Ontem, no PS:
Hoje, no mesmo PS:
José Sócrates escreveu uma carta ao PS e decidiu entregar o cartão de
militante, deixando o partido depois de vários dirigentes socialistas —
incluindo António Costa — terem assumido publicamente desconforto com o caso judicial que o envolve.
Num artigo de opinião publicado
na edição desta sexta-feira do Jornal de Notícias, o
ex-primeiro-ministro escreve que “é chegado o momento de pôr fim a este
embaraço mútuo”, para justificar a sua decisão. Sócrates refere-se às várias declarações das últimas horas feitas por alguns socialistas ligados à atual direção do partido como “uma espécie de condenação sem julgamento”.
José Sócrates afirma-se mais uma vez vítima de uma condenação sem julgamento, coitado.
Já foi acusado, já se defendeu e agora o Partido que lhe permitiu aforrar vidinha de grande rico às custas de amigo pródigo até dizer basta que já ninguém acredita na farsa, condenou-o politicamente.
Claro, com os pós docs e mestre em aldrabice acabada, já misturou as duas realidades, a judicial e a política. E com isso vai continuando a enganar porque é daqueles indivíduos cuja realidade o ultrapassa. Acredita nas próprias verdades como se de mentiras se tratasse. É por isso que se vitimiza.
Um caso patológico que não se sabe onde irá parar. Enquanto durar a massa, vida doçura. De onde ela vem é um mistério que pelos vistos ninguém quer ver. O dinheiro não fala...
Oh Zé Pinto de Sousa. O arrependimento chegou tarde. Não te adianta nada, nem branqueias o PS. Põe é a boca no trombone pois como chefe da quadrilha deves saber bem das qualidades daqueles que escolhestes para ministros e secretários de estado. Perde o medo e mostra os tomates que tens!
ResponderEliminarà saída terá dito na qualidade de exterminador
ResponderEliminar"I'll be back"
É outro com "quarto das prendas".
ResponderEliminarEu não sei se é patológico. O que para mim é verdadeiramente demente é, na verdade, julgar alguém baseado na crença como faz aqui o José.
ResponderEliminarDiz ele que já ninguém acredita nas alegadas fábulas socretinas. A justiça não é feita por opinião popular. Se fosse todo o pm que toma medidas impopulares estaria julgado culpado.
Não é assim, obviamente. Não.encontro fundamentos probatórios para julgar antecipadamente o Zezinho. Lamento, mas apenas encontro teses, suposições e nada de provas.
Rb
Não branqueia, não...
ResponderEliminarJá está.
Quantas vezes veremos alguém lembrar aos que com ele se serviram, que o fizeram?
ResponderEliminarO simbolismo da Roda da Fortuna na arte medieval pode ser explicado através da iluminura do Hortus Deliciarum[1], com seus quatro estágios simbolizados pelos quatro personagens em torno da Roda: regnabo (“eu devo reinar”: figura em cima, do lado esquerdo da Roda, com o braço direito erguido), regno (“eu reino”: figura em cima da roda, freqüentemente coroada, para significar o reinado), reganvi (“eu reinei”: figura que está do lado direito da roda, caindo da graça), sum sine regno (“eu não tenho reino”: figura na base da roda que perdeu completamente os favores da Fortuna. Esta pessoa é as vezes completamente jogada da roda ou esmagada por esta, sem nenhuma chance de reinar de novo)[2].»
isto parece ou é 'a nave dos loucos'
muja: já esqueceu a pergunta que lhe fiz?
ResponderEliminarEra mais ou menos assim: prefere a democracia ocidental, com partidos, ou um regime em que não haja partidos?
Na Rússia o partido comunista continua a embandeirar o Estaline como grande líder.
ResponderEliminarNa Alemanha, nem falar no Hitler é possível se for para dizer bem...
Não só não esqueci, como até já respondi lá onde a pôs, ontem ou anteontem.
ResponderEliminarSem partidos. Sempre sem partidos.
ResponderEliminarQuanto a democracia ocidental, não sei o que seja. Deve ser tudo e o seu contrário.
Para nós, sem partidos - para os outros, o que eles quiserem.
Até se sorteassem os lugares no Palramento tínhamos melhores chances.
Só não respondi antes porque fui passear...
ResponderEliminarPois na Rússia fazem muito bem.
ResponderEliminarAcho que devem embandeirar quem eles muito bem entenderem. Quem não gostar, poderá ir lá pedir-lhes contas - se for capaz.
Mas na Rússia têm partidos. E eleições e tudo.
Viu como decorreu a manifestação ou não? Em ordem?
E toda a gente tinha lá lugar: nacionalistas, comunistas, anti-fachistas, lgbtistas, ruminantistas veganos, tudo em tranquilidade.
Uma coisa mesmo atrasada, imobilista e bolorenta. Eheheheh!
Nem um vidro partido, nem uma cabeça rachada, um carrito queimado, uma paragem vandalizada... nada.
Já vi. Estava já no arquivo do rolamento dos postais.
ResponderEliminarCito:
"Já o disse: a chamada 2.a República Constitucional parece-me o melhor que se fez.
É isso que eu defendo, para responder cabalmente à pergunta cabal.
Defendo mesmo sem tirar nem pôr, porque quem não sabe, o melhor é não mexer para não estragar."
Ora bem. A questão é mesmo essa: a "2ª República Constitucional" já não pode renascer. A água não passa duas vezes sob a mesma ponte.
Agora é preciso saber se a democracia é o menos mau dos regimes ou é o pior dos regimes.
Para mim é o menos mau.
Eu também sou salazarista na medida em que admiro Salazar.
Mas não sou adepto da 2ª República porque é impossível e indesejável no Séc. XXI haver um regime como o da 2ª República que teve o seu tempo e os seus méritos.
Salazar, se fosse vivo, defenderia ainda um regime sem partidos e só com uma União Nacional?
Duvido.
"Viu como decorreu a manifestação ou não? Em ordem?"
ResponderEliminarAs daqui também foram ordeiras. Sempre a abrir...
Só em França é que ainda conservam o espírito do Maio 68.
O McDonalds é que sofreu.
Tem pena?
Pois duvide à vontade. Eu não duvido nada.
ResponderEliminarEu não sou contra várias Uniões Nacionais - acho é que uma já é difícil, quanto mais várias...
Só assim por curiosidade, em que partido é entrava Salazar, nessa democracia fantástica? Ehehehe!
ResponderEliminarEsse argumento do séc. XXI é curioso.
ResponderEliminarNos meios da olte-raite referem-se a isso como CurrentYear™, para ilustrar os tarados zelotas que dizem que em pleno 2018 não é aceitável não existir casamento homo e coisas assim.
Portanto, 2ª República não pode ser por causa do CurrentYear™.
Bom, dizem que a história é cíclica. Aguardemos...
Para lhe demonstrar com argumentos válidos a razão de a democracia ser preferível tenho que estudar.
ResponderEliminarVou ler umas coisas e direi algo mais porque me interessa saber.
Até agora dou como assente mas se me procuro razões tenho dificuldade em encontrar outras que não sejam ligadas à ideia de liberdade. Ora isso é pouco...
"Para lhe demonstrar com argumentos válidos a razão de a democracia ser preferível tenho que estudar."
ResponderEliminarA democracia é a melhor solução, porque não se conhece outro regime melhor, como referiu Churchill.
O problema das democracias têm a ver, na minha opinião, na qualidade dos povos e sua capacidade em avaliarem correctamente as forças em jogo.
A única razão pela qual a democracia é o melhor sistema é a simples possibilidade de remover governantes.
ResponderEliminarImaginemos que Sócrates era o cabecilha duma replica duma 2a República. Estas a imaginar muja? Pois pois.
Não se sabe como se colocam lá pessoas, nem o critério. Não se sabe tambem como se remove o líder.
Na verdade, não se sabe nada e ninguém intervém em nada. Um tipo é designado por quem tem a força e depois pitam nele para manter cargos. O Sócrates seria um novo Salazar e teríamos de gramar com ele ate cair da cadeira.
A 2a República não é sistema. Não é replicável.
Rb
O que é a liberdade em democracia? A liberdade de ser ludibriado pela propaganda? A liberdade de ser roubado por vários clubes à vez ou em conluio?
ResponderEliminarPor que motivo tem de haver UM sistema melhor e universal? Os povos são diferentes. A forma de governo que mais convém ao bem comum e ao desenvolvimento de cada povo é a que lhe interessa. Exemplo: para que serve a democracia a regimes como a Líbia, o Egipto, o Paquistão e outros que tais? Para piorar a vida do povo, com facções a digladiarem-se e a disputarem o poder, tornando infernal a vida em comum.
As ditaduras não têm de ser tirânicas. A de Salazar não era. E serviu para pôr de pé um Estado no meio dos escombros e da palhaçada da I República. Para que serviu ao povo essa República? Prometeram mundos e fundos (escolas, direito de voto para as mulheres, etc.). Cumpriram?! Não. E que mais trouxeram ao país esses primeiros republicanos? Alguma coisa que se visse? A liberdade come-se? Enche barrigas? Constrói escolas, estradas, hospitais?
Se a ditadura promover o maior nível de bem comum, essa é a forma satisfatória de governo e de eleição para cada povo. É isso que interessa, na realidade.
Estas formas de governo tem apenas o problema de, na passagem do poder, ter de haver um mecanismo eficaz que garanta a manutenção dos mesmos objectivos de governo, a mesma importância dada ao bem comum.
De que serve uma democracia se o povo vive abaixo do limiar de bem comum e desenvolvimento em que poderia viver, se mais bem governado por outro sistema?
Pessoalmente, nem sinto que este sistema me representa, nem a mim nem aos meus interesses, nem aos dos meus semelhantes. Dão-me um suposto direito de ir a uma urna botar um papelinho que representa, supostamente uma possibilidade de escolha. Mas de escolha de quê? De qual o sabujo-mor que me vai governar?
Não percebo este empenho na bondade da rotatividade e da escolha plural se as regras do jogo estão viciadas: a propaganda, a manipulação (quase uma redundância), o marketing eleitoral, o desinteresse, a possibilidade de arranjos entre as forças em presença e a reduzida cultura política do povo corroem os fundamentos dessa forma de governo.
É que não vejo mesmo...
Anjo:
ResponderEliminarSe...
Rb
O problema reside sempre mesmo. O homem escolhido (sabe-se lá como) pode ser um moço equilibrado ou um desequilibrado.
ResponderEliminarA proabsbilidade de sair um desiquilibrado é igual em.democracia ou em.ditadura. Porem, em.democracia podemos remove-lo. Votamos noutro. Em autocracia temos de gramar com ele ate que Deus o leve. Normalmente os ditadores só saem com a morte.
Lá esta, o Salazar. O.Salazar foi necessário por uns tempos. As caratetirixas pessoais dele eram boas para o país. O problema é que as coisas mudam e o ditador envelhece. Deus fez assim as coisas, o envelhecimento, caso contrário teríamos ditadores ad eternum.
Deus deu nos um.prazo de vida precisamente para haver renovação. À medida que envelhecemos tornamo nos mais desconfiados. Arriscamos menos. Isto.significa que o.mundo não andaria para a frente. As experiências individuais não são medida universal. Aquilo que correu mal comigo pode.correr bem com outro.
Deus decidiu renovar a humanidade. Temos de fazer como deus. Renovar também quem.nos governa. Nas empresas os diretores devem rodar de x em.x tempo para permitir novas ideias . Assim.deve ser com a governance dum país.
Rb
Democracia ?
ResponderEliminarDepende da latitude, da "fauna" e das regras comportamentais/convivenciais que essa fauna foi estabelecendo ao longo dos tempos - entre as quais uma, determinante : aquela que se designa por religião.
Neste ponto, sugere-se a comparação entre católicos, a vasta nebulosa "protestante" e os cristãos ortodoxos.
Fiquemo-nos pela Europa e a sua "helenística" - e já temos pano para mangas, qual quê!, para um enxoval completo...
Com o devido respeito por quem possa ter opiniões diferentes, permito-me deixar a minha.
ResponderEliminarJosé, a tão afamada 'liberdade', que cita como uma das regras básicas das democracias e essencial para se considerar esse regime como o melhor de todos, presume-se que também para o bem-estar dos povos e tão insistentemente propalado pelos apologistas do comunismo, garanto-lhe que não é suficiente para fazer um povo feliz. Longe disso.
Há povos que não vivendo em democracia são mais felizes do que aqueles que nela vivem. Houve um povo de um país da América Central (Nicarágua?, Granada?, ouvi esta entrevista há vários anos e já não me recordo exactamente de qual), que afirmou textualmente ao seu povo não lhe interessar em absoluto viver em democracia. A mesma que os americanos queriam introduzir à força no seu país. Mas não foi só o povo desse país que assim pensava. Bastaria perguntar a outros mais e obteríamos a mesma resposta.
Imagine-se que até o regime sanguinário soviético se intitulava de "democrático", assim como a Alemanha de Leste, como igualmente os restantes regimes comunistas e seus aliados espalhados pelo mundo - a China de Mao, mas também os vários países da América Central e do Sul, além dos de África (a ex-portuguesa e as outras) - não sendo necessário acrescentar mais nada para constatar que esses regimes, todos 'democráticos', foram/são do mais infernal que jamais existiu ao cimo da Terra.
Os seus dirigentes não só cometeram genocídios de dimensões bíblicas como fizeram infelizes durante décadas centenas de milhões de seres humanos. Tudo em nome da "democracia", claro está.
Quem tiver dúvidas que se isto é ou não verdade, pergunte aos actuais povos dos países de Leste, que, após sofrerem durante setenta anos sob uma ditadura sanguinária, que de democrática só tinha o nome, se viram por fim livres desse regime para nunca mais o admitirem nos seus países.
Não estranhamente por algum motivo quase todos os governantes dos países nos vários Continentes sob regime comunista designado de democrático, haviam feito os seus estudos na União Soviética, mais tarde todos eles 'exportados' para cada um desses países para aplicar in loco a cartilha (torcionária) aos seus desgraçados povos.
Mas melhor do que ninguém está aí Muja, conhecedor como poucos da política nacional e internacional, que pode explicar clarinho como água quais os defeitos insanáveis de que padecem os chamados regimes democráticos.
Mesmo a mais antiga democracia do mundo, composta pelo povo supostamente mais evoluído de todos, que tendo embora algumas virtualidades comparativamente a todas as outras, não está isenta de gravíssimos defeitos. E mesmo de crimes políticos cometidos pelos seus dirigentes máximos ao longo das décadas para não dizer séculos. Incluíndo neste em que nos encontramos.
A liberdade é pouco? Eu diria que é muito, até. Pode chegar-se longe, indo por aí.
ResponderEliminarUma questão interessante está em saber se, para além da forma semelhante, é comparável a democracia dos gregos antigos - assente na noção aristocrática, e restringida por esta - com a moderna dos parlamentos liberais - que é um fenómeno de massas.
Entendia-se a liberdade da mesma forma, em ambos os casos? Parece-me evidente que não.
Outra perspectiva é a da autoridade. Também aí as diferenças são notórias, e talvez mais esclarecedoras.
ResponderEliminarA autoridade nos democratas gregos estava já balizada pela noção aristocrática que os informava - tratava-se de uma forma de a fixar entre um número restrito de pares, que não se confundiam com as massas que lhe eram igualmente sujeitas e que não tinham voto na questão.
Também a questão da igualdade aparece com outra definição, pois existia a priopri.
ResponderEliminarNão era propósito do método democrático estabelecê-la ou preservá-la. Tratava-se de pares que, pela sua condição anterior ao método, eram já relativamente iguais entre si.
De certa forma, não se poderá dizer que a democracia foi o método por eles encontrado para resolver a igualdade? De outra forma, como atribuir a autoridade entre pares?
Também é assim na Igreja. Não há nada que permita distinguir categoricamente entre os que poderiam ser papas. Recorre-se portanto ao mesmo método.
Há mais exemplos, portanto o fenómeno, nessas condições, nem é novo, nem incomum, nem revolucionário.
A esta luz, porém, é evidente que o que há hoje é uma perversão, ou inversão, disto.
ResponderEliminarO propósito do método deixa de ser a atribuição da autoridade perante uma igualdade actual e circunscrita; para ser, pretensamente, o estabelecimento e preservação de uma igualdade de massas.
E o caminho para esse desiderato passa pela negação ou, pelo menos, o cepticismo sistemático em relação à autoridade. Não apenas aos abusos da autoridade, mas à própria noção de autoridade.
Mas a autoridade é uma realidade. Não é possível, na prática, negá-la ou aboli-la senão muito temporariamente - o que equivale mais a escondê-la ou obfuscá-la do que outra coisa.
E o que é a autoridade? Eis uma outra boa questão.
ResponderEliminarA melhor resposta que encontrei é a de que a autoridade é uma propriedade moral.
É o que permite a quem a tem, compelir à obediência aqueles que lhe estão sujeitos, à luz de uma moral.
Ou seja, é aquilo que torna a desobediência imoral ou errada.
Se desobedecer a uma autoridade não é, num caso concreto, imoral, então estamos perante um abuso de autoridade ou tirania.
Pois autoridade não é o mesmo que poder. Poder, neste caso, é a capacidade de coagir alguém, eventualmente pela violência, a algo.
Um ladrão armado tem poder sobre a sua vítima, mas não tem autoridade. Um polícia desarmado, poderá não ter poder, mas tem autoridade.
A chamada propriedade privada, por exemplo, é antes de mais, uma expressão de autoridade.
ResponderEliminarA propriedade material provém da propriedade moral.
Uma coisa só é verdadeiramente nossa, quando o é à luz de uma moral. Ou seja, quando a propriedade material corresponde à propriedade moral.
De outra forma, um ladrão tornar-se-ia o legítimo dono daquilo que roubasse no preciso momento que o subtraísse àquele a quem roubou.
Se eu sou dono de um terreno, por exemplo, tenho autoridade tanto sobre o próprio terreno material como sobre aqueles que lá entrarem ou desejarem entrar - embora possa não ter, ou mesmo não dever ter, poder sobre estes ou aquele.
Aí esta a cavalaria anti democrática no seu esplendor. Exemplos de países não.democráticos de sucesso?
ResponderEliminarNão tem um.para apontar. Apontam para o passado. Uma boa maneira de não responder.
São maluquinhos, senhor, São maluquinhos. E maluconas também.
Rb
"De outra forma, um ladrão tornar-se-ia o legítimo dono daquilo que roubasse no preciso momento que o subtraísse àquele a quem roubou." Mija
ResponderEliminarPois é verdade. Estas a ver então a razão pela qual os judeus tem direito à terra de Israel.
Rb
Retomando o fio à meada, a perversidade da democracia liberal e da respectiva ideologia que a engendrou torna-se clara:
ResponderEliminarPor um lado, ao negar a autoridade ou considerá-la não como uma realidade ou um bem - visto que é uma propriedade moral, portanto boa à luz de uma moral - não orienta as coisas para os legítimos fins.
Pois o fim da democracia é, em sentido lato, governar. Ora governar é, por definição, decidir com autoridade - e, para haver eficácia, com poder - as controvérsias concretas daqueles que são governados.
Não se pode decidir bem ilegitimamente, isto é, sem autoridade - logo, qualquer que pretenda governar - isto é, decidir - rejeitando a autoridade, não pode ser o que melhor governa. Na melhor das hipóteses, governará mal e, sobretudo, confusamente.
Daqui a confusão típica das democracias liberais.
Para já não me parece que a democracia não tenha disso: autoridade.
ResponderEliminarMas como disse tenho que estudar um pouco. Popper por exemplo.
Outro aspecto ainda mais perverso é que, rejeitando a autoridade, nem por isso se rejeita o poder - pois uma e outro não são a mesma coisa.
ResponderEliminarOra, poder sem autoridade é tirania - é precisamente o que é a tirania.
Mas, se é difícil governar sem autoridade - ou, pelo menos, rejeitando-a - é impossível fazê-lo sem poder.
Quando a democracia rejeita a autoridade, forçosamente a enfraquece, tornando-a ineficaz, retirando-lhe poder.
Mas o poder é independente da autoridade, e há muito quem tenha um sem a outra.
E é precisamente a esses que a democracia favorece, querendo ou não. Pois despe a autoridade, rejeitando-a, do poder que necessita para se impôr sobre o poder sem autoridade, favorecendo-o.
Como dizia o grande George Costanza na séria Seinfeld — se acreditares, não é mentira. Ora eu não me acredito que o 44 acredite. Aquilo em que o 44 acredita é que é uma sumidade de uma inteligência fora de série, que mais patranha, menos patranha, engana tudo e todos. Porque resultou durante largos anos. Aqui já não se fala dele como ministro do ambiente, mas os milhões devem ter começado a correr aí, onde encarnava o filho de Geppetto, o Pinóquio.
ResponderEliminarMuja, se acreditar, não é mentira.
ResponderEliminarO grande problema da democracia não é esse, é a corrupção. Não falta autoridade à democracia, aliás volta e meia a democracia é musculada. E por cá tem autoridade suficiente por exemplo para proibir partidos fassistas ou extorquir o contribuinte de toda a forma e feitio; ou enviar mails a obrigar a limpeza dos terrenos de forma desastrada, ameaçando com expropriações de facto, para salvar a face ao Tone Costa — um sinal óbvio de corrupção e de tomada de assalto do estado por um partido.
O problema das ditaduras é a corrupção e todos os outros. Ter uma espécie de poder absoluto onde essa tal autoridade viceja, tem dado péssimos resultados em todo o lado.
O único exemplo que conheço positivo é o português de Salazar. E provavelmente o único que eu aceitaria a menos que fosse espancado regularmente — ou me ameaçassem executar com uma anti-aérea, como na Coreia do Norte. Para mim o valor essencial do salazarismo não é a autoridade, é a honestidade, designadamente do próprio.
Isso de se passar a acreditar na "verdade de uma mentira" é o efeito psicológico até dos grandes criminosos.
ResponderEliminarÈ a tal dialéctica do engano. O próprio branqueia psicologicamente o que fez.
E isso acontece até um dia em que também pode sentir necessidade de contar tudo. Depende do tipo de actos. As vigarices não causam grandes pruridos morais como os assassinatos, daí que possam pefeitamente viver tranquilos com a rábula da mentira que tomam por verdade.
Isso desde que mantenham o estatudo de "vítima perseguida". E este 44 cada vez tem mais pretextos para continuar a rábula do coitadinho, agora então com o PS a saltar fora.
Giro, giro seria botar a boca no trombone porque aí o PS pura e simplesmente implodia.
Quanto à história da democracia também nunca estudei o caso.
ResponderEliminarNão gosto de censuras, não me agradam ditaduras mas daí a render culto a regimes de clubites partidárias vai muito.
A falar verdade, não tenho mesmo nenhuma razão que me recorde para fazer valer a bondade da dita democracia.
E acho até muito estranho quem tem. Quem anda sempre com grande orgulho numa treta que é farsa e que não me parece ter assim grande diferença da clubite da bola.
É por isso que também não tenho panca de ir votar e raramente o faço. Porque só vejo é motivos para impedir muita alimária de mandar.
ResponderEliminarE autoridade t~em. A democracia dá autoridade a toda e qualquer alimária.
ResponderEliminarAcho que o processo é o da proaganda. Mas a propgadanda foi inventada pelos regimes totalitários.
Eu imagino uma propaganda totalitária como algo em que os súbditos desconfiam porque sabem, por mera senso comum, que é coisa em que não participam e meios de lhes comerem as papaas na cabeça.
Quando essa técnica da propaganda passa para o povão e o faz acreditar que participa da coisa- é bola.
Fora isso é a tal coisa do Estado de Direito e dei e administrativo e de liberdades, justiças, deveres e direitos e por aí é que as diferenças se tornam mais pertinentes.
Outra coisa em que nunca tinha pensado muito mas aqui há tempo se falou- a questão do direito à greve.
ResponderEliminarComo estou novamente a viver o pesadelo dos hospitais públicos- com a impunidade da ronha médica e militância do pessoal das barracas dos auxiliares em greve, tendo mesmo a chegar cada vez mais à conclusão que a função pública - toda- devia estar proibida de fazer greve.
ouvi uma conversa entre os médicos em que estavam mesmo a discutir os critérios dos ditos "serviços mínimos" de lei que devem ser garantidos.
E um deles, mais velho. dizia para os outros que os sindicalsitas- que são quem manda- porque o resto marcha por ordem deles- estão-se absolutamente a marimbar para os doentes e para que raio de serviços mínimos devam ser garantidos.
Portanto, democracia sim- mas sem greves para quem jura defender os que os alimentam e vai para aquilo de livre vontade.
ResponderEliminarSe não gosta, vota contra. Mas enquanto serve deve obedecer, porque à entrada não levantou problemas nem se fez rogado.
E posso garantir que as greves hospitalares são um vício de benesses de quem sabe que quanto mais tem mais pode exigir que eles vergam e os restantes- os que estão nas mãos deles não têm o menor poder nem voz.
ResponderEliminarNenhuma. Está-se nas mãos de médicos e de pessoal para tudo- e só indeividualmente é que pode haver gente muito competente e decente, sem que tal se lhes tivesse sido pedido e, muito menos, exigido.
Os sindicalistas deviam ir mesmo para uma ilha e medirem-lhe os crânios, porque aquilo é coisa mutante. Não é gente.
ResponderEliminarindividualmente e outras gralhas.
ResponderEliminarVou indo. Tenho de vigiar tudo e dar as refeições porque o pessoal das barracas é mestre em greves e mais nada.
Não se trata de faltar autoridade.
ResponderEliminarAutoridade há sempre, em qualquer regime.
Trata-se de sistematicamente a rejeitar ou encarar como uma coisa má de que se deve ter o mínimo possível.
Em vez de se encarar como coisa natural, que pode ser abusada e estar sujeita às inperfeições humanas, encara-se como algo que é ou só pode levar à tirania - que é o contrário de autoridade!
As palavras reflectem a confusão: regimes autoritários são todos. Toda a decisão judicial, legislativa ou executiva é autoritária! E quem desobedecer sofre as consequências.
É assim a higiene; dentro do quarto, ao lado do lavatório
ResponderEliminarVá vá mujinha essa converseta filosófica de trazer por casa não responde a uma pergunta muito simples. Exemplos. Exemplo dum país não democrático onde haja desenvolvimento e bem-estar.
ResponderEliminarOs regimes são bons ou maus em função estrita e direta com o bem estar da população.
Uma ditadura, como a de Salazar, embora moderada, tolhe uma coisa essencial. O sonho. O sonho alimenta o engenho. Porque sonhamos, laboramos. Mexemo-nos enfim.
É pela ausência de materializar o sonho que 20% da população portuguesa saiu do pais no tempo do Salazar. Procuravam la fora aquilo que nem ousavam sonhar cá dentro.
Sonho logo existo.
Rb