Antes de nós termos chegado a África já lá tinham estado povos europeus, séculos atrás. O Norte de África tinha sido ocupado por Fenícios que fundaram Cartago e esta foi guerreada pelos romanos e númidas, seus aliados. Os vândalos também chegaram lá ainda antes da nossa era cristã e por isso quando os franceses apanharam o Norte de África, em meados do séc. XIX, já tinham passado séculos e séculos de descobertas e exploração do território africano por europeus e outros povos.
Ainda assim, no primeira metade do séc. XX o Norte de África falava francês, nomeadamente a Argélia e Marrocos, bem como outras regiões mais a sul.
Os Estados Coloniais atingem o seu apogeu nos anos 30 do séc. XX. A ideia primordial era a de "assimilação" mas a prevalecente foi a da prática da administração indirecta introduzida pelos britânicos. Os europeus estavam em África em número reduzido e cada colónia tinha uma hierarquia de direcção que ia do governador ao administrador de circunscrições que utilizavam os auxiliares locais e autoridades africanas para controlar os territórios. Um despotismo esclarecido, segundo se lê, no número especial da L´Histoire consagrada a África.
Foi assim até meados do séc. XX e a progressiva consciência política dos povos africanos foi-se desenvolvendo notoriamente a seguir às duas guerras mundiais, mesmo se o esforço de colonização tardio, com um desenvolvimento económico e social acelerado, encetado nos anos 50, não foi suficiente para convencer os povos autóctones e de raça negra, da superioridade da administração dos brancos.
Em 1914 a África estava completamente colonizada com excepção da Etiópia e Liberia e os territórios repartidos por potências coloniais europeias por força de tratados celebrados entre os finais do séc. XIX e os primeiros anos do séc. XX.
As revoltas contra essa colonização são um facto histórico. Em Angola, a dos Ovambos e dos Kongos, entre 1911 e 1915; em Moçambique a dos Chilembwe, em 1915 mas estendem-se a todo o continente africano nessa altura).
A maior potência colonial, em 1914 é a França.
Como é que a França saiu de África? A mal...
Em finais de 1954 sofreu os primeiros atentados e acções terroristas por parte dos movimentos de libertação no norte da Argélia. O que fizeram os franceses para contrariar o movimento de libertação que usava a táctica do terrorismo? Repressão feroz, torturas, execuções sumárias.
Mesmo assim, em finais de Agosto de 1955 deu-se isto que a revista francesas Paris Match de 3.9.1955 relatou:
Como aqui se dá conta, alguns "rebeldes" até se renderam e pediram perdão...
Não obstante, o problema colonial francês agudizou-se e em 16 de Setembro de 1959 De Gaulle ( admirava Salazar...) reconheceu o direito do povo argelino à autodeterminação. Em 3 de Julho de 1962 foi proclamada a independência.
Pelo meio ficaram 300.000 mortos argelinos para 30 000 franceses e 700.000 desalojados que vieram para a Europa...
E nós? A História é conhecida e há ainda quem pense que ainda deveríamos lá estar...
Se a História fosse outra talvez fosse possível pensar desse modo. Mas não foi. E não adianta pensar que poderia sê-lo se fôssemos suficientemente persistentes e lutadores. A França, tal como a Grã-Bretanha, no século XX tinha um poder militar muito superior ao nosso. Hipoteticamente poderia sustentar militarmente uma guerra pela defesa das suas possessões ultramarinas mas não o fizeram~.
A questão mais importante é por isso saber porquê...
Excelente síntese.
ResponderEliminara África não atraiu colonos no séc xix. ao contrário das Américas
ResponderEliminarera despejo de marginais
nunca li
amor de perdição
A guerra do Ultramar foi levada a cabo com eficácia. Com menos e menores meios e mais perseverança do que os franceses na Argélia, e dos britânicos na Malásia, já para não falar dos americoisos na Cochinchina (cf. John Cann, «Counterinsurgency in Africa; The Portuguese Way Of War»). O nosso Estado Maior estudou bem os exemplos dos franceses e dos ingleses e ajustou o método de combater a guerrilha com eficácia no Ultramar, por treze anos e com parcos meios. E contra o mundo interesseiro coligado na O.N.U. Os portugueses não foram derrotados no Ultramar em combate; não cederam nem lhe foi conquistada posição que se visse nem perdidas populações sob sua administração. Sabemos o que se passou: renderam-se em Lisboa uns Magalhães que pouco haviam vergado a mola em África. A descolhonização só podia dar em debandada — exército fujão, foi o que lhe Marcello Caetano chamou, com propriedade, depois da espinha partida no grande acidente nacional (v. a propósito a última «Acromiomancia» do Dragão onde se apresenta o estado em que ficou a cadeia de comando e a autoridade nacional quando havia uma guerra em curso e milhões de portugueses carentes de muito maior protecção depois da estupidamente rendição auto-infligida que antes). A debandada queimava tanto as mãos aos inventores da «coordenação interterritorial» (até da palavra Ultramar tiveram medo, como ainda têm) que todos eles se apressavam em largar tudo. Largaram São Tomé e Timor sem razão, inventando ali mandaretes atabalhoadamente só para se livrarem da sarna e condenaram os cabindas e os cabo-verdianos às manápulas do M.P.L.A. e do P.A.I.G.C. cagando-se para os portugueses (pretos ou brancos) do Ultramar como bodes expiatórios duma fé internacionalista.
ResponderEliminarOs portugueses foram os últimos europeus a vender cara a pele ante a afronta e esbulho que lhe faziam. O resto é ir em cantigas por andar na moda. O que se aliás tem visto na reacção ao terrorismo nessas metrópoles dos ventos da História»: velinhas e flores. Ou como dizem os amaricanos: they're so fucked!
Cumpts.
Renderam-se em Lisboa uns magalas, digo.
ResponderEliminarPortanto, contem lá: se não tivesse havido o 25 de Abril como é que Portugal poderia ser hoje.
ResponderEliminarApenas isto. Repetir a cantiga da vergonha da descolonização do PREC já toda a gente aqui sabe e isso está fora de debate.
Agora resta é saber como se evitaria o 25 de Abril nunca mudando nada e chegando aos nossos dias como?
Com um Império Africano em 2016?
Já sabemos quem se rendeu e ninguém aqui defende a vergonha que foi a entrega.
ResponderEliminarO que se pergunta é como é que Portugal poderia ser hoje se nunca, em momento algum, e até atempadamente como os restantes, se tivesse descolonizado.
Como?
Seríamos agora o reverso da "Cuba na Europa" dos comunas?
Seríamos até ao presente, o único país Europeu com um Império colonial?
É que os mitos e as utopias acabam por se encontrar. E a mania da poesia e da utopia também é bem tuga.
ResponderEliminarUns querem , ainda hoje, uma Cuba na Europa; outros sonham como poderia ter sido, um Império de um pequenino país europeu, fora da UE fora de tudo.
Principalmente fora da História. Fora da realidade.
Por que é que aconteceu o 25 de Abril?
ResponderEliminarSão capazes de responder sinteticamente a esta pergunta?
É que podia-se ter evitado. Mas precisamente de forma realista e oposta aos v.s mitos que causaram o 25 de Abril!
Portugal resistiu bem militarmente, mas...as guerras de guerrilha seriam sempre invencíveis. URSS no Afeganistão, por exemplo. Americanos no Vietname.
ResponderEliminarA França não poderia vencer militarmente a Argélia e Marrocos nos anos cinquenta?
A questão não é esse e nunca foi. É uma questão política.
Portugal não poderia estar isolado no mundo com um império colonial hoje em dia. Seria insustentável sob qualquer ponto de vista.
Acham possível?
Teria sido possível se outra utopia o tivesse igualmente sido: uma colonização à americana. O que julgo ninguém aceitará como possível.
ResponderEliminarO Jorge Jardim, em 1974 terá pensado que era possível? Nem esse...
Já aqui apontei dois exemplos eloquentes da impossibilidade prática: a Rodésia de Ian Smith e Africa do Sul de Frederick De Klrek.
No way.
Eu começo a achar que acham. Acham possível em 2016 Portugal continuar a ter um Império Colonial.
ResponderEliminarOs comunas também acham possível, natural e de grande utilidade ter-se uma Cuba na Europa (mais abrilhantada que até essa já nem serve de modelo).
Então resta a pergunta- como é que evitavam o 25 de Abril?
Com um regime tipo Coreia do Norte, apenas e só. E mesmo assim...
ResponderEliminarClaro.
ResponderEliminarAcreditam no Império mas não contam o resto da história em que também acreditam.
Falam tanto nos tempos e não consideram a passagem do dito.
ResponderEliminarQuerem tirar um instantâneo de 1974 e dizer: - Estão a ver? Como podia isto ser possível hoje em dia! Não podia, está claro.
Mas parava o tempo, se não acontecesse o 25 de Abril? Então as coisas não progrediam, tanto lá como cá?
As possibilidades são enormes! A Rodésia provavelmente não cairia tão cedo, e a África do Sul posteriormente. O Malawi e a Zâmbia só tinham a ganhar e estavam a tomar consciência disso.
Quem diz, por exemplo, que Portugal não poderia ser o motor geo-político da criação dum bloco na África Austral? Dentro de um quadro desses, e se o desenvolvimento não estagnasse entretanto, é perfeitamente concebível, e até desejável, a independência de Angola e Moçambique, pelo menos.
Vs. vêem império colonial onde está rede de aliados...
Quem vê com os olhos do passado são Vs., não sou eu.
E também não era o Salazar.
ResponderEliminar"Quem diz, por exemplo, que Portugal não poderia ser o motor geo-político da criação dum bloco na África Austral? "
ResponderEliminarNos anos setenta? E o que se passou na África do Sul com o Mandela seria coisa de outro tempo? E como seria o resto de África? Solidária com Portugal?
E os movimentos de guerrilha do MPLA e da UNITA desapareceriam de vez para dar lugar à pax portucalensis?
Tal como Roma com a pax romana, do tempo do Império?
Isso nem é sonhar alto. É puro delírio, parece-me, salvo o devido respeito.
Possível, não era. Por factores externos a África, digamos, EUA e URSS. Mas para aqueles povos, tudo teria sido melhor que a vergonha que se passou. A entrega a déspotas comunistas é um crime sem castigo. Aliás os responsáveis andaram décadas na TV a orgulharem-se do facto. Alguns ainda andam por aí infelizmente.
ResponderEliminarMas utopia ou não, pelo menos S.Tomé, Cabo Verde e Timor deviam ainda fazer parte de uma federação portuguesa. Integrados em Portugal e na UE, porque a identidades desses povos é portuguesa. é assim que eles são e sentem — e só teriam vantagens. Saibam diplomaticamente trabalhar nesse sentido os desgovernos que nos desgovernam. -- JRF
Pois, é tão delírio como qualquer outro alvitre que se possa dar, visto que nunca ninguém vai saber.
ResponderEliminarMas que interesse tem perguntar, pergunto eu, se se só aceita uma resposta possível?
Porque a verdade é que tudo era evitável, menos o que não foi.
E tão inevitável foi a descolonização como foi o 25...
As entregas de tudo o que tinha preto e pelos vistos não era nosso à Lenine não foram "inevitabilidades".A África do Sul mesmo com Malemas lá está para o confirmar.
ResponderEliminarMas encerremos o caso traiçoeiro das "entregas" e como se processou.O que justifica agora a nossa colonização por África?Com branqueamento e nacionalização estatístico na hora.Quem é que é o responsável?E quem é que paga?
O zé povinho deveria ser informado e ser-lhe mostrado o que anda nos "back office" a tratar da sua vidinha...e a enriquecer-nos...
ResponderEliminarOs marxistas kulturais que mandam no planeta e em "luta" contra o Trump, o Farage, a Le Pen, os Polacos , a Hungria e outros acham giro as limpezas étnicas dos brancos em África e adoram agora a raça mista cá na Europa numa de todos iguais, todos diferentes e por nossa conta.Onde andam as suas preocupações com as "reciprocidades"?Hoje em dia branco em África é um cadáver ambulante...e sem "direitos"...
ResponderEliminarVentos da história, meu caro...
ResponderEliminarPortugal não pode ficar isolado do mundo e, portanto, tem de se enriquecer multiculturalmente como os outros fazem.
Se com todos é assim, a que título havia de ser diferente connosco?
Mas o que se poderia esperar duns merdas que colaram com cuspo umas teorias das mais desvairadas paragens?Uns tinham o "sol" e a lealdade em Moscovo, outros em Tirana, outros em Pequim, outros em Cuba, outros em Bucareste,outros até em Argel(!), outros em Belgrado.E como a maioria ainda não morreu e anda por aí.....
ResponderEliminarPensamento próprio e "nacional" é que nunca nunca nunca mais...é FASSISTA!
Eu cá por mim exorto o zé povinho a cortar umas cabeças como paga de tão brilhante futuro que lhes arranjaram as traidoras vanguardas e nas suas costas...não resolverá o problema mas dará paz de espírito...
ResponderEliminarE não esqueçam.Também temos direito a fazer descolonizações e até sabemos com o se fizeram...
ResponderEliminarPois, eu gostava que os inevitabilistas se pronunciassem a esse respeito: devemos também importar milhares ou milhões de muçulmanos, por exemplo, como os outros fizeram e fazem e apelam a que se faça? Devemos abraçar a sociedade multi-racial e multi-cultural proclamada como inevitável?
ResponderEliminar"Ventos da história, meu caro...
ResponderEliminarPortugal não pode ficar isolado do mundo e, portanto, tem de se enriquecer multiculturalmente como os outros fazem."
Os ventos da história são a percepção da inevitabilidade das mudanças.
Com o devir histórico modificam-se muitos dados que influenciam os costumes e as ideias.
O esclavagismo era aceite naturalmente ainda no séc. XVIII e XIX. África foi o fornecedor mundial de escravos para o Brasil e as Américas em geral. Havia comerciantes de escravos perfeitamente legalizados como pessoas de bem e de valor.
Mais: havia reinos em África baseados no tráfico de escravos como negócio semelhante ao do petróleo de hoje. Abomey é o seu nome e no século XVIII dedicava-se por inteiro a tal negócio com pessoas africanas.
Os americanos do seculo XVII precisavam de mão de obra como de pão para a boca e os brancos ou índios não estavam para isso porque não chegavam.
Por isso importaram mão de obra africana.
Foi assim que apareceram os "Blues" que deram origem ao rock e que contribuiu muito para a mudança de costumes nos países anglo-saxónicos que nos influenciaram até hoje.
Isso é que são os tais ventos da história mas parece-me tão evidente que nem seria preciso enunciar.
Os Beatles são um dos ventos da história, mais que um símbolo.
ResponderEliminarPortanto, a islamização das sociedades europeias, entre outros fenómenos, não conta como vento da história?
ResponderEliminarÉ que as mudanças parecem-me assaz inevitáveis, visto que já aconteceram em grande parte...
Creio que o José parte de pressupostos errados sobre a posição de Salazar.
ResponderEliminarAliás, encontra-se muitíssimo documentado que Salazar admitiu para vários próximos não poder-se garantir a manutenção ad eternum de Angola e Moçambique no conjunto nacional. O que sempre se recusou a fazer foi colocar um prazo à presença portuguesa, o que, necessariamente, precipitaria todo o processo e minaria os esforços para construir sociedades viáveis e multiraciais.
Até tipos vistos como ultras, como Kaulza de Arriaga, sempre admitiram que, a longo prazo (indicando até o final dos anos 80, salvo erro), a vocação de territórios com o potencial de Angola ou Moçambique seria a independência.
Ou seja, a defesa da posição de Salazar e da manutenção do esforço de guerra naquele contexto não implica necessariamente a defesa do Império em 2016 (embora alguns o defendam, sem dúvida).
Miguel D
O que me parece claro é que a defesa dos interesses da Metrópole e dos próprios territórios passava em 1974 pela manutenção do esforço de guerra. Seria esse esforço assim tão incomportável? Há fortes indícios que, pelo menos no caso de Angola, não seria necessário mantê-lo por muito mais. O próprio Marcello assim o referiu.
ResponderEliminarMiguel D
Ora o que se verificou não foi um levantamento do povo contra a guerra, foi antes uma insurreição de parte das Forças Armadas. Parte essa que se assegurou, violando as promessas feitas na proclamação da noite de 25/4/74, que não haveria consulta às populações sobre o seu futuro.
ResponderEliminarMiguel D
Pergunta final: o que teria acontecido (na Metrópole e em Angola e Moçambique) se na noite de 25/4/74 tivesse sido anunciada a indepêndencia do Ultramar? Qual seria a reacção do povo na Metrópole e no Ultramar? Em Angola imagino bem qual seria... E as Forças Armadas? Provavelmente o PCP e restante bando não teria tido o tempo que teve para minar a instituição.
ResponderEliminarMiguel D
Mas...eu concordo com o que
ResponderEliminarescreveu e outra coisa não tenho escrito.
Islamização das sociedades europeias? Não será muito exagero?
ResponderEliminarNão é vento da história, portanto?
ResponderEliminarIslamização das sociedades europeias? Não será muito exagero?
ResponderEliminarMas...eu concordo com o que
ResponderEliminarescreveu e outra coisa não tenho escrito.
"Islamização das sociedades europeias? Não será muito exagero?"
ResponderEliminarMichel Houellebecq acha que não é exagero de acordo com o seu último livro "Submissão".
E eu tendo a concordar.
Estamos muito mais judeizados do que islamizados. E parece que nem se dão conta...
ResponderEliminarEu dou-me perfeitamente conta. Mas a questão, como certamente se já apercebeu, não é essa.
ResponderEliminarChame-se-lhe islamização, barbarização, ou simplesmente importar gente estranha aos milhões, ninguém poderá negar que isso é tendência já generalizada entre os países ocidentais, e os europeus em particular. A Alemanha, a França, a Inglaterra, todos participam.
Portanto, a questão é esta: consiste essa tendência, que se manifesta desde logo em vontade política, um vento da história ou não? Devemos resistir-lhe ou acolhê-la?
Os pobres islâmicos que vêm para cá não têm nem uma ínfima porção de influência nas decisões políticas e económicas que os judeus têm.
ResponderEliminarInfluenciam pelo terror, isso sim e é uma influência enorme e avassaladora em certos sectores, mormente os de transporte aéreo.
Mas de resto que mais influência têm? A burka? Já passou no bairro judeu em França, no Marais?
E contou as khipas?
As burkas ou os khipas ou os capotes alentejanos ou seja o que for de vestuário típico não me incomoda nada e até aprecio ver.
ResponderEliminarO que me incomoda é o proselitismo contra quem está e contra a cultura que está.
Os locais de culto se forem devidamente localizados e não colidirem com os locais nada a dizer.
Agora, madrassas para se ensinar o terrorismo isso não.
ResponderEliminarReformulo: a importação, sob o pretexto da igualdade, de milhões de pessoas para virem beneficiar dos sistemas de assistência e previdência social.
ResponderEliminarÉ vento da história ou não?
Realmente era interessante ver se aguentávamos mais uns anos em África.Mas tinha havido um choque petrolífero,o orçamento da defesa já era um quarto do OGE,a emigracão tinha aberto muito as mentes,a pobreza no interior e os comunas na Universidades faziam clamasse por mais Saúde e melhor infra-estruturas,e por fim havia um branco para 20 negros.Mas acham mesmo que íamos aguentar muito mais tempo?O orçamento estava a crescer desmesuradamente,o aperto economico ia acontecer,se insistíssemos na ideia,só íamos arrastar o pais muito provavelmente para uma guerra civil.Devia-se ter feito a descolonização a partir de 68,pois foi militarmente o ponto mais calmo e onde tínhamos ainda força para negociar.Mas parece que a utopia ainda ganha ao bom senso.
ResponderEliminarContinua a ganhar, porque tal como na esquerda pelo sonho é que vão.
ResponderEliminar"Eles não sabem que o sonho..." cantava o baladeiro esquerdista Manuel Freire em 1969. Sinal dos tempos. Ventos da história.
Essa importação de gente de outras latitudes do Médio Oriente não é vento da história. É apenas uma rajada do sopro de Moloch.
ResponderEliminarPois. Está bem.
ResponderEliminarA ver vamos se a rajada não dá em furacão...
Quanto ao resto, o tempo se encarregará de pôr as coisas no seu lugar...
Excelentes comentários e argumentação d'igual valor. Saliento, com um "Bravo" de permeio, os de Bic Laranja, de Miguel D, de Muja, de José Luís e embora ressalvando uma ou outra atitude mais drástica (tão só porque vão contra os meus princípios humanistas), também do Lusitânea.
ResponderEliminarRetenho com apreço as contra-argumentações de José, embora baseadas num ponto de vista muito próprio a que aliás tem direito, principalmente porque feitas com elevação e um saudável fair-play dignos de registo.
Aguardo com enorme curiosidade mais opiniões tão ou mais válidas quanto as descritas, dos ilustres colegas-comentadores sobre este interessantíssimo tema que me toca particularmente.
Nada mais escrevo por agora sobre o tema em questão (ainda que tenha um ou dois pontos com ele relacionados que gostaria de juntar aos debatidos e que creio merecerem análise... e respostas se as houver), porque me estou a debater desde há três dias com uma gastrenterite que mal me deixa olhar para o teclado. Estas linhas foram feitas a correr para não deixar passar a oportunidade de felicitar quem bem merece.
É UM GRANDE PRAZER VER A SUA COLECÇÃO DE JORNAIS DE EPOCA, A MAIOR PARTE NEM CONHECIA, OBRIGADO UM VERDADEIRO SERVIÇO PUBLICO ESTOU AGORA A MOSTRA À MIUDAGEM QUE FICAM LOUCOS POR VER, SE PUDER PONHA MAIS DO DIARIO DE LISBOA O PROPRIETÁRIO ERA PRIMO DE MINHA MÃE.
ResponderEliminarMaria,
ResponderEliminarObrigado. As melhoras!
Outra coisa que não se refere nas análises à luz destas teorias pseudo-científicas de enxerto liberal na cepa da mundivisão marxista, é que existe uma razão bastante prosaica para tanto a Inglaterra como a França terem cedido rapidamente as independências.
ResponderEliminarAmbos os países, particularmente na 1ª Grande Guerra, mas também na 2ª, fizeram largo uso de tropas oriundas das suas dependências coloniais, que vieram morrer para a Europa e Norte de África e viram-se obrigadas a prometer quando não a independência, uma autonomia tão alargada que só poderia resvalar para aquela.
De Gaulle tinha-se comprometido politicamente durante a guerra e não podia falhar ao compromisso. Tentou resistir na Argélia, com a qual os franceses tinham e continuam a ter uma relação particular, mais próxima à nossa própria com o nosso Ultramar, mas não era possível depois de ter concedido outras independências. Um plano inclinado bem compreendido pelo governo português.
Quanto aos ingleses, que já tinham tido o Gandhi na Índia, a elite inglesa e sul-africana que mandava era parcial às independências, fiada em que esse era o melhor caminho de conservar o império pois os países independentes, à imagem da África do Sul, reconheceriam, ou ser-lhes-ia feito reconhecer, as vantagens de se submeterem de própria vontade à coroa britânica.
ResponderEliminarEvidentemente, não foi isso que se passou. E tiveram de se contentar com uma Commonwealth que, ao contrário do que se pensa, nunca foi planeada nos termos em que veio a acontecer.
Em termos práticos, a Grã-Bretanha conta, hoje em dia, com apenas dois aliados fiéis que são a Austrália e a Nova Zelândia, e eventualmente o Canadá se os EUA deixarem.
Portanto, quando os esclarecidos apontam a Commonwealth como magnífico exemplo da sensatez britânica, ignoram que foi o resultado de um esforço falhado para a conservação do império britânico, e não qualquer clarividência em relação a ventos pseudo-históricos.
Claro que, uma vez perdido o deles, só tinham vantagem em fazer perder os dos outros. No que, aliás, são e sempre foram mestres.
"Tentou resistir na Argélia, com a qual os franceses tinham e continuam a ter uma relação particular, mais próxima à nossa própria com o nosso Ultramar, mas não era possível depois de ter concedido outras independências. Um plano inclinado bem compreendido pelo governo português."
ResponderEliminar"Tentou resistir"? Tentou? Ou apercebeu-se que o vento não soprava a favor?
Essa explicação para a capitulação da França é fraca, no meu entender, sem contextualizar o que também nós deveríamos ter feito e não fizemos.
Guerra durante 7 anos não é tentar? 150 mil argelinos e 25 mil franceses mortos é o quê, então? Descolonização exemplar?
ResponderEliminar"Contextualizar" é língua de pau. Tal como o "deveríamos". Portugal não estava minimamente comprometido em relação a independências no Ultramar. Os milhares homens que se enviaram para combater na guerra em França eram todos metropolitanos, tanto quanto sei. Não devíamos nada a ninguém.
Por isso nem vejo que relevância possa ter o que fizemos ou deixámos de fazer para a questão francesa.
É facto que de Gaulle se tinha comprometido durante a 2ª GG.
"Aperceber-se que o vento soprava a favor" é fórmula ambígua que faz lembrar outras fórmulas ambíguas pretensamente científicas como por exemplo o "materialismo histórico" ou o "fim da história", que, respectivamente, antecederam e descenderam da dita.
São coisas que se apregoam sempre inevitáveis mas depois requerem toda a sorte de enormes meios para se tornarem realidades, ao mesmo tempo que os justificam pela inevitabilidade.
No fundo, pertencem à categoria das profecias auto-realizadas.
Outra fórmula ambígua poderia ser: as coisas são como são e não como gostaríamos que fossem.
ResponderEliminarA França tinha poder militar para submeter os países colonizados do Norte de África se o pretendesse, em 1954. Não quis, ao fim de algum tempo, não muito porque a independência da Argélia ocorreu logo em 1962 mas antes tinha havido autodeterminação.
As imagens que mostrei da Paris Match mostram o que também aconteceu connosco em Angola: a adminsitração local, europeia, a resistir aos autóctones e como alguns deles eram até aliados dos colonizadores e até se renderam muitos deles.
Tudo isso foi depois assunto déjá vu, para os franceses e deveria tê-lo sido para os portugueses, daí o tal contexto histórico que é necessário observar para não julgarmos que estamos no século XVI.
Eu prefiro fórmulas claras: coisas que dão muito trabalho e requerem esforço prolongado e sacrifícios e, sobretudo, nos fazem alvo de críticas dos outros, são uma grande maçada, um grande incómodo e é mais fácil ceder, dar logo tudo e evitar chatices.
ResponderEliminarPrefere para si. A título individual. O que sucedeu foi que a História não quis, nem os militares, nem os países, nem a política.
ResponderEliminarNinguém quis. Querem agora, depois de acabada a coisa.
Fórmulas? Que fórmulas?
ResponderEliminarIsso também é o que V. diz e escolhe acreditar.
ResponderEliminarO V. argumento resume-se a isso. Lá que o vistam de "vento da história" não lhe altera a verdadeira natureza.
Se era assim tão inevitável e ninguém queria, para que foi preciso golpe de estado e revolucinha?
Boa tarde José.
ResponderEliminarJá leu a notícia do DN de hoje acerca do Juiz e do Marcelo Rebelo de Sousa ?
Se não houvesse golpe teria sido melhor mas em 1974 não era necessário que a esquerda tomasse o poder. Foi isso que nos perdeu e a responsabilidade de tal é da tropa e do PCP e ps
ResponderEliminarO juiz ABC? Já li.nada a dizer
ResponderEliminarrecebi com prazer uma resposta de MUJA, mas não sei a que se refere, Li todos os comentários mas do que mais gosto é do contraditório do Senhor José. No que se refere a descolonização das colónias francesas, não tem nada a ver com as portuguesas, o SUL DE FRANÇA, Marselha fica a uma pequena distancia da Argélia e a invasão dos argelinos era de prever. Isto não se compara com as colónias Portuguesas em África a grande distancia de Portugal. INCOMPARÁVEL. de GAULLE fez o melhor para França e para aRGÉLIA, TUNISIA, MARROCOS, MARIM COTE D´IVOIRE, SENEGAL E MUITO Mais. a propósito quem é o Juiz ABC? "O ACASO E A NECESSIDADE: "Tudo o que existe no universo É FRUTO DO ACASO E DA NECESSIDADE" Demótreo.
ResponderEliminarque Deus lhe conserve tanta inteligência e bom senso. Ainda não me disse onde é professor. curiosidade feminina.
ERDOGAN O MUITO amigo do americanos e união Europeia. O antigo aliado esta agora assisado na Pensilvânia e a mandar dinheiro para os inimigos do ERDOGAM, Mais um conflito para lixar os europeus, Ou vai ou racho se o OURO nao rebentar duma maneira será doutra O CÓNEGO QUE OS AMERICANO ASILARAM É DONO DAS MADRASSAS ESPALHADAS POR TODA A TURQUIA OCIDENTAL OU ASIATICA TA A TURQUIA BEM COMO MUITAS UNIVERSIDADES, COM OS DOLLARS DO COSTUME. Se discordar agradeço a sua correcção. Sei que não se diz cónego mas não me lembro de momento e ir ver o nome no ggogle pois estou cheia de calor. Nunca mais me vou embora, só no fim do execrável mês de Agosto. da sua admirara Lídia . O senhor já é mais conhecido em França que o Marcelo. um excelente fim de semana para todos.
ResponderEliminara única jornalista decente no pobre jornalismo portugues dominados pelos gruois:
ResponderEliminarIMPRESA . o actual DDD,
COFINA, O COMENDADOR DO REGIME,
CONTROLINVESTE DOS CHINESES E ANGOLANOS, O CELEBRE CELERADO ANTONIO MOSQUITO,
NEWSOLD, desmantelado para safar o dinheiro do alvaro sobrinho para não dar nas vistas e entregue a um gangster mario NÃO ME MEMBRO O APELLIDO DO BANDIDO. TESTA DE FERRO,
O TRISTA PUBLICO SEMPRE A MUDAR DE DIRECTOR, POIS O BELMIRO NÃO QUER DAR O ESTERTOR. Não conheço mais porque este detém as revistas cor de rosas. para as Marias se rebolarem de alegria ao saber a vida das pessoas.
O José frisa aí mais acima, aquando da Guerra da Argélia, que "alguns" rebeldes até se renderam e juntaram-se às tropas francesas. Eles não só se renderam como pediram perdão. E José não foram "alguns" mas dez mil(!) rebeldes, segundo a notícia publicada naquele número da Revista e naqueles dias (meses?). Esse artigo que fala deste fenómeno terá tido a ver com a altura em que a Revista foi publicada. E quantos milhares mais se renderam antes e depois daqueles dias trágicos, conforme os descritos naquelas páginas e fotos de horror?
ResponderEliminarEste episódio, ademais sumamente revelador de quão os argelinos estavam desejosíssimos de se independentizar da França, fez-me fazer a seguinte pergunta ao José. Se os pretos de todas as latitudes e longitudes, incluíndo os dos nossos antigos territórios ultramarinos, enquanto colonizados, estavam tão ansiosos de verem-se livres dos colonizadores, por que motivo assim que os respectivos países se tornaram independentes, eles desataram a fugir dos seus novos países às centenas de milhar, para não dizer aos milhões, para irem refugiar-se nas antigas Colónias supostamente tão odiadas?... Que é muito estranho, lá isso é. Um verdadeiro case-study.
Agora uma pergunta para o Muja, que é quem sabe destas coisas melhor do que ninguém. Foi aliás num dos textos reproduzidos no seu excelente blogo, que retive este pequeno parágrafo que muito me surpreendeu dada a pessoa que foi seu interprete.
Franco Nogueira foi convidado a determinada altura, creio que em 1968 (cito de memória), pelos Bilderbergs para ir a uma das reuniões do clube na Holanda. Não disse nada a Salazar sobre o convite nem da sua ida à reunião. O que não deixa de ser estranho (ou talvez não), já que lhe comunicava todos os passos que dava e a quem devia um respeito incondicional. Quando se reuniu com o Presidente do Conselho, após a sua vinda da tal reunião, Salazar, com um toque de humor, muita sabedoria e alguma ironia não disfarçada, perguntou-lhe "mas então o Senhor foi àquela reunião e não me disse nada?". Não se sabe o que lhe respondeu Franco Nogueira, mas era assaz interessante saber-se.
A pergunta que fica é: por que razão aceitou Franco Nogueira o convite dos Bilderbergs - cujos membros já nessa altura formavam a pior seita maçónico-sionista a nível mundial (embora ainda pouco difundida) - para participar numa reunião secreta do clube dos trezentos? Apenas podemos especular por que motivo participou e mais ainda por que razão nada disse a Salazar...
Maria,
ResponderEliminarNão sei se esse episódio, que é relatado por F.N. na biografia de Salazar, terá sido mesmo em 68; porque à data Salazar já não era Presidente do Conselho e não sei se F.N. seria ainda Ministro dos Estrangeiros.
Ele conta isso para ilustrar como Salazar, apesar da doença, ainda se mantinha lúcido e, eventualmente, convencido de que ainda governava.
Salazar teria lido no jornal sobre uma viagem a Londres de F.Nogueira - não sei se para ir ao Bilderberg ou não, creio que ele não diz ao que foi - e estranhado que o não tivesse informado da deslocação. Ora, não sendo F. Nogueira ministro, nem Salazar presidente, nada havia que informar...
Seja como for, é verdade que Nogueira participou, na qualidade de ministro, nessas reuniões. Ele próprio o afirma.
De resto, do que lá se passa, a verdade é que ninguém sabe. O que sabemos é que é uma reunião de pessoas muito influentes. Desse ponto de vista, acho natural e mesmo desejável que Portugal se faça lá representar. É uma oportunidade.
Mas, como qualquer oportunidade, pode ser bem ou mal aproveitada. Pode servir, por exemplo, para atalhar caminho nas burocracias e protocolos e expôr directamente o nosso ponto de vista a governantes estrangeiros sem passar, por exemplo, pelo crivo tendencioso de serviços diplomáticos mais ou menos hostis. De igual maneira, é uma oportunidade para aceder ao pensamento, e observar o carácter de quem influi sobre decisões importantes de outras esferas, mormente a económica. Também é uma oportunidade para observar como se relacionam e interpenetram essas mesmas esferas nos pontos que nos interessem particularmente.
Também pode, ao contrário, servir para ir saber o que fazer para agradar a quem se sabe ter poder, ou descobrir quem o tem realmente; ou receber ordens; ou perceber para que lado sopram os ventos - o que é particularmente útil para quem faz carreira de cata-vento.
Resumindo, tudo depende de quem lá fôr. No caso de Nogueira, estou convencido de que se não visse interesse para Portugal em comparecer, não o teria feito. Disso deve ter convencido também Salazar, muito embora este, como se sabe (ou devia saber), desse toda a liberdade aos seus ministros para agirem como bem entendessem dentro das suas competências. Daí, aliás, o hábito de sobraçar as pastas em que pretendia ser ele a decidir, em vez de impôr decisões aos ministros.
Sendo Portugal um país pequeno, penso que é de todo o interesse que o governo saiba o que se lá passa ou discute ou decide. A utilidade da presença, porém, dependerá sempre de quem lá vai e o intuito com que o faz.
Dito isto, porém, não deixa de ser curioso observar o perfil daqueles que foram sendo convidados ao longo do tempo e como esse perfil evoluiu, e daí tirar conclusões sobre a percepção que de fora se tem sobre quem detém poder ou influência no nosso país.
ResponderEliminarPassámos, de ser convidado o nosso MNE, a ter um membro permanente na figura sinistra do tal Balsemão. Se dantes era convidado um governante, hoje tem residência permanente um (o?) patrão do jornalixo nacional. Atrelado vai também um séquito de candidatos a esta ou aquela função.
De um lado, iam os que tinham e detinham claro poder; de outro, vão aqueles que o detêm obscuramente ou meros candidatos. É uma espécie de inversão de papéis que penso ser muito mais reveladora do que quaisquer especulações sobre o que se lá passa ou discute.
Mais uma vez, não é tanto questão da reunião em si quanto de quem lá vai...
Muja, este seu último comentário está mais d'acordo com o que penso daquela gente misteriosa e as suas reuniões secretas. Ia começar por dizer que não estava nada d'acordo com que dizia, quando li o seu primeiro comentário. Desculpe Muja, mas desconfio daquela gente o mais que posso, dali nada de bom é de esperar.
ResponderEliminarClaro que acredito que F.Nogueira tenha aceitado o convite do clube com a melhor das intenções, mas também acho de duas uma: ou porque não poderia recusá-lo por mais tempo (já teria sido convidado várias vezes e recusado, pode presumir-se) e/ou porque estando Salazar já fora do Governo, como diz, talvez também por isso ou seja, não o poderia melindrar tomando essa decisão.
Repare, Balsemão, é uma criatura estranhíssima (para dizer o mínimo) e foi convidado para ser membro deste clube pouco tempo depois (1981/2?) do atentado a Sá Carneiro. Deduz-se que seguiu ordens com anterioridade. Nunca mais de lá saiu, desde essa altura até hoje... Como agradecimento do sucedido pela sua brnção (não explícita, òbviamente) para que o atentado fosse avante? É de crer que sim (ler os livros mui reveladores de Augusto Cid sobre o atentado).
(Segundo palavras de António Arnault, por essa altura - 1979/80 - o regime estava a inclinar-se demasiado para a direita e eles, maçonaria, resolveram dar-lhe uma "ajuda" (eliminando Sá Carneiro, por exemplo) para ele voltar a entrar nos carris... Com isto está tudo dito).
Não tendo nada a ver com os participantes masculinos (e não terá mesmo?, lembremo-nos de alguns políticos proeminentes precocemente desaparecidos), as mulheres que participaram nas reuniões do clube, a convite do demoníaco Balsemão, morreram em consequência de doenças graves reveladas quase sùbitamente. Uma, pouco tempo depois; a outra, alguns anos mais tarde: Helena Osório e a Margarida Marante são exemplos elucidativos. Mas há casos de políticos não pròpriamente do agrado do sistema, pessoas de perfeita saúde que morreram repentinamente... Mota Pinto foi um deles. Este - tal como antes Sá Carneiro - polìticamente fazia muita sombra a Soares e isso este nunca poderia consentir. Soares gostava de ter sido o rei de Portugal (ele próprio o disse) mas como isso lhe era impossível resolveu tornar-se no dono disto tudo. E conseguiu-o. Ainda que à custa de facadas sucessivas nas costas dos rivais.