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sábado, fevereiro 22, 2020

Logos, ethos e pathos na retórica do racismo

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Estes escritos interligam-se na tentativa de definição do conceito "racismo".  A filosofia antiga de Platão, Aristóteles e Santo Agostinho, para não dizer mais, deram-nos a noção de que o logos, a palavra justa se diferencia da emoção e também do argumento de convencimento, se bem entendi.

Atingir a noção certa do que significa o racismo, no contexto assinalado, implica misturar os demais conceitos de ethos e pathos. É o que fazem estes artistas do komentário, para manipular ideias em função de idiossincrasias avulsas e por isso não me interessa o que escrevem, a não ser para apontar a dissidência.

O racismo para mim é um ódio a outrém, em função da sua raça específica, independentemente de ser preta da Guiné, amarela suniatzé ou mesmo pele vermelha oglala;  de nariz adunco e pronunciado, com khipa na tola, olhos em bico de comer arroz, ou de limpopó lacado. Os "branquelas" também entram no cardápio e por isso espera-se que da próxima vez que tal se ouvir, porque anda muito abafado,  não se esqueçam de tal pathos para confundir o logos.
Mas é apenas isso, a manifestação de ódio sentido ou latente que pode conduzir à eliminação física ou mesmo simbólica dos visados. Não se confunde com a identificação das diferenças raciais ou mesmo a manifestação de outras atitudes nas quais se pode incluir a estupidez ou o mau gosto, muitas vezes na fronteira do humor que pode coexistir.

O ódio é um vício e um pecado que só faz mal a quem o tem e provoca mal por reflexo a quem  sofre os efeitos. Não é por acaso que Jesus Cristo pronunciou o Mandamento Novo: "amai-vos uns aos outros como Eu vos amei".  Torna-se muito difícil reconhecer isto porque os anti-racistas profissionais geralmente não reconhecem tal figura nem a Sua doutrina. São ateus...

Acabar com o racismo, deste modo, num mundo em que Deus morreu e já deixamos de ser todos filhos de Deus? Pois sim. É o mesmo que cantar "os homens fizeram um acordo final, acabar com a miséria, acabar com a guerra viver em amor".

Uma utopia. A Esquerda não passa sem utopias. Nunca passou e arranja sempre alguma nova para investir a fundo.

De resto, em nome de tais utopias conseguem inventar campos de concentração e extermínio, gulags e mauthausens. E acusam-se depois mutuamente de serem inimigos da paz, pela qual lutam com armas na mão...
Em versão soft arregimentam-se em partidos com comités centrais que se tornam antros de perseguição e ódio aos que se diferenciam. Nem é preciso ser pela raça, basta serem-no pelas ideias.

É esta a luta do Rui Pereira e muitos outros, apesar da proclamação em prol da tolerância.

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