Um museu dedicado a Salazar seria uma ofensa à história e aos valores do Estado de direito Democrático, considera o professor universitário e constitucionalista Jorge Miranda.
Em carta ao director, publicada na edição da passada sexta-feira do PÚBLICO, o deputado da Assembleia Constituinte do PSD é claro. “Alguém se lembraria de fazer um museu dedicado a Estaline na Rússia, ou um museu dedicado a Hitler na Alemanha ou a Mussolini na Itália?, pergunta.
“Salazar não foi comparável em desumanidade. Mas não podemos esquecer os milhares de mortos portugueses e africanos, entre 1961 e 1974, na Guiné, em Angola e em Moçambique. Nem as centenas de presos políticos no Aljube, em Caxias, em Peniche, no Tarrafal e em São Nicolau. Nem a PIDE [polícia política] e as suas torturas”, prossegue o professor da Faculdade de Direito de Lisboa.
Jorge Miranda foi um dos "pais" da Constituição que temos. Era professor na faculdade de Direito, ao tempo e ajudou a fundar o PPD.
Porém, à semelhança de um Emídio Guerreiro, contemporizou ideologicamente com o socialismo comunista, não se demarcando do mesmo, como mostra este intróito glorioso, logo em 1976:
No ano seguinte depois de deitar foguetes ia apanhar as canas da sua obra em parceria com o comunismo socialista.
Por isso mesmo não é de admirar muito o que escreve no Público a propósito de Salazar. Interessante seria saber porquê, realmente. Saber por que razão há tantos destes idiotas úteis, como dizia o embalsamado.
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