Editorial de David Dinis no Público de hoje:
De facto a polémica das offshores não é uma, são duas: a da falsidade jornalística e a outra a demagogia que tal permitiu, ao poder que está, para ganhar votos potenciais. Jornalismo e política misturados, numa falsamente ingénua e hipocritamente doente.
Os factos, para perceber porquê:
O primeiro erro
do jornalista que a subscreveu e o director Dinis apoiou foi relatar
falsamente isto:
O actual Secretário de Estado das Finanças o Rocha que foi ver a bola à pala da GALP, disse ontem no Parlamento que não sabe se há perda de receita fiscal ou impostos em falta. Não sabe mas ainda está muito a tempo de o saber, como reconheceu e poderia ter informado o jornalista antes da notícia de 21 de Fevereiro evitando a "fake news".
Paulo Núncio disse que a falta de publicitação das transferências que os bancos fizeram para offshores não implica ipso facto a ausência de "tratamento fiscal". A notícia do Público é objectivamente falsa porque não apuraram esses elementos essenciais ou não os relataram sabendo-os o que ainda será mais grave.
O segundo erro de Dinis, como director do Público foi culpar o anterior governo do Passos pela omissão de "tratamento" ao sonegar, através do governante Paulo Núncio, a publicitação dos dados remetidos pelos bancos. Núncio embrulhou-se na explicação mas o essencial foi dito: a ocultação não resultou de deliberada intenção em desviar a atenção do Fisco relativamente a verbas canalizadas para offshores e o tratamento não dependia do Governo mas da Administração Tributária.
O terceiro erro de Dinis como mentor do Público foi cometido hoje, com o jornal publicado: em vez de assumir este erros, continua a dar voz à demagogia que incendiou mediaticamente e ao frete político que patrocinou.
Hoje faz uma notícia manhosa, enviesada e que não relata com suficiente fidedignidade o que se passou ontem no Parlamento. Parece um jornal partidário ou desportivo a contar um evento...
Uma vergonha de jornalismo, com poucos exemplos tão negativos como este.
Durante o tempo que tem estado à frente do Público, este director conseguiu o feito notável de baixar as vendas do jornal impresso. Do ano passado para este, o Público vende menos 9,8% do que vendia. Ainda convence 13.371 leitores, o que é vergonhoso para um jornal com pergaminhos de referência.
CM de hoje:
Li agora que Carlos Alexandre, afinal, parece que tem amigos pródigos. O amigo de infância ou da adolescência do juiz e procurador acusado de receber massaroca do Vicente da Sonangol emprestou dinheiro ao juiz Carlos Alexandre para este fazer obras na casa.
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A vida tem destas ironias.
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Espero que tenha feito um contrato ou uma confissão de dívida devidamente registado.
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E se não tiver, também não mudo de opinião. É perfeitamente normal amigos emprestarem massa a amigos e isso, não é crime nenhum.
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Rb
Quanto ao post. Transferências para offshores não controladas e estatísticas só passam a ser importantes se nelas intervierem pessoas de quem não gostamos.
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Por exemplo, se se vier a descobrir que as 7 mil transacções para o Panamá que não foram controladas pelo fisco estiver lá o nome José Sócrates, estou convencido de que aqueles que agora juram que não tem importância alguma publicar estatisticas e que se trata dum não assunto, virão imediatamente a terreiro garantir que afinal é um assunto muito importante e que merece ser investigado.
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Eu acredito em coincidencias. Acredito que a decisão de Núncio não publicar as estatísticas não tem nada a ver com uma tentativa de fazer passar um erro informático convincente.
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Rb
Este Ricciardi tem um pensamento e uma linguagem de autentica hiena.
ResponderEliminarPergaminhos de quê? Hehehe, essa foi boa José. Noto o DN irrelevante e o JN com muito menos de metade das vendas da época áurea. Já pareço o Muja, mas a verdade é que já vão tarde.
ResponderEliminarDito isto, não deixa de ser algo triste que o Trump tenha feito uma campanha de mentiras viciosas e a alimentar mentiras ainda mais viciosas e agora tudo o que não lhe agrada seja "fake news", e que esse epíteto comece a ser agora utilizado livremente apenas com referência aos jornais e não à fonte. Enfim, o mundo moderno.
Crime é o José deixá-lo comentar aqui. Que vergonha de comentários.
ResponderEliminarPor falar em Muja, directamente da boca do senhor presidente: "“It is such a horrible, horrible rule".
ResponderEliminarRefere-se ao "clean water rule". O Trump sabe que ele e os amigos têm dinheiro para ter sempre água à disposição, pouco lhe interessa que a população fique à mercê das indústrias poluidoras, agricultura e campos de golfe. Que bebam coca-cola, como diria a Maria Antonieta. E o clean air act vai pelo mesmo caminho. E para a teoria de que é lá com eles, esta Terra tem água e ar e é de todos, não é de ninguém em particular.
Crime é este avençado Rb querer comparar um empréstimo de dez mil euros para comprar uma casa com alegados empréstimos de centenas de milhares de euros confessados embora sem saber ao certo a quanto ascende a dívida.
ResponderEliminarSó um dos empréstimos ascendeu a 42 ou a 45 mil euros para o Zézinho passar férias com a Câncio e os filhos.
E registo também a pressa em vir espetar essa treta desse empréstimo de dez mil euros a um post que não tem nada a ver com o assunto.
É preciso lata, ó Rb!
quem tem razão é
ResponderEliminarIban Kalambovich, o terrível
afinal o 44 era apenas uma caixa de esmolas
e também foi 'encornado'
O problema está mais em saber a proveniência do dinheiro emprestado e menos o valor. ;-)
ResponderEliminarO problema está mais em saber a proveniência do dinheiro emprestado e menos o valor. ;-)
ResponderEliminaré uma pena que se perca tempo com estas trivialidades, quando seria muito interessante saber, quem beneficiou na realidade dos empréstimos de milhões na CGD, e como se predispõem a pagar essas dívidas.... puro serviço público.
ResponderEliminaraté a Mariana dava um pulinho de alegria ao saber destas aves raras. temos de ir buscar o dinheiro onde ele está. :)