Público de hoje, João Miguel Tavares:
O problema então seria o de a Faculdade de Direito se pronunciar acerca de um seu docente andar a receber "por fora" a fim de ajudar um político a escrever uma obra de literatura política. Para tal teria recebido cerca de 40 mil euros, o que torna a "colaboração para revisão do livro e notas de roda-pé" a "revisão mais cara da História".
Ora é este aspecto que suscita perplexidade e ao mesmo tempo incita o meio académico da escola onde aquele é docente, a pronunciar-se.
E se afinal a escrita não se limitou a tal e afinal é uma obra da autoria do putativo revisor? É essa a questão proposta e que a Faculdade de Direito tem o dever de analisar através de um "inquérito rigoroso" que passará pelas...declarações do docente e pouco mais. Tal não será suficiente mas as inteligências do Direito dirão de sua justiça se quiserem ser levados como tansos.
Mas ainda há outra: segundo consta, a mulher do docente recebeu o estipêndio do livro que se apresta a sair por estes dias, em vez do docente, o verdadeiro titular a esse rendimento colectável.
O Fisco...já se inteirou do assunto? O dinheirinho dos direitos de autor pagam taxa reduzida...que o diga o Costa que governa a Geringonça.
O sujeito é doente. Isto é uma coisa maluca e a marca de tudo o que ele fez. Inventar-se grande escritor comprando gente para parecer isso.
ResponderEliminarE o dinheiro aparece sempre. Andámos e devemos continuar a andar todos a financiar um tarado de um megalómano.
JMT, o cronista que leio com mais prazer nos últimos meses.
ResponderEliminarE mais doente, é quem o defende com a tese que tudo isto é normal e que foi um grande pm… é caso para ser estudado pelo ISCTE… Nunca me esqueço que o Costa foi número dois deste trafulha… está para a política como a Câncio para o jornalismo, nunca viu nada coitado… gente sagaz. -- JRF
ResponderEliminaro farelo é usado para pão de diabéticos
ResponderEliminarJosé
conhece Mandrake melhor que eu
« A forma de Governar com total transparência do sr.Mandrake da Costa ficou clara, após a recusa de cumprir a lei orçamental por parte do ministério das Finanças com a não entrega dos dados sobre a previsão de execução orçamental para 2016, violando a lei e impossibilitando assim que o Parlamento possa discutir com valores fidedignos e reais após quase 10 meses transcorridos deste ano, as bases do que se prevê gastar em 2017. »
Um problema com que as universidades se batem já não é plágio e sim o de alguns mestrandos ou doutorandos apresentarem teses ou dissertações inteiramente redigidas por outros. Aliás, na internet há anúncios de trabalhos bastando dar-se o tema.
ResponderEliminarAgora, pelos vistos, por cá até já há "autores" de publicações que "emprestam" (pagando, claro) o seu nome a obras escritas por outros. Pagam largos milhares para que outros redijam e pagam ainda mais milhares para que outros os "comprem".
Só falta mesmo que pague para que alguém o leia.
Tudo gente muito séria.
Bem, como estamos num processo criminal, não consigo enxergar onde se pode vislumbrar a ponta dum crime por, alegadamente, alguém prestar um serviço de apoio na elaboração dum livro. .
ResponderEliminarPoder-se-à dizer que, afinal, o ex pm não tinha capacidade para fazer aquele livro. E depois? O que é que isso contribui para justificar prisão preventiva e crime de corrupção e branqueamento de que é acusado. Nada.
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Aquilo que importa nesta estória é tão somente a prova de que um sócio duma empresa onde o carlinhos foi sócio pagou uma avença a um senhor farinha que lhes prestava serviços de consultoria jurídica. Ele e a mulher. Anda o mp público a ver se encontra dinheiros vindos do Carlinhos, equivalente ao valor dos honorários, que justifiquem a tese de que, na verdade, era uma empresa dum filho dum amigo do Carlinhos que terá feito uma transferência para a conta da empresa do Mão de Ferro (que já foi sócio do Carlinhos) para este pagar honorários ao farinha para este ajudar a fazer o livro do Sócrates.
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Ora, o problema não está propriamente na assessoria prestada ao socrates, mas sim em provar que o assessor foi pago pelo Sócrates.
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Tudo se pode inventar neste tipo de acusação. Tudo. Qualquer acto da vida do ex pm pode seguir esta via. No limite há sempre alguém que é amigo de alguém que terá feito uma simples revisão ao carro do ex pm.
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As 'provas' reveladas no cm são de ir às lágrimas. Em vez de colocarem no jornal as conversas das escutas, resolveram colocar interpretações jornalísticas das escutas. Não ousaram colocar ipsis verbis o diálogo com o farinho. Não. Preferiram interpretar as alegadas escutas e colocar algumas partes retiradas minuciosamente do contexto.
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Mau jornalismo. Percebe-se logo que não há rigor e estão tendenciosamente a fantasiar uma estória.
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Eu que tinha tanta esperança em estar enganado e, finalmente, pudesse aparecer uma prova de jeito, vejo-me novamente na obrigação de achar que ali (no jornal) cheira rato. E quando cheira a rato é porque há um rato.
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Rb
José Sócrates, carissimo, se estiver vexa a ler estes meus comentários, queria por favor fazer chegar aqui ao Ricciardi uma verbazita.
ResponderEliminarEste pessoal acha que eu defendo vexa em demasia e eu gostaria de aproveitar essa falsidade a meu favor.
Já que tenho a fama, que tenha também o proveito. Não concorda?
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Rb
Homem! Isto é Portugal - mais que devidamente adjectivado pelo "ilustre Zé Maria".
ResponderEliminarTudo, ou quase, "farinho" do mesmo saco...
Já cá faltava o mais enfermo deles todos… -- JRF
ResponderEliminarVejamos os factos:
ResponderEliminarUm politico que acabou de ser despejado de primeiro-ministro de um governo e foi preso por suspeitas de corrupção e outros crimes decidiu escrever um livro sobre uma matéria improvável para quem terá estudos de inginharia e umas cadeiras na Sciences Po, em "filosofia política" seja lá isso o que for.
O livro consiste na tese de mestrado ou equivalente no tal curso na Sciences Po e assim foi apresentado, tendo confessadamente sido escrito primeiro em francês e depois traduzido para português e adaptado a público mais genérico que os professores da Sciences Po.
Título do livrinho: A Confiança no Mundo, apresentado publicamente com pompa e circunstância perante uma plateia de notáveis que incluía o antigo pSTJ e o antigo PGR que apreciaram um procedimento tirado de um processo penal e o arquivaram em condições no mínimo polémicas e contra a opinião jurídica de outros magistrados e professores de Direito ( no caso o actual presidente do TC, Costa Andrade) .
O livro escrito originalmente em francês apresenta outra curiosidade: o autor suposto não sabe falar ou escrever bem francês. Conclusão lógica: alguém o ajudou. Tal como na tradução.
Soube-se depois disso que havia um anódino e anónimo docente de Direito, na escola pública que ajudou o suposto autor a "rever e corrigir" o texto original.
Não se sabe exactamente em que consistiu tal mas recebeu por isso 40 mil euros.
Nas escutas reveladas torna-se duvidoso que tenha sido apenas uma revisão em termos clássicos, mas adensam-se suspeitas que tal consistiu em muito mais que isso.
Por outro lado nessas escutas revela-se ainda que o revisor que recebeu dezenas de milhar de euros para tal nem sequer foi apresentado no dia do lançamento do livro nem vem lá o nome do mesmo em agradecimentos usuais.
A escuta revela que o suposto autor nesse mesmo dia à noite telefonou ao dito revisor e penalizou-se pelo lapso "horrível" em esquecer-se de o mencionar nesse dia.
Aliás nunca mais o mencionou e só foi notícia por causa da curiosidade dos jornalistas.
Estes os factos.
Depois disto, pensar que tudo é muito normal e do mais anormal que pode haver.
Factos sobre o pagamento:
ResponderEliminaro dinheiro saiu de uma conta de Santos Silva. Como não foi este quem escreveu o livro, supõe-se mas não se afasta de todo a hipótese, atendendo à relação de amizade inaudita,então o dinheiro foi ou emprestado ou entregue pelo próprio dono verdadeiro.
Este é mais um episódio a juntar a outros sobre o poço sem fundo que constituia aquela conta miraculosa que Santos Silva detinha em seu nome e que não mexia um centavo para si mas sim tudo para o tal que supostamente escreveu o livro.
A lógica das coisas não é uma batata, mas há nabos que aparecem não se sabe de onde.
Quando o juiz CAlexandre falou que não tinha contas bancárias em nome de amigos, os habituais que agora negam que o dinheiro seja de quem aparenta ser, foram os primeiros a concluir que o juiz se referia ao dito cujo.
ResponderEliminarDias depois viu-se que havia outros nas mesmas condições...
Este Rb já nem com óleo de fígado de bacalhau… -- JRF
ResponderEliminarJosé, não se canse. O ricciardi tem tudo para ser o Abrantes. E antes que o acusassem disso já disse que o era, seguindo a velha estratégia.
ResponderEliminarJosé, não se canse. O ricciardi tem tudo para ser o Abrantes. E antes que o acusassem disso já disse que o era, seguindo a velha estratégia.
ResponderEliminarAcrescente a esses factos, José, que o tal anódino anónimo da escola pública de Direito também estagiou no Jugular da dama de Formentera.
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