Na altura foi um golpe audacioso que deu brado no país. O Século Ilustrado mostrava assim, em duas páginas, 10 dias depois, como terá acontecido:
A espectacularidade dos meios empregues, com maestria qb esbarrou no entanto num erro de amadores. Dos quase 30 mil contos roubados, só lhes aproveitaram quase 5 mil. O restante era em notas marcadas, novinhas em folha e os piratas não contaram com esse pormenor.
O caso foi depois contado em 1969 na altura em que foram julgados os autores do assalto:
Entre os advogados de defesa dos criminosos que quiseram sempre apresentar-se como activistas políticos que roubaram em nome de um ideal ( tal como as FP25, cerca de uma dúzia de anos depois) estava um Mário Soares e um Salgado Zenha e mesmo um Vasco da Gama Fernandes a caucionar o apoio socialista-maçónico a um dos que depois se tornou dos seus: Palma Inácio, o aventureiro da pirataria de antanho.
Como agente do Ministério Público aparecia um Antero Alves Monteiro Dinis que em democracia chegou a representante do governo da República numa da ilhas autónomas.
O assalto, no julgamento de 1969 não foi atribuído a quem pelos vistos depois passou a ser: a uma organização esquerdista e comunista radical, a Luar.
O mesmo Mário Soares que escreveu Portugal Amordaçado há 45 anos ( portanto cinco anos depois dos factos terem ocorrido, tempo suficiente para saber como aconteceram ) contava que o feito tinha sido da LUAR. A referência aparece no sexto tominho do livro agora republicado pelo Expresso:
Ora a Luar ainda não existia quando aconteceu o assalto. E tal é explicado por Pacheco Pereira num opúsculo ilustrado que esquece outras imagens como as acima mostradas de imprensa da época. Coitado, não deve ter a colecção da Vida Mundial...apesar de a ter visto algures numa fotografia recente do arquivo da Marmeleira).
Conforme se lê, o espanto dos piratas que assaltaram o banco foi geral...e o então ainda jovem Mortágua ( segunda foto a contar de cima, na imagem da capa da Vida Mundial) nem queria acreditar!
Nada disso impediu, no entanto, os mesmíssimos personagens desta ópera bufa de se embandeirarem novamente sob o pavilhão dos recreios políticos, no início de 1975, congregando milhares de apoiantes da causa que ainda por aí andam a geringonçar. Portugal é o que é também por causa disto que foi fenómeno único na Europa da segunda metade do sec. XX. Esta gente pirata ainda hoje são heróis dos media e desconfio porquê: quem lá trabalha ou esteve comprometido com esta loucura ou descende dos piratas todos que nisto embarcaram.
E se agora se calam e não festejam os 50 anos da façanha não é por vergonha, mas apenas táctica política: não lhes convém, de momento, lembrar isto e os novos não sabem nada. Os insurgentes e outros que por aí andam pouco querem saber disto apesar dos paizinhos lhes poderem contar, como histórias de proveito e exemplo. Porém, acham que nada disto interessa porque a tragédia foi evitada in extremis e a farsa que agora se vê será apenas isso e nada mais. Será mesmo?
Uma vanguarda precoce do socialismo caviar.Uma belas jantaradas de certeza.E com ida ao cabaré...
ResponderEliminarTive um tio que por essa altura e obviamente depois foi depositar umas massas em notas de mil.Daquelas que ele gostava.Ficou tudo em alvoroço lá no banco.Mas como eram das boas...
ResponderEliminarAliás tinha valido a pena ele as ter guardado e deixado em herança.Chegam a atingir o 1000 euros...
ResponderEliminarA purga de 27 de Maio de 1977 e a relação do Bloco com o regime de Angola
ResponderEliminarpor Rui Rocha, em 27.05.17
Há 40 anos, em 27 de Maio de 1977, iniciou-se em Angola uma purga dentro do MPLA que terá resultado em mais de 30.000 vítimas mortais. A cisão no partido então presidido por Agostinho Neto teve repercussões na esquerda portuguesa. A linha mais ortodoxa dentro do PCP lançou um manto de silêncio sobre a barbárie. Outra corrente, hoje sobretudo representada no Bloco de Esquerda, tinha evidente afinidade com muitas das vítimas do massacre: Sita Valles, Nito Alves, José Van Dunem ou Rui Coelho para só citar alguns.»
a esquerda de cá continua ao Luar
Cem anos de perdão. Ainda só passaram 50.
ResponderEliminar.
Ele há duas cenas interessantes nesta estória. A primeira é que Mortágua saiu tranquilamente do banco Portugal, com sacos às costas e ainda cumprimentou o polícia de segurança que se encontrava à porta. Com a chegada do papa a avioneta de fuga não pode levantar voo. É provável que o assalto tenha sido facilitado por alguns agentes da autoridade do regime. Naqueles tempos os servicos , ou bons ofícios e dos funcionários públicos eram frequentemente comprados.
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O segundo, depois do bp ter cancelado boa parte da série de notas roubadas, o banco do Vaticano aceitou ficar com elas a troco duma comissão de 60%.
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Tudo boa gente, portanto.
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Rb
Eis um bando de traidores que roubaram e mataram portugueses inocentes (Forças Populares 25 de Abril) e no fim do seu infame percurso político ainda tiveram como prémio dos seus actos criminosos poderem decidir sobre o destino do País, governando exclusivamente para seu próprio gáudio, interesse e proveito desde que existe este regime até aos dias que correm. Detiveram sempre os mais altos cargos governativos, os mesmos onde todos eles se têm mantido desde a primeira hora e, quando não, revezando-se pelos seus descendentes ou apaniguados.
ResponderEliminarEstamos submetidos a um regime ilegal porque nunca foi referendado e sujeitos a um sistema iníquo, seu sucedâneo, produto de uma Constituição enviesada, engenhosa e sàbiamente arquitectada e posta em prática pelos mesmos farsantes para dar os frutos pretendidos a quem dela dedende para a sua sobrevivência política, estando um povo inteiro sujeito a um regime disfuncional porque regido por uma oligarquia que o dirige subtilmente com mãos de ferro, não passando por isso de uma ditadura mascarada de democracia.
Perante estes factos reais e iniludíveis as esquerdas comunista e socialista, falsas, cínicas e hipócritas até à medula, ainda têm a supina desfaçatez de chamar 'ditadura' ao regime do Estado Novo. Traidores dum raio.
O infame Palma Inácio, depois de ter tido um percurso político criminoso a favor dos seus mentores, sendo o velhaco Soares o principal beneficiário, foi acoitar-se no partido para o qual reverteu o produto dos seus saques, vivendo acobardado, escondido e protegido por aquele e pela maçonaria - à qual pertence toda a ignominiosa politicagem - e longe dos olhares do povo para tentar fazer esquecer, sem resultado, os graves crimes cometidos.
Uma vez gatuno para sempre gatuno; uma vez criminoso para sempre criminoso; uma vez traidor para sempre traidor.
O assaltante Palma Inácio, o pirata Mortágua e mais uns milhares de camaradas do mesmo vil extracto, são seres abomináveis que fizeram e fazem parte do rol maldito que destruiu Portugal.