24Sapo:
De acordo com a síntese da execução orçamental de 2016, divulgada hoje pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), a receita fiscal líquida do Estado aumentou 1.375,4 milhões de euros até Dezembro, um aumento de 3,5% face ao ano anterior, totalizando os 40.224,9 milhões de euros.
No entanto, a arrecadação da receita com impostos ficou aquém da última projecção do Governo, que foi apresentada em Outubro do ano passado aquando do orçamento deste ano. Nesta altura, o Ministério das Finanças apontava para uma receita fiscal de 40.953,8 milhões de euros e acabou por arrecadar menos 728,9 milhões do que o antecipado.
Seria interessante saber e comparar qual era a receita fiscal equivalente, no final do ano de 1973. Com guerra em três frentes ( Angola, Moçambique e Guiné), perceber como se governava então e se relativamente aos serviços prestados pelo Estado o custo de vida era mais alto ou mais baixo que hoje.
Há quem saiba fazer as contas. Duvido é que o queira fazer...
Mas uma breve consulta dá-nos alguns números:
Enfim, números. Para todos os gostos?
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ipc
ResponderEliminar7300 M€ em 2016?
ResponderEliminar7300 M€ comparando com os 40000M€ da actualidade?
ResponderEliminarJosé isto é uma guerra perdida. e no entanto andam aí como cães selvagens… Numa empresa de um amigo meu a propósito de uma dívida à segurança social referente a um funcionário que estava isento (por ter ido do centro de emprego), penhoraram-lhes as contas e tendo concluído falsamente que a empresa não tinha meios, penhoraram também a conta do sócio gerente; uma associação sem fins lucrativos que fundei tinha uma dívida de 200€ (contestada e aparentemente perdoada) reapareceu passados três anos na forma de 550€ e conta penhorada; hoje um indivíduo que me foi entregar uns granitos para uma escada exterior diz-me que começou o dia com a conta penhorada por falta de pagamento de um selo de uma carrinha que deu para abate há dois anos, tendo os 50€ sido transformados em 250€ (que vai pagar). O país trabalha para isto, são milhares e milhares de horas de trabalho todos os dias.
ResponderEliminarÉ o estado contra o cidadão.
Atenção: tudo o que referiu tem a ver com a "máquina fiscal", o verdadeiro mestre de cerimónias do Monstro que é o Estado.
ResponderEliminarA "máquina fiscal" portuguesa é diabólica. E sabe quem a tornou assim?
Foi aquele Macedo que agora está na CGD. O sonso.
Deu a ganhar aos funcionários um subsídio a mais, anual se atingissem objectivos e transformou a lei fiscal em algo mecânico e implacável.
Depois mexeu nas multas ( coimas) mínimas e é por isso que um atraso de segundos na entrega do IMI ou de qualquer imposto se transforma em coima de 25 euros. E as SCUTS e Hospitais e coisas mais conseguiram que essa máquina implacável fosse posta ao seu serviço.
Com um truque simples: cada cidadão tem um número de contribuinte e um "domicílio fiscal". É nesse domicílio que recebe as notificações e mesmo que deixe de ser o real, até ao momento em que altere junto da máquina essa morada, ela continua a ser a que a máquina guardou. Sem que o contribuinte possa opor o contrário. Invertem o ónus da prova e o contribuinte não pode opor a tal máquina uma realidade que não modificou e por isso é culpado.
Simples.
Quando vou a uma repartição fiscal sinto o medo de estar a lidar com algo que tem sempre razão mesmo que não a tenha de todo.
Para mim isso é o verdadeiro fascismo porque é um sinal de desumanização.
Se me não enganei nas contas, José.
ResponderEliminarO conversor do .I.N.E. refere-se ao índex de preços ao consumidor e não a preços constantes.
Nao é o meu forte.
Talvez alguém mais entendido possa ajudar a perceber.
Mas sim. A baterem certas as contas, a razão é de 7 300 para 40 225 M€.
ResponderEliminarE de três frentes de defesa ultramarina com 220 000 efectivos para uma ou duas missõezinhas dá O.N.U. com a devida subvenção internacional.
Dá que pensar no que éramos e no que nos tornámos.
Vai uma moedinha?
Ah! E no que seriamos com o apaziguamento no Ultramar.
ResponderEliminarPodia lá ser!... Um Portugal assim...
Desumanização literalmente, mas não é fascismo, é informática de terceira categoria. Diz-me o meu amigo que apesar daquilo estar em contencioso, aderiram ao "Peres" (é o dentista dos meus filhos, mas foi o que entendi) e para simular quanto vão pagar por mês, pelo que percebi têm de aderir antes. Deu um determinado valor.
ResponderEliminarPassadas horas ou dias, recebem uma guia com um valor completamente diferente. Questionados nas finanças dão uma explicação qualquer que uniram a nova prestação com a existente (que não está em contencioso) e blá, blá. Pagam. Passados dias, recebem a guia da prestação existente anteriormente. Questionados nas finanças é para ignorar. Ignoram. Passados dias recebem um chorrilho de ameaças porque não cumpriram o plano de pagamento anteriormente acordado, são péssimas pessoas, a empresa não é idónea e no mínimo mereciam ser vergastados nas nalgas com urtigas. E somam mais umas coimas.
É o estado contra o povo. O povo para já é sereno.
Neste portentoso Estado de Direito administrado por advogados o "cidadão" nascido branco em Coimbra tem os mesmos direitos que um cidadão vindo da Eritreia.Claro que primeiro paga e fica com dívida.
ResponderEliminarPortanto os nossos administradores advogados acham-se no dever de governar todo o planeta.Para tal e apesar das boas leis o indígena branco(foi um milagre o bebé do ano ter sido branco) voltou à Idade Média.Obviamente como escravo.E se refilar leva...quer no fisco quer no Cimpas onde há advogados-juízes...
Não admira metade dos Portugueses não votar, haver tanto voto nulo e tanto voto no Tino...mas os democratas continuam satisfeitos com a sua obra...
Hoje em dia a maioria das "empresas" são as do condomínio.As que têm mulher de limpeza "legal" claro.Sujeitas a coimas caso haja atraso nos pagamentos da SS...
ResponderEliminarConsta que os pescadores de Monte Gordo preferiam vender o peixe em Espanha pois os impostos em Castela eram metade dos praticados em Portugal.
ResponderEliminarQuando o Marques de Pombal fundou Vila Real de Santo Antonio obrigou os pescadores a habitar as casas da nova vila e a pagar impostos em Portugal. O mar do Algarve era entao rico em atum e sardinha. Os pescadores recusaram e o Marques como vinganca ordenou a destruicao de Monte Gordo. As barracas e cabanas dos pescadores foram queimadas. Fugiram para Espanha e fundaram uma povoacao que hoje e cidade: Isla Cristina.
Os impostos altos sao tradicao em Portugal ha alguns seculos, com um breve intervalo no Estado Novo.
"Para mim isso é o verdadeiro fascismo porque é um sinal de desumanização."
ResponderEliminarAqui no UK ja comprei roupa em lojas de marca mais caras e o recibo foi-me passado a mao, ninguem pergunta se queremos factura com numero de contribuinte como em Portugal.
Se o Jose e os caros leitores juntarem no mesmo grafico a evolucao da receita fiscal e da despesa verao que quanto maior e a receita maior e a despesa do Estado.
Recordo-me que quando Durao dizia que o pais estava de tanga um familiar bem colocado e com boas relacoes em certos meios dizia que o pais nao precisava de ter defice pois havia muito dinheiro escondido e portanto bastaria controlar a economia paralela e a fuga ao fisco e o problema ficaria resolvido.
A Manuela Ferreira Leite nessa altura aumentou impostos e meteu la o sonso que refere MAS o choque fiscal ficou na gaveta.
Um dos unicos sociais-democratas serios nestes assuntos e o Professor Miguel Cadilhe que defende um corte radical na despesa do Estado e nos impostos.
Eramos muito mais livres na Idade Media portuguesa.
40 mil milhões em 2016. Grosso modo cada português no activo pagou 8 mil euros, cerca de 667 euros por mês. 65% dos trabalhadores portugueses recebe o salário mínimo. E ninguém se indigna. Porreiro pá!
ResponderEliminarÉ o socialismo. Não admira que nem falem no Marcello Caetano e seja tudo obra do Salazar, antes de 25.4.1974.
ResponderEliminarDeviam lavar a boca com sabão sempre que falam no maior português do séc. XX.
Ainda quero dizer mais uma coisa: A ideia que dá pelas descrições que me têm chegado é que nas finanças ou habituaram-se, ou foram ensinados, a mentir… dão uma falsa sensação de conciliação para sacar o que podem imediatamente, enquanto o resto segue os trâmites… mais tarde acaba por ser o banco a notificar que a conta está penhorada.
ResponderEliminarIsto não é forma de actuar.
quando refiro o fascismo quero significar um sistema que impõe ao cidadão uma sensação de medo permanente que é real e se traduz em actos arbitrários, muitas vezes, ou simplesmente automáticos de força, para com o cidadão que supostamente servem.
ResponderEliminarÉ uma palavra inadequada mas semioticamente ajustada.
Ah, a isso chamo comunismo :) .
ResponderEliminaros extremos aprochegam-se
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