulha fez ao País e aos portugueses).
Estive na manifestação da Alameda D. Afonso Henriques quando ele tremia de medo por ver o terreno fugir-lhe debaixo dos pés e a sua ascenção ao topo da governação e coveiro-mor da Pátria a afastar-se do seu horizonte, acusando a esquerda de querer impor uma regime comunista em Portugal... Fingia detestar os comunistas, quando hoje se sabe que aquele seu pretenso antagonismo era uma mentira pegada, já que ele sempre foi comunista (ele próprio o afirmou, dizendo que mais tarde resolveu optar pelo socialismo...) e era unha com carne com Cunhal.
Com falinhas mansas o cínico-mor convenceu-me a mim e a muitos milhares de portugueses que acorreram à sua desesperada chamada. A Alameda D. Afonso Henriques estava pejada de gente a perder de vista. (Um amigo nosso até levava uma moca no porta-bagagens do seu mini para chegar "a roupa ao pelo" aos comunistas caso assim o farsante Soares desse o mote. Imagine só a influência que ele exercia sobre os portugueses que acreditavam em todas as suas pantominices). Aqueles milhares de pessoas devem hoje estar tão arrenpendidos quanto eu por terem acreditado um dia num político que foi sem dúvida o maior traidor e criminoso que apareceu em Portugal.
Severo, volto a agradecer o seu comentário e não necessita responder a este meu, se assim o entender.