Observador, Vasco Pulido Valente sobre Cavaco Silva
Cavaco é um homem exemplar: bom filho, trabalhador, responsável, óptimo marido (em 50 anos de casado só não dormiu na mesma cama da mulher 1 por cento das noites, uma façanha pela qual a nação inteira o admira), perfeito pai, honesto, imparcial e dedicado. Não admira que os portugueses tenham feito dele ministro, primeiro-ministro e Presidente da República, embora seja um “intruso” na política, sem qualquer ambição pessoal e, sobretudo, odeie o ruído à volta do seu nome e a curiosidade à volta da sua pessoa. Não enriqueceu com as posições a que foi elevado. Quando está em Lisboa, vive num apartamento modesto (suponho que alugado) e, no Algarve, na “Casa da Gaivota Azul”, assim poeticamente chamada em homenagem a uma espécie de poema que Vasco Graça Moura lhe fez, não sei com que intenções, e que também tem, benefício da arte, um painel de azulejos do imortal Cargaleiro.
Sendo um bom católico e um homem de paz, Cavaco não odeia ninguém, excepto, claro, a gente que não o acha tão admirável como ele se acha, que lhe atrapalhou a vida, que não lhe obedeceu ou por puro desvario disse mal dele. Essa longa lista começa com Mário Soares (a grande força de “bloqueio”) que em Belém intrigava contra ele, que assistia sonolentamente às reuniões de quinta-feira e que no fundo (coisa que não escapou a Cavaco) o desprezava. Mas Vítor Constâncio (governador do Banco de Portugal) vem a seguir com a maioria dos dirigentes socialistas – e com Sócrates, um aldrabão, um ignorante e um obstinado, dado a cenas de hipocrisia e a fúrias contra tudo e contra todos. De qualquer maneira, e tirando estes parceiros da cena política, o inimigo principal de Cavaco eram os “media”, que merecem um parágrafo à parte.
Tanto como primeiro-ministro, como Presidente da República, ele execrou visceralmente “os media”. A concepção de política que o guiava era uma concepção de director-geral: o chefe bem informado e ajudado por especialistas, despachava no seu gabinete, longe do ruído da rua, a bem “do superior interesse da nação”; o governo e o parlamento aprovavam e a populaça fazia o que lhe mandassem. Tal qual como o Prof. Salazar gostava de fazer as coisas, com alguns ornamentos democráticos para disfarçar. Ora, os “media” criticavam, acusavam, distorciam. Um ou outro, como “O Independente”, até nem se coibiam de inventar notícias ou conspirações. Mais do que isso faziam dele uma figura do contínuo espectáculo da política indígena e ele não gosta de escândalos como o escândalo das “escutas”, que vários peritos dizem que ele próprio inventou. Fosse como fosse, apesar de alguns percalços, Cavaco conseguiu ficar no seu casulo, sem um acto decisivo que impedisse ou moderasse a crise em que o país caiu.
O que ele gostava naquele lugar do Estado era da proeminência que a situação lhe dava e da sensação de pertencer aos regentes do mundo. Com todo o cuidado apresenta no livro a prova fotográfica dos seus encontros com as celebridades que viu e ele julga que lhe dão lustre e por reflexo provam a sua importância pessoal: presidentes, primeiros-ministros, papas e similares. A vaidade paroquial do homem não tem medida; com os seus três papas, em particular, quase que se baba. Em contrapartida, o que mais lhe custava eram as reuniões com Sócrates (118 contou ele com o zelo com que contava a sua assiduidade ao leito conjugal). Em primeiro lugar, ele achava que Sócrates não passava de um mentiroso sempre pronto para o enganar. E, depois, Sócrates não percebia o que lhe diziam, se o que lhe diziam não concordava com os seus planos. Cavaco tomava notas numa estenografia secreta (que ele inventara na Faculdade) para se precaver de Sócrates e tentou até ao fim meter naquela cabeça irascível meia dúzia de noções elementares de economia e de finanças. Sem resultado.
A conclusão deste melodrama foi que os portugueses acabaram por sofrer uma crise, que o Presidente e o primeiro-ministro podiam adiar e com certeza atenuar. Cavaco previu o que ia acontecer desde pelo menos 2008. Mas não achou necessário prevenir os portugueses ou dissolver a Assembleia, porque a Constituição não lhe permitia interferir na política do governo. E, em matéria de lei, ele como qualquer director-geral era um devoto.
A comparação é fácil, mas ao ler estas 500 e tal páginas sem uma ideia, sem um pensamento sobre a situação e o futuro de Portugal, sem uma crítica ao sistema político, mas saturadas de uma satisfação incompreensível , não consegui esquecer Eça e os seus políticos: o conde de Abranhos, o conde de Gouvarinho, o genial Pacheco e o conselheiro Acácio. Reconheço, repito, a banalidade. Só que esta banalidade tem a vantagem de ser verdadeira.
É justo este retrato de Cavaco Silva? Sendo ferozmente subjectivo não interessa muito definir a justiça adjectiva mas sindicar apenas a opinião com os factos disponíveis.
Por exemplo esta passagem, significativa:
Tanto como primeiro-ministro, como Presidente da República, ele
execrou visceralmente “os media”. A concepção de política que o guiava
era uma concepção de director-geral: o chefe bem informado e ajudado por
especialistas, despachava no seu gabinete, longe do ruído da rua, a bem
“do superior interesse da nação”; o governo e o parlamento aprovavam e a
populaça fazia o que lhe mandassem. Tal qual como o Prof. Salazar
gostava de fazer as coisas, com alguns ornamentos democráticos para
disfarçar.
Cavaco execrava os media em geral, ou seja, não tinha grande respeito e admiração pelos jornalistas, porquê? Para mim, porque se julgava superior no entendimento das realidades governativas. Os economistas em geral tendem a julgar que percebem melhor o país e a sociedade que os demais especialistas de outras matérias. Ora os jornalistas não são especialistas de coisa alguma a não ser no modo de redigir notícias.
Esse complexo de superioridade de Cavaco Silva, bem real a meu ver, dava-lhe uma vantagem na forma como decidia porque obtinha a informação por outra via que não os media e estes pareciam-lhe mal informados ou mesmo ignorantes de certas matérias, mormente económicas. Logo, sem grande credibilidade informativa a não ser nos factos de mexericos que ainda permitiam aumentar o complexo.
Não obstante, o que me espanta é saber o que se passaria no caso dos mexericos que envolviam pessoas da entourage de Cavaco Silva, como Oliveira e Costa que foi seu ajudante em governos ou Dias Loureiro, homem de mão do partido de poder que então era o PSD e que Cavaco Silva conservou como conselheiro de Estado até não poder mais.
Esses mexericos não eram anódinos porque envolviam assuntos de Estado, como movimentações de dinheiros públicos em operações que Cavaco Silva deveria sindicar.
Como é que Cavaco se informava relativamente a esses assuntos, por exemplo o caso do SIRESP e da SLN em que Dias Loureiro tinha parte relevante? Não sei e julgo importante saber para formar opinião sobre Cavaco e a sua superioridade relativamente aos media.
O que se passou com o BPN, as acções que lhe foram propostas e depois transaccionadas a preços muitíssimos favoráveis e que lhe deram um lucro considerável, pouco usual e eventualmente desonesto, fica atravessado como facto incontornável do perfil de carácter de Cavaco Silva. Muito negativo, este facto e destruidor de qualquer credibilidade acerca da seriedade inquestionável como homem de Estado. Não basta dizer e proclamar que "ainda está para nascer quem seja mais honesto do que eu"... porque a percepção mediática deste caso, de acordo com o senso comum, é arrasadora e terminante.
Sobre Cavaco Silva como homem de Estado, na governação:
O que ele gostava naquele lugar do Estado era da proeminência que a
situação lhe dava e da sensação de pertencer aos regentes do mundo.
Esta vaidade pessoal e intransmissível está de acordo com os resultados obtidos como governante e político nestes últimos 30 anos para não recuarmos um pouco mais atrás, aos governos da AD?
Isso merece outra reflexão que implica conhecimentos em que Cavaco Silva se sente ainda mais superior e já justificou em livros anteriores.
Porém, merece que se questionem as opções políticas e governativas, também por quem não tendo tais conhecimentos pode reflectir sobre tais opções.
Vasco Pulido Valente não se aventura nessa floresta e é pena porque é dela que saiu toda a madeira que agora temos para nos queimar.
Dizer que Cavaco é um personagem de Eça, do género acaciano, sendo relativamente certo, por causa do tal respeito atávico a leis muito convenientes para a inacção interventiva, é pouco.
A ausência, em Cavaco Silva de "pensamento sobre a situação e o futuro de Portugal, sem uma crítica ao sistema político, mas saturadas de uma satisfação incompreensível" é arrasador do perfil de qualquer homem que se pretenda figurar como tendo sido de Estado.
Cavaco Silva foi apenas um director-geral? Vou ver melhor. Mas tendo a concordar.
Não perco o meu tempo com múmias!
ResponderEliminarDevia perder porque mandaram muito tempo em nós...
ResponderEliminar'o sr silva' tal como Trump não se enquandram no esquema habitual dos políticos de borracha
ResponderEliminarque suportam todaos os enxovalhos para chegar ao poder e manter-se lá
se não criasse as tvs particulares
não se dizia tanto mal do parolo de 'boliquême'
no meio de tanta merda é o único que não fede
nem cheira a 'balchão de gambas'
As questões que me coloco relativamente a Cavaco são:
ResponderEliminarPoderia ser melhor do que foi, nos anos oitenta e noventa, com duas maiorias absolutas que teriam permitido mudar o país, ainda para melhor do que mudou?
As opções de política económica foram as mais acertadas pelo que poderia ser feito na altura?
Que Cavaco tinha a recta intenção não tenho dúvidas.
Mas foi além de director-geral?
Para responder a essas questões é preciso revisitar os anos oitenta e noventa e contextualizar os factos da época.
ResponderEliminarIr à História, no meu caso, registada em papéis que guardo: jornais, revistas e livros.
"A conclusão deste melodrama foi que os portugueses acabaram por sofrer uma crise, que o Presidente e o primeiro-ministro podiam adiar e com certeza atenuar. Cavaco previu o que ia acontecer desde pelo menos 2008".
ResponderEliminarComo economista que era Cavaco sabia interpretar os dados do INE, BdP e o caminho da bancarrota que o 44 estava a trilhar.
Podia ter alertado o Parlamento, a sociedade em geral e no limite, como Spínola, pedir a demissão.
José
ResponderEliminarantes de ir fazer o almoço
conheci os condicionalismos que se lhe colocara
ou melhor a nós
por inépcia do funcionalismo público de esquerda e
da europa desinteressada do rectângulo
guardo desse tempo as piores recordações que procuro esquecer
o resto era como o slogan do Guadalquivir num verão quente e seco
'és solo mierda'
o mal do vpv é o do pacheco
nunca foram ministros
este ano vai ser da 'murrinhanha'
"Como economista que era Cavaco sabia interpretar os dados do INE, BdP e o caminho da bancarrota que o 44 estava a trilhar.
ResponderEliminarPodia ter alertado o Parlamento, a sociedade em geral e no limite, como Spínola, pedir a demissão."
Absolutamente de acordo. Por isso é que não passou de um director-geral, sem rasgo bem coragem política.
Se fosse o Soares não tinha sido assim, mas este não era um homem de Estado, mas de estadão a quem esses assuntos aborreciam.
Mas teria coragem de fazer o que Cavaco não fez.
E mais: aquando da construção dos estádios do Euro 2004 Cavaco disse publicamente que não concordava com essa despesa, mas nessa altura pouco podia fazer senão avisar.
Cavaco foi um director-geral. Sem mais. Triste.
a melhor demonstração do que um rectângulo de funcionários públicos
ResponderEliminarverificou-se na gigantesca manifestação contra o FMI no governo de PPC
tenho pena que o 'sr silva'
não tenha mostrado a merda que é a administração pública
não teria sobrado qualquer silva
agora, como no passado estamos mais bem servidos
não aprecio o seu estilo de dirigente
mas verifico que não lhe perdoam estas e as futuras memórias
gostei de ver como funciona este rectângulo
nada que não esperasse
Tem sido um Domingo preenchido… ainda nem acabei de ver o Soromenho e já vou fazer um intervalo para discordar do José: Recta intenção? Não posso concordar com esse piscar de olho a Salazar porque apesar de não ser uma pessoa voraz ou até desonesta no sentido habitual do termo, foi sem sombra para qualquer dúvida o sonso do regime. O Cavaco Silva pecava numa base regular por omissão. E aquilo que se vê como um certo sentido de estado e rigor institucional estava na verdade subjugado à sua vaidade (diferente da vaidade insuportável do 44 é certo) e ao que ele percebia como a sua imagem. E só depois vinha o país. Não é essa imagem que tenho de Salazar e da sua recta intenção.
ResponderEliminarE já agora — um director geral tinha a obrigação de ter feito mais no tempo do 44. Mas jogou sempre com tempos políticos e calculismos vários, com o país como pano de fundo, acabando em bom rigor por não fazer nada.
O caso das escutas é surreal e só nesse sentido entendo ter lido Trump na mesma frase que Cavaco (coitado do Cavaco, não merecia), porque tudo aquilo foi patético. Ele devia era ter sido director-geral do i-mei-lhe (é e-mail).
Realmente o Cavaco foi do pior, considerado a genialidade dos maravilhosos políticos do pós 25A, com o Soares à cabeça.
ResponderEliminarEnsandeceram?
O Soares foi um chulo, arrogante e idiota, além de uma miséria desde aluno até ao final da vida. Um merdas.
Dando uma volta pelos PR e PM das ultimas décadas, é cada tiro cada melro.
O Cavaco podia ter sido melhor? Podia.
O postal abaixo foi enviado para o vitor no sitio do costume.
ResponderEliminarE ri-se.Muito.
zazie
26 Fevereiro, 2017 13:31
Ora bem, aqui vai o meu último comentário no Observador que a censura não permite que apareça:
Mas alguém sabe o que se passou para dizer que foi o Carilho que fez e aconteceu?
Ninguém bate em quem se faz respeitar.E nenhuma mulher independente deixa que lhe batam se não gostar de apanhar.Ponto final.
Acho um disparate fazer-se novela de uma falta de vergonha privada entre adultos que podem e devem resolver problemas domésticos sem fazer disso merda de mais uma causa.
A única causa em questão chama-se: educação ou falta dela.
Não existe nenhuma criança indefesa nas mãos de um adulto sendo vítima dela e sem se poder queixar.
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RESPONDER
zazie
26 Fevereiro, 2017 13:32
Sorry, não era para aqui
eehehhehe
Que coisa mais anormal esta censura de Direita democrática e politicamente correcta do Observador
“:O)))))))))))))))
O postal abaixo foi enviado para o vitor no sitio do costume.
ResponderEliminarE ri-se.Muito.
zazie
26 Fevereiro, 2017 13:31
Ora bem, aqui vai o meu último comentário no Observador que a censura não permite que apareça:
Mas alguém sabe o que se passou para dizer que foi o Carilho que fez e aconteceu?
Ninguém bate em quem se faz respeitar.E nenhuma mulher independente deixa que lhe batam se não gostar de apanhar.Ponto final.
Acho um disparate fazer-se novela de uma falta de vergonha privada entre adultos que podem e devem resolver problemas domésticos sem fazer disso merda de mais uma causa.
A única causa em questão chama-se: educação ou falta dela.
Não existe nenhuma criança indefesa nas mãos de um adulto sendo vítima dela e sem se poder queixar.
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zazie
26 Fevereiro, 2017 13:32
Sorry, não era para aqui
eehehhehe
Que coisa mais anormal esta censura de Direita democrática e politicamente correcta do Observador
“:O)))))))))))))))
«Devia perder porque mandaram muito tempo em nós...»
ResponderEliminarPor acaso até já escrevi uma vez sobre Cavaco Silva:
http://historiamaximus.blogspot.pt/2016/03/cavaco-silva-trinta-anos-de-snobismo.html
A outra ocasião em que o nome dele foi referido no meu blog, foi neste artigo sobre o acordo ortográfico:
http://historiamaximus.blogspot.pt/2015/05/o-acordo-ortografico-e-o-ataque.html
Eis as únicas duas ocasiões em que eu fiz referência à múmia de Boliqueime na minha tasca.
Realmente nunca houve melhor que o Salapiscas.
ResponderEliminarDaqui a 10, 15 anos -Deus dê longa vida ao autor deste blogue - ainda não haverá ninguém que pudesse ombrear com o homem de Comba Dão.
Mais: daqui a 150 anos - Deus dê tamanha longevidade ao autor deste blogue - o mito continuaria a ser o mesmo.
Qual Mário, Qual Anibal, o Salapiscas é que foi.
O Salapiscas metia estes politiqueiros todos num bolso. Intelectual e de Estado.
ResponderEliminarÉ isso que incomoda os que não gostam do Salapiscas...
O Salapistas não deixava que os intrujões que defendiam o poder para o povo, dirigido por um comité central, fossem livres de espalhar asneiras, como o fizeram por esse mundo fora, com os resultados que todos deviam conhecer mas fazem de conta que não.
ResponderEliminarÉ esse outra aspecto que incomoda demais os contra-salapistas.
O Salapistas acreditava nos valores inerentes a Deus, à Pátria e à Família, como centrais da civilização que tínhamos.
ResponderEliminarOs contra-salapiscas não acreditam em Deus, a Pátria poderia ser a antiga URSS que não se importavam nada de obedecer a eslavos e quanto à Família quem quiser que arranjasse uma que isso não interessava para nada.
É esse outro aspecto que irrita os contra-salapiscas.
O Salapiscas ainda acreditava e punha em prática o conceito de senso comum que entregava à iniciativa privada o predomínio na produção de bens, controlando porém a sua expansão.
ResponderEliminarOs contra-salapistas não acreditam nisso e fizeram tudo para que fosse o Estado a controlar tudo.
É esse o derradeiro motivo de raiva contra o Salapiscas, como agora se pode ler.
Em suma: o Salapiscas fodeu-os bem e isso não aceitam nem com molho de manteiga...
ResponderEliminar«Em suma: o Salapiscas fodeu-os bem e isso não aceitam nem com molho de manteiga...»
ResponderEliminarFodeu-nos bem.
Sr. José
O Salapiscas fodeu-NOS ( a par dos outros, que vieram a seguir, como é óbvio)
E fodeu-nos porque enrabou-nos com o DEUS-PÁTRIA_FAMÍLIA.
Note bem: o Salapiscas não nos fodeu com a guerra 'colonial', a liberdade 'amordaçada', as barras de ouro, a economia, etc
FODEU-NOS porque encravou-nos no DEUS-PÁTRIA-FAMÍLIA
Que é o mesmo sistema dos fascistas sociais do PCP, ainda que noutra base de triangulação.
Foi muito tempo de anacronismo, de atraso cultural, de sexo escondido, punheteiro. Foi muito tempo de castração, de cerejeiras, de punhetas..
O Salapiscas traumatizou-os de tal modo que ainda não ultrapassaram o complexo e têm sempre que o referir, passados mais de 40 anos...
ResponderEliminarO que o Salapiscas fez em 40 anos, os contra-salapistas ocuparam-se em desfazer.
O problema é que o Salapiscas era alguém que sintonizava com a realidade e a verdade. Os contra-salapiscas são avessos a tal. E isso vai dar mal.
«Os contra-salapiscas não acreditam em Deus»
ResponderEliminarBem, eu não acredito em Deus e não me considero um "contra-salapicas", lol.
Só acho é que ideologicamente a doutrina do Salapicas está mais do que fora de prazo e a recusa permanente de uma certa direita portuguesa em sair dessa pântano ideológico, apenas tem contribuído para atrasar ainda mais o ressurgimento nacionalista em Portugal:
http://historiamaximus.blogspot.pt/2016/09/a-morte-ideologica-do-salazarismo.html
Talvez vos surpreenda saber que o meu professor da inútil cadeira de União Europeia na FLUC, um professor totalmente alinhado com o politicamente correcto e federalista europeu até ao tutano, disse-nos uma vez numa aula que só havia dois homens que haviam deixado obra em Portugal: o Marquês de Pombal e o Salapicas!
E esta, hein?
Faltou acrescentar que tipo de obra e nesta o Salapiscas leva vantagem ao jacobino avant la lettre que expuslou os jesuítas e mergulhou o país em obscurantismo travestido de iluminismo. O Salapiscas construiu aquilo que agora os contra-salapiscas querem destruir.
ResponderEliminarAmealhou o que os contra-salapiscas malbarataram e fê-lo num contexto preciso de 40 anos em que a Europa andou num turbilhão.
Nos anos 50 e 60 pôs o país a crescer economicamente como nunca acontecera e as províncias ultramarinas ainda mais.
O que fizeram os contra-salapiscas? Destruiram a economia e andam agora a ver se conseguem chegar a 2% de crescimento.
No tempo do Salapiscas era de % pelo menos. E mesmo com crises mundiais e tudo.
Se o Salapiscas tivesse continuado Portugal seria uma Suíça, economicamente.
Assim anda a emparceirar com a Grécia, graças aos contra-salapiscas que se gabam ainda do feito.
Era de 8%, pelo menos. Tal como a China, agora.
ResponderEliminarE na China também há muita miséria. Maior que por cá no tempo do Salapiscas porque Roma e Pavia não se fizeram num dia. Mas destroem-se em menos que isso, se for preciso e em Portugal demorou apenas alguns meses. Os autores?
ResponderEliminarPrecisamente os contra-salapiscas que gostam muito de dizer mal de quem faz e constrói porque o que sabem fazer muito bem é o contrário...
Contra estes factos os contra-salapiscas só apresentam o fantasia do obscurantismo...como se isso fosse algo real.
ResponderEliminarBoa José.
ResponderEliminarDê-lhes com força. Este até é mongo. Nem escrever sabe.
«Faltou acrescentar que tipo de obra e nesta o Salapiscas leva vantagem ao jacobino avant la lettre que expuslou os jesuítas.»
ResponderEliminarE o que é que os jesuítas faziam assim de tão importante para não merecerem ser expulsos?
Davam a instrução excelente que nunca mais houve, ó tosco.
ResponderEliminarV. tem isso estudado pelo Henrique Leitão.
Informe-se que até fica mal nem saber que Portugal perdeu a industrialização por causa da perseguição aos jesuítas.
V. teve uma faculdade de merda com professores escardalhos de merda que só vendem patranhas.
Dá mau aspecto alguém que pasa a vida a esnobar que é mestre em História ter de perguntar o qeu de importante fizeram os jesuítas em Portugal antes de serem expulsos por um jacobino massónico.
passa a vida esnobar.
ResponderEliminarÉ isso mesmo. O fanatismo da religião ateia é tramada. Ficam cegos de tanta raiva e ódio que nem se importam de dar espectáculo de bruta ignorância.
Tome aqui um pdf do Leitão, só para ter uma brevíssima ideia
ResponderEliminarEle organizou um excelente exposição na Gulbenkian acerca da expansão e da ciência e acho que nem crente é.
Mas não é um mija-nos-finados com a cabeça feita por escardalhada imbecil.
Ganhou - e muito bem- o prémio pessoa pelo trabalho de investigação que tem feito, acerca do ensino científico dos jesuítas.
isso acabou tudo com a tal "grande obra" que o marquês deixou
«Declaro os sobreditos regulares [os Jesuítas] (…) rebeldes, traidores, adversários e agressores que estão contra a minha real pessoa e Estados, contra a paz pública dos meus reinos e domínios, e contra o bem comum dos meus fiéis vassalos (…) mandando que efetivamente sejam expulsos de todos os meus reinos e domínios.»
ResponderEliminarE mais de 250 anos depois, continua "tudo como dantes no quartel de Abrantes", sendo que agora já não são apenas os jesuítas que são "rebeldes, traidores, adversários e agressores", mas praticamente toda a Igreja Católica em peso:
http://historiamaximus.blogspot.pt/2017/02/a-igreja-catolica-quando-abre-sua-santa.html
A Igreja nunca foi "flor que se cheirasse" e até o próprio D. Afonso Henriques só se aliou à mesma por mera conveniência política, de forma a ganhar reconhecimento político por parte do Vaticano.
Pois ó fanático. E depois os outros é que destilam ódio.
ResponderEliminarTu destilas merda de ignorãncia enxofrada a toda a prova.
Devias blogar com saca de batatas enfiada pela cabeçorra abaixo e com nick de bode.
«Davam a instrução excelente que nunca mais houve»
ResponderEliminarA Zazie por acaso frequentou uma escola jesuíta para experimentar por si própria essa tal "instrução excelente"?...
«V. teve uma faculdade de merda com professores escardalhos de merda que só vendem patranhas.»
ResponderEliminarMais uma vez a Zazie demonstra a sua educação deficiente, recorrendo à grosseria baixa e ao insulto sem qualquer espécie de provocação prévia. Eu pessoalmente adoro isto, pois é assim que as pessoas mostram o que são e quando são católicos a utilizar esta linguagem ainda mais feliz fico e nem preciso de explicar porquê!...
«Dá mau aspecto alguém que pasa a vida a esnobar que é mestre em História ter de perguntar o qeu de importante fizeram os jesuítas em Portugal antes de serem expulsos por um jacobino massónico.»
ResponderEliminarA Igreja nunca fez nada de bom por Portugal minha querida Zazie. A Igreja é uma máfia organizada, sempre o foie sempre há-de ser enquanto existir.
A Igreja quer é encher a pança à custa do engano e da aldrabice pura e dura em torno de um crença estapafúrdia que nos tenta impingir e segundo a qual um judeu que foi executado pelo Império Romano era o filho do Deus dos judeus e que esse mesmo Deus dos judeus, que até então proclamava a tribo de Israel como sendo o "povo eleito", subitamente mudou de ideias e decidiu que afinal de contas, todos os goyim são também seus filhos. Ora, alguém minimamente bom da cabeça e com os carretos no devido sítio, pode acreditar numa peta destas?...
A Zazie tem de desapertar esse cilício que tem à volta da pernoca, porque isso deve andar a cortar-lhe o fluxo de sangue que chega ao cérebro...
"O problema é que o Salapiscas era alguém que sintonizava com a realidade e a verdade."
ResponderEliminarSr. José, parabéns, agora disse tudo.
Foi isso.
Era como estarmos a sintonizar a Rádio Nascença ou as ondas curtas. O Salapiscas queria e o povo também. Só meia dúzia queria o FM.
Repito. Não foi o problema da 'guerra', o problema do Ultramar, da economia ou das relações internacionais.
Foi o problema de o Salapiscas ter acostumado o povo a certos costumes, que depois se revelaram esgotados, decadentes.
O Salapiscas foi importante e fez História,
Mas, por mais que o queiramos, ele Não foi, não é, nem será, A História.
Se Portugal ainda é o que é deve-se ao Salapiscas. Com os jacobinos da I República já seríamos província espanhola
ResponderEliminarCom o 25 de Abril o pessoal não queria outra coisa.
ResponderEliminarEm vez da Rádio Renascença passou a sintonizar FM.
O som era cristalino, a música era diferente.
Por aqui se explica a aderência e o levantar das barreiras alfandegárias ideológicas ao social fascismo e seus derivados.
Como é que não poderia deixar de ser outra coisa?
Por isso, Sr. José.
Ponha de lado as suas inquietações e interrogações sobre as razões que explicam a ascensão dos sociais fachos aos céus ditos democráticos.
O problema é que o povo adora que os sociais fachos e seus correlativos façam de sindicatos-partidos, pois é a melhor forma por acabar por ter mais uns trocos e algumas regalias no sistema.
Os portugueses dão com os pés nas urnas aos sociais fascistas.
Mas, adoram-nos, quando eles fazem manifes e organizam greves.
Sr. José
A leitura de uns clássicos, no domínio das ciências sociais, abriria a sua mente a novas realidades. Esta está tolhida e formatada no ângulo judiciário.
Tenho dificuldade em compreender o que escreve e a culpa será minha, porque não tenho estudos.
ResponderEliminarAssim, corto a colecta e termino a conversa.
Eu compreendo.
ResponderEliminarParece-me que o que ficou aqui bem exposto, é o facto de a Zazie hoje ter sido desmascarada aqui mesmo com sendo um troll virtual. Aliás, isto pode até bem ser um gajo a fazer passar-se por uma mulher, tudo é possível.
ResponderEliminarA Zazie tem uma técnica de trollismo que é muito usual, mas que comigo já nem mossa faz, ou seja, ela provoca ordinariamente as pessoas, usando os piores insultos possíveis, numa tentativa de nos provocar e fazer descer ao seu nível. Isto é o que um troll típico faz.
De início, eu ainda caí no erro de ir no jogo dela (ou dele?...) e as coisas desciam de nível. Agora já percebi como é. Basta expo-la aqui como é ela é, ou seja, como uma pessoa ordinária e de educação deficiente. Possivelmente se for mesmo mulher, arrisco dizer que se tratada de alguma fufa frígida frustrada (FFF), algo que explica muito sobre a triste personagem que não tendo capacidade para ter o seu próprio blog, limita-se a andar nas caixas de comentários a insultar tudo e todos.
A sério Zazie, procura um psiquiatra e trata-te antes que seja tarde demais...
Blogger josé disse...
ResponderEliminarO Salapistas acreditava nos valores inerentes a Deus, à Pátria e à Família, como centrais da civilização que tínhamos.
Os contra-salapiscas não acreditam em Deus, a Pátria poderia ser a antiga URSS que não se importavam nada de obedecer a eslavos e quanto à Família quem quiser que arranjasse uma que isso não interessava para nada.
É esse outro aspecto que irrita os contra-salapiscas.
José, este e os restantes comentários que deixou sobre o tema em debate, uns em resposta a outros comentadores e de sua autoria, expondo criteriosamente e com a objectividade que é requerida e que lhe é reconhecida, são, na minha modesta opinião do mais correcto e verdadeiro que se pode obter. Comungo de todas elas. Muitos parabéns.
A F.M. é cheia de interferências. Nem Salazar se percebe. Soa salapiscas.
ResponderEliminarDeus nos dê paciência!
Ahahahah… e eu a pensar que este post tinha morrido morno.
ResponderEliminarJosé e Zazie, grande estilo. Fanatismo da religião comuna e da religião ateia! Duas faces da mesma ignorância. Grandes labregos. Instrução excelente tiveste tu à nobre. E começou em casa, porque um labrego do teu calibre não se faz só em Coimbra nem em nenhuma região do país. És burro e não tens educação. E ignorante. Andas em negação da história do teu próprio país e depois vens para aqui armado em nacionalista. Só de for das cavernas, como diz o Muja. Ainda és pior que os comunas. Mil vezes.
Eu adoro isto, pessoalemnte e já o disse, nem mossa faz!
ResponderEliminarCaro joserui, destile lá um bocadinho mais de fel contra mim, que eu estou a adorar ler os seus comentários repletos de sabedoria radiosa!
E já agora, fique lá aqui com uma colherada de Le Pen, cozinhada com todo o amor pelo "labrego":
http://historiamaximus.blogspot.pt/2017/02/marine-le-pen-arrasa-merkel-e-hollande.html
Labregos de todo o Mundo, uni-vos!
ResponderEliminar..e não é que eles se unem
ResponderEliminar..e não é que eles se unem
ResponderEliminarUnem-se duas vezes ò adelino, em pares de dois ou mais.
ResponderEliminarAumenta a tua credebilidade; bota do botão 2 ou + vezes
ResponderEliminarAumenta a tua credebilidade; bota do botão 2 ou + vezes
ResponderEliminarSim, a tua "credebilidade" tem aumentado à vista desarmada.
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