CM de hoje que não tem uma única notícia sobre o problema do bicho na "região de Lisboa e Vale do Tejo" e muito menos na Azambuja. É esta a trivela tipo quaresma do grupo da Cofina: confinar notícias e esconder inconveniências. A nova censura. Em nome de uma nova ideologia bem confinada no seu director-geral, Octávio Ribeiro, da "outra banda". A banda do esquerdismo sufocado e reprimido num capitalismo liberal de exploração do sentimento, com as concessões que se podem evidenciar agora: não inquietar os poderes de esquerda que mandam nas autarquias em causa e muito menos no governo que está e que já provou ser amigo.
Quando foi o caso Ventura e os ciganos de outro lado qualquer, aqui d´el rei que era xenofobia e houve trivelas desta gente toda irmanada num sistema que se torna cada dia mais claro e conivente.
Entretanto oferecem espectáculos circenses, disfarçados de reality shows que entusiasmam o público e o emocionam até ao paroxismo de passarem horas e horas a comentar fait-divers com professores de direito penal e antigos polícias reciclados no comentário televisivo.
É este o novo paradigma que irá certamente ser seguido por outros. A TVI é a seguir.
Havendo circo só falta o pão, para as massas estarem contentes e votarem em quem lhes assegura o Estado anestesiado em que estão. Por enquanto vai havendo quem empreste a massa e a levedura para entreter o pagode...
Neste contexto aparece um tal Costa e Silva, perdão, Costa Silva, assim é que é. Um gestor tecnocrata que gosta de poesia alemã e que nos seus começos de gestão trabalhou na Sonangol, conhecendo certamente de ginjeira os figurões todos do MPLA que lá estavam e os que continuam a estar. Conhece certamente melhor que muitos outros os esquemas de corrupção inerentes ao sistema angolano e que agora afligem Isabel dos Santos que está na mó de baixo, quando já esteve na de cima. Não conhece é o tipo de Ministério Público que temos e que acapara os figurões de agora contra os antigos, na boa, como se costuma dizer, desde o tempo da anterior PGR Joana Marques Vidal.
[Afinal, enganei-me. Este figurão conhece toda a gente e deve conhecer bem os amigos da actual ministra da Justiça. Aliás dá-se muito bem com certa gente ligada ao PS...enfim é mais do mesmo]
O aparecimento súbito destas figuras, na melhor das hipóteses significa a ausência de figuras prestigiadas e sabedoras no seio do sistema político dominado pelos partidos. Pessoas que sabem e fazem e não apenas os palpitadores de universidade, principalmente de Direito.
Salazar e Marcello Caetano valorizavam este tipo de pessoas mas tinham algo que falha a este sistema e a estes governos: eles próprios eram sabedores e faziam e conheciam quem tinha verdadeiro valor, convocando-os para funções ou estudando soluções que os mesmos propunham. E decidiam politicamente com uma classe e saber que esta gente agora não tem. Eram políticos de um escol que parece ter acabado, com a democracia que temos, feita de manhosos e videirinhos como o actual primeiro-ministro ou dos seus antecedentes que se conhecem.
Até Passos Coelho cujos defeitos não suplantam as qualidades demonstradas, tinha o seu António Borges, perito do mesmo quilate deste que agora aparece. Não havia mais...
É muito triste isto que temos actualmente em Portugal. Um sistema mediático transformado em circo de sensações e ideias caducas e esquerdistas e uma mediocridade à solta que já é aflitiva.
Os gestores-tipo que temos agora são deste género que aparece no CM de hoje, afinal uma edição exemplar e para guardar...principalmente pelo que não noticia e não explica...
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