Observador:
Apaixonada há muitos anos por futebol, Grabar-Kitarovic, a primeira
mulher a chegar à presidência dos balcânicos depois de passagens pela
NATO, pela embaixada nos Estados Unidos e pelo ministério dos Negócios
Estrangeiros, tornou-se uma das grandes figuras deste Campeonato do Mundo pela forma como tem desfrutado da competição sempre que pode: viaja em classe económica pagando do seu bolso todas as viagens (e tirando selfies
com fartura em cada um desses momentos), desconta os dias em que está
na Rússia do seu ordenado e prefere ir ver os encontros na bancada com
os restantes adeptos croatas do que na tribuna.
Tal como no caso de Salazar que percebia bem a diferença entre público e privado, a presidente croata dá um exemplo que por cá não temos.
Se perguntarem ao Daniel Oliveira ou a outro pateta qualquer do género, dirão: mesquinhices. O Costa será o primeiro a dizê-lo. O nosso selfie-man idem aspas. É o presidente, afinal.
Quem é que lhes pagou as viagens à Rússia para se promoverem? Quem custeou a estadia? Descontam o subsídio de refeição? Mesquinhices, tudo isso. Só um Salazar entendia que não era bem assim, mas Salazar era o fassismo.
Por cá, agora, o valor do exemplo é um desvalor, uma mesquinhice. E o presidente da República é o primeiro a dar o exemplo...
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