Público de hoje:
Se fosse uma editora privada, ainda vá que não vá. Assim, é o dinheiro público que vai sustentar esta mordomia maçónica que ninguém vai ler. As obras completas de Mário Soares têm tanto interesse como as do marquês do Lavradio. Porventura, menos ainda e é assunto de nicho.
Pelo contrário, as obras completas de Salazar estão no limbo de uma editora privada de Coimbra, vendidas por correspondência e completamente esquecidas da bem-pensância dos historiadores de coelho guisado.
Por isso, para comprar estas obras em alfarrabistas é preciso esportular centenas de euros...e não há muitas à venda.
Quanto à importância, qualidade, interesse ou valor intrínseco nem vale a pena comparar...
De resto a Imprensa Nacional tem, de algum tempo a esta parte ocupado certamente muitas horas e muitos salários públicos de certas chefias, a escolher as obras magnas que deitam em modo avulso. Enfim, um sinal dos tempos que vieram com o 25 de Abril de 1974 em que predomina o nepotismo, a cunha, o compadrio e afinal, o conformismo.
A Imprensa Nacional nem sempre esteve ligada a estas tarefas e a sua história é antiga, tendo como função a publicação de diplomas do Estado, mormente o então Diário do Governo, agora Diário da República e outras publicações da Administração Pública ou de órgãos de soberania. Era uma empresa pública e é-o há muitas décadas.
Em 1972, o Quarto Ano de Governo de Marcello Caetano publicou o Decreto-Lei 225/72, em 4 de Julho, fundindo a Impensa Nacional com a Casa da Moeda e nacionalizando esta última. As razões para tal foram então explicadas no Livro referente a esse Governo, publicado pela Secretaria de Estado da Informação e Turismo- Direcção-Geral de Informação e impresso em Dezembro de 1972... na Empresa Tipográfica Casa Portuguesa, Sucessores, Lda, Lisboa. Não, não foi na Imprensa Nacional-CM...
Coisas antigas que agora não se explicam porque não se compreendem, na historiografia dos guisados.
Se alguém quiser saber a história da INCM, o nítido pode saber algumas coisas. Esta que agora informei não saber, porque só referem a vol d´oiseau o que ocorreu em 1972, com a junção das duas entidades, sem mais.
Nem guisar sabem. Abafam e estufam tudo.
Esta publicidade é do Sec. Ilustrado de 26.12.1970, antes da "fusão" da Imprensa Nacional com a Casa da Moeda.
Salazar é o diabo.Já O soares é o pai de muitas pátrias e distribuía um envelopinho com pocket money aos amigos convidados a ir assistir a montar tartarugas...
ResponderEliminarSerá que incluirão os contos proibidos?
podiam incluir
ResponderEliminaro livro de Rui Mateus
quem comprar um exemplar leva de graça o resto da edição
Almada Negreiros
ResponderEliminarmanifesto anti Dantas
actualmente não seria publicado
« UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS A CAVALO É UM BURRO IMPOTENTE!
UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS À PROA É UMA CANÔA a SECO!
O DANTAS É UM CIGANO!
O DANTAS É MEIO CIGANO! »
Soares foi o fundador de um regime que dura há 40 anos.
ResponderEliminarNem que fosse pelo interesse histórico obviamente que tinha interesse.
Mas obviamente que tentar explicar isto a cabecinhas de alfinete que "ostracizam" tudo o que não seja salazarista ou nazi e fazem gala de ser totalmente ignorantes e ignorar o resto do mundo é tempo perdido.
Até parece que não há uma fundação com o nome do velho Soares capaz de financiar a edição do que ele obrou...
ResponderEliminarAdenda: Há coisa de um ano, estava na casa de um cliente e vi um exemplar do livro de Rui Mateus na sua secretária. Senti-me tentado a fotografá-lo para ficar com uma prova documental da sua existência - começava a pensar que se tratava de uma lenda urbana, como o Necronomicon de H. P. Lovecraft.
A Censura editorial no país não permite essa reedição. Só há em alfabrrabistas, relativamente barato, aliás.
ResponderEliminarE virtualmente também se pode ler, mas com menos interesse.
Nas montras de livrarias actuais é que nunca por nunca.
No fundo a tese é simples: Mário Soares não passou de um corrupto. E dos grandes.
ResponderEliminarQue editem. Assim fica para a posteridade o registo de tal nulidade - e finalmente o aborto ortográfico tem algum uso, pois é adequado ao registo e à personagem.
ResponderEliminarIsso é que me incomoda mais.
Queria ler o Padre António Vieira, e fui ver o que se encontrava por aí. Pois já praticamente só há edições em abortês - incluindo a Obra Completa.
Há uma edição dos Sermões dos anos 50 que ainda se por aí encontra - por centenas de euros. Lá terá de ser...
Não compreendo como alguém que edita tal coisa pode contemporizar - se é que não são fervorosos adeptos - com aquela bosta.
E para quê? Para quê?
Já não vou na tese do dinheiro, nem dos interesses, nem de nada. Estou convencido que fizeram só para estragar.
É aliás, o propósito dominante de todos os tarados da mudança - primeiro que tudo, estragar o que está.
Fala-se deste Soares e a harmonia volta rapidamente ao blogue. Estou de acordo com toda a gente, menos o Floribundus (lamento, mas lixo já tenho muito em casa) e há um com nome de apóstolo que não li.
ResponderEliminarMas este fulano tem "obra"? E "completa", ainda por cima? Eh, eh... anda tudo na reinação, a construir um país a brincar.
ResponderEliminarÉ uma pena não termos editores independentes com massa, para publicarem aquilo que o país precisa de ler (se é que ainda sabe ler).
Anjo, o problema não é falta de massa, é falta de outra coisa, designadamente tomates — eram todos muito fortes e corajosos, mas era contra o fassismo. Alguém apontou uma pistola à cabeça aos editores que temos, para acorrerem em massa a adoptar o aborto ortográfico? Tudo muito privado, jornais, revistas, livros, etc. mas depois ninguém age de forma independente. Porque vamos a ver está tudo dependente do estado que temos.
ResponderEliminardie Welt
ResponderEliminarAngela Merkel führt die CDU an den Abgrund
Angela Merkel lidera a CDU para o abismo
estamos à sua espera
Se fosse o livro de Rui Mateus, era bom, escusava de ter um tipo sebenta dos anos setenta, mas que deu para ler.
ResponderEliminarA INCM, á semelhança das outras editoras e pasquins, faz mais um frete, o aborrecido é que vai ser pago com o meu dinheiro também.
O que pensará o Dr. Rui Mateus, do circo da naçãozinha.
A esse pagaram-lhe para deixar de pensar.
ResponderEliminarE esconder-se, a gozar os milhões das trambiquices que denunciou e outras que nem tocou.
ResponderEliminar"Angela Merkel lidera a CDU para o abismo"
ResponderEliminarMas Floribundus, o que acha do carácter duma política que nasceu, cresceu e foi educada na Alemanha de Leste e não obstante os mundialistas terem-na ido buscar para assumir o cargo de Chanceler, o mais importante cargo político do seu país, que aliás detém há imensos anos (contra a vontade de grande parte dos eleitores alemães) com o patrocínio da dita seita? Não está aí tudo explicado?
Não esquecer que o farsante e oportunista MRPP-Durão Barroso, depois de ter sido subversivo e incendiário durante o PREC e portanto traiu a sua(?) Pátria, teve o percurso político que conhecemos atingindo o cume ao ser-lhe oferecido de mão beijada um dos cargos de maior importância na U.E. E depois, se já não fôra pouco, como paga dos inexcedíveis trabalhinhos efectuados durante o PREC, ofereceram-lhe um lugar de topo num dos mais importantes Bancos norte-americanos, sendo este um dos que controla as finanças das democracias do mundo inteiro incluindo os da U.E.
Então, tem valido ou não ele ter-se juntado à extrema esquerda logo na juventude e tornado membro da maçonaria ao ter atingido a idade adulta? Claro que sim e foi melhor do que ter acertado no euro-milhões duas vezes seguidas. Como político não vale nada e como português foi e é um traidor à Pátria.
Esqueci-me de acrescentar uma coisa inacreditável. E foi este cínico e indigno político presidente do PSD, maior escândalo não podia haver, embora tenha-o sido por pouco tempo. Pudera!, esperava-o outro cargo muito mais importante e muito melhor remunerado e neste caso não podia nem iria recusar.
ResponderEliminarIsto depois deste malandro ter traído a Pátria ao ter permitido, em conluio com Aznar, com o pulha Bush-filho e o Aldrabão Blair, a passagem secreta de armas através da nossa Base das Lages - e portanto do País - para o Irão, armas embargadas pelo Ocidente como é sabido.
Um traste e um grandessíssimo velhaco, este Durão Barroso. Um nojo de pessoa.
Tem razão, Joserui. Aquilo do aborto ortográfico foi imposto com uma mera resolução do conselho de ministros (escrevo de propósito com minúsculas). E foi tudo a correr adoptar... professores e tudo.
ResponderEliminarO ministro da cultura de então, um lacaio de sócrates, estava convencido da estatura da obra que deixava. Um pedanteco. Numa confer na FDUL sobre património cultural, veio à baila a Língua Portuguesa enquanto património. Lancei a questão. Desatou a perorar como se percebesse alguma coisa de linguística. Quando chegou aos diacríticos, o ignorante atreveu-se a afirmar que não faziam falta nenhuma, que até os estudiosos do princípio do século tinham percebido isso e abolido o trema em 1911. Interrompi-o de propósito para lhe lançar "É falso! O trema só foi abolido em Portugal em 1945." Tinha de ver a cara do fulano, à procura, na audiência, da voz que se atrevera a contestar tamanha sumidade. Quando me localizou, deitava chispas. Mas não se atreveu a contestar, não fosse eu ter razão. Disse 2 ou 3 babosices e continuou. Fiquei feliz. Pelo menos passou por ignorante (que é) e a sua segurança de orador ficou um bocadinho beliscada, eh, eh...
É este coiso:
http://www.tvi24.iol.pt/politica/pinto-ribeiro/o-adn-do-novo-ministro-da-cultura
Um vaidoso imbecil. Deu-me cá um gostinho meter-me com a eminência parda que me apeteceu abrir champanhe quando saí de lá, eh, eh... tinha de ver como ressoou o meu "É falso!" num anfiteatro em silêncio com quase 150 pessoas, técnicos do património cultural, etc. Mas ninguém sabia aquilo. Eu sabia e era a minha munição. Quando me apercebi de que era aquele o fulano responsável pela patifaria, só ansiava por uma ocasião para o humilhar. Se me tivesse deixado falar mais, eu dizia-lhe mais coisas que ele não sabe, o pateta. Mas aquilo era só para ouvir, sem período de perguntas. Eh, eh... pra contar um dia aos meus netos ao serão... badamecos!
Alguém que informe o INCM se que a reputada Fábrica de Papel Renova "edita" rolos de papel com muito mais interesse, utilidade e geral aceitaçaõ do que "aquilo" que se apresta a pôr no mercado.
ResponderEliminarNota : Ângela Merkel nasceu em Hamburgo, filha de pastor luterano.
Ainda muito criança, o pai foi colocado numa paróquia dos arredores de Leipzig, o que põe em causa a ausência de culto na RDA.
Curiosíssimo , este pai , atendendo à época e às condições históricas/geopolíticas :
tinha um automóvel atribuído , sem limite de combustível, e um salvo-conduto que lhe permitia deslocar-se livremente entre (pelo menos) as duas Alemanhas.
Um "cheirinho" a Le Carré, convenhamos...
"de que".
ResponderEliminarMea culpa
Sinto-me profundamente indignado com a comparação! Mas que ofensa ao Marquês do Lavradio... Além do mais também era Conde de Avintes, de onde é natural este indignado signatário.
ResponderEliminarE quais sãos as obras completas do marquês? São conhecidas? Interessam a alguém?
ResponderEliminarA comparação fez-se em termos de notoriedade, apenas. E na ausência de interesse das respectivas obras, para o vulgar cidadão.
ResponderEliminarAnjo, diz que o coiso era "grande amigo de Mário Soares" o que fica sempre bem na bio. De resto chapeau, não tenho essa facilidade. Ficava calado a assisir e revoltado, vinha para aqui queixar-me!
ResponderEliminarJosé, o meu infalível detector de ironia detecta-a neste Estrangeiro — mas posso estar a falhar! :)
Se assim for dobro-me em pedidos de desculpa.
ResponderEliminarPela minha estupidez em não detectar a ocasião para uma boa risada.
ResponderEliminarJoserui, não lhe passa pela cabeça a arrogância do coiso. Dá mesmo prazer deitar aquilo abaixo. E pensar que são estes fdp os responsáveis pela caos ortográfico que se gerou... uns ignorantes.
ResponderEliminarSe arranjar algum exemplar (já só alfarrabistas e algumas bibliotecas públicas), espreite o Tratado Ortográfico da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves. Outra coisa que nunca se reeditou... um linguista a sério! Sozinho, escreveu aquilo que nem uma equipa de lexicógrafos pagos a peso de outro consegue, além de ir lá a correr copiar (mal) uns parágrafos. Algumas regras podem hoje ser menos actuais, mas a verdade é que até o português em que aquilo está escrito é de comer e chorar por mais...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Ortografia_da_L%C3%ADngua_Portuguesa
https://www.traca.com.br/livro/471665/tratado-de-ortografia-da-lingua-portuguesa
Não sei se foi banido por ser também do temo do fassismo, eh, eh...
A Gulbenkian editou algumas outras coisas dele, mas, por causa dos direitos de autor, não inclui o tratado:
https://www.wook.pt/autor/francisco-rebelo-goncalves/2921
Já não há filólogos destes!
Queria dizer "ouro" e "tempo"... influências da ignorância do coiso, que é contagiosa, eh, eh...
ResponderEliminarPassa. Todo ele tresanda a arrogância. E vaidade. Vou tomar nota disso… não entendo porque na wiki diz que viria a ser base para o acordo ortográfico de 1990. Mas não conheço nem o autor, nem a obra.
ResponderEliminarViria a ser a base porque os grandes filólogos que temos hoje foram lá copiar o essencial e depois alteraram o que queriam. Até o articulado foi copiado, nalguns casos mal, porque se enganaram na pontuação, etc.
ResponderEliminarPara não estarem a conceber de raiz um texto, que é coisa que dá trabalho, usaram o do RG e fizeram "copy&paste" para aquilo ter um esqueleto básico e parecer menos mal amanhado. Até nisso foi ridículo! Um fulano da Academia das Ciências...
O trema foi mesmo foi introduzido em 1911 !
ResponderEliminarNinguém sabe nada de nada de Gonçalves Vianas nem de Rebelos Gonçálveses neste tempo de atrasados mentais.
Vede: http://biclaranja.blogs.sapo.pt/noticia-de-ma-nota-na-leitura-1204826
Um ministro ignorantão e um académico de número ... De circo.
É de fugir.
E porque me cortaram o pio, senão teria dito que o francês e o espanhol o usam por alguma razão. E até lhe perguntava qual era, a ver se o fulano sabia responder. Só intervim porque me enfureci quando vi a personagem a debitar falsa sabedoria e soube que era o tal... nem sequer tinha ouvido falar nunca dele como ministro, quanto mais da Cultura!
ResponderEliminarE se ele sabia que um dos delegados do Brasil, salvo erro o Olavo Bilac, chorou lágrimas de crocodilo num dos prefácios ao Tratado, a dizer que nunca mais "saudade" significaria o mesmo sem o trema, e, a seguir, o Brasil fez o que estava correcto: não o aboliu. Uma prova mais de que acordos com gente daquela, além de absurdos enquanto tentativa de regulação de duas normas em divergência acelerada, são para esquecer.
O que me enraivece é que ninguém lhes fez frente a assar-lhes o juízo devidamente. Escrever e publicar não serve. Era preciso ir com uma ardósia e giz à TV e expor a ignorância dos fulanos com o país a ver. Idealmente, na presença dos mesmos sob forte interrogatório, como na escola primária. Ninguém pensou nessa estratégia!