A revista francesa de direita, Valeurs Actuelles de 4 de Fevereiro, tem estes artigos sobre a French Theory, nova moda francesa herdada dos celerados Derrida e Foucault. A heroína da nova teoria do descolonialismo, seguida cá na terrinha pelos bés e mai-los rosas de todas as cores do arco-íris é uma tal Camélia Jordana, muito de casa do L´Humanité, le Monde e L´Obs, rendidos às pequenas maravilhas de quem profere enormidades como a de "os homens brancos serem no inconsciente colectivo, os responsáveis de todos os males da terra", pensando se calhar nos barbudos alemães do séc. XIX e nuns eslavos da mesma estirpe.
Um dos principais pivots ( os francesismos neste caso são de rigueur) desta nova onda intelectualizada para formação dos bés e dos rosas e quejandos lilazes é um tal Richard Descoings, o suicidado num miserável quarto de hotel de Nova Iorque e que dirigiu a famigerada escola Sciences Po que anda a poluir as universidades ocidentais, com destaque para as dos EUA e o ISCTE caseiro.
Um dos filósofos que se opõe à vaga intelectualóide em curso é Pascal Bruckner que não tem papas na língua: "esta ideologia é engolida sem filtro pelos estudantes como nós ( salvo seja) engolíamos nos anos 1970 o xarope marxista-leninista".
Diz ainda que o pensamento descolonialista é uma sequência do terceiro mundismo dos anos 1960 e 1970, ou seja, o tempo do ilustrérrimo e celebérrimo professor emérito Boaventura, do CES de Coimbra ( outro nome da mesma besta deste antro ideológico) que andou nessa altura por Barcouço a aprender o modo de funcionamento das cooperativas, para ensinar aos vindouros como é que se arruína rapidamente um país.
O último reflexo destes miasmas encontra-se nos escritos do tal Rosas a vituperar o militar Marcelino da Mata por ter sido e querer ser português quando era natural da Guiné.
De acordo com Bruckner cuja figura não temos por cá ninguém para comparar, o homem branco é o alvo deste três discursos muito específicos dos bés: o neofeminismo, o antiracismo e o descolonialismo porque tal homem branco se presta a tal atitude, através da auto-crítica de raiz cristã e que conduz ao masoquismo puro e simples, derivado da auto-flagelação por pecados cometidos no passado.
Por isso o homem branco ocidental considera-se o culpado exclusivo das barbáries, negando-as a outros povos, inocentes nessas matérias.
"Malhar em si mesmo" ( battre sa coulpe) é o que fazem os intelectuais do momento, na Europa em declínio. Para o neofeminismo o homem é culpado em função da sua natural agressividade; a sua própria anatomia conduz ao ataque, à selvajaria. Estas teses provêm directamente do pensamento das feministas americanas dos anos 90 ( Andrea Dworkin,, Catherine MacKinnon ou Marilyn French) e por isso não haverá distinção a fazer entre o acto sexual normal e o de violação, a não ser na proibição legal deste último.
Com este tipo de discurso deslegitima-se a heterosexualidade porque afinal não passa da arma do patriarcado e tem por isso de ser "desconstruída" como ensinava o tal Derrida, derreado até não poder mais destas ideias malditas que já pegaram de estaca por cá nos vários isctes à solta, para empregar funcionários zelosos desta nova ortodoxia.
O homem é um predador ou assassino; a mulher uma vítima ou guerreira e não pode querer desejar um macho a não ser por loucura de se tornar serva à força. E daí apareçam como por encanto as alegrias do safismo, ou seja, dos géneros confusos que as isabéis moreiras apreciam sobremaneira, segundo consta.
Bruckner aponta um paradoxo nesta ideologia feminista: acabam a detestar mais as democracias do que as ditaduras ou teocracias, porque é nas democracias que se defendem melhor os direitos das minorias ao mesmo tempo que se tornam insuportáveis quaisquer diferenças nesses direitos e por isso o paradoxo.
Por fim Bruckner refere-se ao sumo da questão, em modo retórico: haverá um privilégio negro em África ou chinês na China como haveria na Europa o tal privilégio branco?
Privilégio significa uma lei privativa, que é o que reclamam certas minorias. O último exemplo é o de um actor negro ser o único capaz de dobrar a língua estrangeira num filme em que um negro de desenho animado se exprime, sem que tal privilégio possa conceder-se a um branco. Assim até a voz de um desenho animado passa a ter cor e privilégio correspondente, exclusivo.
Estas minorias reclamam assim direitos separados, ou seja, como refere Brucker, uma "violação do direito" . Os islâmicos não admitem caricaturas contra a sua religião, ao contrário do que acontece com os cristãos, mais caridosos, ou mesmo os judeus ou budistas, mais contemplativos.
Porém, a igualdade de tratamento ( a Constituição fala em tal ideia simples de que todos são iguais perante a lei, nesses aspectos) implica uma lei comum a todos e ninguém poderá subtrair-se em função do seu credo ou religião ( sim, os ciganos estão incluídos... )
A última frase: "não cedamos jamais à chantagem vitimizadora, étnica ou pigmentária".
Eu acrescentaria: não ouçam o que dizem as isabéis moreiras ou mesmo as anassálopes porque desde sempre as vozes de burras não devem chegar aos céus. Nem que sejam os dos pardais. Devem poder falar, sim , sem cancelamento, mas apenas para os seus bonecos de estimação e nada mais.
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