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quinta-feira, dezembro 13, 2018
O ambiente político-judiciário em 2012
Antes do mais, o ano de 2012 começou mal no STJ, com o inenarrável e pequenino Noronha . Assim, no Sol de 27 de Janeiro:
Como se lê na notícia o MºPº andava já a investigar as PPP´s. Ainda anda...tal como o pequenino Noronha ainda anda pelos corredores do STJ em certas horas vagas que agora são todas, a matar saudades.
O ano de 2012, com um executivo acima mostrado, começou com um caso que envolveu os serviços secretos em alvoroço por causa de um...artolas que se conluiou com um agente dos serviços secretos, alegadamente um dos poucos que para para lá entrou...sem cunhas.
O agente era Silva Carvalho e o artolas um tal Nuno Vasconcelos que de rico com milhões próprios passou a pobre com milhões em nome alheio. As últimas notícias davam-no dono de uma...mota de água.
O inicio da história é conhecido: Passos Coelho, já primeiro-ministro desde meados de 2011 poderia ter mexido nas chefias dos serviços secretos que José Sócrates, Alberto Martins e Rui Pereira do PS tinham montado, nos conciliábulos maçónicos a que todos pertenciam ( Sócrates era mero simpatizante...) . Não mexeu. Deixou o magistrado ( agora no STJ) Júlio Pereira, careca de ser dirigente das secretas, maçónico de fibra, apaniguado socialista à moda da actual ministra da Justiça ( sonsos...) no mesmo lugar de direcção do SIRP até que o mesmo se demitiu em meados desse ano, aparentemente com o objectivo de facilitar uma fusão entre o SIS e o SIEDM. Este último serviço tinha sido dirigido até finais de 2010 pelo tal agente Jorge Silva Carvalho que acalentava a ambição de ser secretário-geral daquele SIRP. Também não foi porque se meteu em alhadas que o levaram à barra do tribunal.
Essas alhadas tiveram a colaboração directa de dois braços direitos de Passos Coelho: um tal Marco António e o inefável Miguel Relvas que andou na Lusófona a tirar um curso à lá Sócrates. Fake.
Como se percebia então e agora se sabe, tal imobilismo nas secretas interessava ao PSD de Relvas, Marco António e também Passos Coelho. O tal Silva Carvalho era de confiança deles até que estourou o escândalo.
Visão 31 de Maio 2012:
A Visão de 26.1.2012 mostrava o percurso do "panda" das secretas. o gajo tinha um "projecto de poder", pelos vistos e ainda uma rede de influências, de contactos. A Maçonaria, tal como a dona constança, estava sempre presente nas festas e festanças. Rui Pereira, o komentador da CMTV sabe disto tudo e fala nada sobre isto. Desmemoriou-se, coitado.
Parece que o tal "panda" apesar de ter saltado do PS para o PSD, muito oportunamente numa altura do ano de 2010. Ainda assim não conseguiu cair nas boas graças de Passos Coelho, embora fosse próximo de Relvas e Marco António, em negócios e com um projecto de parceria com o tal artolas que chegou a almejar ultrapassar o tio Balsemão nos negócios mediáticos. Agora parece que tem uma mota de água...
Em 28 de Janeiro desse ano de 2011 o Público já sabia o que o tal Jorge Silva Carvalho ( em acordo com aqueles dois, certamente) queria: mudar as chefias das secretas. Para escolherem quem? Outro qualquer da seita maçónica alternativa.
Sábado, 10.5.2012:
Nessa altura dos primeiros meses do ano era notícia o caso singular do professor das quatro cadeiras da licenciatura de José Sócrates a um Domingo e que o MºPº do tribunal Administrativo do Sul ( Carla Lamego, mulher de António Lamego, antigo magistrado do MºPº, ligado ao PS) decidiu manter intocável ao contrário da de Miguel Relvas que foi justamente anulada por acção do mesmo MºPº. Há filhos e enteados? A lei é igual para todos? Pois sim.
CM 30.3.2012:
No dia seguinte, o mesmo CM dava conta destes factos:
O problema era este, conforme explicado em 19.4.2012:
Em 10 de Abril o jornal i noticiava isto:
Aparentemente o ambiente no CSM mudou. O mesmo Bravo Serra, vice-presidente do CSM, dava uma opinião: se o juiz falou de uma diligência concreta haveria violação de dever. Se foi apenas de modo genérico e sobre a profissão, então não. Provavelmente foi a primeira vez que surgiu este problema do dever de reserva de um juiz.
Nessa altura, o juiz Rangel falava abertamente na tv do que entendia e ninguém se incomodava com isso.
Algo estava a mudar, no CSM.
Teria algo a ver com isto?
CM, 5.6.2012:
CM, 30.6.2012:
Sol, 23 de Março de 2012: aparece pela primeira vez, explicitamente o banqueiro Carlos Silva, ligado à Sonangol, sem espinhas.
Aparece pela primeira vez a notícia sobre este fenómeno português que junta tudo: uma tal Escom, a empresa do tal Vasconcelos, Ongoing, o BES antes de tudo, uma certa Ana Bruno e tutti quanti.
Visão 31.5.2012:
Em 1 de Setembro de 2012 o Público entrevistava longamente Ricardo Salgado. É de rir, ou chorar, agora, sobre o que então dizia...
Em Outubro houve uma mudança substancial que determinaria o que se viria a passar nos anos seguintes:
Como se pode ler o anterior PGR era elogiado pelo seu "combate à corrupção". É de rir, esta.
Tal como a entrevista que concedeu ao Expresso logo a seguir, em 13 de Outubro:
Em 20 de Março de 2012 já em pleno governo PSD/CDS, o Público mostrava estes factos e notícia:
O Expresso de 7.1.2012 tentava explicar o que se passou no PSD o que (não) viria a passar-se: ao lado a crónica do jornalista que só vê árvores e lhe escapam florestas inteiras.
Dito mais claramente no DN de 7.1.2012:
Repare-se a influência notória da Maçonaria nestes serviços.
Como é possível neste contexto, conceber sequer que um juiz como Carlos Alexandre pudesse integrar um serviço deste tipo, dirigindo um SIS? Como?!
Teria possibilidades, como teria outra pessoa se toda a estrutura fosse desmantelada de alto a baixo. Tal não aconteceu porque Passos Coelho também não quis.
Haveria um modo: varrendo todos os elementos que estavam e lá ficaram, com destaque para o actual Conselheiro Júlio Pereira, um sempre-em-pé que resistiu a ventos e marés. Chegou a Conselheiro do STJ depois de obedecer a poderes secretos e reportar a tutelas políticas.
Tem perfil para juiz do STJ? Tem?!
No SIS e no SIED têm que estar yes-men( ou girls...) e tal não se compadece com espíritos independentes. Como é que um indivíduo destes depois vai exercer uma independência de espírito que nunca pôde ter, precisamente no STJ?
Enfim.
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