No CM de hoje dá-se conta da ocorrência de um "crime brutal", no caso uma mãe que tentou matar o filho, ministrando-lhe clorofórmio regularmente. O motivo? A acusação do MºPº parece que diz ter sido o amor. Por um ex-namorado que aquela mãe queria recuperar. O CM reporta assim: um "crime brutal", mas nada de monstro. É palavra para usar no masculino...
Logo aparece outro tipo de crime: "o crime violento", categoria particular que o código penal não conhece mas existe nas páginas do CM. Também aqui faltam palavras e designações mas a escolha, neste caso é do director geral da publicação. Foi tudo por causa de "uma prima"...
Depois desta taxinomia há o filet mignon nestas matérias sensacionais e que vendem papel às resmas: o assassínio. Esse fica reservado aos "monstros". Tudo o que tenha a ver com meninos ou meninas que sejam "assassinados" pelo pai ou por motivos torpes que não envolvam venenos, desde sempre o método de matar preferido das mulheres.
Finalmente há um método de matar que o CM não conhece e não sente os efeitos: o ridículo. Para o CM o que não mata, engorda.
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