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terça-feira, dezembro 27, 2016

O "colunista" do Público, João Miguel Tavares teve hoje esta tirada lamentável a todos os títulos:

"embora a herança salazarista tenha sido trágica na Educação, com quatro décadas a doutrinar criancinhas com a trilogia Deus, Pátria e Família  e a promover um país pobre, rural e conformado com a sua própria mediocridade"...



Trágica é esta frase de um suposto representante de uma Direita inexistente em Portugal. JMT é um híbrido que emparelha bem com Ricardo Araújo Pereira no programa que animam em tandem com um Mexia que não mexe uma palha e um moderador que modera à esquerda como convém ao politicamente correcto.

Referir o Estado Novo daquele modo é repenicar o estribilho comunista do obscurantismo e do atraso atávico que Salazar deixou como herança aos heróis de Abril, a par daqueloura ainda mais  pesada  e com mais de 800 toneladas nos cofres do BdP que os ditos acharam por bem aliviar- et pour cause.

JMT terá bebido deste leite de burrra quando era pequeno e lá ficou o germe que de vez em quando aflora como um herpes ideológico que se aloja ao canto do lábio inferior impedindo-o  de soletrar devidamente as palavras.

O Estado Novo começou mais ou menos nos anos trinta e nessa altura Portugal tinha um Estado velho e revelho do jacobinismo ambiente que expulsara jesuitas, destruíra escolas, depauperara o país para além do tolerável e tolhera o desenvolvimento económico nas décadas vindouras.

Assacar a Salazar a culpa do desenvolvimento atrasado e a lentidão do progresso, nas décadas seguintes é olvidar os efeitos de uma guerra mundial a que escapamos e os efeitos de outra guerra em três frentes, na África portuguesa nos anos sessenta que nos delapidava os recursos orçamentais em quantidades astronómicas ( 40%).
Gostava de ver os democratas de hoje a fazerem melhor e mais depressa...

Ainda assim, em 1940, em plena Guerra Mundial e nem sequer dez anos de governo de Estado Novo, o panorama da propaganda permitia apresentar isto:



 Este panorama pode ser consultado aqui e tal faria bom proveito a JMT e outros interessados...

Além disso, pode sempre ampliar-se um pouco mais a janela de oportunidade para se verem melhor as palermices escritas se espreitarmos nestoutra, da então Lourenço Marques:


Nada disto foi planeado ou construído pela "Independência" indígena mas sim pelo Estado Novo em tempo record, mesmo com mão de obra barata ou próxima da escravatura, como então era ainda plausível. Em toda a África, mesmo a independente.  Quem lá viveu sabe. Não sendo o meu caso, pergunto a quem sabe.
A propósito de Moçambique: alguém sabe o que aconteceu ao genro do Guebuza depois de ter assassinado a tiro a mulher, na presença do sogro?
Sabem o que lhe aconteceu?  Terá sido suicidado na esquadra de polícia, segundo se conta. Aí tinha recolhido para se proteger de quem o iria procurar...mas alguém procurou saber, em Portugal?

Em Angola o panorama é idêntico.

Quanto a escolas, basta percorrer cada uma das aldeias de Portugal e verificar o ano da construção da escola mais antiga...e sobre o famigerado analfabtismo basta comparar o grau de instrução de alguém que completou o ensino primário, nos anos trinta ou quarenta do séc. XX com alguém que o completa agora. E o analfabetismo tem muito mais que se lhe diga do que a propaganda comunista costuma dizer e JMT assimilou, entranhou e aparentemente não estranhou.

Sobre o conceito de Deus, Pátria e Família, pudera que ainda hoje fosse um conceito estimado, porque não é um arcaismo fóssil como são as ideias peregrinas que enformaram o pensamento de JMT quando escreveu aquela frase lamentável. A não ser que seja matriz e então é trágico mesmo.

Sobre esta miséria de andar sempre a lambuzar o conceito maldito, suscitando logo permissão para irem lamber sabão, passo a apresentar uma pequena parte de uma entrevista a José Afonso, ainda no tempo do fassismo, em finais de 1973, início de 1974 na revista Cinéfilo nº 8.

A entrevista mostra bem que José Afonso conhecia o povo português, pelo menos na sua linguagem e costumes, o que o tornava mais perigoso do que parecia, mas ao mesmo tempo mais interessante e a léguas do que JMT aparentemente julga entender.

 

18 comentários:

  1. Este Tavares nunca me enganou. É ignorante e é palerma, um digno representante da direita em Portugal, sempre de braço dado com a esquerda, sempre a piscar o olho à esquerda, muitas vezes a fazer o trabalho da esquerda e várias vezes a fazer o trabalho sujo da esquerda. Este Tavares é mais um zero à esquerda, com uns bitaites de liberalismo para idiotas, que de alguma forma o coloca à direita de alguma coisa. -- JRF

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  2. O homem escreve no pasquim do Belmiro
    Diz uma coisa ou duas com nexo e piada mas tem de andar na linha ou vai para o desemprego.
    Parece que tem meia dúzia de gaiatos e deve precisar de viver

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  3. É sempre a mesma m****, enfiaram a cassete e já não papagueiam outra coisa. Acham que não podem, caía o Carmo e a Trindade... tristes!

    É assim que uma mentira mil vezes repetida se converte em verdade histórica inquestionável.

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  4. «Sobre o conceito de Deus, Pátria e Família, pudera que ainda hoje fosse um conceito estimado.»

    O José está a ver porque é que eu tenho pouca estima pelos cristãos? É porque vocês querem impor o vosso Deus e a vossa religião aos outros.

    Ninguém vos encomendou esse serviço e a Igreja que vocês implantaram a ferro e fogo na nossa Nação, matando, torturando e aterrorizando quem não fosse cristão, é obra de algum Demónio muito vil para se dizer o mínimo.

    Eu não tenho nada contra o facto de os cristãos quererem ser cristãos, o problema é que os cristãos andam constantemente a querer mandar em casa alheia e a meter-se na vida dos outros, desculpem, mas assim não dá.

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  5. Tem graça.
    Acabo de ver o Jon Stewart numa entrevista na Fox a perguntar por que motivo o compara (e ao defunto Daily Show) com um verdadeiro programa de informação.

    Entro aqui e dou com o mesmo: tomar o Governo Sombra como um programa sério de comentários ou um RAP como um suposto comentador político.
    Nenhum deles é uma coisa ou a outra.

    Pode ser irritante porque, nos dias que correm, as celebridades e os programas de entretenimento são tidos como tudo que há a ter em conta mas...é a época do FB, não é?

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  6. AH! e, infelizmente, não tenho conhecimento suficiente quanto à qualidade comparada da instrução pré e pós 25.04 mas não me parece parvo nem errada a alusão à trilogia.

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  7. Deus esteve presente em Portugal durante séculos e séculos, como a religião católica e cristã. Desde a Fundação. Tal como na Europa.

    A Pátria é um conceito fundamental para a nossa comunidade e a dos outros.

    A Família é para quem a tem e julgo que é melhor ter do que não ter. É um valor e não um anti-valor.

    Por isso é uma estupidez atacar o salazarismo por causa disso.

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  8. "A Família é para quem a tem e julgo que é melhor ter do que não ter"

    Lamentavelmente, não é uma verdade absoluta.

    Como disse, não tenho conhecimento suficiente (e tenho sempre dúvidas sobre pessoas que o dizem ter por ser demasiado intangível) mas acho que se pode atacar por ser dada demasiada ênfase.
    Nacional Socialismo é um caso desse tipo e, antes que venha coisa do tipo, não estou a comparar o Nacional Socialismo com o Salazarismo. É um mero exemplo daquilo que não é um valor absoluto em si mesmo.

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  9. Eu só acho que nós não temos nada a ganhar em andar aqui em lutas intestinas uns contra os outros. Os únicos que ganham com isto são a esquerda e maluquinhos da laia do Lá Lá Cardo e companhia limitada.

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  10. Não há lutas intestinas sempre que se respeitam opiniões alheias. Mas não devem ser proibidas de se exprimirem, com naturalidade.

    A expressão de uma opinião não significa sempre o ataca a quem pensa o contrário.

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  11. O insulto gratuito só tem cabimento se for humorístico. Mas há quem passe a fronteira logo na primeira tentativa e nem se dê conta. E ainda recalcitre. E continue a recalcitrar.

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  12. Sim, mas convenhamos que se havia neste blog pessoa que insultava gratuitamente tudo e todos, era a Zazie. Aliás, eu até acho que ela tem afastado muitas pessoas deste blog.

    O José nunca quis disciplinar a Zazie, talvez porque lhe ache piada, o problema é que há muita gente que não acha piada aos insultos dessa "senhora" que a mim já me ofendeu inúmeras vezes e foi ela, aliás, que partiu sempre primeiro para o insulto.

    A minha acção insultuosa, quando existe, é sempre uma reacção a um insulto que alguém me tenha feito previamente. Nunca me vão ver a mim a partir primeiro para o insulto ou a atacar alguém injustamente.

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  13. Sobre o analfabetismo, convém ter isto em mente:
    https://s23.postimg.org/i1et5pz7v/alfabetiza_o.png

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  14. «O insulto gratuito só tem cabimento se for humorístico. Mas há quem passe a fronteira logo na primeira tentativa e nem se dê conta. E ainda recalcitre. E continue a recalcitrar.»

    Já escrevi sobre isso aqui:

    https://historiamaximus.blogspot.pt/2016/03/da-legitimidade-politica-do-calao.html

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  15. Não se discutem! E porquê?
    Não se discute a autoridade. O poder. O poder do grupo é sempre majestático e a sua origem é sempre superior (divina ou não). Para ser de todos não pode ser de nenhum.
    Salazar aceitou ser ministro (servidor, servo) dum soberano absoluto a quem obedeceu integralmente - a Nação. Auto submeteu-se em primeiro lugar.
    De seguida sintetizou:
    Os que quiserem servir apresentam-se.
    Os que não concordarem podem até proclamar as razões da sua discordância. Não podem agir no sentido de perturbar acção do Estado.
    Hoje pode-se afirmar que a reposta violenta do estado em sua defesa até foi equitativa, proprcional e minimalista.
    Estes Tavares e afins que por aí abundam valem zero. Transformam em lixo pátrias e famílias. É o poder de sobrevivência que está em causa.

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  16. Este JMT que eu julgava um fulano decente e direitista e autor de crónicas bastante aceitáveis, afinal não passa de um oportunista que precisa do lugar cativo que lhe proporciona o jornal (outros jornais?, editoras para a aceitação dos seus livros?) para o qual escreve travestindo-se de uma coisa que pelo visto polìticamente não é, servindo-se desse facto para ter tachos assegurados. Eu até lhe achava alguma piada, agora vou deixar de achar, já que estou perante alguém que pretende ser o que não é. E destes já temos muitos. Vá lá salva-se o Mexia que não pretende ser o que não é. Acho muita graça ao Ricardo, dos três será o mais inventivo, mas peca pelo seu pretenso comunismo que já passou há muito de moda e só vai perdurando inacreditàvelmente em Portugal. Este, outro menino bem nascido e melhor criado que para agradar ao sistema pútrido que nos saiu em sorte num dia d'azar, resolveu juntar-se-lhe para ter cargos profissionais assegurados e levar uma vidinha regalada até ao fim dos seus dias.

    Parabéns, José, por tão magnífico texto. As suas palavras exprimem uma opinião pessoal mas que, garanto-lhe, são partilhadas por milhões de portugueses. Parabéns ainda pelas belíssimas fotos que reproduziu e que atestam à maravilha o que foi de facto o desenvolvimento industrial, social e público no Continente e nos Territórios Africanos durante o Estado Novo, traduzindo uma imponência, perfeição, simetria e beleza jamais igualadas. Só para me ater a um exemplo: aquele imenso Largo de Lourenço Marques é de extrema beleza, o pavimento, passeios e os pequenos espaços calcetados estão não só perfeitamente desenhados como lindamente enquadrados. A atitude vil dos comunistas e socialistas e extremo-esquerdistas que levaram e ainda levam o tempo todo a denegrir o regime anterior, tentando diminuir senão mesmo anular a importância que ele representou para o país e povo, só traduz a inveja desmedida que professam à memória do Estadista por não possuírem os seus altos valores morais e cívicos, além de que o ódio de morte que o Estado Novo lhes provoca deve-se exclusivamente a um profundo complexo de inferioridade e a um enorme despeito por terem perfeita consciência de que jamais seriam capazes de transformar um país desfeito em todos os seus aspectos, como Salazar o recebeu das mãos da 1ª. República e, com um esforço quase sobre-humano e uma entrega absoluta, erguer uma Nação grandiosa - europeia e africana - e prestigiada além-fronteiras, fruto de um imenso saber e de um patriotismo indesmentível daquele que foi um governante genial e o mais importante português do séc. vinte.

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  17. A mim só me apraz notar como o democrata aí acima não aceita a família como valor porque não é verdade absoluta - quer dizer, a família que lhe calhou não é digna de sua democrática excelência e, portanto, era o que mais faltava os outros poderem-nas ter melhores ou esforçar-se a sociedade para as proteger!

    Ficamos democraticamente informados que quem tem a família por valor é praticamente um pavoroso nazi!

    Remata o arranjo não só redobrando o bitaite como ainda admite, reclama e apregoa a ignorância sobre o assunto.

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