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quinta-feira, outubro 22, 2020

A corrupção panlogística tem pano para mangas de alpaca

 Visão de hoje, com uma entrevista a uma "cientista política" ( doutorada em Ciência Política, não sei por quem e como...) e diz coisas de uma banalidade chocante sobre corrupção política e que alimenta o ogre da corrupção panlogística  que tudo domina no espaço público porque tudo se torna suspeito e ataviado para tal, sem distinção sequer apriorística. 



Como é que este fenómeno se manifesta? Por exemplo assim, neste artigo da Sábado de hoje que remete para fenómenos de corrupção em modo suspeito atinentes, neste caso,  ao PSD: 


O que é que isto releva de perigoso para se aquilatar e avaliar o fenómeno da corrupção em modo criminal? 

Uma coisa simples: não distingue uma coisa ou outra, ou seja a verdadeira corrupção criminal da corrupção política stricto sensu e apenas com relevo ético. A  prova reside nas participações criminais remetidas ao MºPº a fim de se organizarem inquéritos para averiguação. 

Sendo tal efeito o normal e legalmente previsto,  não deixa de ser deletério sempre que as participações para isso partam da esfera política, de oposição ou de adversários pessoais ou institucionais e se acometam de intenções não fundamentadas devidamente. 

A proliferação destes casos origina uma percepção na opinião pública no sentido de uma ampla e endémica corrupção no país que depois tem um contraponto: o aparecimento de figuras públicas, como foi anteontem o caso de Luís Neves, director da PJ a fazer figura de pangloss e a discursar que afinal nem somos um país corrupto nem temos instituições corruptas, quando efectivamente os casos reais já são mais que as mães e aconselharia maior prudência no optimismo. 

Mas...ainda assim, menos que os relatados como se fossem. 

Como se evita isto? Com informação mais rigorosa e controlo apertado destas autênticas feiquenius. 

Com jornalistas aperaltados na excelência e não alçados na ignorância, como é costume e alimenta o sensacionalismo mais apetecível- o que vende jornais, revistas e confere maiores audiências de tv, seja a Anas Leais, Felgueirinhas ou outras que cultivam tal estilo. 

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