A propósito da efeméride dos 50 anos, das cheias de Lisboa, o Público dá hoje para o peditório da ignomínia um artigo, desta vez de outra jornalista, Margarida David Cardoso, estagiária do Público até há uns meses e que promete na profissão: já escreve como os mais velhos e assimilou todas as ideias politicamente correctas sobre o tenebroso Estado Novo do terrível ditador, António de Oliveira Salazar. Este é o teste que todos os jornalistas estagiários devem passar a fim de integrarem o quadro redactorial do jornal patrocinado e subsidiado integralmente pela Sonae, do vetusto Belmiro de Azevedo que não tem vergonha disto.Ufa, que parágrafo longo e penoso!
Em primeiro lugar, a estagiária deste antifassismo militante descobriu que "foi a lama que pôs a descoberto a miséria que Salazar escondeu". Deve ter pensado com os botões da albarda ideológica que era um título e pêras, doces ainda por cima, para a redacção que a orienta e dirige, com o Dinis, Dinis, alguém assim quis.
A ideia que perpassa por todo o artigo é arrimar o salazarismo e o Estado Novo numa vala comum de ignomínias, expelidas para o gravador pro alguns entrevistados a dedo.
Em primeiro e último lugar a escritora de contos infantis Alice Vieira, que foi casada com Mário Castrim, cronista de TV do Diário de Lisboa, no tempo do fassismo e um comunista que a falecida Vera Lagoa catalogou num livro da época chamado "revolucionários que eu conheci". Alice Vieira, em 1967 ainda não conhecia o Castrim, mas lembra-se desse passado tenebroso que escondia catástrofes naturais como quem esconde agora relatórios inconvenientes da Protecção Civil.
Não obstante as provas gráficas e impressas que atestam a gravidade da aleivosia, continua a campanha, agora a cargo de estagiárias do jornalismo que temos, aprendido nas madrassas do costume.
Um dos clérigos dessas seitas é o jornalista João Paulo Guerra, um dos que teve a chave do 25 de Abril e abriu as portas à nova era em que andamos e que aparece citado no artigo.
O mote é este: Salazar escondeu a tragédia porque não deixou, quer dizer, a Censura que havia não deixou, contar os mortos e dizer quantos eram. Quando chegaram aos 400 e tal, parou a contagem, segundo conta a estagiária. Já era demais e o povo leitor de jornais não precisava de saber tanto! Hoje, sabe-se tudo, menos os nomes dos mortos porque tal não se pode dizer uma vez que ofende a memória da vítimas. Não é censura, por isso, mas outra coisa mais democrática que a antiga ministra do MAI, em ténis, sabe bolar.
E quanto a fotografias, alto lá e cuidado!, porque se fossem chocantes para o regime não se publicavam! Tal como hoje, aliás, mas por motivos mais democráticos, como seja o ar do tempo ou o "espírito da época" que agora não deixa...
Podem consultar-se, no entanto, os jornais da época e confirmar tudo para saber se era assim. E o problema é que não era mesmo. Portanto, o jornalismo nacional actual, de estagiário ou de macaco velho, é pobre e podre. Miserável, numa palavra!
Mas demos a palavra à estagiária que nem escreve muito mal a redacção que lhe incumbiram de fazer e que ás tantas ainda vai ganhar um prémio pelo esforço:
Qual o jornal consultado para o efeito pela redactora estagiária? O Diário de Lisboa, voilà! Onde vicejavam as mentes da oposição comunista ao regime, incluindo o tal Castrim. O Ruella Ramos que mandava na chafarica, aliás bem montada graficamente, pouco tempo antes de 25 de Abril de 1974 repristinou outro pasquim de antanho, Sempre Fixe, que se tornou logo a seguir um órgão oficioso do PREC e da tragédia que se evitou in extremis.
O Diário de Lisboa era apenas um dos jornais da capital. Havia ainda, em 1967, outros, como o Diário Popular, mostrado no postal abaixo, com várias edições sobre a tragédia, o República, do socialista maçónico Raul Rego, e evidentemente os que o regime apaparicava, como O Século e a Época. Isso para além das revistas, como o Século Ilustrado e a Flama.
A estagiária, porém, só se interessou verdadeiramente pelo Diário de Lisboa, então um farol de objectividade, isenção e imparcialidade jornalística relativamente ao regime do Estado Novo e de Salazar. E também menciona en passant, o Diário de Notícias, o oficioso que contava o número dos mortos e que eram reduzidos segundo os contadores oficiosos, um certo Joaquim Letria ( outro comunista feito e desfeito a seguir, ao contrário do irmão José Jorge que sempre se sentiu refeito) e um certo Fernando Assis Pacheco que detestava Salazar como os maometanos o toucinho por motivos que o mesmo explicava em crónicas bem escritas, aliás.
Estes contadores de mortos oficiosos, feitos como aquela empresária de Pedrógão que contava mais de 100 mortos através do método clássico da impressão que sim, calculavam em 700 o número incerto quando as estatísticas oficiais indicavam para aí 500. O resto, segundo a escritora-mulher do Castrim foi censurado pelo Salazar que não queria aumentar o número de mortos para mais 200. Era demais, segundo a tal que cita autores consagrados da história do fassismo como sejam um tal Miguel Cardina e um tal Francisco da Silva e Costa, num livro escrito a preceito.
A escritora de infantilidades, mulher do Castrim só "queria gritar às pessoas: vejam lá o que está a acontecer às portas de Lisboa!", mas a Censura não deixava como mostram as imagens das páginas do Diário Popular que aqui publiquei.
Foi nessa altura que a tal escritora descobriu a miséria das pessoas que viviam nos bairros clandestinos. Até então nem se tinha dado conta e a culpa, a culpa era toda, todinha do Salazar. Em Pedrógão, não, não foi do Governo, porque a culpa não é democrática .
Ela, escritora imaginativa percebeu então, em 1967, quando tinha 24 anos e se preparava para apaixonar por um Castrim 23 anos mais velho que havia miséria no mundo salazarista. E mais: " a ditadura não permitia que fosse conhecida", essa é que é essa! Maldito estado novo do velho Salazar!
Como isto é demais e já fede tanta miséria jornalística, fico por aqui. Esta gente não aprende nunca e prefere viver de mitos e lendas. Desde que lhe alimentem o ordenado e vidinha.
A verdade que se lixe!
Acredita mesmo que a imprensa em 1967 escrevia o que queria e bem lhe apetecia ?
ResponderEliminarò pascácio- tens aí os jornais publicados para comprovar!
ResponderEliminarOu vais dizer que é mentira e são montagens do José?
Parecem parvos, estes escardalhos.
Acredita? acredita o quê? que havia censura e que apesar disso o jornalismo mostrava a realidade mais do que agora que se auto-censura.
Estes palermas que aqui vêm comentar só servem para ilustrar a estupidez que é a esquerda.
ResponderEliminarTudo por fezadas. Ou acreditam ou não acreditam. Não verificam nada. Prescindem da realidade- alimentam-se pela fé ideológica.
Como é que estes artistas hão-de escrever a verdade se já vêm doutrinados desde a faculdade (e antes) e a cabeça não dá para mais? a geração mais preparada de sempre come e cala, há contas a pagar e gadgets a comprar. Além disso as autoridades garantem que foi assim. O dr.Rosas garante que o regime era fascista e eles engolem. O dr. Torgal diz que antes da abrilada não se editavam livros sobre comunismo e eles engolem. Vale mais calar e seguir a cartilha, a vidinha corre-lhes melhor assim. Nada de arranjar problemas. Viver de acordo com a verdade? isso era para o Soljenitsine e companhia e veja-se o que lhe aconteceu.
ResponderEliminarQuanto à censura, era tão feroz que já nos anos trinta (período de fascistização do regime, como diz o sábio dr.Rosas) o sr. Alfredo Pimenta se queixava a Salazar de que até elogios a Lenine se podiam ler na imprensa - é ver a correspondência entre os dois. Na URSS é que era bom, a malta podia dizer e escrever tudo o que queria, aquilo era um paraíso.
A imprensa de 1967 não escrevia o que bem queria e apetecia porque havia censura. Mas pode ler-se o que escrevia e comparar. Uma coisa que não podia escrever era que o regime era fascista e o Salazar devia ser preso.Mas fazia-o nas entrelinhas e havia uma oposição comunista nos jornais que evidentemente não podia fazer propaganda do comunismo como queriam.É por isso que dizem que naaltura o regime era fascista.Só por isso.Mas não era. Agora esses mesmos replicam essa ideia ensinam aos novos que a reproduzem, como esta infeliz o faz.
ResponderEliminarA infeliz nem deve saber que existem os outros jornais.
ResponderEliminarMas deve saber - e, se não sabe, desconfia - de que não lhe convém saber.
Abstenho-me da citação completa do Soral; basta dizer que esta, por ora, não está desempregada...
E no fundo a grande questão é essa.
ResponderEliminarÉ que hoje não podem escrever o que querem e lhes apetece.
Simplesmente não podem. A não ser que queiram passar ao desemprego logo de seguida...
A maior parte é ignorante, mas sabe, intui ou desconfia de que há assuntos em que mais vale continuar assim.
Nenhum antifassita está desempregado.Há sempre um colectivo, um observatório, uma comissão de utentes e são sempre homens e mulheres de kultura!
ResponderEliminarO resultado é que os vai enterrar mais dia menos dia.Porra uma dívida em ouro de 7165 toneladas!e com a miséria a grassar por todo o lado!E com eles a governar desde o 25 é demais.A exportarem assentadores de tijolo e mulheres da limpeza para toda a Europa ainda por cima em concorrência com os seus queridos africanos desiludidos com as libertações do diabo branco...
Mas aguardam religiosamente os milagres dos monhés importados directamente para o governo...
ResponderEliminarParece-me que o único militar nunca recuperado pós 25 foi o Almirante Tenreiro.Que do forte do Alto do Duque impediu a tiro que navios da armada se fossem juntar à República Espanhola certamente a mando do Estaline...
ResponderEliminarVejam como eles andam por aí todos feito com os desobedientes da Catalunha.A sonhar com novos paraísos socialistas...
Já os retornados da Venezuela não os entusiasma nada de nada nem os indigns.É mais racismo, colonização africana e retirada honrosa de estátuas...
ResponderEliminarOs meus cumprimentos ao José por ter reconhecido o óbvio "A imprensa de 1967 não escrevia o que bem queria e apetecia porque havia censura". I rest my case.
ResponderEliminarPor acaso até escrevia.
ResponderEliminarSe lhe apetecesse ignorar a censura, ignorava. E as coisas saíam cá para fora. Depois sofriam consequências, claro. Mas ninguém impedia que os jornais saíssem... Tal como hoje.
Quantos bravos jornalistas se arriscaram?
Preferiam não levantar ondas. Como hoje, era isso ou o desemprego.
O que mudou foi que hoje não podem perguntar a ninguém, ou aprendem o que pode sair ou... desemprego.
É a hipocrisia destes bacocos.
ResponderEliminarCriticam a censura explícita - quando não são os comunas a fazê-la - para celebrarem como liberdade a espada de Damocles sobre a cabeça do jornalista...
São "de esquerda" mas falam como se um mero assalariado de um grande grupo capitalista - que nem empregado muitas vezes chega a ser - pudesse escrever o que lhe apetecesse...
Nem nas contas pessoais das redes sociais podem escrever o que lhes apetece, quanto mais nos jornais...
ResponderEliminarMas não vêem nada estes bacocos. É mesmo por fezada como diz a zazie.
"Se lhe apetecesse ignorar a censura, ignorava. E as coisas saíam cá para fora."
ResponderEliminarNão era tanto assim porque havia censura prévia. Claro que poderiam ignorar...mas a verdade é que só se fossem tolos é que o fariam.
O ponto, no entanto, é outro: a Censura existia e tinha um contorno preciso que era dado pela lei e pelo arbítrio de alguns censores, coronéis reformados que tinham uma ideia do que se podia e não podia escrever ou mostrar.
No fundo, a Censura proibia que se pudesse falar abertamente do comunismo ou do esquerdismo que procurava subverter o regime.
Tirando isso, era uma censura como existia em França ou na Inglaterra. E desafio quem quiser a dizer e provar o contrário.
António Fernando Passos Dias Aguiar Mota caiu abaixo da Ponte da Arrábida.
ResponderEliminarJoaquim da Silva Teixeira da Mota, tropeçou e caiu sobre os carris na altura que ia a passar o comboio.
Na ditadura de salazar/caetano era proibido à comunicação social falar em suicídios
Pois,eu sei, que tudo são recordações.....
Por outro lado quem mais se queixa da censura do antigo regime são aqueles que uma vez no poder seriam mais censores do que os que existiam.
ResponderEliminarE desafio outra vez a dizerem e provarem o contrário.
Os comunistas são os maiores censores que existem. Mesmo hoje, em Portugal e fazem-no sem qualquer pejo ou ponta de vergoha porque acham que têm razão.
O Salazar, esse, não tinha porque não os deixava exprimirem-se livremente. Safa! Como dizia o outro...
Os suicídios ainda hoje deveriam ser proibidos de noticiar. Não têm interesse algum fora dos que são próximos dos suicidas, aumenta o voyeurismo e principalmente provocam um fenómeno evidente e estudado: tendem a provocar imitadores imediatamente.
ResponderEliminarLogo a censura dessas notícias justifica-se plenamente. Mais que mostrar cadáveres como hoje não se pode mostrar, por efeito censório existente e indesmentível.
Quem não pensa nisto tende a ser mentecapto.
Qual é o interesse noticioso de se publicar que um indivíduo qualquer se meteu debaixo de um combóio para se matar?
ResponderEliminarSim, qual é?
De qualquer modo é falso que não se pudesse noticiar suicídios e já mostrei aqui, com imagens de jornais de outro tempo, tal facto.
ResponderEliminarMais uma mentira, portanto.
Quem não gosta de Salazar ou do Estado Novo em modo acintoso e por motivos estritamente ideológicos tende a adulterar a verdade sobre estes fenómenos para denegrir os ditos.
É um mau serviço que prestam a eles mesmos: a mentira não lhes aproveita e é contraproducente.
Não era tanto assim porque havia censura prévia. Claro que poderiam ignorar...mas a verdade é que só se fossem tolos é que o fariam.
ResponderEliminarEntão, como é que não era mesmo assim?
Hoje, também só os tolos ignoram.
A diferença é que hoje não podem enviar as provas para lado nenhum. Têm de saber o que lhes pode trazer consequências desagradáveis...
Outra é que, se decidissem ser tolos, não afectava a credibilidade jornalística perante os pares. Hoje, os pares hão-de ser os primeiros a ostracizá-los...
Havia um ritual que era o de enviar provas para a Censura que funcionava perto do local onde os jornais se faziam: Bairro Alto. E as provas mostram que se cortava aqui e ali, ás vezes sem grande nexo ou justificação. Puro arbítrio.
ResponderEliminarQuem se atrevesse a publicar algo verdadeiramente subversivo era preso. Quem publicasse algo que fosse meramente contrário ao corte determinado era multado ou a empresa fechada.
Quem é que era estúpido a esse ponto?
Quem é estúpido ao ponto de publicar algo verdadeiramente subversivo hoje em dia?
ResponderEliminarO que é subversivo hoje em dia, comparado com o que era dantes? Politicamente, quero dizer.
ResponderEliminarNão há comparação. Hoje não se fecha um jornal por isso. Imediatamente como acontecia dantes.
Toda a autoridade tem um grau de arbitrariedade, porque tem de se concretizar na pessoa que a possui.
ResponderEliminarEvidentemente, isso deve ser motivo de justa crítica.
Mas é melhor quando a autoridade é possuída por pessoa incógnita?
Talvez não sejam presos - resta saber o que de verdadeiramente subversivo se publicou entretanto - mas o que aconteceu a Manuela Moura Guedes? E o que ia acontecendo à TVI? - apenas para dar dois exemplos...
Não fecha, se não calhar...
ResponderEliminarSe hoje um grupo nazi publicasse um comunicado em modo de publicidade, o jornal no máximo teria uma coima. Se tivesse...
ResponderEliminarE falo na propaganda nazi porque é a única que vejo como subversiva, a nível político.
Pelo contrário, o Jerónimo diz barbaridades e nada acontece.
O que aconteceu à Moura Guedes? Tenho aqui uma mão cheia de jornais, de 2009 em que isso é tratado: compraram o marido, oferecendo-lhe um cargo bem remunerado. E a ela deram-lhe uma indemnização...
ResponderEliminarCalaram-na ou não calaram?
ResponderEliminarDantes seria um pouco diferente: tinham uma visita dos agentes da DGS que detinham quem deviam deter. Levavam-nos para a sede da DGS ou em 1967, da PIDE e faziam o interrogatório. À maneira...com recurso a métodos que hoje se consideram tortura.
ResponderEliminarDepois eram presos por algum tempo, mesmo sem culpa concreta formada porque a lei permitia. Pouco tempo, mas era possível.
Depois, logo se veria o que aconteceria. Meses de prisão. Julgamento por actividades subversivas contra o Estado e anos de xilindró.
Na URSS era exactamente igual e era isso que os que acusam a PIDE de tal fazer, igualmente fariam.
A Manuela Moura Guedes foi calada pelo grupo do Sócrates que é um pindérico, mas enquanto jornalista da TVI. Se a mesma quisesse falar noutro lado ninguém a proibiria...
ResponderEliminarNão se compare o incomparável.
ResponderEliminarPois. Mas não quis.
ResponderEliminarO resultado final foi o mesmo.
Um pindérico que teve a Justiça no bolso. Como afirmam de Salazar...
Ja conversámos sobre isso... Seria interessante analisar um processo desses. O processo em si.
ResponderEliminarzazi, se os jornais da época reflectiam a verdade dos factos, daqui por 50 anos os jornais de hoje vão servir para o mesmo e pelos vistos é tudo mentira...
ResponderEliminarTens que te esforçar mais para que possas ser levada a sério. Aqui o pessoal tem esperto na cabeça, pá
Os jornais de hoje não reflectem tão bem a realidade como dantes. Basta comparar o que se passou nos incêndios deste Verão e o que se passou em 1967.
ResponderEliminarOs factos e as imagens falam por si e os de 1967 são mais realistas e precisos na narração e descrição. E mais bem escritos. Basta ler o relato do que se passou com o combóio em Alhandra que é um primor descritivo.
Mesmo com censura explícita...
Além disso eu coloco aqui os exemplos concretos e podem comparar-se. O jornalismo do género de hoje nem isso faz: coloca opiniões como se fosse expressão factual, sem mostrarem os factos.
ResponderEliminarAntes havia a censura, agora salvo raras excepções há a voz do dono ao serviço de projectos políticos(no sentido partidário) e outros.
ResponderEliminarSe vou andando por aqui é porque alguma coisa de útil encontro, não fora assim nem aqui vinha
Cumprimentos-saúde
Jose, quando o Raposo falou do caso particular dos suicidios no Baixo Alentejo e no litoral alentejano houve logo um coro de indignacao nas elites da capital. Tomara, afinal trata-se de terra leal ao comunismo e ao socialismo! O odio contra o Raposo foi tao grande que bloqueou de imediato qualquer discussao inteligente que importa fazer: por que motivo ha tantos suicidios no Alentejo? No interiorde Espanha ha areas mais isoladas mas com numeros radicalmente diferentes. O isolamento nao pode explicar tudo. Mas ha algo que podera levantar a ponta do veu: a relacao entre suicidio e religiao ou filiacao politica. A vizinha Andaluzia, de Esquerda mas profundamente catolica, tem numeros no que diz respeito ao suicidio identicos aos do Norte de Portugal, ou seja, muito baixos. O Raposo foi alvo de ameacas e o jacobinismo da capital nao perdoou. Assim se faz a censura.
ResponderEliminarIsso das cheias parece que reapareceu agora para desculpar o poder politico do que sucedeu nos incendios. Para dizer que no tempo da outra senhora tambem havia mortes em tragedias naturais... soa a encomenda...
ResponderEliminarNo entanto ninguem desenterra outros misterios...
ResponderEliminarNinguem procura o autor de um livro sobre o Partido Socialista que pelos vistos tera saido de Portugal logo apos o lancamento da obra, que rapidamente desapareceu das livrarias. Ninguem ate agora teve a coragem de compilar numa obra o que se passou no processo Casa Pia, e ninguem voltou a procurar as vitimas. Ninguem vai investigar a quem pertencem os terrenos no vale da Ota ou em areas da Margem Sul, quem saos os proprietarios e quem foram os intermediarios do negocio. Ninguem vai entrevistar o autor da tese de doutoramente sobre a TDT. Ninguem voltou a pegar no caso dos jovens que morreram num ritual de praxe, no mar, numa noite de vendaval. Que interessa agora ir desenterrar de novo o caso das cheias? Interessa sim desenterrar estes misterios das decadas recentes pois os protagonistas na sua maioria ainda estao vivos e muitos tem ou terao responsabilidades politicas.
"Na URSS era exactamente igual e era isso que os que acusam a PIDE de tal fazer, igualmente fariam."
ResponderEliminarEra pior. Muito pior.
"Quantos bravos jornalistas se arriscaram?
ResponderEliminarPreferiam não levantar ondas. Como hoje, era isso ou o desemprego.
O que mudou foi que hoje não podem perguntar a ninguém, ou aprendem o que pode sair ou... desemprego."
Pois ha uns anos um jornalista disse-me que havia empresas e instituicoes intocaveis pois pagavam bem em publicidade e outros apoios... e o jornalista que se atrevesse a ir demasiado longe, so poderia esperar o desemprego.
Jose, ja viu a noticia do dinheiro do Balsemao que chegou ao 44? O Balsemao entretanto disse que nao sabia para quem era afinal o dinheiro.
ResponderEliminarEssa notícia é um pouco forçada, na medida em que o dinheiro do Balsemão são cerca de 30 mil euros, emprestados a uma filho de um sócio antigo e amigo de Balsemão e que por casualidade é companheiro da ex-mulher de Sócrates.
ResponderEliminarNão merece tanta relevância.
Há um mistério em saber de que vive o antigo 44. Esse continua porque não se lhe conhecendo meios de obtenção de rendimento, contradiz o ditado quem cabritos vende e cabras não tem...e como é o caso, por mim parece-me que o primo gordo que anda fugido no Brasil é quem o sustenta agora. O dinheiro, esse, é de quem? Ora, ora...
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=_YxQCHexxwg
ResponderEliminarAcompanho o José, os orgãos de comunicação social precisam de se aprimorar para descobrir de que vive o Sr. Pinto de Sousa. Uma coisa é certa porém, o assunto já se tornou banal e portanto já não há socialistas a rasgar as vestes com tais perguntas. Quer-me parecer que o destino do Sr.Pinto de Sousa está quase traçado. Porém importa que a justiça não se fique somente por esse. Seria imperdoável que a justiça deixasse escapar o DDT. E esse de que vive e como paga os advogados ?
ResponderEliminarhttps://arquivos.rtp.pt/conteudos/recordacao-das-cheias-de-1967/
ResponderEliminar"E esse de que vive e como paga os advogados ?"
ResponderEliminarParece que tem ajudas do extremo-oriente. Dinheiro dele, segundo consta e não emprestado por amigos duvidosos.
"I rest my case" … este fernando deve ter descoberto a pólvora. Alguma vez neste blogue, o José disse que não havia censura no Estado Novo? Ou alguém que de alguma forma defenda o Estado Novo aqui o disse? O que o José tem dito é que acha contraproducente (como depois se comprovou).
ResponderEliminarEu não sou a favor da censura a priori, mas a existir que seja com regras. Não é como a censura democrática, auto-censura e afins. Nos incêndios, foi visto um lençol onde alegadamente existia um corpo debaixo. Caiu tudo abaixo, cambada de hipócritas.
Sou a favor é da censura pura e simples de lunáticos, idiotas e trolls, porque são seres que estragam a internet — onde estão a vencer. Não se consegue estar em lado nenhum que não chegue o idiota útil e inútil, com quem não se aprende nada de nada. E este blogue infelizmente já tem uma meia dúzia residente, da esquerda e extrema esquerda mais abjecta. E não lhes faltam sítios — porque não aparcam no blogue da câncio e comandita? A esses, cortava-lhes o pio tão rápido que nem tinham tempo de dizer ai.
José, era sem dúvida uma censura como existia noutros países da época. Ainda hoje, não se pode comprar um DVD no UK que não venha censurado pela censura prévia (que é paga pelas editoras). Mesmo as coisas mais inanes e em discos classificados como para 18 anos — no Amarcord por exemplo, desapareceu uma cena de masturbação da enfermeira ao velhote; do Star Wars Episode I desapareceu a cena do Anakin a dizimar os Tusken Riders. Etc. É muito simples: basta confrontar a duração dos filmes no IMDB e nos DVDs ingleses — estou a dizer hoje, não em 1968.
ResponderEliminarPortanto cambada de burros: Qual é a tese sobre a censura no Estado Novo? Um país não se deve defender de quem o ataca? É verdade ou mentira que o comunismo pretendia a destruição do país, como se veio a demonstrar? Muito mole era o regime, que tanto permitiu.
Ontem, a meio do meu comentário alusivo às cheias, resolvi introduzir um parágrafo (sobre algo que tinha acabado de ouvir na TV) a comentar o escândalo indescritível de ter sido dada autorização para a realização de um jantar da web summit no Panteão Nacional!!! Por motivos muito estranhos tudo o que escrevi apareceu inteirinho, porém este parágrafo sumiu-se como o éter. Não há bruxas pero que las hay las
ResponderEliminarEntão é assim. Como é que foi autorizada uma indecência daquela natureza? Quem autorizou??? É preciso saber-se quem foi o autor de tamanha ignomínia.
Estamos perante pessoas do mais baixo calibre e sem escrúpulos que se auto-intitulam governantes, mas que governam este país sob ordens do exterior.
Porque ninguém tenha dúvidas, quem vai jantar a um local que merece o máximo respeito e descrição porque é um lugar onde estão depositados os restos mortais daqueles que os portugueses acharam por bem ser aquele o local adequado para o seu descanso eterno. Esta gente não teve pruridos em ir jantar àquele espaço por estar habituada a celebrar este género de festividades em locais mórbidos como aquele em que participaram, com especial destaque para o energúmeno que o organizou e que é devedor das mais acerbas críticas. Digamos que aqueles convivas eram perfeitamente capazes de ir jantar em grupo e com a mesma descontracção e um cemitério! Só pode. Mas não existem Museus e Bibliotecas apropriados para celebrações e acontecimentos desta natureza? Por amor de Deus!
Estas personagens, que não tiveram o menor prurido em ir jantar a um local daqueles, são os mesmos que frequentam as reuniões maçónicas mórbidas, cá e no estrageiro, onde, além de haver come-e-bebes no meio de cadáveres e mortos-vivos, também acontece nas mesmas serem assassinados homens, mulheres ou crianças e mesmo bebés para gáudio dos presentes, após o que serão celebradas ceias para comemorar os grandes feitos. Isto, fora o resto criminoso, repugnante e sádico que nas mesmas reuniões acontece, como é possível saber-se através dos vídeos no youtube que o atestam tal e qual.
Donde é perfeitamente plausível acreditar que os convivas que foram jantar ao Panteão Nacional acharam tudo aquilo muito natural e serão todos maçons e orgulhosos de o serem.
Uma pequena nota: Há uns anos largos fui com os meus filhos visitar pela terceira vez o Palácio d'Ajuda e logo a seguir o Panteão, que desconhecia. O espaço onde se situam os túmulos dos nossos reis e raínhas e presidentes exalavam um cheiro característico, quase insuportável, pelo que me apressei a sair do mesmo. Foi portanto neste espaço 'arejado', com aroma 'a rosas e a Channel nº5' no ambiente, que aquelas personagens, de certeza com suficiente capacidade olfativa, jantaram e comemoraram alegremente o repasto...
Com estes governantes - os presentes e os passados, todos eles comandados à distância desde o 25 de Abril - corruptos, gananciosos por dinheiro e traidores às nossas raízes, tradições e heróis passados, nós, País e Povo, estamos condenados à extinção. Foi este objectivo que os comunistas, socialistas e extremo-esquerdistas perseguiram e os anima desde sempre.
a analfa tem razão num aspecto
ResponderEliminaro ditador chama-se antónio,
mas é o das mortes
já em 2013 enchia o bandulho em lautas jantaradas no Panteão
Vi há pouco o programa do Rosas, na RTP, sobre a PIDE e os crimes por esta cometidos em Angola e Moçambique durante o Estado Novo. É o primeiro episódio desta série que vejo, da autoria deste estupor e não o vi desde o início. E foi por mero acaso que com ele deparei, já que que mudei por segundos, como sempre faço, da TVI para a RTP, para ver se está alguém interessante a ser entrevistado ou a passar algum filme antigo em reposição que me apeteça ver ou rever ou algum documentário com interesse.
ResponderEliminarO homem é de uma antipatia revoltante e de um anti-Estado Novo e anti-Salazar e de um pró comunismo-estalinismo-maoismo que provoca vómitos ao mais indiferente. O modo como ele descreve a violência como eram tratados os prisioneiros e os maus-tratos que eram supostamente aplicados aos presos políticos durante o anterior regime é de um facciosismo aviltante que afugenta qualquer telespectador que sinta vontade de seguir as suas pretensas lucubrações passadas à tela.
Por que motivo não fala ele da violência, esta sim torcionária e dos assassinatos primeiro às centenas e depois aos milhões, sobre os oposicionistas ao regime soviético e ao maoista e do canibalismo praticado pelos guardas sobre os milhares de deportados a caminho dos Gulags, obrigando estes a fazer o mesmo para não morrerem de fome e ainda dos processos sumários que deram origem à eliminação de dezenas de milhões de cidadãos inocentes considerados perigosos para ambps os regimes?
Toda esta maravilha acontecia no país do sol na terra, nada fascista é claro, que era a União Soviética e também a China de Mao? E o que tem a dizer este Rosas sobre os sessenta (ou mais) milhões de russos inocentes mandados assassinar por Estaline e Lenine e para cima de cem por ordem de Mao? Estas, sim, foram verdadeiras "matanças" na sua adorada pátria soviética e idolatrada China maoista e jamais acontecidas durante o Estado Novo, matanças que este aldrabão disse no episódio de hoje terem acontecido em Angola e Moçambique durante a vigência do 'fascismo'.
Expressão propositadamente aplicada por este traidor a um regime e ao seu Governante máximo que nunca na vida seria capaz de mandar praticar tais crimes sanguinários, mais que não fosse por ser alguém que tinha um respeito absoluto pela doutrina da Igreja e portanto contrário ao emprego de uma violência gratuita sobre outrem, sendo ele próprio um católico praticante, o oposto dos dirigentes soviéticos e chineses que eram todos ateus e de carácter violentíssimo professando um ódio de morte a todas as religiões.
E no caso soviético todos eles eram judeus e comunistas tal como o é Fernando Rosas, senão de descendência directa pelo menos é um descendente muito próximo (dada a sua fisionomia), daí o seu ódio visceral sobretudo à Igreja Católica e a sua adoração exacerbada por todas as ideologias comunistas.
Eram estas perguntas que deviam ser-lhe colocadas para ver se este traidor à Pátria era capaz de responder com o mínimo de sinceridade. O que evidentemente seria pedir-lhe demais porque gente deste baixo calibre só sabe mentir, arranjando sempre subterfúgios para desculpar as autênticas matanças e os milhões de crimes cometidos pelos vários regimes comunistas existentes ao cimo da Terra e inventando, difamando e crucificando todos os outros que não o sejam, no caso o do Estado Novo por ser o do país onde ele (supostamente) nasceu e o regime por ele deplorado - e que antecedeu este podre e ultra corrupto que ele judou a implementar, facto que lhe deve dar imenso orgulho perante o estado deplorável e degradante a que chegou objectivo primeiro e último desta malta brava - sempre que se lhe depara a mais ínfima oportunidade.
Pulha dum raio.
Zephyrus, acabei de ler no FB um… diria… ex-estimado-amigo (real) a dizer aos seus amigos do FB que o Público tem uma coisada sobre as cheias e "centenas de vítimas escondidas pelo regime de Salazar." Mas, não partilhou porque — espante-se para aí —, "não fosse um pequeno pormenor. (…) colou-se essas cheias, a negligência e a censura política, à tragédia de Pedrogão e dos incêndios". Ou seja exactamente o inverso do que diz. Há uma encomenda, mas é outra. Concluí: "Essa histeria estendeu-se aos partidos da oposição. Porque há partidos de oposição. E têm evidente acesso e apoio dos media. Assim, como se pode sugerir sequer que há censura?".
ResponderEliminarEste indivíduo considerei-o durante décadas do mais inteligente que pode haver. Nos últimos anos perdi o contacto e reaparece, de extrema esquerda do mais radical que se possa imaginar — evito ao máximo ler (mas não o suficiente, pelos vistos). Isto está de tal forma nos antípodas daquilo que aqui se lê e do que eu próprio imagino que seja verdade — que comprovo com os recortes do José, por exemplo —, que me pergunto se o aforismo do George da série Seinfeld não será a explicação para tudo: "se acreditares, não é mentira". Porque eu acho que algumas destas pessoas acreditam realmente e piamente nas enormidades que debitam.
E a comentar, este verdadeiro diamante em bruto: "Ia comprar o Público hoje, o que não faço há anos. Sabia que me poderia arrepender. Com esta nota já mudei de ideias. Como se pode ser tão primário? É para quem aquilo? Enfim."
ResponderEliminarEstá a ver a tragédia do Público José? A extrema esquerda acha que é alt-right puro e duro, a direita à portuguesa, coitada, vai escrevendo e lendo onde a deixam… e eu acho que é um pasquim inacreditável. Quem compra aquilo afinal? Os funcionários do Continente e o José. Mais ninguém. :)
Eu não compro sempre, mas apenas quando vejo motivo de recorte. O jornal é então meu...o do recorte, claro.
ResponderEliminarHoje por exemplo saiu mais uma ignomínia para atacar o Passos e é confrangedor como um dito repórter de investigação -Cerejo- faz um artigo daqueles que vou comentar. Incrível.
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