Hoje no Correio da Manhã, o "penalista" Rui Pereira tem esta crónica impressionante para quem souber ler: diz o que pretende nas entrelinhas e é a primeira enguia a babujar neste postal.
Rui Pereira sabe de processo penal. Sabe que o MºPº português tem que saber processo penal e que o que se vê por aí, nos media é a negação do que se deve dizer em termos de processo penal, princípios e regras, no caso Isabel dos Santos.
Porém, não o assume com nomes e lugares. Prefere este rendilhado de inuendos que permitem tudo e o contrário. Não fala do caso Fizz, mas alude; não fala do caso penal de Isabel dos Santos mas menciona en passant; Não refere o enquadramento legal e processual que isto deveria ter para o MºPº português mas insinua, no fim. Rui Pereira é uma enguia eléctrica.
Aconselho a leitura destes procedimentos angolanos, para Rui Pereira se tornar mais explícito...
Depois, o CM continua a cavalgar a onda sensacionalista a que está habituado, vivendo nesse lodo desde sempre, onde Rui Pereira pelos vistos se sente como no meio natural. Agora compreendo, porque foi exactamente este tipo de pessoas que permitiu e acaparou o fenómeno Isabel dos Santos. Mas estão de fora...
Ontem tivemos direito ao número mágico do saque de Isabel dos Santos. Hoje, temos, provindo da mesma fonte- a PGR do general Gróz- o número redondo da cleptocracia à moda do Dos Santos: 4,5 mil milhões.
Será que neste número está o montante sacado ao Estado português, indirectamente e por conta de um BESA que faliu por causa disso? O angolano proscrito Álvaro Sobrinho já o disse claramente. O MºPº português e o DCIAP não deve ter ouvido mas ainda vai a tempo de apurar o tímpano. Ó Timpanas!
Agora outra liga, outro charco de enguias, a do jornalismo cretino do Expresso, na senda do antigo director, o Costa catatua.
O Expresso foi um pivot nesta matéria da limpeza que o novo regime angolano pretende fazer do antigo regime, por mor dos tais 4,5 mil milhões de euros. Uma fortuna que faz a diferença entre uma cleptocracia e uma democracia avançada que é o actual regime angolano, com o general PGR à cabeça.
O Expresso mostra o polvo que comeu estas enguias todas: cinco indivíduos, todos de coturno e perfil sombrio e um deles escondido no reposteiro do advogado Proença de Carvalho, apresentado como a enguia-mor.
O Sol, sob a pena do simplório Saraiva mostra bem a cretinice do Expresso e destes jornalistas que devem saber quem foram os colegas apaniguados do BES mas não descosem a informação:
Depois a crónica do autor que inspirou a ideia deste postal. Muito ilustrativa e explícita, menos nos nomes:
Finalmente, a crónica de outro cretino pelo que aqui escreve. Miguel Sousa Tavares, naturalmente e no mesmo Expresso.
Portugal esteve 500 anos em Angola e mantivemos uma guerra fora de tempo e fora da justiça durante 13 anos, para garantir o negócio de uma dúzia de famílias da metrópole, escreve o indivíduo, no que me parece a primeira cretinice.
Depois continua e estabelece como verdade que "para trás, depois de 500 anos, não deixamos, conforme era nosso estrito dever, uma elite local capaz de tomar em mãos o destino de uma nova nação". Ou seja, ficamos lá a manter uma guerra por causa de uma dúzia de famílias, mas depois tivemos que sair à pressa, entregando os territórios por causa de ideias como a que o pai dele professava e propagandeava com megafone. E ainda por cima nem cumprimos o "fardo do homem branco", o de educar os indígenas, coitados, que eram tão selvagens que deu no que deu...enfim, maior cretinice sobre este assunto será difícil encontrar.
Vejamos então a primeira delas: Salazar manteve a guerra por aquilo, para protecção dos endinheirados daquela dúzia de famílias?
Vejamos a opinião de Jaime Nogueira Pinto, no SOl de hoje, sobre Salazar:
Para entender Salazar e o que pensava sobre o país não vale a pena perguntar a este filho de opositor ao regime, megafoneiro do 25 de Abril, advogado dos casos dopa, flibusteiro do verbo soez na AR e no fim de contas um indivíduo normal e politicamente incorrecto.
Para entender Salazar é preciso ler...Salazar, coisa que o filho do flibusteiro nunca fez e não fará.
Aqui fica, por isso mesmo, uma pequena compilação, ainda do final dos anos trinta,d e um livrinho intitulado La Pensée de Salazar, editado por cá pelo serviço da propaganda de então: basta ler o que dizia sobre a "dignidade"...e olhar-se ao espelho.
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