José Manuel Fernandes, no Observador, faz um balanço provisório dos "casos" que envolveram José Sócrates ao longo dos anos e que os seus apaniguados, directos ou indirectos como Daniel de Oliveira e o inenarrável Pedro Marques Lopes, nunca quiseram ver.
Há mais casos e parece-me que o do bijan é um deles, muito pouco explorado quando o poderia e deveria ter sido.
Preferia não ter de escrever este texto – mas não posso deixar de o
fazer. Não posso porque há limites para a mistificação. E não posso
porque as “vergonhas” dos últimos dias são apenas um sinal de que o país
continua doente.
Primeiro que tudo, as “vergonhas”. Já vi muita
gente espantar-se por só agora, três anos e meio depois daquela detenção
no aeroporto de Lisboa, ela ter chegado às mais altas cúpulas do
Partido Socialista, assim de repente, como se uma luz tivesse descido do
céu e iluminado de repente o que estava à vista de todos os que não se
recusavam a ver. Já vi até elogiar a coragem da antiga namorada que veio
dizer alto, e com maior ênfase, o que já deixara escapar antes com
menos veemência: que Sócrates mentiu, mentiu, mentiu.
Peço
desculpa, mas o atraso não é de três anos e qualquer coisa. A cegueira é
muito mais antiga, muito mais teimosa e muito mais cúmplice. Tão antiga
e tão teimosa que, anos e anos a fio, sempre que surgia um novo caso, o
que se ouvia era um coro sobre “campanhas negras” dirigidas contra “o
político mais escrutinado da história da nossa democracia”. Sim, eu não
me esqueço.
Assim de repente, e sem ter ido ao fundo dos fundos,
recordo-me de um primeiro confronto entre José Sócrates e o primeiro
jornalista a investigar a sério a forma como governava: foi no início de
2001, o caso envolvia um subsídio de 200 mil contos (um milhão de
euros) à DECO, Sócrates era apenas ministro do Ambiente e o jornalista
chamava-se, e chama-se, José António Cerejo. Do choque resultou um
processo judicial em que Sócrates acabaria condenado a pagar uma
indemnização ao jornalista. Repito a data: 2001. Recomendo a revisita do processo e dos seus protagonistas. Arrepia perceber como o padrão de tudo o que se passaria depois já lá está.
Nos
anos que se seguiram houve mais, muito mais. As circunstâncias da
compra do seu apartamento num prédio de luxo na rua Castilho foi
referida pela primeira vez num artigo de capa da revista Focus em 2004, ainda antes de ser eleito líder do PS.
Depois houve o caso da licenciatura, contado por Ricardo Dias Felner no Público em Março de 2007 (mas revelado antes no blogue de António Balbino Caldeira).
É uma história que convém revisitar pois apesar do evidente interesse
jornalístico, o trabalho do Público é silenciado durante uma semana – a
barreira só se quebra quando Henrique Monteiro, então director do
Expresso, resiste aos telefonemas de Sócrates, sendo a história retomada
pelo semanário, que também revela as pressões exercidas sobre os outros
órgãos de informação. O processo a seguir aberto na Alta Autoridade
para a Comunicação Social (cujas actas esta tentou esconder) é uma vergonha sem nome.
A
seguir viriam mais pormenores sobre um duvidosos processo de
licenciamento na Cova da Beira e a picaresca, mas reveladora, história
das casas da Guarda (de novo uma investigação de José António Cerejo) e,
sobretudo, o caso Freeport, com o Jornal de Sexta da TVI a ter enorme
protagonismo na divulgação das suspeitas, tal como o Sol (e Felícia Cabrita).
Sabe-se hoje como acabou esse jornal dirigido por Manuela Moura Guedes e
ninguém ignora as maquinações para comprar, e calar, a TVI. E se não
gostam de Moura Guedes e já se preparam para dizer que foi tudo
“campanhas negras”, então consultem as peças de Carlos Rodrigues Lima no
Diário de Notícias.
Nesses anos, os do primeiro governo Sócrates,
eram raríssimos os que, à direita ou à esquerda, o criticavam, mas a
sua obsessão com a imprensa já era mórbida. Em Dezembro de 2007, numa entrevista
a Jean Quatremer, do diário francês Liberation, a propósito do triunfo
do Tratado de Lisboa (o do “porreiro, pá”), tratou-me como o seu “melhor
inimigo”. Mais tarde, em 2009, faria uma diatribe contra alguns
jornalistas na abertura do congresso do PS e, pouco depois, processaria João Miguel Tavares por causa de uma crónica intitulada O Cristo da Política Portuguesa. E na véspera das eleições tentou mesmo impedir a distribuição de um livro de Rui Costa Pinto.
Podia
continuar a lista, mas o ponto é fácil de estabelecer: mesmo antes de
ser reeleito para o seu segundo mandato não eram poucos os “casos”. Tal
como já era evidente a que o então primeiro-ministro beneficiava da
escandalosa proteção do então procurador-geral da República, Pinto
Monteiro, assim como do presidente do Supremo Tribunal de Justiça,
Noronha do Nascimento (nomeadamente durante o processo Face Oculta). É por isso bom recordar quem na altura desdenhava a denúncia da “claustrofobia democrática” realizada num célebre discurso de Paulo Rangel pelo 25 de Abril de 2007.
Demos
agora um salto e vamos até Paris e ao famoso apartamento. Não foi a
polícia que o descobriu – foi o Correio da Manhã, e isso foi muito
conveniente para os bem pensantes continuarem a sua ladainha do
“jornalismo de sarjeta”. Alguns dos “envergonhados” de hoje fizeram-se
de forma assanhada, outros de forma sumamente hipócrita. Vejam, por
exemplo, como Daniel Oliveira, essa consciência crítica da esquerda
nacional, descartou em 2010 todas as dúvidas que havia sobre os casos de Sócrates. Só não é mais penoso de ler porque, esta semana, o autor tratou de se justificar:
“Até à acusação do Ministério Público, em que passei a estar na posse
da informação necessária para formular uma opinião clara sobre o
comportamento ético de Sócrates, tive a posição que acho que um
comentador deve ter perante um caso desta gravidade política:
disciplinadamente expectante, por saber que seremos julgados no futuro
pelas posições que tomamos nestes momentos.” Não está mal para alguém
que se diz jornalista: não acreditem nos jornais, acreditem apenas no
que concluir o Ministério Público.
Já demorei demasiado a lembrar
que nem todos os jornalistas se calaram, mesmo quando os que falavam e
investigavam eram uma ínfima minoria, assim como já me alonguei
demasiado a recordar que as dúvidas sobre o carácter de José Sócrates
não começaram no dia em que conhecemos o amigo Santos Silva. Nesse tempo
podia-se não se conhecer os detalhes das férias em Veneza, mas via-se a
forma como vestia e os restaurantes que frequentava e isso cheirava a
esturro. Sempre cheirou a esturro.
Eu sei: algures neste passado
José Sócrates fantasiou a história de uma herança de um avô que até
metia volfrâmio, e neste país de brandos costumes isso parece ter sido
suficiente para desencorajar muitos jornalistas. Mesmo assim, no final
de 2014, já José António Cerejo, de novo ele, contou-nos a história dessa fortuna que não chegou a sê-lo.
Mas
a teimosia dos cegos voluntários, sobretudo a teimosia dos que
beneficiaram muito dessa sua cegueira – nas carreiras políticas, nas
prebendas, nos negócios, na influência no seio das suas profissões – não
se deu por vencida. E não esquecemos como tantos, mas mesmo tantos, só
se preocuparam nos últimos três anos e meio com a forma de actuar das
nossas magistraturas, com o segredo de Justiça ou com os direitos do
preso 44.
A esses – e nesses inclui-se praticamente todo o PS, mas
também uma legião de comentadores – nunca lhes ouvimos, pelos menos até
há bem poucas semanas, a mais singela manifestação de preocupação com o
que permitiu que um mitómano como José Sócrates fosse primeiro-ministro
durante seis anos. Pior: vimo-los conspirarem para derrubar o líder que
lhe sucedeu no PS, um António José Seguro que nunca se cansaram de
acusar de não defender com suficiente entusiasmo a herança do “menino de
oiro”, alguém que se atreveu a falar da teia dos negócios que conspurcara o partido e a governação.
Na
verdade o problema é mesmo essa herança, e ela não se resume apenas à
bancarrota de 2011 e ao amigo Santos Silva. A herança de Sócrates,
aquela que o país, e o PS, como bem pediu Ana Gomes, devem discutir é a
do “mecanismo” que tornou tudo possível. Um “mecanismo” que não resultou
apenas da venalidade alguns agentes políticos e económicos, mas o
“mecanismo” que permitiu que, numa democracia, dois homens – José
Sócrates e Ricardo Salgado – tivessem acumulado e exercido um poder de
que não se limitaram a beneficiar, pois com ele também geraram uma ruína
sem fim. Ainda o “animal feroz” era comentador da RTP e escrevi sobre
como ele constituía uma “activo tóxico”
para o PS e o país, como acreditara, com o líder do grupo Espírito
Santo, que os dois “podiam tomar conta do país numa espécie de duopólio
que beneficiava ambos”. Não fui de resto o único a escrever sobre a
forma como Sócrates quis fazer de Portugal uma quinta.
Pouco tempo antes, estávamos ainda no verão de 2014, o da queda do BES, interrogava-me
sobre se a queda de um banqueiro representava a queda do sistema que
ele representava, isto é, se seria “o sinal do fim de um regime e dos
seus hábitos promíscuos, o fim de um regime fechado, não concorrencial,
onde se protegem amigos e os amigos nos protegem a nós, um regime onde
se obedece aos poderes instalados.”
Ora é precisamente aqui que
regressamos neste momento de tantas “vergonhas” com que se procura
apagar o que se passou, o que se soube mas se ignorou, o que se disse
mas se quer fazer esquecer. Tal como regressamos ao país que tudo
tolerou, à generalidade da comunicação social que durante tantos anos
foi de uma docilidade incompreensível, esquecendo o seu papel de
vigilante da democracia. Tal como sobretudo regressamos aos vícios e
hábitos desse regime promíscuo, fechado e não competitivo.
Não é
preciso ser corrupto para se conviver bem, e até preferir, um sistema em
que a corrupção medra com mais facilidade. Sócrates, para construir a
sua rede de poder, encarniçou-se contra as entidades reguladoras
independentes ou tentou tomá-las de assalto. Hoje vemos sinais da mesma
hostilidade relativamente às vozes independentes, sejam elas o Conselho
das Finanças Públicas, o Banco de Portugal ou o regulador do mercado
energético. Sócrates preocupou-se mais com controlar o sistema bancário –
o que fez com a ajuda do seu amigo Vara e, é bom não esquecer, desse
homem de todos os tempos e todos os governos que se chama António Mexia –
do que em zelar pela transparência de procedimentos e lisura na gestão.
Hoje só podemos inquietar-nos quando conhecemos a oposição do PS a que
seja conhecida a lista dos grandes devedores da Caixa Geral de Depósitos
(os que beneficiaram de empréstimos de favor) ou quando nos espantamos
por Tomás Correia, acusado de ter recebido 1,5 milhões de euros do
famoso empreiteiro José Guilherme, continuar à frente da mutualista que
controla o Montepio.
Quanto mais um governo entender que deve ser
ele a mandar nas empresas e nos negócios mais fácil é criarem-se
situações como as que conduziram ao duopólio Sócrates-Salgado. E não
julguem que o digo por ter um coração liberal: se estudarem um pouco e
forem ver como é que a social-democracia sueca teve tanto sucesso no
passado e lá não se conhecem casos de corrupção como os vulgares em
Portugal verificarão que esta quase sempre procurou seguir uma regra de
ouro: a redistribuição da riqueza é com os governos, a criação de
riqueza é com as empresas e os empresários.
Em Portugal, como
tristemente sabemos, nem à direita do PS esta regra simples é bem vista.
É também por isso que, mesmo não havendo mais nada com a gravidade e a
dimensão do caso José Sócrates, a corrupção não é só um problema do PS.
Bem pelo contrário.
Não podemos contar só com a probidade dos
homens, temos de construir as instituições correctas, ter os devidos
mecanismos de limitação do poder dos governos e mudar muita coisa na
cultura política dominante. Infelizmente retrocedemos neste caminho
nestes dois últimos anos.
A "antiga namorada" demorou três anos a descobrir a saída de emergência… mas enganou-se, era a porta das traseiras, para o pátio onde se arrumam os contentores do lixo.
ResponderEliminarEste CV é impressionante e a minha tese continua a mesma: Um CV deste não se faz sozinho, muitos dos que ajudaram andam aí há uma semana cheios de "vergonha".
ResponderEliminarEsta mudança de comportamento do PS, foi o tempo necessário para o entendimento de que o presumível inocente, passou a presumível culpado e sem retorno. Tão só!
ResponderEliminarTudo tão manhoso; tão foleiro, tão inho que mete dó.
ResponderEliminarEsqueceu, ou não quis recordar JMF, o caso Mário Crespo no Jornal das 9.
ResponderEliminarRealmente, o ps é uma máquina sem folgas.
ResponderEliminarRb
Há sempre um outro touro que se recusa a prosseguir atrás da cornadura liderante.
ResponderEliminarParabéns zazie, É demasiado "inho" não é?
Eu também acho.
Rb
Um artigo que rema contra a maré do corrupto jornalixo doméstico.
ResponderEliminarJustíssimas as referência a José António Cerejo e ao Dr. A. Balbino Caldeira.
Provavelmente por alguns resquícios"corporativistas" , J. M. Fernandes "esqueceu~se", entre outro peixi menor, do grande m.sousa tavares e do enorme prof. doutor artur baptista da silva, actualmente a exercer o seu "múnus" na insuspeita Lusa...
Estamos numa fase, portanto, em que os juízos de culpa se fazem nas redações dos jornais.
ResponderEliminarNeste processo Marques o estado podia perfeitamente poupar umas coroas e passar de imediato à parte da setença.
Se os jornais já condenaram o zezinho, se os jornais já moldaram as cabeças do publicuzinho para que perdermos tempo com encenações judiciárias?
Está tudo provado. Os jornais há mostraram as partes que condenam o pré senteciado. O povo já absorveu a trama elaborada. Não é preciso ir mais longe.
Corremos o risco de, se levarmos isto mesmo a serio, com julgamentos e tudo, o homem pré condenado conseguir desmontar boa parte, senão mesmo a totalidade, das acusações transformadas em sentença editorial.
Isso não é nada bom. Imaginemos que os advogados franceses que redigiram o contrato de arrendamento da casota de Paris conseguem provar, com factos indesmentíveis-mesmo para os jornalistas em papel de juízes- dizia imaginemos que eles conseguem provar que a data do dito contrato é mesmo verdadeira.
Com este simples testemunho cai aquela estorieta de que o homem vivia à grande e à francesa. Cai por completo, na lama.
Imaginemos ainda que o arquiteto francês que remodelou o apartamento confirma em juizo aquilo que disse à televisão. Que quem o contratou foi o Carlinhos, o dono do imóvel.
Imaginemos ainda que o mp não consegue sustentar a tese de corrpcao no vale do lobo. Não precisamos de imaginar. O MP há deixou cair o absurdo que cometeu inicialmente é que fundamentou a prisão preventiva.
Imaginemos que o mp não consegue provar que o grupo Lena não foi, de facto, como não foi, beneficado nos concursos da parwue escolar.
Imaginemos por fim que o caso da pt onde o mp sustenta que o josezinho meteu a mão em decisão governamental com o intuito de ajudar o ricardinho que lhe tera pago por esse servicinho não passa de mera presuncao opinativa sem sustentação em qualquer acto concreto.
O que sobra?
Sobra o facto do josezinho ter pedido dinheiro emprestado a um amigo de longa data. E, com ele, ter podido tirar um curso em Paris, comprado uns casacos caros, os sapatos prada e, imagine-se, ter dado trela à namorada para procurar apartamentos de milhões de euros que nunca comprou para se armar aos pingarelhos.
Rb
Eu confesso. Eu nunca votei no ps. Nem em nenhum outro partido que não seja o psd. Quando não gostava dos lideres do psd- barroso e coelho- simplesmente adensei a abstenção.
ResponderEliminarContudo, numa altura em que o ps de costa geringoncina me estava a convencer pelos excelente resultados governativos, quando até já admitia poder votar, pela primeira vez, no ps, este partido fez este esquema de empurrar pela borda fora um militante em grau elevado de tensão judicial. Gente seria e honesta não abdica de principios. Persegue-os até ao fim. Custe o que custar.
O ps trocou a decência pela politiquice. Não hesitou em matar um putivo inocente da casa para obter benefícios eventuais de imagem eleitoral.
Por essa razão o voto que provavelmente iria pela primeira vez para o Costa deixa de ir.
Não fará muita diferença, é certo, mas só merecem o meu voto gente com princípios e pouco ardilosa.
.
Rb
ResponderEliminarDesiste Ricci , tu assim, ainda rebentas . Liberta a Cancio que há em ti !
A capacidade intelectual e memória do José aliadas a um espírito sem amarras e a uma capacidade de trabalho acima da média,fazem deste blog um dos mais trabalhosos que conheço para os deturpadores avençados riccis lidios que ficam a esgravatar nas próprias explicações requentadas e gastas.
ResponderEliminarBem haja José
"fazem deste blog um dos mais trabalhosos que conheço"
ResponderEliminarQuem trabalha por gosto não cansa.
Quanto aos recortes apresentados que são a maior parte do trabalho, tenho isso simplificado porque uma boa parte desses recortes já estão arquivados.
E alguns podem ir buscar-se ao blog, tal como fez José Manuel Fernandes que neste caso apontou o "link", ao contrário de muitos que o não fazem.
Caro José, trabalhoso para os riccis e lidias e respectivas narrativas. Calculo que para o José também, mas é como diz, quem corre por gosto não cansa.
EliminarPareço estar sempre a bater na mesma tecla, mas as coisas são como são. Está em curso, nos jornais e na estratégia do partido, uma campanha para branquear a intervenção do PS no caso Sócrates. Sócrates, ao contrário do que alguns querem fazer pensar, não foi a causa da presença de corrupção na governação socialista. Sócrates é, sim, a consequência máxima da atracção que o PS sempre teve, no exercício do poder, pela corrupção e pela promiscuidade.
ResponderEliminarÉ triste pensar que, se não tivéssemos na altura a troika Noronha/Monteiro/Cândida a proteger Sócrates, talvez se evitasse a sua reeleição em 2009 e talvez, só talvez, se conseguisse evitar a bancarrota de 2011. E também talvez, se muito antes não houvesse o receio do "terramoto político" causado por uma eventual investigação ao caso Emáudio e ao gangue liderado pelo funesto padrasto da nossa democracia Soares, se tivesse evitado por completo a ascensão de criaturas como Sócrates e sus muchachos.
Por isso é urgente uma reedição do livro de Rui Mateus.
EliminarConforme sugeriu, ontem, MM Guedes no Jornal das 10, da SIC N:"O MP deveria abrir um inquérito ao antigo PGR,Pinto Monteiro - o abafador"
ResponderEliminarE, porque não?
2 PRs itinerantes
ResponderEliminar« De acordo com a autarquia, a estátua de homenagem a Mário Soares, colocada naquele jardim e inaugurada em 25 de abril, foi danificada por volta das 05:30 de hoje, por jovens que se "agarraram à peça escultórica em acrílico com a figura de Mário Soares”.
“Dada a fragilidade do material, a peça partiu-se", explicou a fonte da Câmara.
Os jovens, "com idades entre os 18 e os 20 anos", foram intercetados pela Polícia Municipal (PM), "que estava a fazer a ronda no jardim", segundo a autarquia.
A ocorrência foi, entretanto, remetida ao Ministério Público.
Esta estátua contém um perfil sobre o histórico socialista, e está localizada junto ao lago da zona sul do jardim.
Na altura da inauguração daquele espaço verde, a 25 de Abril, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, apontou que, na estrutura, "está sintetizado, na forma do possível, o que é o incrível trajeto de Mário Soares ao longo de tantas e tantas décadas", elencando que aquela informação "servirá às novas gerações, às atuais gerações" e a quem visita Lisboa.
O Jardim de Mário Soares foi inaugurado no dia 25 de abril, data que comemora a Revolução dos Cravos, e na inauguração estiveram presentes o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina. »
Blasfemias Rui A
ResponderEliminarMarcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, vetou, há dois anos, um diploma do governo que, na prática, abria integralmente as contas bancárias ao fisco. As pessoas comuns julgaram, na altura, que Marcelo, como constitucionalista e democrata, estava preocupado com a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos portugueses, cada vez mais distorcidos, para não dizer dizimados, por um estado fiscalista, obcecado em extorquir dinheiro aos cidadãos para sustentar os seus maus vícios e uma gestão pública absolutamente perdulária e faraónica. Pois bem, S. Ex.ª esclarece que, afinal, se estava marimbando completamente para os direitos individuais, e informa, agora, que o que então o fez vetar o diploma foi a situação conjuntural dos bancos, entre eles o do seu muito querido amigo Ricardo Salgado, que Marcelo não quis agravar com a mais do que provável fuga de capitais para o estrangeiro. O governo, obviamente, não perdeu a oportunidade, e vai entrar pelas contas dos particulares a dentro, como focinho de cão em manteiga numa tarde de Verão. Ficamos, assim, a saber que o nosso presidente da República tem uma visão utilitarista dos seus poderes e dos direitos dos cidadãos, agindo, não em conformidade com o que devem ser os princípios fundamentais de um Estado de Direito, mas em função do que dá jeito e convém a um estado que se está integralmente lixando para os seus cidadãos. Se isto já seria péssimo numa situação de normalidade nacional, numa altura em que se escondem os responsáveis pela tragédia da Caixa Geral de Depósitos, não permitindo que os contribuintes conheçam os nomes daqueles que provocaram o rombo que eles irão pagar, é de um cinismo próprio de um estado plutocrático. Quem tem 50 mil euros numa conta bancária é suspeito e está exposto à devassa do fisco, enquanto que quem deve milhões a um banco público é merecedor do direito à privacidade. »
Putin, os aiatolas e os castros cubanos são meninos de coro face a antónio das mortes
O pinto de suza, tem uma deriva de ditador, um dos primeiros a perceber isso, foi o Dr. António Balbino Caldeira, e por isso teve "visitas".
ResponderEliminarO 44, devia estar preso, mas acredito, que não haja sozinho, deve haver uma agenda por aí, se calhar com aventais, que desde a primeira republica são o maior cancro da sociedade portuguesa.
O pastel de belem, não passa de um verbo de encher, com birras de garoto, demonstrando que não tem nenhum sentido de estado, mesmo com as férias no Brasil, na companhia do amigo salgado.
Mario Crespo, na última crónica, de 27/12/2009, escrevia "Na hierarquia das o problema Cavaco Silva vem depois, mas também aqui Portugal precisa de alguém na presidência que não possa nem vagamente relacionável com nada onde subsistem incógnitas. E há muitas incógnitas no BPN. Mas cada coisa a seu tempo. Primeiro o PS, depois o PR.
É só trocar o nome do pr e estamos conversados.
Um pouco à margem do teor do texto associo-me às palavras do Manuel na felicitação do trabalho paulatino do José no seu blog.
ResponderEliminarLer os textos do José é uma lufada de ar de liberdade.
Os locais mais aprazíveis são, normalmente , muito mal frequentados.
ResponderEliminarRb
Ainda se pode encontrar o livro de Rui Mateus, na net, não é difícil fazer o download. Com a benção do mario xuxa, este livro está censurado, pode ser que agora, cavalgando a onda, os "livreiros" cá do burgo, percam o medo.
ResponderEliminarTem de facto, passagens muito interessantes, com o ps a servir de banco.........
ResponderEliminarsapo
JAIME NOGUEIRA PINTO:
"NÃO HÁ DIREITA NENHUMA EM PORTUGAL"
8 mai 2018
Isabel Tavares
pois eu cá mantenho o legado do comandante Jaime Neves
ResponderEliminarEstá Yayo?
Cristina del Valle
pitbull terrier die antwoord white south african
ResponderEliminarmother russia loves it
so do i
Jaime Nogueira Pinto devia ter dito, que não fazia favor à verdade: em Portugal não há extrema direita reptesentada no parlamento.
ResponderEliminarPara a extrema direita, especificamente o ramo pisca pisca dessa direita, tudo aquilo que está à esquerda dela não é direita. São todos comunas, aliás. Aquela coisa que já nao existe há muito tempo mas que a direita pisca pisca ainda não percebeu.
São tolinhos, senhor, são os quixotes da actualidade.
Rb
'prusseçu' Manuel Vicente
ResponderEliminarno rectângulo justiça perante a politica
'estranha-se, depois entranha-se'
o burgesso cavalga a onda
o outro assobia para o lado da nortada fresca
Estou agora, bem tarde alias, convencido, de que o josezinho tinha, afinal, razão.
ResponderEliminarO processo Marques tornou-se mega para não poder ser julgavel porque a ideia foi um ajuste de contas politico.
O modus operandi é claro. O mp quer culpar um político e planta informações para jornalistas amigos para estabelecer um ambiente de culpabilidade. Os outros jornais referenciam a noticia e citam-se mutuamente num frenesim noticioso cujo objectivo é iludir a origem e o mérito das fontes.
O povo, massacrado com uma versão da estória começa a não ter duvidas acerca da culpabilidade dos indiciados. Os políticos sénior, desde os deputados ao presidente, tomam boa nota do sentimento popular e, também eles, ajudam no festim pré condenatório.
Aquela estorieta que nos ensinaram acerca do estado direito e presunção inocência e separação de poderes acabou. Isso já não existe.
Quer dizer, o mp na verdade obriga os indiciados a proceder à inversão do ônus da prova. De ora em diante não cabe ao acusador provar. Cabe ao acusado o dever de arranjar provas para todo e qualquer dislate que a comunicação social resolva promover a verdade.
Só falta mesmo terminar a festa com.a introdução da delação premiada que permitirá a um qualquer crápula usar essa prerrogativa para se safar da choldra.
Como bem diz o Tavares, da culpa já não se livram os envolvidos.
Os corruptos são todos de esquerda. Mesmo quando o número de incriminados se demonstra que os corruptos veem em maior numero da direita, o Tavares afiança que estes não chegam ao.nível de corrpcao daqueles. São os chamados corruptos fofinhos, se forem de direita. E malfazejos se forem de esquerda.
Muito me admira que o partido fundado pela estirpe dum homem como o soares se deixe ir na cantilena. Como tbem me admiro como um partido fundado pelo grande Sa Carneiro se tenha tornado num antro de oportunistas que esperam que as maças caiam de podre em vez de promover a apanha das mais fresquinhas.
Dito isto, e percebendo que a justiça está a ficar muito parecida com.aquela que existe nos regimes totalitaristas, onde o.principal objectivo é destronar publicamente os putativos adversários,não admira que este blogue seja simpático para com este ruir do estado de direito. O totalitarismo sempre apreciou que a justica estivesse sobre a sua alçada e com ela prender os adversários.
Rb
Porque nunca falam do livro de JOAQUIM VIEIRA, a biografia não auto risada de BALSEMÃO, que já disse ir processar VIEIRA e outra personalidade que não recordo o nome, Só seu que o meu amigo CORREIA DE SÁ, ERA amigo de infância que ajudou a cometer o delito de falsas declarações para abrir a SIC, perdeu o dinheiro e a mulher, mas mulheres há muitas, o pior foi a FABRICA DE SANTO TIRSO que abriu falência. Não consigo saber se CORREIA DE SÁ AINDA É VIVO, Fazia têxteis lindíssimos, com grande técnica de tintas e tecelagem. Comprei centenas de milhares de metros para a empresa onde na altura tralhava, Viajei com ele e Belmiro de Azevedo para a INTERSTOFF, em Ftankfurt. HOMEM DE SUPERIOR FORMAÇÃO ÉTICA E PROFISSIONAL. Amigos de infância como BALSEMÃO São indesejáveis, quando lhe perguntaram se ajudaria CORREIA de Sá na situação em que ficou, disse nao se interessar, ninguém o obrigou a dizer uma mentira. Ressalvo: nunca fui filiada ou adepta de qualquer partido e raramente voto, seja em Portugal ou em França. FUI AMIGA DE balsemão e até almocai com ele no PABE para tratar assuntos de publicidade.
ResponderEliminarOlha só, as malucas das viúvas encontram-se.
ResponderEliminarCaro Ricciardi,
ResponderEliminarO senhor terá toda a razão se conseguir provar, que:
O céu é vermelho;
A água é combustível;
O Pai Natal, sempre existe;
E, Cavaco Silva é o homem mais sério cá da "choldra".- como diria o Eça!
das actuações de entertainener e antonio das mortes reli
ResponderEliminarMa de Lurdes Belchior
« Tal como se faz em
química. Tal como se faz em poesia. Lágrima de preta de António Gedeão
é um exemplo. Até nos poderia servir para, frontalmente, abordarmos logo uma das linhas de rumo do modo português (se é que existe um modo português), de ser e estar no mundo. Ensaio sobre o carácter nacional,
sobre o enigma português, sobre que povo nós somos, os portug~es?
De elementos fundamentais da cultura portuguesa ou estudos do carácter nacional português e personalidade do povo português se poderia intitular
a indagdção a que queremos proceder. Indagação que se poderia orientar
em determinados sentidos e situar-se neste ou naquele âmbito. »
há por aqui muita 'asiatice e monhesice'
MAKE LOVE NOT WAR.
ResponderEliminarhttp://anabelamotaribeiro.pt/56799.html
Blogger Carlos disse...
ResponderEliminarEsta mudança de comportamento do PS, foi o tempo necessário para o entendimento de que o presumível inocente, passou a presumível culpado e sem retorno. Tão só!
Carlos, é exactamente como escreveu. Parabéns.
Anibal Mendes Marques disse...
ResponderEliminar"Um pouco à margem do teor do texto associo-me às palavras do Manuel na felicitação do trabalho paulatino do José no seu blog.
Ler os textos do José é uma lufada de ar de liberdade."
Anibal Marques, assino por baixo estas suas palavras.
Unknown; porque nã escreve noutra página pois é um cansaço descer a página que já mede KMS. no caso do general sem medo que julgo m ser o Humberto Delgado, delfim de SALAZAR, envidado para os STATES para ter lições de tortura e outras, para agilizar a PIDE e modernizar o sistema de vigilância aos do Contra. Por razoes que desconheço.talvez a dona MICAS, visse para alem do momento e houve um corte de relações. e HUMBERTO DELGADO com uma única frase "OBVIAMENTE" DEMITO-O. Tornou-se num mito, os opositores a SALAZAR, Fizeram dele o CAPITÃO AMERICA, eu sou daquelas que nunca esqueçe e raramente me engano, onde eu já ouvi isto, e corto a direito, para mim não há politica.há pessoas competentes e incompetente. Cavaco ENRIQUECEU NA POLITICA até ´ dizia ser um misero reformado, enriqueceu o GENRO MONTEZ, corta Lidia. isto está provado. o mistério da mudança do Aeroporto da OTA para ALCOCHETE, num secretismo, com a ajuda dos engenheiros VAN ZELLER e VIEGAS Do IST, que primeiro obtiveram da entidade que manda no espaço aéreo pois ali havia uma base da aviação. e os amigos FERNANDO FANTASIA E o amigo de infância TEODOSIO CARAPETO em campo a comprarem milhares de hectares de terrenos com o dinheiro do BPN. SÓCRATES ´foi um incompetente no caso de ter enriquecido no modo descrito pelos JORNALIXOS.EM CONLUIO COM OS PROCURADORES, Como foi ingénuo e imprevidente, não ouvindo os amigos que lhe diziam estsr a ser escutado, culpado ou inocente, CORTA LIDIA. O MEU ESPANTO É TEIXEIRA DOS SANTOS MINISTRO DAS FINANÇAS NÃO SABER DE NADA E A JUSTIÇA NEM SEQUER O CHAMA PARA INTERROGAR, PODIA SER A CAIXA DE PANDORA. Adeus mponsieur Unknows sempre ao seu dispor, quando tiver tempo.hoje acordei cedo não sei porquê.
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