Tais emblemas incluem brasões e símbolos da nossa portugalidade e remontam ao tempo em que ainda tínhamos colónias, como uma boa parte dos países europeus.
Em 1940, para comemorar os 800 anos da nossa nacionalidade e os 300 anos da restauração da mesma, fez-se uma exposição em Lisboa que foi chamada do Mundo Português e foi nessa altura que se construíram pavilhões evocativos e idealizou um jardim, em frente ao mosteiro dos Jerónimos que mais tarde, ainda no tempo de Salazar, veio a incluir os referidos brasões desenhados em bucho, como elementos decorativos e simbólicos do nosso passado histórico ultramarino.
É desse passado histórico que o tal Sá Fernandes, mais a Câmara de Lisboa, responsável pelos jardins locais, se envergonham e por isso, no alto do poder de vereação decidiram acabar com os símbolos desse mal que inclui a Cruz de Cristo que ornava as nossas caravelas quando partiram para as Descobertas.
É destes jacobinos que temos para obliterar a História à boa maneira comunista que apagava das fotografias os elementos entretanto tornados indesejáveis de figurar na história representada.
O jornal O Século, em 1940 publicou uma edição especial que pode ser vista integralmente aqui e mostra nesta imagem a composição arquitectónica, com os jardins agora em causa.
O Século Ilustrado de 29.6.1940 mostra a inauguração:
Durante o tempo de Salazar e Caetano e até aqui há duas décadas atrás, os jardins e respectivos emblemas simbólicos eram cuidados assim:
Actualmente, depois de instalado na CML o poder maçónico e jacobino, encontram-se assim, num acto de abandono voluntário e equivalente ao das fotos do comunismo estalinista:
Assim foi notícia há dois dias que um gabinete de arquitectura qualquer ganhou um concurso de ideias para refazer esteticamente o local, o que inclui, natural e obrigatoriamente ( se não, nem sequer teriam ganho...estou em crer) a substituição dos referidos brasões simbólicos por outra coisa qualquer, eventualmente de índole maçónica que é a profissão de fé da actual CML.
Enfim, mais uma jacobinice, das antigas e de sempre e que a falta de cultura dos portugueses em geral permite e condescende.
A propósito de tal assunto, por ocasião da referida Exposição do Mundo Português foi construida uma nau representativa das que marearam em busca de outras terras e outros mares, nos séculos XVI e XVII. O galeão da carreira da Índia foi idealizado no início de 1939 como relata este artigo do Século Ilustrado de 25 de Fevereiro de 1939.
Foi construído no Arsenal da Marinha e serviu para engalanar o Pavilhão do Mar nessa mesma Exposição.
Foi inaugurado em Setembro de 1940, como relata o artigo desse mês da mesma revista com a imagem de Salazar, o cardeal Cerejeira e Leitão de Barros, um dos autores da ideia.
Estas fotografias, os jacobinos maçónicos não apagam da memória.
Por uma razão suplementar: a nau Portugal chama-se Sagres tal como o actual navio-escola que ostenta nas suas velas a mesmíssima Cruz da Ordem de Cristo que tanto incomoda esta gentinha de pequenez histórica assegurada.
É uma vergonha -a minha cidade entregue a um paranoico de nome Fernandes...
ResponderEliminarO irmão jura que Sá Carneiro morreu num atentado e que Carlos Cruz está inocente...
ResponderEliminarEstes postais são uma maravilha.
ResponderEliminarÉ assim que se cala a bicharada e as mentiras que publicam nos jornais.
Sá Carneiro morreu num atentado e Carlos cruz é inocente.
ResponderEliminar.
Anyway, destruir símbolos ou remover pessoas da história não é coisa boa. A ponte 25 de abril é um bom exemplo. Não devia ter mudado de nome.
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O problema é que quando há um ponte com o nome salgueiro maia os salazaristas trepam paredes com intensidade semelhante a este tipo de iniciativas de remover símbolos.
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Ou seja ele há gente que só gosta dos símbolos da história quando estes foram feitos pelos da sua tribo. Estão bem uns para os outros.
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Rb
A ponte de Salazar não foi feita pelo Salgueiro Maia. Ponto e final.
ResponderEliminarstaline também 'apagava' os companheiros caídos em desgraça
ResponderEliminarmais um auto-de-fé da cml do presidente originário do Porto e do salgado primo
os '400 arquitectos' não podem estar demasiado tempo às moscas
Este jardim é o retrato acabado de duas épocas distintas. Há quem prefira tudo a ervas… ou a cimento e alcatrão. Muito triste isto. -- JRF
ResponderEliminarIsto tudo é bonito demais para uma rápida vista d'olhos. Hei-de aqui voltar para talvez ainda comentar, mas só depois de rever as belíssimas fotos e ler todas as legendas e artigos que as acompanham.
ResponderEliminarUma maravilha de tema, este, bem como tudo o que o José escreveu sobre o mesmo. A nossa alma enche-se de um enorme sentimento de gratidão para com os portugueses que projectaram e construíram tanta beleza e grandiosidade e muito particularmente ao Grande Português que permitiu que uma tal Obra fosse levada a efeito e que tanto prestígio trouxe a Portugal. Mal podemos imaginar o encantamento e orgulho que devem ter sentido todos quantos tiveram a sorte e a oportunidade de visitar tão extraordinária Exposição.
Os anti-patriotas que querem destruir os medalhões desenhados na relva comemorativos das descobertas, são um punhado de esquerdistas 'anti-faxistas' que não merecem o chão que pisam e esse oportunista Zé Fernandes (e quem o apoia na Câmara) menos ainda merece o pelouro que lhe foi atribuído e tutela e quem está de facto na origem da ideia vergonhosa. Esta personagem só tem feito porcaria, no que à urbanização diz respeito, por toda a Lisboa e arredores e nas obras que mandou embargar e que provocaram milhões de euros pelo atrazo de anos até terem sido retomadas, as quais devia ter sido ele a pagar do próprio bolso.
Que os portugueses de bem se indignem e protestem o mais que puderem e venham para a rua em peso proibir que tal maldade
- traduzida numa inveja atroz que toda a esquerda, este Zé incluído, continua a professar ao Estado Novo e ao seu Governante máximo por tudo quanto ele fez por Portugal e pelos portugueses e que este valdevinos (e outros como ele) jamais chegaria a equiparar-se-lhe nem que vivesse mil anos - seja posta em prática evitando que um tal crime de lesa-portugalidade seja cometido.
Ao que parece, quem comanda esta operação é uma tal Simonetta Luz Afonso. Deve ser uma esquerdista assanhada.
ResponderEliminarFoi responsável pelo Museu do Traje e é miliante socialista. Há-de ser de idade aproximada à dos brasões.
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ResponderEliminar"A ponte de Salazar não foi feita pelo Salgueiro Maia. Ponto e final."
Dito assim, também se pode afirmar: A ponte de Salazar (cruzes canhoto) não foi feita pelo Dito. Ponto e final.
Pois não. Parece que foi o Lucas, o que trabalhava nas obras que foi pedir ao Salazar para se fazer uma ponte sobre o Tejo, para não continuar a passar no cacilheiro velho...e como Salazar era pessoa de boas obras lá acedeu.
ResponderEliminarHá dias felizes. Se não fosse o Lucas ainda hoje passaríamos o Tejo de cacilheiro a vapor.
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ResponderEliminarSou mais fã do coveiro de Stª Comba!
Cada um escolhe as amizades que entende...
ResponderEliminarLeia-se mais acima:
ResponderEliminar"... e quem é o responsável"
"... uma Obra de tão colossal envergadura"
"... centenas de milhões de prejuízo"
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Enganei-me nos nomes. Este é o Ricardo e o irmão, advogado, é que é o Zé Sá Fernandes.
Enfim, é natural que os jardins vão evoluindo na sua decoração, sobretudo se estavam decorados com brasões de províncias que já não existem, não é por isso que o Fernandes deixa de ser pateta. Atribua-se lá a obra sobrefacturavel ao amigo do costume e vejamos se sai dali alguma coisa melhor que o horrendo paralelepípedo dos coches.
ResponderEliminarBem mais interessante a história triste da Nau Portugal, uma ideia que podia ser simpática para a exposição mas que teve a pior execução possivel.
Em primeiro lugar em vez de uma simples Nau inventaram esse enorme galeão travestido de Nau.
Depois foi construído na gafanha da Nazaré e não em Lisboa.
Depois uns dizem que o responsável pelos estudos de navegabilidade da coisa morreu antes de os fazer, outros que nunca se lembraram sequer de fazer tais estudos e nenhum engenheiro naval esteve envolvido.
O certo é que ao ser lançada ao mar perante milhares de pessoas tombou logo e teve de ser salva. Honra seja feita ao próprio construtor que já desconfiado não deixou o Bispo ir a bordo.
Depois pra vir até Lisboa teve que vir encostada a uma draga e com mais 2 barcos a ajudar.
Finalmente lá arranjaram um jeito de a manter direita durante a exposição e 1 ano depois foi severamente danificada por um ciclone.
Portugal nos anos 30 era de uma pobreza franciscana onde era raro encontrar alguém capaz de mais do que plantar batatas. Tudo o que de tecnológico fosse necessário vinha do estrangeiro e era pouco pois a prioridade era não deixar derrapar as contas e vivermos do que temos.
Depois foi melhorando, lentamente, sem loucuras, talvez demasiado lentamente, depende das opiniões, sendo raro quem opina ter ideia de quais eram as contas possíveis, sendo certo que a prioridade sempre foi não perder a soberania e portanto não gastar mais do que se pode.
A principal lição que tiro do pouco que aprendi desses tempos é a do tempo imenso que demora a reconstruir a soberania, a secar os pântanos de revolucionários de pacotilha importada, a produzir no país tudo o que fizer falta. (depois de o endividamento e deslumbramentos vários na monarquia e republica terem levado a sucessivas bancarrotas)
Num cenário de desmembramento da União Europeia (por exemplo) vamos precisar de 2 ou 3 salazares e pelo menos 20 anos de apertar o cinto se não quisermos virar província castelhana ou colónia de algum outro grande da Europa, ou pior. Se não fosse tão trágico até dariam vontade de rir os pokemongos de telefone-esperto na mão que se queixam da terrivel austeridade dos últimos anos...