No Público de hoje várias mulheres, incluindo uma articulista- Ana Cristina Pereira-, uma investigadora de "estudos de género" ( !!!), Sofia Neves; uma associada de uma organização de mulheres ( !!!!) UMAR, Elisabete Brasil; uma investigadora de uma associação de estudos sobre mulheres (!!!!!), Isabel Ventura; uma especialista em igualdade de género e violência doméstica (!!!!!!), Leonor Valente e nenhum homem, atiram-se como gato a bofe a uma decisão judicial de primeira instância, ainda não transitada em julgado porque objecto de recurso para a Relação.
A decisão é relativa a um julgamento de um caso de violência doméstica associada a um crime de detenção de arma proibida que permitiu o julgamento em colectivo. Assim parece porque é dado o nome de acórdão à decisão, mas tal não é claro porque aparece apenas o nome do juiz relator, como visado directamente na notícia. O costume das imprecisões jornalísticas sempre afoitas em ver argueiros alheios sem topar as traves que se lhes anteparam.
Aqui fica o artigo, mais um, da tal jornalista destes costumes lamentáveis, o qual tem mais uma página sobre estatísticas de casos semelhantes e que procura levar água a um moinho de vento de uma história necessariamente mal contada. Porque há sempre dois lados de uma mesma história e aqui só aparece um deles.
Lendo o artigo o resumo é simples e linear: há uma vítima e um algoz e este foi absolvido porque o tribunal não soube analisar a prova que estas especialistas em feminismo militante topam à distância de uma olhadela breve para o teor de uma decisão que aparentemente nem sabem ler.
Nem tal se torna necessário porque a ideia básica é refazer o julgamento feito com base nos depoimentos e queixas da vítima, mulher sofrida como elas. Isenção, distância, independência, ponderação, razoabilidade, bom senso, nesta questão? Não são qualidades que importem a estas especialistas do feminismo. Importante, sim, é desancar o machismo que lobrigam pelo buraco de uma fechadura de casa de família. A violência é doméstica.
O caso concreto? Conhecem bem, segundo julgam. Já passaram por outros e são todos iguais: as mulheres são vítimas de violência doméstica; os homens os seus algozes, sem direito a defesa alguma porque já são defendidos pelos preconceitos existentes na sociedade.
Estas feministas querem por isso destruir tais preconceitos porque a sua causa é essa luta.
Tal como dizia uma colega delas, chamada Isabel Moreira, filha de um salazarista de antanho convertido à democracia, é preciso que os homens tenham medo das mulheres porque até agora tem sido o contrário ( disse-o claramente no último Prós&Contras, embora com a nuance de uma correcção canhestra e intempestiva e aliás apontada por outrém, o jornalista Sebastião Bugalho que lhe ganhou neste jogo de berlinde).
É isso que estas feministas pretendem acima de tudo: que os tribunais condenem os homens, sistematicamente, com as provas únicas de uma declaração de vontade das vítimas, credoras de toda a veracidade no que dizem e fazem em julgamento. Basta-lhes essa prova rainha sem necessidade de mais contraditório que dispensam. Mulher que acusa o marido é vítima, pela certa e tal não carece de prova porque muitas vezes impossível será.
Se o julgamento judicial não lhes agrada partem, se puderem, para o julgamento mediático, histérico se for preciso e contando por esse meio colher a vantagem que perderam naquele.
Será o caso deste caso? É mais que provável e passo a expor.
O artigo começa pela enunciação de factos que constam no acórdão, mas não de todos eles. Apenas meia dúzia para apresentar um contexto espaço-temporal. As demais circunstâncias obrigatoriamente pendentes na decisão ficam omissas, nomeadamente as que explicam e apresentam o contraditório.
O julgamento mediático, jornalístico, ao contrário do judicial dispensa tal contraditório, dispensa qualquer isenção e imparcialidade e dispensa a objectividade.
Ao longo do artigo será escusado procurar a versão do arguido acusado, do seu defensor ou das prova que existirão em seu favor. Como principal defensor deste é apresentado o juiz relator do acórdão, abertamente acusado de parcialidade e deturpação dos factos.
Embora estas circunstâncias resultem da leitura apressada dos argumentos da "assistente" são os mesmos dados como a expressão da verdade e por isso da imputação ao juiz na primeira página que o desgraçado Dinis ou alguém por ele, ao Domingo assim permitiu: os "juízes duvidam que uma mulher autónoma possa ser vítima de violência doméstica", topam a mensagem? É este o meio:
A primeira reacção recolhida à decisão é a de uma "investigadora do Centro Disciplinar de Estudos de Género da Universidade de Lisboa, docente no Instituto Universitário da Maia, presidente da Associação Plano I", Sofia Neves: "é arrepiante", sem mais. Ou com mais este molho: " o texto está carregado de estereótipos, de preconceitos".
Para bem ser, em vez desses putativos preconceitos seria melhor o preconceito ao contrário, alvitrado pela esotérica Isabel Moreira: meter medo aos homens, após uma denúncia de qualquer mulher por violência doméstica.
O que estas feministas pretendem é apenas isso: trocar o velho ditado, fruto de sabedoria antiquíssima de "entre marido e mulher não metas a colher" pela asserção modernaça da vitimização da mulher e punição do homem investigado por método inquisitorial. Não há contraditório admissível a quem agride uma mulher, desde que esta o declare como tal. A culpa incumbirá sempre ao agressor e o ónus da prova de inocência também.
No artigo diz-se que não foi possível ouvir o magistrado que acusam de malfeitoria porque este explicou que o não pode fazer, por reserva. Não importa, porque essa reserva não se aplica ao jornalismo trash que se pratica em prol de uma causa benemérita: o feminismo activista. O juiz em causa, apesar de a decisão ser colectiva, aparece com nome posto e a insinuação de que o CSM tem que se pronunciar sobre o caso escandaloso, tal como fez no outro caso da Relação do Porto. Assim, claramente.
E que mais resta dizer deste julgamento mediático, apenas com prova da acusação? Que este jornalismo é um nojo? Fica implícito. Que é incompetente? Fica dito. Que é preconceituoso no limite das contradições em que se coloca? Fica esclarecido.
Um julgamento judicial parte de uma acusação com delimitação do objecto processual e com as provas tarifadas que são apresentadas e debatidas em audiência pública. Esta decorre em imediação, ou seja, com todas as pessoas cara a cara, em princípio e aí se avalia o que depõem e de que modo, ou seja qual a veracidade do que dizem ou desdizem. Pode ser um método falível e até no caso concreto o poderá ter sido mas ainda não se arranjou um método melhor. Será este jornalismo de causas, o preferido para se substituir àquele?
A dinâmica de um julgamento deste teor com factos em causa, só poderia ser sindicada com a repetição da visualização de toda a audiência que ficasse gravada em video e mesmo assim, ficariam dúvidas, no final relativamente à credibilidade de testemunhas e depoimentos e portanto dos factos apresentados.
Três juizes em julgamento efectuado deste modo serão sempre infinitamente mais capazes de avaliar os factos do que o depoimento avulso de cinco feministas convictas de que um agressor doméstico é culpado ipso facto, tendo em conta que o fazem lendo o que aqueles escreveram sobre o que presenciaram em audiência. Ainda por cima sem qualquer contraditório que aqueles observaram e atenderam.O arguido, aqui, não existe como entidade susceptível de defesa. Tal como nos piores momentos da Inquisição é apenas um condenado de preceito porque afinal é culpado que não foi capaz de demonstrar a inocência perante uma acusação da vítima. Fogueira com ele!
Se uma jornalista não percebe isto devia mudar de profissão porque não percebe nada do que anda a fazer. Ou então percebe demasiado do que não devia fazer: jornalismo de causas contra alguma coisa. No caso, os homens.
Mas não nos admiremos se uma delas vier a enfiar uma burca inteirinha.Afinal a barriga e a vagina são delas...e querem-na dar a quem muito bem entenderem estando ou não casadas...depois?ora ora morrem...
ResponderEliminarFinalmente, o progresso começa a apanhar-nos.
ResponderEliminarBem pode o José explicar e re-explicar. É perfeitamente irrelevante.
Melhor se faria em divulgar que são os pais - os pais de "género" masculino - destas auto-intituladas feministas de terceira (diz que são a terceira vaga de feministas).
Fica uma nesga do quotidiano familiar de uma delas.
http://p3.publico.pt/actualidade/sociedade/24363/roupas-de-todas-cores-divisao-de-tarefas-para-eles-igualdade-de-genero-e
“O Rui teve todos os tipos de brinquedos e vestiu roupas de todas as cores”, deslinda. “Ele tinha um babygro cor-de-rosa. Sempre que lho vestia, havia algumas tensões na família, porque não era suposto um bebé rapaz vestir um babygro daquela cor.” Não deixou de lho vestir por causa disso.
À medida que o filho foi crescendo, Sofia foi notando que havia nele algum desconforto com a paleta de cores do vestuário. Certo dia, já em idade escolar, o rapaz foi confrontado por colegas por usar uma T-shirt cor-de-rosa.
“Eu senti que aquilo lhe estava a causar algum mal-estar. E não o obriguei a voltar a vestir aquela T-shirt.” E ele nunca a escolheu. Não houve drama. “Veste aquilo que ele quer. Se for cor-de-rosa, muito bem. Se não for, muito bem na mesma.”
ou também
Esperam que Rui aprenda com o exemplo e com as conversas. Participa nas suas tarefas - põe a mesa, limpa a louça, faz a cama. “Desde muito cedo, começamos a falar com ele sobre questões LGBTI, normalização da diferença.
Em suma, auto-intitulada feminista resolve vestir o filho de cor-de-rosa para "normalizar a diferença" e, um belo dia, a diferença confrontou o filho da escola e ele deixou de usar cor-de-rosa.
O eterno retorno do concreto...
Gente que faz dos próprios filhos meras cobaias para experimentação, o que não fará dos filhos dos outros...
ResponderEliminarCasos clínicos, todas essas tipas.
ResponderEliminarAutoriza-nos a especular sobre a "normalidade" das respectivas infâncias...
ResponderEliminaras t-shits cor-de-rosa são exclusivo das e dos militantes sociais-fascistas do largo dos ratos
várias mulheres de diversos extractos sociais disseram-me 'cobras e lagartos' das feministas, fufas etc
bem tenho coragem para reproduzir o que ouvi quando trabalhava na indústria
e quando reformado frequentava bibliotecas universitárias
Jpsé
ResponderEliminarcreio que tem interesse, se ainda não leu, verificar na entrevista do Duque de Bragança a passagem onde menciona Marcelo Caetano e a independência de Angola
casualmente em Roma em 2005 tive oportunidade de conversar com SAR durante 1h
encontrei uma pessoa simples com profundo conhecimento directo dos factos
muito objectivo
a anos luz do burgesso do antónio das mortes
último degrau de baixaza com quem ninguém é comparável
Esta presunção de inocência das mulheres e de agressor o homem em Espanha punha os maridos na rua e na mendicidade: bastava uma queixa para terem que sair de casa e ficarem sem amparo. No leste uma mulher que queria meter em casa o amante acusava-o de atividades subversivas.
ResponderEliminarO feminismo falhou: agora é uma caça descarada ao homem. São cada vez menos mas muito eficientes e com boa imprensa.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOnline mudaram juízes para tribunal "Tribunal duvida que mulher autónoma possa ser vítima"… que pasquim indecente.
ResponderEliminarEssa da t-shirt cor-de-rosa deve ser retardada… coitada da criança.
ResponderEliminarOnde está a entrevista de SAR Floribundus? Eu gosto de D. Duarte, profundo conhecimento é uma boa descrição. Está a anos de luz do Costa, Marcelo e quejandos.
JRF, aqui:
ResponderEliminarhttp://24.sapo.pt/atualidade/artigos/alguns-presidentes-perceberam-que-o-papel-que-o-pais-quer-do-chefe-de-estado-e-o-de-rei
A passagem em questão:
«Fui útil lá fora. Aqui os políticos não me ouvem muito. Não lamento. Recordo-me da minha proposta para o Ultramar em que propus uma espécie de Commonwealth. Organizei uma lista de candidatos para as eleições de 1972. O Marcelo Caetano expulsou-me de Angola, fui também expulso de São Tomé onde estava a organizar uma lista de candidatos à Assembleia Nacional. Marcelo Caetano tinha razões que eram muito pouco patrióticas. Já tinha negociado com os EUA e África do Sul para a independência de Angola. Não era aquilo que interessava aos angolanos. Em 1975 tentei aproveitar as liberdades democráticas, mas fui impedido. Em São Tomé fui expulso três vezes.»
Só um acrescento a esta temática excelentemente retratada pelo José:
ResponderEliminaré um absurdo que existam cadeiras universitárias dedicadas a estudos feministas ou de género. É o fim do Saber, da Erudição e um atentado à inteligência. Deixa-se de estudar coisas importantes e veiculadas pela tradição académica para se entorpecer a mentes com aqueles "estudos".
Obrigado ao Floribundus e ao Muja pelo alerta ‘a entrevista do D. Duarte.
ResponderEliminarUm comentário “lateral”: como é possível que a entrevista termine naquele ponto? D. Duarte refere “razões pouco patrióticas” de Marcelo Caetano, um acordo com os USA e os sul-africanos e o jornalista não se lembra de perguntar que razões eram essas e quais os termos do alegado acordo nem a fonte dessas afirmações. O jornalismo a que temos direito...
Miguel D
Estive 3 ou 4 vezes com o pai de SAR no Palácio de S.Marcos nos 1°s de Dezembro, era a chamada Romagem Monárquica.
ResponderEliminarSaíamos de manhã da Praça de Lisboa e lá iamos de autocarro; bandeirinha na janela e a próxima paragem era o Hotel da Cúria onde almoçavamos; de seguida romavamos ao Palácio onde um aglomerados de monárquicos entre vivas ao rei lá iam beijando a mão de SAR. A Causa Monárquica no Porto ficava na Rua das Carmelitas, onde de vez enquanto havia palestras abordando o tema e a superioridade da monarquia.
Tinha amigos jovens como eu que eram monarquicos
Continuado: Um deles, o pai tinha uma relação de amizade com o Conde Cária.
EliminarRecebia pelo correio o jornal O Debate o que me valeu na juventude entre vizinhos o apelido de monárquico
Em determinado momento já homem crescido me interroguei porquê a Monarquia e a resposta que encontrei é que teria sido por snobismo.Coisas de juventude...
Como pode ver muja, satisfaço-lhe uma.sua curiosidade há duas ou três semanas atrás mas, sem inquérito.
O tal "fruto de sabedoria antiquíssima de "entre marido e mulher não metas a colher", resultou na última década em quase 500 mulheres mortas. Será que faz algum sentido mantê-lo ou sequer defende-lo ?
ResponderEliminarA maioria certamente por quebra de contrato de exclusividade...
ResponderEliminarAdelino,
ResponderEliminarobrigadinho.
Tem de arranjar a net do shopping, que lhe anda para aí a trocar os acentos todos...
Uma questão para reflectir: quem lhe garante que, tendo sido monárquico por snobismo, não deixou de o ser pela mesma razão?
Essa questão da independência de Angola é um mistério. É a segunda ou terceira vez que leio essas alegações, mas nunca vi isso esclarecido em lado nenhum...
ResponderEliminar"O tal "fruto de sabedoria antiquíssima de "entre marido e mulher não metas a colher", resultou na última década em quase 500 mulheres mortas. Será que faz algum sentido mantê-lo ou sequer defende-lo ?"
ResponderEliminarDiz muito bem: na última década. E antes disso que tal a estatística?
Arrisco um número abstracto: bem um quinto dessas mortes acontecia.
Por algum motivo será, mas parece que quem saber tudo anda muito mal informado.
Porque é que as mortes entre cônjuges dispararam na última década?
ResponderEliminarUma razão será, logicamente essa, a de que antes não havia queixas e as mulheres comiam e calavam.
Talvez, mas entra de novo a estatística: haveria mais violência doméstica que hoje, quando o divórcio era menos fácil e os casais aturavam-se um ao outro?
Estes problemas não são assim tão simples de enunciar e resolver.
O que será preferível: intervir o Estado só em casos muito graves e aliás conhecidos das vizinhanças e familiares; ou em todos os casos em que haja queixa por dá cá aquela palha?
ResponderEliminarHoje em dia o que acontece?
O caso Carrilho/Bárbara justifica-se como reality show de violência doméstica?
ResponderEliminarHá por aí um finório bem conhecido que é um bebedolas e arreava na mulher, de modo mais soez que outros.
Porém, a esse ninguém denuncia.
Muja,
ResponderEliminarO período 72-74 é dos mais interessantes da nossa história moderna, há muitos factos por contar (a tese do Forte de Massangano, por ex.). Até porque às próprias Forças Armadas do pós 74 não interessou nunca aprofundar alguns assuntos.
Uns familiares da minha mulher que viviam em Lourenço Marques dizem que chegou a estudar-se um plano paralelo ao acordo de Lusaka entre o Jorge Jardim e o Kaunda. Esse plano implicaria uma transferência de poderes para a Frelimo, que faria a sua capital na Beira. Os portugueses permaneceriam em Lourenço Marques numa espécie de região autónoma ligada à Metrópole. E que tal nunca foi aventado em Angola por causa da muito maior dispersão dos portugueses por todo o território, ao contrário de Moçambique, onde a concentração em Lourenço Marques era notória e a presença da Frelimo era insignificante.
Miguel D
Que exagero! Acerca de vírgulas, pontos e afins já aqui disse o sistema que utilizo.
ResponderEliminarLeve lá a taça conde de Caria. ;-)
25 Abril?Entregas de tudo o que tinha preto e não era nosso?Limpeza étnica dos brancos e sem bens?Deixem-se de teorias de conspiração.A realidade é que coisa foi provocada.Todos sabiam das movimentações provocadas por um decreto e ninguém o quis alterar.Logo...
ResponderEliminarQue a coisa com a queda do Vietname ia ficar mais preta ia.O Salazar foi demasiado humanista e alimentou bem todos os inimigos amigos da ex-URSS que lhe sobreviveram e fizeram o que fizeram.Nomeadamente uma dívida de 7165 toneladas de ouro que a ser pagas com garrafas de vinho e chouriços vai demorar séculos a pagar...
Bonita terra, Caria. Já lá estive.
ResponderEliminarMas não vi o conde...
Agora?Ora ora temos que salvar os pretinhos todos que se apresentem...
ResponderEliminarInteressante a entrevista… não concordo com o "trabalho extraordinário" de Marcelo, enfim, o homem tem uma aura e é preciso perceber a popularidade. Dom Duarte é dos poucos portugueses que me interessam.
ResponderEliminar"Há concelhos em que a única atividade remunerada advém das câmaras municipais.", grande verdade.
Não viu porque olha por um funil encostando o círculo maior ao globo ócular. Vire o funil ao contrário eheheh
ResponderEliminar(,,)Logo ao lado visite a Igreja Matriz da Imaculada Conceição, barroca, dos inícios do séc. XVIII, com um notável altar de talha dourada, finamente elaborada, com tecto de caixotões com trinta e dois retábulos pintados. Veja ainda o núcleo do casario junto ao solar setecentista dos Quevedo Pessanha, mais abaixo encontrará o Solar dos Condes de Caria, este do séc. XIX.
Duração: 1 dia. Distância Total: 25 Kms.
Na terra de Pedro Álvares Cabral...
Um passeio a pé ao longo do centro histórico de Belmonte
Que engraçado o Adelino falar no Conde de Caria. Conheci o então Conde no princípio dos anos sessenta, por intermédio de amigos dos meus Pais. Ele já terá falecido, calculo. Eu era muito novita o Senhor já teria nessa altura talvez cinquenta ou mais anos. Não faço ideia quem foi o seu sucessor nem quem é o actual Conde. O Adelino sabe?
ResponderEliminarHá alguns anos estive em Belmonte mas quase de passagem. Foi demasiado pouco tempo para visitar o que quer que fosse, muito menos o Palácio dos Condes de Caria - mas mesmo que o tivesse não sabia que os Condes tinham lá um Palácio - e porventura outros edifícios antigos que mereceriam bem a pena visitar ou pelo menos observar as fachadas, já que me pareceu estar Belmonte recheado deles.
Maria, como disse acima o pai de um amigo meu é que tinha relação com o Conde de Caria.
ResponderEliminarProcurei no Google "C.Santos-automóveis Mercedes-porque tenho uma vaga ideia que o Conde estava na Direcção da empresa nos anos 60s mas nada encontrei
Por vezes é preciso insistir para se fazer mais um pouco se luz
ResponderEliminarA Sociedade Comercial C. Santos, Lda. ...
Constituída em 1946, a Sociedade Comercial C. Santos fez parte do grupo de empresas que, mais tarde, passou a ser detido pela “Holding” EMINCO que, em determinado momento, abrangia áreas tão diversas como importação e venda a retalho de produtos das marcas Mercedes-Benz, British-Leyland, Castrol e Massey-Fergusson, aluguer de viaturas (Avis Rent-A-Car), etc.
Assim, a 11 de Janeiro, a Sociedade Comercial C. Santos inicia a sua actividade tendo como sócios, entre outros, a “C. Santos Limitada”, detentora da representação Mercedes-Benz, com sede em Lisboa e então detida, maioritariamente, pela família Mendes de Almeida, tendo o Senhor Conde de Caria outorgado a escritura de constituição da sociedade, em sua representação.
A sede social da empresa situou-se na Rua de Santa Catarina, com o capital social de 600.000$00, local onde permaneceu durante 42 anos, mais concretamente até 1988. As oficinas funcionaram na Rua de Santos Pousada até 1958.
Adelino, muito me conta. Seria então esse Conde de Caria aquele que conheci. Ele era também sócio, creio não estar enganada ou então era colaborador assíduo, de uma Agência de Publicidade cujos sócios, outros, eram o Dr. Mimon Anahory e o Dr. João Salgado, este Administrador das Cªs. de Seguros Bonança e Tranquilidade. Esta Agência de Publicidade tinha como director o pai do Costa, Dr. Orlando Costa. Este era comunista mas, esperto que nem um coral (transmitiu ao filho a esperteza saloia e o oportunismo em que este é useiro e vezeiro), trabalhava para gente muito rica... como não podia deixar de ser!...
ResponderEliminarEssas Sociedades de Automóveis de que fala também não me eram nada estranhas. Tenho uma vaga ideia de haver um Stand onde se vendiam essas belíssimas marcas que refere, sita na Av. da Liberdade, próximo dos Restauradores e se não estou em erro tinha justamente o nome "Mendes de Almeida".
Conheci uma personagem desta família muito bem, mas era nessa altura uma pessoa bastante nova e portanto não é de certeza o mesmo que cita. Esse Mendes de Almeida (dono do Stand) deve ter sido um seu familiar mais velho, talvez o pai, tio ou avô.
Julgo que o Conde de Caria que o pai do meu amigo conhecia deveria ser este:
ResponderEliminarBernardo Viana Machado Mendes de Almeida, 4.º Conde de Caria
Data de nascimento: 8 Junho 1912 (87)
Local de nascimento: São Sebastião da Pedreira, Lisboa
Falecimento: circa 1999 (82-90)
Família imediata:
Filho de Boaventura Freire Côrte-Real Mendes de Almeida, 3.º Conde de Caria e Maria Emília Freire Corte Real Viana Homem Machado, 3ª condessa de Caria
Marido de Maria Carlota de Sousa e Faro de Lancastre
Pai de de Lancastre Mendes de Almeida; de Lancastre Mendes de Almeida e Isabel Maria de Lancastre Mendes de Almeida
Irmão de Maria do Carmo Viana Machado Mendes de Almeida; Maria Emilia Mendes de Almeida Abecassis; Fernando Viana Machado Mendes de Almeida; Maria Eugénia Viana Machado Mendes de Almeida e Boaventura Viana Machado Mendes de Almeida
Managed by: Eduardo Cardoso Mascarenhas de L...
Last Updated: 4 Dezembro 2016
Que interessante esta parte da árvore genealógica desta família.
ResponderEliminarMas o Adelino sabe a que ramo pertence a Mafalda Mendes d'Almeida, que era a autora daquele programa giríssimo "Contra Informação" emitido pela RTP há anos e que, segundo a própria, foi repentinamenre suspenso sem ela perceber o motivo.
Se calhar por gozar e bem com toda a classe política, digo eu...
Esta senhora está directamente ligada ao Salvador Mendes d'Almeida, aquele rapaz que ficou tetraplégico ao dar um mergulho e que fundou uma Associação com o seu nome, não é assim?
E o Adelino tem alguma ideia qual o parentesco com os citados, de um Mendes d'Almeida que pouco antes do 25/4 foi enviado por Marcelo Caetano, mais uns poucos de jornalistas, a Moçambique para verificar qual o "estado de alma", digamos assim, daquelas gentes e qual o seu sentimento em relação aos portugueses/brancos e ao Portugal europeu. E se tinham detectado rebeliões ou revoltas do povo contra os portugueses e contra a Metrópole?
Lembro-me de ter visto esse rapaz relatar o que lhe foi dado ver e sentir, no seu regresso à Metrópole, numa entrevista dada à RTP. Disse que nunca tinha visto revoltas ou má-vontade dos autóctones em relação aos brancos que lá viviam, antes pelo contrário constatou ter visto um povo pacífico e de haver paz por todo o Território por eles percorrido de uma ponta à outra.
Interessante e significativo este relato feito por quem visitou aquele Território pouco antes do 25 de Abri...
Em relação às suas dúvidas Maria, só lhe posso dizer que não sei.
ResponderEliminarNo caso de ainda estar acordada, desejo-lhe uma noite feliz
Obrigada Adelino pela sua atenção e pelas excelentes informações que aqui deixou e que muito me agradaram, mais do que imagina. E boa-noite para si também.
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