O caso de 2002, resumia-se a suspeitas de que Passos, enquanto deputado tinha usufruído de vantagens indevidas, mas nem sequer se apurou a eventual dimensão criminal do assunto em causa. Bastou a suspeita de ter recebido por fora e não ter declarado à Segurança Social...
Passos, em 2012 era primeiro-ministro e em plena campanha de "cortes" no Estado e na função pública que punha em pé-de-guerra os sindicatos comunistas e o socialismo de fome de poder mais a geringonça que daí viria.
Passos era para abater, quanto antes ao efectivo político e o Público tinha um instrumento precioso: usar um suposto jornalismo de investigação que poucas vezes usaram, para abater a sua credibilidade até aí impoluta. O outro antigo PM, pejado de casos e casinhos já não interessava para nada...
Assim, o caso foi puxado para as primeiras páginas e espiolhado nos blogs que nunca se interessaram pelo outro. E como é que apresentavam o caso? Simples e a esfregar as mãos já à espera do efeito eleitoral: "Enche 6 páginas a investigação do Público sobre
A palerma Ana Gomes, antiga maoista esquentada, denunciou nas Europas o escândalo ocorrido dez anos antes, retomando os artigos do Público, exclusivamente, quando nunca o fez relativamente aos seus colegas de partido, com rabos de palha até Bruxelas.
Em 2014 o assunto ficou arrumado e como é que o Público lidou com o assunto? Assim, com umas parangonas que assustavam o Correio da Manhã e preparavam o caminho à Geringonça, evidentemente:
Nessa altura até alguns lamentáveis ranhetas andavam às facadas no cocó...
Na altura escrevi assim, sobre este jornalismo tipo melão:
A investigação jornalística ao percurso de Passos Coelho encetada pelo Público tem toda a lógica do jornalismo que descobriu que José Sócrates tirara o curso a um Domingo. Ou seja, não descobriu porque foram outros a fazê-lo. Porém, a lógica retoma-se porque foi o Público a mostrar nos quiosques as coisas de tal licenciatura na Independente.
Agora, na questão de Passos Coelho, o Público replica o método. Tendo sido esse jornal a mostrar em diagramas de dúvida e suspeita o que era a empresa Tecnoforma, logo em Outubro de 2012, não consta que tenha dado o mesmo relevo de forma e conteúdo ao arquivamento dessas suspeitas, ocorrido recentemente no DIAP de Coimbra. E era essa a principal suspeita da campanha jornalística nesta investigação ou vice-versa, porque era disso que se tratava.
Porém, como o jornalismo neste caso é como as cerejas, veio agora a lume outro facto relevante, inserido na mesma campanha para saber o que foi a tal Tecnoforma que envolveu o antigo ministro Relvas e o actual primeiro-ministro Passos, que esteve logo em foco , a propósito deste assunto, desde que tomou posse como governante.
Jornalisticamente, o resumo dos factos pode ser este, faltando apenas os que envolvem o jornalismo destas causas sempre interessantes e que funcionam por meios que nunca saberemos ao certo. Uma coisa é certa: há factos e factos. Uns servem; os outros não servem para nada.
Agora toma-se conhecimento do arquivamento do caso, definitivamente, pelo MºPº, numa assunção clara de impasse investigatório perante a ausência de crime. E que faz o Público onde tudo começou?
O director Dinis, Dinis que alguém assim quis, remeteu para uma página interior e uma colunazinha o assunto requentado e sem interesse algum. A Geringonça já está no poder...
o caso do esteves da anpc é muito pior que o do Relvas
ResponderEliminaro de medina da câmara está no MP