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quinta-feira, abril 20, 2017

O jornalismo nacional é uma casa comum, diz JMT

O jornalista e komentador João Miguel Tavares, na passada terça publicou uma crónica de costumes sobre o caso Dias Loureiro e o seu advogado de estimação, Proença de Carvalho, também administrador de certas empresas, incluindo a GlobalMedia que possuía o DN, onde pontifica actualmente na direcção o jornalista Paulo Baldaia.

Tal crónica foi comentada por aqui e ontem no DN o referido Paulo Baldaia, cheio de dores alheias, komentou em editorial o assunto que o condoeu: um ataque ao seu jornal por ter criticado o MºPº que arquivou o caso de Dias Loureiro/BPN, em que o referido advogado de estimação comparticipa numa tríplice qualidade: advogado, administrador e amigo.

Aqui o editorial condoído de Paulo Baldaia:


Como se pode ler, o referido Baldaia diz que é coerente de há uns anos para cá e ataca sempre a corrupção do Estado de Direito levada a cabo pelo MºPº e "políticos". Esta última referência é para distrair o leitor que não se lembra de algo substancial, escrito por Baldaia, sobre Pinto Monteiro, escutas de Face Oculta, Noronha Nascimento, José Sócrates e a sua responsabilidade na prática de crime de atentado ao mesmo Estado de Direito, etc etc. Baldou-se, nesses casos.

Não explica há quantos anos é coerente mas será fácil de perceber que o será desde que trabalha por conta de alguém que mandava nos media em que o Estado de Direito poderá ter sido posto em causa, através de fusões e aquisições para controlar melhor a informação oficiosa que o povo merece ler. A verdade a que temos direito, sem mais.
Paulo Baldaia tem todo o direito a ser a "voz do dono", como de facto agora é, no DN. Quem o lê, porém, tem o direito de saber quem será verdadeiramente tal dono, incluindo a sua consciência profissional. Até lá vai-se adivinhando e neste editorial não ficamos esclarecidos.
Porém, ficamos cientes de uma coisa: de direito penal sabe pouco e escreve asneiras. Como director de jornal é lamentável. Ao escrever que o artº 277º nº 2 do C.P.P. não diz que quando se arquiva um inquérito pode ser também por existirem suspeitas fundadas, não sabe ler mais que isso, nesse segmento.
Devia ler também o artº 283º do mesmo Código que refere a expressão "suspeitas suficientes" e ainda, principalmente, o artº 262º sobre as finalidades dos inquéritos criminais e ainda o artº 272º do mesmo diploma que diz assim no nº 1:
1 - Correndo inquérito contra pessoa determinada em relação à qual haja suspeita fundada da prática de crime é obrigatório interrogá-la como arguido, salvo se não for possível notificá-la.

Saberemos nós e o jornalista Baldaia deveria saber sob pena de indecente e má figura que Dias Loureiro já tinha sido ouvido como arguido?  Sabemos e o DN também já sabia desde Julho  de 2009.
Portanto, o jornalista Paulo Baldaia deveria perguntar, por exemplo ao seu colega Carlos Lima, mais competente nestas matérias, antes de escrever a baboseira que escreveu. Tem uma desculpa de tomo: o "Daniel" também não sabe. Dá a entender que sim, proferindo grandiloquências sobre os direitos, liberdades e garantias, mas não sabe. Se soubesse seria mais comedido e inteligente. 

Agora o artigo no Público de hoje, de JMT, komentador de "direita", ápodo nada gratuito e destinado a circunscrever, limitar e aniquilar a eficácia dos escritos e que os baldaias agora colam ao dito.


Diz que continua no Sábado e se Deus quiser cá estaremos...à espera da coragem que deveria ter. Veremos se a tem e os tem no sítio. 

14 comentários:

  1. "a importância de nós próprios, jornalistas, sermos escrutinados de uma forma que nunca fomos até hoje"

    Sim, mas escrutinados por quem? Pelos colegas de empregabilidade igualmente limitada? Por estrangeiros?

    Esta sequência de postais está muito engraçada.

    Com o anterior do Milhazes a pedir defesa da democracia - não era esse o papel da Imprensa? - e este a protestar escrutínio da mesma - mas quem, quem!?

    “Democracy is the worst form of government, except for all the others.”

    "Dieu se rit des hommes qui déplorent les effets dont ils chérissent les causes"

    Deixai-me rir também! Ahahah!

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  2. Lê-se um Baldaia… conclui-se que o Tavares, um refinado idiota, auto-proclamado da "direita", afinal nem é mau. Foi ao que isto chegou.

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  3. Penso que JMT é um excelente cronista, inteligente e corajoso, revelando, ainda, o que é muito raro no nosso país, alguma capacidade de auto-crítica (denotada neste artigo e em vários outros).
    A circunstância de discordar por vezes dele, em particular sobre leituras históricas, não me leva a atacar aquele com quem concordo no essencial (a ética e a independência na procura e argumentação, sem prejuízo da diversidade das soluções e interpretações propugnadas), e que me afasta (por razões estruturais de fundo) de tanto gado que domina a cs portuguesa (os ilustres citados no artigo aqui difundido são exemplares típicos da fauna).
    Qualidades de JMT que me levam a ficar mais aborrecido quando dele discordo, ao invés da oscilação entre o nojo e a indiferença que me merecem escritos dos tais canais anais ao serviço dos donos.
    A propósito da história, onde por vezes JMT tem falhas (às quais não são indiferentes a sua idade, de que agora tive conhecimento, e os efeitos nefastos da madraça que domina o ME, em particular em quem não teve o privilégio de fontes vastas por via familiar nas idades determinantes da juventude sem os filtros da tal madraça) parece-me que não devemos esquecer o estado do sítio desde o século XIX, dominado por servidores de mandantes vários (sem quaisquer pudores) enquanto entre as cabeças independentes, eticamente motivadas com preocupações pedagógicas e de intervenção na cidade (plano em que coloco JMT, Porta da Loja, e tantos outros aqui referidos com críticas ou elogios) existe o risco de algum autofagismo. Obstar ao excesso crítico com referências que pode determinar extrapolações sobre qualidades pessoais de quem terce algumas armas contra canzoadas servis, tem contribuído (involuntariamente) nos últimos anos para o benefício de vários devoristas, setembristas, jacobinos, comunistas e seus vários primos, aliados e sucessores (os quais têm como forças maiores não se deixarem afetar por quaisquer éticas republicanas ou liberais).
    Quanto ao anterior texto analisado na Porta da Loja sobre pc / advogado / mandatário / mandante / gerente e outras coisas várias, se bem me lembro JMT tem sido frequente (e singular na opinião publicada na jornalagem) nas chamadas de atenção para tal personagem e suas conexões.
    Até por razões pessoais, quando foi demandado por força de escrito em que traçou um paralelo com Ciciolina que apenas poderia justificar reação indignada da referida artista de variedades...
    Talvez seja bom repescar esse texto na Porta da Loja, já com uns anos, que aliás determinou o fim da colaboração de JMT com o DN (DN uma coisa que só não designo como uma espécie de Ciciolina do regime por me parecer injusto e altamente ofensivo para a italiana e insuficiente na descrição dos serviços prestados pela coisa desde tempos imemoriais, sem a frontalidade daquela atriz, serviços sujos que muitas vezes parecem negociados em vários antros escuros ao invés dos holofotes reveladores preferidos por aquela).

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  4. 'me cago en la' cumunicação xuxialista

    monhés
    vacas sagradas
    'o abreu dá cá o meu'
    tudo no gamanço

    'aqui non hay trampa ninguna'

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  5. José
    espero que tenha recebido
    Vaticano 2005

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  6. Última hora
    Capa do Jornal I
    José Miguel Júdice em foto de quase meia página: PASSOS COELHO ESTÁ MORTO POLITICAMENTE E AINDA NINGUÉM LHE DISSE

    Amanhã nos quiosques (agora dizem bancas)


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  7. Tendo acompanhado muito de perto ha uns anos um processo legislativo apercebi-me da existencia de artigos falsos, encomendados, na imprensa. Eram feitos a medida de um certo interesse encostado ao Estado. Nao me admira que estes artigos existam. O que mais me admira e que nao haja qualquer reaccao. A concorrencia nao os denuncia. A sociedade civil nao quer saber. Esta tudo amorfo, anestesiado, e com medo.

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  8. O Judice como se sabe tem tido os seus beneficios do sistema e nunca foi verdadeiramente de Direita. O Passos foi o unico politico que teve a coragem de enfrentar sem medo inumeros interesses, contudo foi "traido" por gente do Governo, mormente certa figura do partido da coligacao, e o rumo inicial perdeu-se. A Historia repete-se. Nos seculos XVI e XVII cerca de 50% da populacao nao trabalhava, estava em conventos ou eram fidalgos e criados. Agora temos o partido do Estado, mais de 5 milhoes de almas. Somos um pais de novos rendeiros, corporacoes, e com um sector economico muito debil e atrasado em relacao a Europa Media e do Norte, ou mesmo em relacao a Espanha. O Turismo vai aguentado a coisa, mesmo que odiado por parte da Esquerda no poder.

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  9. Dia 23 sera decidido o nosso destino. Se Macron nao passar a segunda fase nas eleicoes francesas apertem os cintos e guardem dolares e libras em casa.

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  10. Macron brags about Obama call… but ex-US president denies endorsing French leadership hopeful

    https://www.rt.com/news/385532-macron-obama-phone-call/

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  11. Como diz um certo francês, esse Macron não é uma baudruche, é um autêntico montgolfière...

    Ahahah!

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  12. É cada um melhor que o outro, já só falta o Trump europeu…
    O JMT excelente cronista… Jesus, pega em temas que mais ninguém (ou quase) pega, já é excelente — o país do jornalismo ainda é mais pequeno que o normal. É um palerma, da direita com vergonha, que julga que o Estado Novo foi a idade das trevas e diz-se liberal. No governo sombra está bem à sombra dos outros 3.
    Quanto ao corajoso Passos… por onde começar… talvez pela Troika. Faz-me lembrar quando dei instrução na tropa. Dominava aquela macacada toda, tipos com o dobro do meu tamanho, andavam ali direitinhos como fusos — menos o senhor Sardinha, filho de sargento, que não acertava o passo e a direita e a esquerda, nem com um paralelo dentro do bolso. Eu não tinha coragem nenhuma, também fazia o que me mandavam e tinha aquela instituição por trás, a garantir que os recos faziam o que eu mandava.

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  13. Caro Zephyrus uma coisa é o partido do estado, outra é não haver partido nenhum onde trabalhar. O automatismo, a robótica e a inteligência artificial vão colocar os outros 50% em casa a olhar para as moscas. Desde caixas de supermercado, bancários, mangas de alpaca, trabalhadores braçais, etc, etc. Os mineiros que o Trump acha que são uma força laboral extraordinária serão no máximo uns 80.000, é menos que um único retalista grande.
    Ainda não percebi o que é que esses milhões vão fazer. O Bill Gates diz que se tem de taxar o robot como se fosse um trabalhador. Mas esse dinheiro hoje já está alocado e é deficitário. Ou seja, taxar o robot, mantém o estado, mas quem mantém o ex-trabalhador? O ex-patrão?

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  14. «Eu não tinha coragem nenhuma, também fazia o que me mandavam e tinha aquela instituição por trás, a garantir que os recos faziam o que eu mandava.»

    ehehehehe

    Mas dominava a macacada toda


    ":O))))))))))))

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