Este advogado que também politica, desde que ajudou a fundar o PS, é um exemplo de espécimen jurídico que exaspera o mais paciente dos jobs que abundam na profissão.
Ao ler esta crónica no CM de hoje, sobre um fait-divers criminal como é o caso do assassino presumido Pedro João Dias, a postura escrita e falada desde causídico é simples: inocente presumido, sempre e desde que haja um processo,como tem que haver, porque nada se faz sem processos. Quem se atrever a arejar um pensamento coerente com os factos conhecidos e imputar alguém culpado, fora desses parâmetros jacobinos, é criminoso e deve ser condenado sem qualquer presunção de inocência acerca da intenção em denegrir.
Convoca sempre a ditadura fascista, a inquisição, ou qualquer outro tremendismo, porventura o próprio nazismo ou o diabo em figura de gente para defender o indefensável e que estriba sempre na lei jacobina que acapara.
Hoje tocou a vez a Torquemada, um frade espanhol que morreu de velho e, coitado, é vergastado como culpado daquilo que o causídico execra: considerar que a inocência nem sempre é de presumir contra tudo e contra todos só porque a lei processual assim o determina, para evitar que se condenem inocentes...
A única justiça que este causídico diz respeitar é a de um tribunal oficial e burocratizado nas leis jacobinas, o que se torna curioso, sabendo que uma boa parte dos exemplos que convoca se refere a pessoas que nunca foram julgadas em qualquer tribunal e nem por isso deixam de ser exemplos do contrário que supostamente defende.
Quem assim pensa se calhar padece de um défice de entendimento qualquer, provocado eventualmente por um traumatismo de espécie desconhecida e que um psiquiatra provavelmente nem entenderá.
A par deste que provavelmente acredita naquilo que diz e por isso mais perigoso é, existe outra espécie de advogados também perigosos para a Justiça com J grande: os cínicos e amorais que fazem do Direito um jogo de palavras e dos conceitos armas de uma defesa imoral. Sabem perfeitamente que os clientes são culpados dos crimes imputados e procuram na lei o modo de os safar da punição devida.
São mercenários do Direito para quem a Justiça é uma balela e todos os juristas os conhecem...
A lei positivada faz-lhes muitas vezes a vontade porque foi gizada por ingénuos do primeiro tipo e que depois se mostram muito chocados com os resultados práticos e vão a correr tentar mudá-la. Passados anos e anos...
Não percam tempo e dinheiro a julgar o contribuinte Dias, a cautela premiada saiu à casa. O poder tem outros poderes.
ResponderEliminarO tribunal é o lugar onde mais se mente. As testemunhas são normalmente compradas. Os pareceres igualmente
Os juízes e procuradores que encontrei antes e depois do 25.iv
Não estavam preparados para investigar e julgar
‘-eu é que faço as perguntas!’
Infelizmente não as sabia fazer
Arrogância, falta de civismo, e outras coisas mais
Conclusão ‘estou aqui a ganhar o meu’
É impressão minha ou ele aqui esqueceu-se dos presuntos da inocência?
ResponderEliminarhttp://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/magalhaes-e-silva/detalhe/cavaco__e_os_amigos
« os cínicos e amorais que fazem do Direito um jogo de palavras e dos conceitos armas de uma defesa imoral. Sabem perfeitamente que os clientes são culpados dos crimes imputados e procuram na lei o modo de os safar da punição devida ».
ResponderEliminarPois... parece mal trabalhar em criminal.
Sempre assim foi.
Comercial, grandes negociatas na capital é que é chique!.
Nada de novo, portanto.
Não parece mal. O que parece mal é fazer dos outros, das vítimas principalmente, parvos.
ResponderEliminarUm culpado chapado como este Pedro João merece que a defesa lhe diga para se reclamar inocente e que "não matei ninguém"?
Isto é moral?
Não é. E venha quem quiser dizer que é.
A única coisa que um advogado decente deve fazer neste caso como noutros é tentar perceber o que rodeou a actuação do assassino.
ResponderEliminarPode ser que tenha atenuantes...o que é muito diferente de reclamar inocência fiados nas tessituras do direito processual.
Um advogado é um auxiliar da Justiça e não um cúmplice de assassinos.
As vítimas reclamam Justiça. Não reclamam advogados manhosos e imorais.
ResponderEliminarPlenamente de acordo, José. Mas lá que aquela entrada no Tribunal do preso Pedro João me fez lembrar a entrada em Lisboa do falso Dom Sebastião da Ericeira, lá isso fez...
ResponderEliminarEste assassino presumido não foi o único a entrar em tribunais daquela maneira.
ResponderEliminarO Palito também entrou...e outros.
Desde que a polícia esteja lá não vejo problema algum nisso. O advogado Magalhães acha que isso é justiça do tempo do pelourinho.
Um bom pelourinho precisava ele...
«Um culpado chapado como este Pedro João merece que a defesa lhe diga para se reclamar inocente e que "não matei ninguém"?»
ResponderEliminarPode ser "responsável" mas não sabemos se foi a defesa que sugeriu. Qual seria o assunto mesmo?
Não no processo, por isso. O que andaram a dizer ( e o que ele não disse ) não interessa.
Nem tem mesmo nada para se dizer, na verdade. É ver o que o MP consegue, depois lá se vê.
Não foi a defesa? Viu as reportagens de tv, em directo, com os advogados ( Mónica & Rui) presentes e intervenientes?
ResponderEliminarNão é segredo que foi a defesa quem negociou a "rendição" e pelos motivos que a defesa aduziu: medo de ser baleado pela GNR.
E da PJ, não tinham medo? Parece que não porque tal foi dito.
E o MºPº nisto tudo? Alguém o viu?
temos um 'estado de coma'.
ResponderEliminarnunca será de direito.
a bófia partidária existe nas forças de segurança.
a GNR, segundo a informação, só tentou alvejar o contribuinte por 3x
a pj e o mp dão tiros nos pés
por isso andam ao pé coxinho
no Tic (falsificaram a minha assinatura por fotocópia), apesar de acompanhado de advogado, um psp meio-fardado apontou-me armada carregada nas costas e obrigou-me a caminhar acelerado sem poder
tive um desmaio e o escrivão gritava alto
''fodi a minha vida''
protestei em vão
já tinha sido insultado na pj
um juiz levantou-me um processo e recusou a presença de advogado
não compareci
protestei em vão
o BCE continua a comprar a divida
os 'porcários' entram para o estado