Vasco Pulido Valente começou a escrever no Observador e fez hoje o balanço da semana passada. Na entrada de quarta-feira, escreveu sobre o livro que José Sócrates se prepara para lançar com o seu nome na lombada:
Consta por aí que o eng. Sócrates vai publicar outro livro. Por descargo de consciência li o primeiro. É um exercício escolar sem originalidade ou rigor, que, como lhe compete, exibe uma enorme incultura filosófica. Não valia a pena tornar a falar dele se Sócrates não aparecesse agora com uma nova prestação dos seus pensamentos, desta vez sobre o “carisma” (um assunto que tresanda a pretexto para o auto-elogio). Depois do que se disse sobre a autoria e as vendas da sua alegada tese, nenhum académico com vergonha se atreveria a lembrar a sua presença sobre a terra, sem o reconhecimento de uma universidade idónea. O problema de Sócrates é que está morto, intelectual e politicamente morto, e se recusa a reconhecer esse facto simples. A agitação em que anda chega a confranger. Sossegadinho na Covilhã ou no diabo ficava melhor.
PS. Nestes entretempos, VPV perdeu isto como motivo de glosa...e oportunidade de recensão crítica.
Pois foi. Gostei muito de ler a crónica e até acerca dos taxistas, no pouco que disse, foi o mais perspicaz.
ResponderEliminarAh, e ele anda a ler há vários anos a A história do cristianismo do Diarmaid MacCulloch
Intelectualmente o Sócrates é um nado morto. Polìticamente é cadáver que fede. Vasco Valente tem razão. Ao diabo com ele.
ResponderEliminarE sim, perdeu o mote da pseudo-intelectual o que é uma pena!
Cumpts.
Faltava-me essa referência acerca da autoria do livro. Como não tenho estudos suficientes fui ver quem era. Diz que pertenceu ao gay christian movement...
ResponderEliminarAh é? não sabia.
ResponderEliminarNão me fale nessa nojeira do rabetismo com água benta...
ResponderEliminarHehehe… rabetismo? -- JRF
ResponderEliminarMais um do gay pride...enfim.
ResponderEliminarNão suporto quem faz dessa condição pessoal uma bandeira. Não deveria fazer porque a Igreja nunca discriminou quem fosse rabeta.
ResponderEliminarNão sei bem é como lida com essa coisa, embora desconfie: hipocrisia como regra. A Igreja é um reino de hipocrisia porque a única coisa que detesta a sério é o escândalo. Se não houver escândalo tudo fica intramuros da consciência de cada um.
E até acho que assim estará bem. As coisas, o mundo e as pessoas são demasiado complexas nesse aspecto para se poder ser radical nisso. A Caridade também não o deixa ser.
É esse o segredo mais bem guardado da Igreja Católica e o que lhe permitiu manter-se como religião nestes dois últimos milénios.
AHAHAHAHAH
ResponderEliminarEnfim mesmo. E estive a ver que ele até tem grande admiração pelo Cromwell.
Phónix!
Também não suporto e ainda menos como usam essa bandeira para depois tornarem sagrada a pornografia homossexual.
ResponderEliminarParece coisa de bicho com sio a fazer disso cv.
E agora elas até inventam outra anormalidade que é a dita bissexualidade e depois têm de ter taboleta para que toda a gente saiba.
Deixam crescer o cabelo só de um lado e do outro rapam-no e usam calça numa perna e saia noutra. Vi estas anormalidades em Edinburgo durante o tal festival com o Fringe da militância do mundo-às-avessas por lá infiltrada.
Até em Florença, à noite, passavam uns filmes idiotas e outros literalmente porno, por um grupo de fufas que se dizia feminista.
Não dá... Muito dinheiro que tem de haver para financiarem tudo isto.
Com cio, phónix outra vez.
ResponderEliminarÉ mesmo coisa animalesca esta treta da bandeira dos detalhes de alcova.
O tipo de aguiar da beira é sociopata, segundo os media anunciam, urbi et orbi.
ResponderEliminarComo matou, não é preciso esconder.
Mas no caso em concreto, ninguém se atreve
Não são divulgados relatórios psiquiátricos.
A claustrofobia democrática não terminou.
As portas que abril abriu, voltaram a fechar-se com o vento.E estão perras.
Insurgente
ResponderEliminarSacrificando o desenvolvimento futuro, e deixando-nos no radar do risco financeiro,
o governo vasculha todo o nosso quotidiano para tributar. Segundo as contas do governo,
pagaremos mais 3 mil 600 milhões em impostos e contribuições em 2017 face a 2015.
ROUBADO ao "Maioria Silenciosa" no faceb.
ResponderEliminarOntem às 14:24 ·
"SOCIALISMO
Perante dificuldades, um Português está disposto a trabalhar e a encher o celeiro mesmo fazendo sacrifícios, pois pode ser que o inverno seja rigoroso!!
Um Socialista está-se nas tintas!! Assim como assim, se correr mal, vamos buscar ao celeiro do outro!!!"
A fábula da cigarra e da formiga.
ResponderEliminarO Costa é bem a imagem da cigarra sempre alegre e de tacha arreganhada.
Quando vier o tempo mau, a culpa será da formiga.
Será possível enganar muita gente durante muito tempo mas não o tempo todo.
Não é preciso toda a gente nem o tempo todo. Só o suficiente para ter geringonças maioritárias ou maiorias geringonçadas. O que, convenhamos, se tem revelado bastante fácil de fazer...
ResponderEliminarDeve ser culpa do realismo fantástico... Ainda bem que temos VPV, um realista... realista.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEntão, apagou?
ResponderEliminarPor acaso, em relação a essa história do Guterres, quando me perguntam, digo que acho muito bem. Menos um que durante uns anos teremos de sustentar. Tomara que para lá fossem todos.
Quanto ao resto acho que o que se conclui é que a direita aqui não passa da ex-esquerda.
ResponderEliminarQuase todos - mais ainda os que escrevem nos jornais - são todos ex-esquerdalhos.
Só n'O Diabo é que não.
entre as brumas da memória
ResponderEliminar« Ex-presos políticos, surpreendidos com a notícia sobre a concessão do Forte de Peniche a privados, e tendo já tornado público a sua indignação, apelam à realização do encontro convívio de ex-presos políticos, familiares e amigos em defesa da preservação do Forte de Peniche como salvaguarda da memória da resistência ao fascismo e da luta pela liberdade.
Venham, participem, tragam outros amigos também.
Os ex-presos políticos:
Adelino Pereira da Silva / Álvaro Pato / António Almeida / António Gervásio / Bárbara Judas / Conceição Matos / Daniel Cabrita / Domingos Abrantes / Encarnação Raminho / Eugénio Ruivo / Faustino Reis / Francisco Braga / Francisco Lobo / Georgette Ferreira / José Ernesto Cartaxo / José Pedro Soares / José Revez / Manuel Candeias / Manuel Pedro / Marcos Antunes / Maria Artur Botequilha / Mário Araújo / Mercedes Ferreira Lopes / Modesto Navarro / Sérgio Ribeiro »
Por acaso ocorreu-me agora uma coisa. Há algum destes "direitolas" que seja ex-PC?
ResponderEliminarTenho a impressão que são todos ex-doentes infantis. Mas Vs. conhecem-nos melhor que eu.
votei nele por o menos péssimo
ResponderEliminar« O Presidente da República anunciou que a sua grande prioridade, para os próximos tempos, é “garantir a estabilidade política e social e evitar crises”. Um aviso deixado por Marcelo Rebelo de Sousa num seminário que tinha Passos Coelho na plateia.
Foi no encerramento do seminário “Portugal: uma estratégia para o crescimento”, que Marcelo solicitou ao Fórum da Competitividade, que o Presidente da República deixou vários recados a Passos Coelho, vincando a ideia de que o país precisa de “estabilidade política e social” e que é necessária “confiança” para que a economia cresça, conforme declarações divulgadas pelo Público.
Com Pedro Passos Coelho na primeira fila, Marcelo repetiu, por mais do que uma vez, que a sua grande prioridade é a “clareza de demarcação de alternativa de Governo”, apontando como objectivo maior “garantir a estabilidade política e social e evitar crises, fomentar a distensão e acalmias colectivas”.
Na véspera do debate em torno do Orçamento do Estado (OE) para 2017, Marcelo ainda alerta o líder do PSD que, sendo necessário que haja “investimento para fazer crescer Portugal”, é preciso assim fomentar a “confiança” na solução de governo.
“O Governo está hoje numa posição menos frágil, mas envolvido num quadro económico de evolução complexa e problemática”, aponta o Presidente da República.
Deste modo, Marcelo sustenta que urge “continuar a estabelecer pontes e defender acordos políticos e sociais de regime a pensar no crescimento efectivo de médio e longo prazo, e insistir na concertação social sem parceiros privilegiados”. »
havia o Marcelino pão e vinho
"Então, apagou?"
ResponderEliminarNão apaguei nada, acho.
Quanto à esquerda ser o alfobre da direita:
É verdade em parte, mas não acho que tal alfobre tenha dado pessoas de direita. São sempre híbridos, como sucede com José Manuel Fernandes ou João Carlos Espada.
A Direita é um estado de espírito que se adquire no berço dessa Direita. E para mim, tal Direita aconteceu algures no passado anterior ao 25 de Abril de 1974.
Identifico-me com o que se escrevia no Observador de então e de que aqui tenho dado muitos exemplos. Fui educado nessa escola e que era de Direita, disso não tenho dúvidas.
Só que não era salazarista...ahahaha.
A Direita que não viveu esse tempo é outra coisa com a qual tenho dificuldade em me identificar.
ResponderEliminarPor isso a minha Direita é apenas romântica na ideia, mas com princípios que ainda hoje são válidos à luz da actualidade.
Não é uma Direita passadista que pretende repôr a tradição porque tal é impossível, mas é uma Direita com essa raiz com a qual me identifico acima de tudo.
Portugal seria um país fantástico com essa Direita que aprecio.
A Esquerda que abomino tem uma ideia básica que me afasta de tal ambiente: é jacobina se for do PS e é anti-liberdade individual se for do PCP e extrema-esquerda. A Esquerda é contra a natureza das coisas porque pretende sempre torcer tal natureza.
ResponderEliminarÉ por uma igualdade inatingível e sabendo tal coisa apresenta-a como a realidade evidente que afinal nunca existiu. Como tal, essa contradição resolve-se em doutrina vácua e em prática sediciosa.
É essa a principal premissa da Esquerda e a sua maior Mentira.
A Direita não é mentirosa porque não alinha pelos mesmos cânones mas sim pela natureza das coisas que se apresentam.
Insurgente
ResponderEliminar“Mais peso do Estado, mais coerção, e um poucochinho mais de défice. É com isto que conta o Governo.
Curiosamente, conta também com mais dívida pública: de uma previsão inicial para 2017 de 122,3% do PIB (PE) passa-se a uma nova previsão de 128,3% (OE).
A diferença que seis meses fazem.”
naquela trampa chamada açores ganhou a abstenção com 60%
ResponderEliminarseguiu-se o ps comunista a perder um 'deportado' para o be
chamam democracia representativa a esta merda
no rectângulo há cada dia mais assaltos com pistolas de guerra e metralhadoras
a comunicação social ajuda a geringonça até ao último cêntimo
a justiça vai ter menos 'orçaminto'
'a coisa tá preta!'
Há outras duas questões na Esquerda que abomino e acho que isso é congénito. Serem contra a ordem natural das coisas e hipocritamente anti-capitalistas. A mania do saque ao que é dos outros sempre me irritou.
ResponderEliminarO saque ao que é dos outros, mascarado em tretas de "justiça social" tem eventualmente uma explicação psicológica que reside num sentimento muito humano e de baixa extracção: a inveja.
ResponderEliminarComo não conseguem produzir do mesmo modo porque o sistema é intrinsecamente ineficiente, atiram as culpas para quem o faz e tiram daí o único proveito, desse saque indiscriminado que têm como valor de princípio político.
Isto é profundamente baixo na natureza humana desde sempre e todos os códigos o proibem, mas conseguiram a proeza de erigirem tal barbaridade a estatuto de civilização adiantada...
O exemplo mais flagrante deste tipo de pirata é o Arménio da CGTP. Todo ele respira inveja.
ResponderEliminarEl Pais
ResponderEliminarEl líder de AfD en Berlín considera que el 70% de los sirios que han entrado al país son “analfabetos”
as burkas consideram o rectângulo pior que a Síria
o rectângulo tem finalmente 3 partidos comunistas no poder
à custa dos sectores improdutivos do 'estado ... a que isto chegou'
vai haver fila para a sopa dos pobres
no sul da Itália de esquerda os 'jovens são mais indigentes que os velhos'
Sim- esse aspecto da inveja é feio e com isso não se vendem idealismos. É difícil conviver com quem assim age. E com a hipocrisia de em muitos casos terem mais que os outros.
ResponderEliminarSempre a cobrarem ou a inventarem falsos despojamentos em nome de coitadinhos e a fazerem a conta à vidinha própria à conta disso.
Julgo que o que atrai alguém para o comunismo, ontem como hoje, não é qualquer idealismo de despojamento.
ResponderEliminarÉ a inveja daquilo que os "ricos" têm.
Toda a linguagem e simbologia espelham tal coisa.
ResponderEliminarAs caricaturas de João Abel Manta são uma antologia da inveja.
Logo que chegam ao poder em qualquer latitude têm apenas um fito: perpetuar-se nesse exercício, para viverem como nunca viveram os que acusam de serem burgueses.
ResponderEliminarO resto da população que se amanhe com tretas.
Cuba, URSS, China, Venezuela, tudo igual.
A suprema hipocrisia foi o Cunhal dizer que ganhava o salário mínimo no partido. 7,500$00 da época.
ResponderEliminarRidículo mas não se tiraram conclusões.
A zazie é colocou um comentário que tinha uma espécie de crítica ao VPV de um tipo qualquer.
ResponderEliminarMas em Portugal quem é que alguma vez repôs a tradição desde o constitucionalismo?
Repôr a tradição teria que ser, politicamente, adoptar essa concepção de soberania.
Não me parece ser isso que está em causa.
Não há essa direita, nem sequer a raíz, porque é completa e irremediavelmente incompatível com o que se passou em 74/75.
Pode haver reconciliação com o presente no sentido de aceitar a realidade tal como é. Mas nunca em relação às deculpas esfarrapadas para a justificar.
Donde que, o José pode ter todas as direitas de fancaria que quiser, e à moda europeia: pode ter a folclórica "identitária" decalcada da FN, anti-islâmica por via sionista e cheia de tipos das panelas. Pode ter os Tories de Alcochete,cosmopolitas de algibeira pró-mercado e pró-casamento guei e pró outra que não escrevo; enfim, é todo um catálogo de fancaria e imitação.
O resto, o resto não dá. Porque não é impunemente que V. se amputa, arranja todos os pretextos para a amputação e depois quer arranjar motivação para correr.
Vs. acham que não. Mas eu digo-vos que não voltará a haver essa direita genuinamente portuguesa enquanto não se reconhecer esse erro catastrófico passado. Vs. próprios o não reconhecem, portanto ainda estamos longe. É possível até que seja uma de gerações.
Falta aí a palavra "coisa" um par de vezes.
ResponderEliminarFoi o Seixas da Costa que escreveu umas asneiras no facebook. Li no Blasfémias e está lá o link no post do Vitor Cunha
ResponderEliminarSim, José- mas essa inveja é fazer cobrar, em muitos casos, a bebedeira doo paizinho e eu sempre achei que não tinha culpa disso.
ResponderEliminarE nunca fui educada na inveja ou no pedir emprestado e não restituir e na minha família não se falava de dinheiro. Houvese ou não houvesse porque teve altos e baixos. Falava-se sim na poupança.
Fê-lo numa entrevista de tv. Uma vergonha sem paralelo.
ResponderEliminarAcho que o Muja não percebe a minha ideia de Direita, mas a culpa será minha de não explicar melhor.
ResponderEliminarTentarei um dia destes, logo que pensar na melhor maneira de o fazer.
Basicamente, porém, labora num erro:
não é possível, nunca é possível repristinar ideias antigas com tudo o que lhes era associado na época.
Diz assim:
"Mas em Portugal quem é que alguma vez repôs a tradição desde o constitucionalismo?
Repôr a tradição teria que ser, politicamente, adoptar essa concepção de soberania."
Nunca seria possível tal coisa. O rio não passa duas vezes debaixo da mesma ponte.
O que poderá ser possível é pegar nos conceitos e na essência do que era e tentar retomar essas ideias, nos dias que correm.
A tradição antiga perdeu-se logo na época. O que resta hoje são memórias muito desfocadas, em alguns casos.
Algumas dessas memórias conservam a essência da época e outras a essência dos valores que ainda vale a pena retomar.
Apenas isso.
Esta nojeira da "moral da inveja" é mesmo a argamassa da ideologia de esquerda.
ResponderEliminarE isso é coisa de má-formação moral.
Não consigo dizer de outro modo. E sempre me incomodou. E não incomodou por qualquer superioridade de classe ou por explorar alguém, ou por a minha família ser família de exploradores.
O meu pai foi tudo- dizia que era como a fénix. Fazia e desbaratava e criava tudo de novo. Não tinha medo de perder.
Eu acho que percebo bem o suficiente. E por isso mesmo digo o que digo.
ResponderEliminarO que poderá ser possível é pegar nos conceitos e na essência do que era e tentar retomar essas ideias, nos dias que correm.
Estamos de acordo.
Só que essa tarefa é impossível por moralmente inconcebível e inaceitável.
Ninguém que franca e sinceramente queira pegar nessa essência e progredir daí - como Salazar fez, por exemplo - pode reconciliar-se com a maneira como é encarado o passado recente. Nem Salazar teve de enfrentar uma coisa dessas com a história da república e da monarquia.
Isto é muito pior.
É como se a essa pessoa se pedisse que se conformasse com ter sido a batalha de Aljubarrota uma infeliz vitória fascista e a dinastia dos Filipes um período de liberdade inefável. Como é que alguém a partir disto faz alguma coisa?
Não é possível.
Não se trata de querer que o tempo volte para trás. Mas não é possível crescer e progredir quando nos negamos e renegamos a nós próprios.
A perversão do comunismo é pretender colocar no poder aqueles que menos capacidade terão para tal por força da lei natural da vida. Esta escolhe os mais capazes, naturalmente, até entre os comunistas.
ResponderEliminarAs "classes trabalhadoras" são constituídas na sua maior parte por pessoas que não conseguiram aceder ao estatuto de quem detêm algum capital ou meios de produção de bens e serviços.
Os proletários são os que nada têm de seu a não ser a força de trabalho.
O comunismo fala em nome dessas pessoas e trai imediatamente o propósito de as proteger, dando-lhes poder, porque afinal fazem o mesmo que a selecção natural: escolhem entre si quem é mais capaz de dominar os outros, incluindo as tais "classes trabalhadoras".
O Partido supostamente dos trabalhadores nunca o foi. Nunca. Foi e é apenas dos que mandam neles.
"Não se trata de querer que o tempo volte para trás. Mas não é possível crescer e progredir quando nos negamos e renegamos a nós próprios."
ResponderEliminarÉ claro que sim e é por isso que me bato aqui, para mostrar um passado à luz desse próprio passado. Daí a importância genuína dos "recortes" que não se podem falsificar como as opiniões sobre o passado que não foi.
Mas ao mesmo tempo pode haver divergências quanto ao significado dos fenómenos do passado.
E nisso divergimos.
A interpretação do passado, mesmo com as evidências factuais dos acontecimentos, pode ser diversa consoante os pontos de vista.
ResponderEliminarEsta última interpretação da perversão dos líderes do proletariado, está perfeita
ResponderEliminarehehehe
É literalmente isso mesmo. Falam em nome de incapazes apenas para deles fazerem carne para canhão de causas que lhes vão dar o Poder ilimitado.
É por isso que nos sindicatos sabotam processos individuais das pessoas porque apenas lhes interessa um colectivo em revolta para sabotarem tudo.
O sindicalismo é a maior fraude dos ditos bons ideais da esquerda. Estão-se literalmente nas tintas e precisam de incapazes de miseráveis ressabiados para poderem ser gente.
De certo.
ResponderEliminarÉ esse o cerne da questão.
Olhe, eu, que estou longe de ter a formação de um Franco Nogueira, e muito menos de um Salazar, retirei daquilo que já fui lendo sobre o pensamento de ambos uma coisa, que me parece muito importante, embora, à primeira vista, possa parecer banal e trivial: a importância da distinção entre o permanente e o transitório.
E é com esse sentido que eu interpreto F. Nogueira quando ele diz que Portugal acabou.
Os efeitos desse acontecimento são da ordem do permanente e, como tal, estão longe de se terem esgotado. E Portugal acabou, de facto, enquanto não se reconhecer que assim é.
A tal essência a partir da qual é preciso retomar as coisas só pode ser, parece-me, aquilo que é permanente. Pois não se pode fundar uma casa sobre aquilo que é transitório.
Não poderemos progredir enquanto não tivermos bem presente em nós o ponto a partir do qual deveremos continuar a progressão e ainda a direcção em que essa progressão se há-de efectuar.
É aí, creio, que a divergência existe: entre aquilo que é permanente e o que é transitório.
Concretizando e exemplificando: é certo que Portugal já não dispõe de território ultramarino de grande significado; em qualquer caso, que seja suficiente para suprir essa necessidade.
ResponderEliminarPorém, Portugal, enquanto tal, sofre permanentemente da necessidade de se escorar nalguma coisa além do território europeu. Isto releva da sua própria existência e raiz geográfica.
Concedo que a forma concreta que essa tal coisa tome ao longo do tempo, possa ser da ordem do transitório. Durante muito tempo - a maior parte da nossa história - essa necessidade permanente foi suprida por território ultramarino - praças, províncias, colónias, estados, etc - ao ponto de a necessidade se confundir com o próprio território. Talvez tenha sido um erro, e se tenha, por força do tempo, passado a tomar o transitório como permanente. Mas erro maior ainda é tomar o permanente por transitório.
De qualquer maneira, já não possuímos o território nem se vislumbra possibilidade de obter mais. Mas a necessidade permanece.
E aí talvez haja uma lição a aprender com os judeus. Se há coisa que souberam fazer foi viver sem território. Nesse sentido, talvez possuíssem melhor discernimento entre o que é permanente e o que é transitório - embora tenha dúvidas se será ainda o caso.
Nós não temos território mas ainda temos pessoas. Mas até isso está em vias de desaparecimento. Temos um problema demográfico gravíssimo, que só tem comparação nas proporções catastróficas, que excede indubitavelmente, com a perda do Ultramar. Devíamos ir no sentido contrário. Devíamos ter o dobro ou o triplo das pessoas, tanto no nosso território como fora dele.
E aqui liga-se outra vez a tal essência. A questão do aborto, para além de uma aberração moral, é uma catástrofe estratégica - uma coisa nunca anda muito longe da outra.
Tudo isto é coerente, mas é preciso partir do princípio certo para se lá chegar; partir daquilo que é permanente e não do que é transitório. Construir a casa sobre fundações sólidas.
Portugal não acabou. Modificou-se.
ResponderEliminarQual era o Portugal de Franco Nogueira? Um Portugal privativo, à la carte?
Julgo que esse Portugalde Franco Nogueira nunca chegou a existir verdadeiramente embora estivesse mais próximo de tal conceito nesse tempo do que depois e principalmente agora.
Nesse sentido, acabou. Mas é possível ressuscitar algumas características desse Portugal que ainda subjazem no nosso "pathos"...como diriam os sociólogos do ISCTE que são a antítese desse Portugal, aparentemente.
Eu não vejo esse Portugal assim.
ResponderEliminarO Portugal de D. Afonso Henriques, até D. João II nem era esse Portugal. E assim como Franco Nogueira o via só apareceu no séc. XX, porque no sec. XIX nem era tal, como se viu com a história do mapa cor de rosa.
Portanto, o Portugal que vejo como a minha pátria é outra coisa mais espiritual e com o território que temos aqui. Não precisamos do Ultramar para nada para voltarmos a ter esse Portugal.
O que produzimos por aqui chega-nos para termos esse Portugal. Não percebo porque razão queremos ter a riqueza natural de Angola e Moçambique para sermos outro Portugal.
Sinceramente não percebo.
O que é afinal a ideia de grandiosidade de uma pátria?
ResponderEliminarTer "terra quanta vejas"? Ter riquezas a perder de vista aferrolhada em cofres?
Ter influência no mundo que nos rodeia e fruto das mentes que seriam nossas?
O que é afinal esse Portugal mítico do realismo fantástico?
Não sei se o que produzimos aqui chega.
ResponderEliminarEm qualquer caso não é questão de mera balança de pagamentos.
Nunca pensei em termos de grandiosidade. E acho que a grandiosidade subjacente a uma coisa como a Exposição do Mundo Português, é simplesmente a celebração de existir independentemente da vontade dos outros e, até, de praticar feitos que pareceriam - e parecem - muito para além da nossa capacidade. Para nós próprios, para mim pelo menos, é motivo de celebração e constitui aspecto grandioso entre nós e quiçá para os outros.
O problema é somente este: por mais que queiramos existir aqui quietos e descansadinhos, nessa existência idílica do Portugal espiritual, tal não é permitido, como não foi e de certo não será.
Mais tarde ou mais cedo encontrar-nos-emos no caminho de alguém. É essa a realidade que nada tem de fantástico.
E como exemplo bastará referir a 2ª Guerra Mundial e o seu prelúdio, a guerra civil espanhola. Em nada nos dizia respeito e nada tínhamos que ver com ela. E, porém, bateu-nos à porta.
Outras virão.
Portanto, essa visão idílica do sossegadinhos num canto é que me parece fantástica. Ou melhor, fantástica me parece a noção de que o conseguiremos sem nos precavermos contra o que nos vier bater à porta.
Porque quando nos encontramos no caminho de alguém, há duas hipóteses: ou nos afastamos, e damos a ideia de que qualquer um ali pode passar; ou procuramos por todos os meios ao nosso dispôr desviar de ali passar quem venha e nos não interesse. Nesse sentido é preciso ter influência no mundo. Existir é ter influência no mundo.
Portanto não é questão de impérios, nem mitos, nem grandiosidades.
ResponderEliminarÉ questão de trunfos. Trunfos que possamos jogar quando for necessário para podermos viver sossegados e descansados à nossa maneira, quando isso constituir problema para os outros.
Se Portugal fosse uma ilha, geograficamente falando, poderíamos agir como tal.
Mas Portugal tem todas as desvantagens de uma ilha e quase nenhuma das vantagens. É preciso reconhecer isso porque nunca vai mudar.
O único trunfo que se poderá ter actualmente, sabe qual é não sabe?
ResponderEliminarA Coreia do Norte, o país mais isolado do mundo, já o tem...
Israel também, et pour cause.
ResponderEliminarHmm, a realidade é um pouco mais subtil que isso.
ResponderEliminarA Rússia soviética tinha montes de trunfos desses, que a não impediram de ajoelhar.
Uma manilha pode valer mais do que os ases todos juntos.
Nem só de bombas se faz a guerra. Nem sobretudo...
Não tivesse a ex URSS trunfos desses e tinha sido esmagada logo no começo...
ResponderEliminarEu refiro-me a outra espécie de trunfos, que nós também poderíamos ter se não os desperdiçássemos em 1975:
ResponderEliminarUma economia sadia e sem a intervenção estúpida do Estado como aconteceu. Uma cultura que não fosse totalmente de Esquerda como tem sido.
Uma sociedade mais tradicional e apegada a antigos valores.
Mais religião embora separada do Estado.
Era isto.
A Holanda, a Bélgica, até a própria Espanha não desperdiçaram esses trunfos.
ResponderEliminarNós demo-los aos comunistas e esquerda jacobina. O resultado é o que temos...
Isso da URSS é muito relativo... Se alguém a quisesse esmagar, à parte o Adolfo do bigode, não lhe tinham embotado o passo. Mas enfim, isso são outras conversas...
ResponderEliminarAgora esses outros trunfos, não estou é a ver onde a Coreia do Norte os tem... eheheh!
Insurgente
ResponderEliminarSegundo o Greek Analyst, que disponibilizou e traduziu a notícia das alterações a serem preparadas, uma empresa recém-constituída na Grécia e que aufira um lucro de 100 mil Euros terá de pagar:
— 36 mil Euros de imposto sobre os rendimentos
— 36 mil Euros de pagamento especial por conta, valor mínimo para projectar lucro futuro
— Mil Euros de taxa sobre actividade económica
— 10 mil Euros de imposto de solidariedade
— 27 mil euros de contribuições para a segurança social
Total: 110 mil Euros.
A situação da Grécia há muito que deixou de ser cómica, é apenas trágica.»
por cá os contribuintes privados ... de tudo
vão empobrecendo tristemente
importamos 70% de alimentos
ResponderEliminarsó os barros de Beja são bons para a cultura de cereais
no distrito de Portalegre o rendimento da cultura cerealífera varia entre 5 e 10 sementes
a falta de aptidão agrícola é muito baixa fora dos vales do Vouga, baixo Mondego e Tejo, Sado e Alqueva
A Coreia do Norte sem esse trunfo já tinha encostado à Coreia do Sul, sem espinhas.
ResponderEliminarartigo do Sapo
ResponderEliminar«Portugueses a viver no Reino Unido são, de momento, entre 300 mil e meio milhão, e segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, um terço deles não poderão permanecer no país sem os direitos de livre circulação conferidos pela União Europeia a cidadãos de Estados-membros. Não preenchem os requisitos necessários: o domínio avançado da língua inglesa, educação superior reconhecida pelas entidades empregadoras britânicas ou mesmo rendimentos anuais superiores a €24 500. O medo, diga lá o que o Marcelo disser sobre a segurança dos portugueses no Reino Unido, está presente e é difícil de ignorar.
“A apreensão e a incerteza são as principais coisas a reter, no meu caso,” diz--me Afonso Ramos, um lisboeta que há alguns anos mora em Londres, onde é pesquisador e doutorando na University College London.
E agora que a primeira-ministra Theresa May anunciou a invocação do artigo 50.o, pelo qual o Reino Unido aciona o processo de saída voluntária da UE, para meados do próximo mês de março, essa apreensão e incerteza vem visitar-nos mais vezes, inesperadamente.
É que não são só os ataques a jovens polacos e os insultos que ouvimos nas ruas, nas escolas ou nas redes sociais – “Ainda por cá andas? Mas não sabes que votámos Brexit? Volta para a tua terra!” – que nos assustam. Não são só os olhares que nos deitam quando atendemos o telemóvel nos transportes públicos – era a avó que ligava, podia não atender? Não são só as constantes perguntas que nos atormentam, de amigos bem-intencionados, pois claro, sobre o que pensamos fazer agora que se vai dar o Brexit.
Há razões concretas para este medo que se apodera cada vez mais da diáspora portuguesa no Reino Unido. Do pânico que reconhecemos no olhar dos franceses e alemães, espanhóis e italianos, polacos e romenos, húngaros e austríacos, enfim, em todos os cidadãos europeus com que nos cruzamos no caminho. Um terror que assoma agora também, lentamente, as mentes dos britânicos. »
Que grande cretinice esse artigo.
ResponderEliminarIsso é aquela malta que vive de bolsas e se acha acima do comum mortal e depois qualquer mudança no Estado já ficam acagaçados com medo de perderem benesses.
Pois que vão para a Alemanha ou para França que aí é que podem ser bem acolhidos.
Parecem parvos. Qualquer simples empregado de mesa já a esta hora está a tratar da residência permanente e não faz essas fitas imbecis. Porque isso é mera propaganda política para assustar quem se recusou a andar às ordens da Bismerka.
Esse pesquisador que venha para cá que agora acabou a austeridade, não precisa de continuar refugiado nas bolsas
Corroboro o a zazie diz.
ResponderEliminarDas pessoas que conheço - e conheço bolseiros e empregados de mesa - quem vem com essas tretas são os primeiros.
Desse artigo retive a exactidão quase sobrenatural dos números — "entre 300 mil e meio milhão"… e o pungente pânico no olhar — principalmente de Alemães e Austríacos. -- JRF
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