A crónica de João Miguel Tavares no Público mostra-nos o que é a Direita que se orienta pela Nova Oportunidade.
É muito fácil ser oportunista em Portugal. Eu, por exemplo, conheço vários modos de lá chegar. O primeiro é situar-me num centro político-ideológico que se alimenta de social-democracia ao pequeno almoço, socialismo democrático ao almoço e ao jantar petisca umas pataniscas comunistas como refeição suficiente, execrando o fassismo à ceia, tardia, dizendo sempre muito mal de Salazar e desse período "odioso" da nossa história, moderando governos sombra.
Outro modo é deixar que me acantonem numa direita mitológica e inexistente que diz mal da esquerda mas precisa dela para sobreviver, louvando-lhe as virtualidades democráticas inexistentes mas proclamadas e acompanhando-a no caminho ideológico que mexia nas contradições mas já não mexe por mor de afectos vários .
Um último será viver ideologicamente numa esquerda mítica, adoptando princípios de vida prática coincidentes com a direita, juntando por isso o útil ao agradável, numa táctica deveras fedorenta mas eficaz para a vidinha de todos os dias em que se pagam contas altas.
Destes três exemplos, JMT não participa directamente de nenhum mas bebe nos três, pelo que há ainda uma síntese dos mesmos que define um quarto tipo de oportunidade política.
Evidentemente que tudo isto carece de uma explicação prévia, um pressuposto que é o de saber distinguir direita e esquerda. Alguém saberá dizer, exactamente?
Como não me parece fácil tal distinção, analisemos o conteúdo da crónica num aspecto deveras revelador dessa oportunidade sempre presente que é o de dizer mal de Salazar e associar o antigo presidente do Conselho ao fascismo perene, como o faz JMT.
A circunstância de um movimento intitulado Nova Portugalidade integrar um dirigente que admira Salazar é motivo de escárnio e maldizer porque Salazar é um proscrito da sociedade portuguesa da nova oportunidade.
Há uma pequena frase na crónica que define o espírito desta oportunidade: "alguns aspectos menos bons do Estado Novo ( como matar pessoas pelas suas opiniões, e tal").
Será esta a tal definição, o tal link revelador do fascismo de Salazar? Matar pessoas por delito de opinião?
Quando a discussão dos novos oportunistas chega aqui, acaba logo aqui. Porque não é séria e revela o que efectivamente pretendem ser: híbridos numa ideologia conveniente.
Para tentar mostrar um motivo simples e directo de tal estultícia fica aqui uma fotografia recente do cemitério de Santa Comba Dão.
Assim que JMT souber o que significa esta pedra e o que está por trás da sua feitura estará em condições de perceber porque não é e nunca foi de direita.Nem será.
Se de caminho entender o que significa mesmo esta imagem e o que está por trás da construção desta escola ainda melhor.
E em acrescento que pouco significará a quem já tem ideias feitas em resultado da propaganda de 40 anos, aqui ficam mais dois recortes.
O primeiro é de O Diabo de hoje e mostra em estatística uma das razões por que Salazar foi o maior português do sec. XX.
O segundo é da revista Sábado desta semana. Espero que entre os basbaques que foram já visitar a exposição da obra de Almada à Gulbenkian não se encontre JMT...
quem vive 'a cavalo em cima do muro'
ResponderEliminar'nem trepa, nem sai de cima'
Não há direita em Portugal porque a escardalhada inventou esta pseudo-direita para tranquilizar consciências "democráticas".
ResponderEliminarE eles convivem bem com isso.
É uma direita estilo duas no cravo e uma na ferradura para ninguém me chatear...
ResponderEliminarIsto é tudo teatro com muito putedo...
É a polidireita! Amam toda a gente, principalmente de esquerda.
ResponderEliminarLeiam, leiam tudo, vão ver que não custa nada...
ResponderEliminarhttp://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/03/a-realidade-fragmentada.html?m=1
Ouvi parte do Governo Sombra sobre este assunto, faltava o Mexia… o comuna relembrou porque é detestável. A condescendência, a superioridade moral de quem considera que o próximo não tem nenhuma. Uma coisa inacreditável de tão repelente. O tipo de direita ainda pior… apalermado e intelectualmente indigente. Um horror.
ResponderEliminarOs ladrões de bicicletas só gostam de marcas específicas: PSD, particularmente. Não encontro marca PS em lado nenhum o que permite concluir que são ladrões da verdade. Triste.
ResponderEliminarexiste direita em todo o lado sem se assumir como tal
ResponderEliminarprincipalmente no ps
que financia, segundo se diz
sempre se falou do falecido bes
a outra deixa andar e não só não aparece como se esconde
Não há direita alguma na AR, penso eu de que...
ResponderEliminarHá esquerda hard core e esquerda soft. Todos filhos do tal Abril. É vê-los à disputa para lançar anátemas sobre o anterior regime e as suas figuras, sem qualquer rigor histórico.
Tudo números de circo. Agora até têm um novo trapezista, Marcel de Suza.
Está de mestre, José!
ResponderEliminar"É muito fácil ser oportunista em Portugal." Eh, eh, eh...
Eles andaram foi todos nas Novas Oportunidades. Estudar nunca estudaram. Quando muito, leram os "romances-historiográficos" da pena neo-realista-de-trazer-por-casa da dupla "engagée" Flunser-Pimentel.
ResponderEliminarMas ao Silveira da Cunha, do "O Diabo", também lhe desliza a pena um niquinho: onde é que Portugal foi um Estado totalitário sob Salazar?!
ResponderEliminarTerá sido, quando muito, totalizante, que é coisa bem distinta.
É pena ser a preto e branco
ResponderEliminarhttps://youtu.be/DML8XXPsCC0
Imagem por imagem esta é mais interessante...
ResponderEliminarCom video de you tube também
ResponderEliminarEssa maltinha se fosse mas é estudar história é que brilhava...
ResponderEliminarVia Pordata,
Em 1962 havia cerca de 10.000 reclusos nas prisões lusas. Este é o pior número para o Estado Novo sabendo que as estatísticas param em 1960.
Em 2013, foram mais de 16.000 reclusos que estavam nas prisões da democracia. Este é o número mais elevado desde 1974.
Entretanto a população portuguesa aumentou cerca de 18% entre 1960 e 2013.
A população carceral portuguesa aumentou 67% entre 1962 e 2013.
Nota em 1972 havia cerca de 4000 pessoas na cadeia, em 1974 eram 3000.
Mais palavras para quê?
É difícil ver para o lado direito quando estamos na extremidade direita.
ResponderEliminar.
Nesse preciso local, na extremidade direita só enxergamos para o lado esquerdo. Tudo é esquerda para a pessoa colocada na extremidade direita
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Da mesma forma a extremidade esquerda. O extremista de esquerda só consegue olhar para o lado direito. Não há nada à esquerda dele. Pelo que todos aqueles que se encontram à direita do extremista de esquerda é, aos olhos do extremista, um direitolas.
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Rb
Não fosse a sua extraordinária paciência caro Rb, andávamos aqui todos aqui todos a chafurdar na ignorância, como porcos numa pocilga.
ResponderEliminarConfundir conceitos é ausência de sapiência e incorrer nos erros que imputa aos demais. É um fenómeno que se pode designar vesguice
ResponderEliminarPelo critério exposto o PCP era da extrema esquerda típica...
ResponderEliminarE na extrema do socretinismo ver-se-á o quê? O querido líder alado, embebido em aura gloriosa, qual S. Jorge exterminando os dragões da cabala? Deve ser mais ou menos isso, não?
ResponderEliminarQuanto à brigada do reumático só me ocorre dizer isto: já se viram ao espelho, ultimamente?
ResponderEliminarehehehe
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