Esta figura desgraçada, depois de ter levado Portugal à falência, a qual causou o sofrimento de milhões de portugueses, disse nas últimas audições judiciais que vinte mil euros por mês não eram suficientes para viver. Num país que discute se pode aumentar o ordenado mínimo para 750 Euros, num país onde o ordenado médio é pouco mais de mil euros. Neste país de pessoas remediadas que lutam com dificuldades para levar uma vida com dignidade, um antigo PM tem o descaramento cruel de dizer que vinte mil euros para ele não eram suficientes. Repito: VINTE MIL EUROS. Sócrates perdeu qualquer noção razoável sobre o dinheiro.
Quem ganha vinte mil euros por mês, em Portugal nos tempos que correm e correram até agora? Vinte mil euros por mês são cerca de 300 mil euros por ano, com subsídios incluídos.
Na função pública ninguém ganha tal vencimento ordinário, a não ser que se desunhe em certas actividades extra-horário, como alguns médicos aqui há alguns anos conseguiam em hospitais públicos, em acumulação fantástica de horários permanentes de serviço urgente. Porém, tal excepção era residual, mesmo englobando algumas centenas de indivíduos com sorte inusitada.
Em resumo: ninguém ganha vinte mil euros por mês em funções públicas. Porém, o Orçamento de Estado paga ordenados desse montante a vários indivíduos que dele usufruem por vias travessas.
Basta terem contratos de avença improvável, de ajuste directo em contratos ocasionais com tendência repetitiva, como se conhecem vários casos por aí e que por vezes se tem dado conta aqui.
Basta que seja o Estado a subsidiar empresas e empresários que dele dependem por artes mágicas. Por exemplo, quem paga Paddy Cosgrave, da WebSummit por fazer a WebSummit?
E quantos paddys não andam por aí a remar nas mesmas águas turvas dos dinheiros que são públicos e poderiam ser melhor aplicados para benefício público?
Basta que seja o Estado a subsidiar empresas e empresários que dele dependem por artes mágicas. Por exemplo, quem paga Paddy Cosgrave, da WebSummit por fazer a WebSummit?
E quantos paddys não andam por aí a remar nas mesmas águas turvas dos dinheiros que são públicos e poderiam ser melhor aplicados para benefício público?
Há em Portugal vários advogados que ganham mais de 300 mil euros por ano, com contratos desse tipo, celebrados com instâncias do executivo, directo ou indirecto.
Fazem todos parte do chamado "Bloco Central " de interesses avulsos, com predominância para certos pindéricos que há umas décadas não tinham um tostão para mandar cantar um cego e agora nadam em milhões legalmente ganhos. Ao Estado. A todos os que pagam impostos.
O Inenarrável Sócrates conhece naturalmente alguns destes pindéricos da pandilha político-partidária. Aliás, são quase todos dessa pandilha político-partidária que só assim consegue ascender ao estatuto de classe média que ganha os tais vinte mil euros por mês de que carece para conduzir o trem de vida a que se habituaram.
A par destes advogados da pinderiquice corrente há outra classe mais restrita mas igualmente importante para este sistema de privilégios assegurados pelo Estado: os jornalistas avençados às direcções mediáticas em correia de transmissão contínua com aqueles directórios que asseguram a prebenda. São algumas dezenas que também assim mamam da teta do Estado.
Já em 1900, logo no início do Séc. XX era assim, com mostram as caricaturas de época, com estes porcos:
E também estes cães famintos, sempre prontos a dilacerar o pecúlio de quem deveriam guardar:
Nestas duas imagens está retratado o socialismo que há décadas anda por cá: o Governo saca aos cidadãos em geral o que pode para alimentar as clientelas que mamam nos úberes do Estado.
Como exemplo concreto de que o Estado paga a determinados indivíduos mensalmente quantias que excedem os 20 mil euros, pode ler-se isto que já tem uns anos ( o assunto é de 2011) e transcreve paleio de Eduardo Catroga, um dos premiados nestas lotarias de beneméritos do país a falar com outro premiado da tômbola socialista do tempo de Sócrates:
Há um episódio curioso com a CGD a propósito do Manuel Pinho. Em Outubro ou Novembro, convidou-me para almoçar e disse: "Dizem que vou para a CGD, mas aquilo só dá 350 mil euros e o carro também não é grande coisa..." Eu aqui resolvi gozar: "Ó Manuel, a CGD nunca deu dinheiro, dava prestígio. Quem ia para administrador tinha status. Agora vocês abandalharam o banco todo! Meteram lá o Vara e o Bandeira [presidente do BPN e vice-presidente da CGD]! Abandalharam aquilo tudo!" Meteram lá o aparelho que controla os movimentos de crédito da CGD. A Caixa está ao serviço de interesses!
Há um episódio curioso com a CGD a propósito do Manuel Pinho. Em Outubro ou Novembro, convidou-me para almoçar e disse: "Dizem que vou para a CGD, mas aquilo só dá 350 mil euros e o carro também não é grande coisa..." Eu aqui resolvi gozar: "Ó Manuel, a CGD nunca deu dinheiro, dava prestígio. Quem ia para administrador tinha status. Agora vocês abandalharam o banco todo! Meteram lá o Vara e o Bandeira [presidente do BPN e vice-presidente da CGD]! Abandalharam aquilo tudo!" Meteram lá o aparelho que controla os movimentos de crédito da CGD. A Caixa está ao serviço de interesses!
Neste contexto seria sumamente interessante saber quem ganha em Portugal mais de 20 mil euros por mês, pagos pelo erário público directa e indirectamente.
Por exemplo, Catarina Furtado, uma apresentadora de televisão pública já veio garantir que não é uma das beneficiárias de tal estatuto...porque não ganha mais de 15 mil euros mensais.
O palhacito de Portugal também não se lhe conhecem os réditos mas ultrapassam largamente tal pecúlio, para dizer o que lhe apetece em nome da esquerda, seja comunista ou não.
Há portanto, por aí, uns artistas que auferem mais de 20 mil euros por mês. E não são jogadores de futebol, que esses podem ganhar o que puderem que ninguém os inveja, desde que alimentem o circo, mesmo à custa do pão alheio.
Neste contexto como é que José Sócrates, um pindérico notório, tal como muitos do PS, como um tal Pedro da Silva Pereira, iriam ultrapassar tal condição e ascender ao estatuto de membro de pleno direito da classe média que vai estudar para Paris ou põem os filhos a estudar lá fora, pagando propinas, estadia e boa vida?
Ou arranja avenças no Estado através dos amigos que lá estão; ou arranja colocações de luxo em resorts tipo eurojusts ou quejandos; ou consegue lugares de deputação externa ou então contrai empréstimos a pagar no dia de são nunca, de preferência à noite, para ninguém dar por nada.
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