O jornalista Luís Osório publicou agora este livrinho que conta algumas historietas, cerca de 50 em 215 páginas.
O livrinho vale o que vale e não é muito. Tem uma pequena historieta sobre Salazar que é escrita em modo sincopado e estilo confrangedor que até mete dó. Assim:
Também já estive na casa mencionada e falei com o mesmo sobrinho-neto de Salazar. Não senti nada daquilo nem perscrutei aqueles sinais, pelo que devo ter visitado outra casa...
Não obstante o estilo fraquito há uma historieta sobre Francisco Louçã que vale o livrinho ( custa cerca de 15 euros). É o retrato espiritual de corpo inteiro do fraldiqueiro do BE, acólito da extrema-esquerda e objectivo negacionista do holodomor.
A Visão contou-o numa coluna na última edição, melhor apresentada do que no livro:
Louçã no tempo de liceu, antes de 25 de Abril de 74 era personagem de bd. Lembra-me as caricaturas de personagens das bd´s de Yves Chaland, na historieta que se conta.
Marrão e bisonho, alvo de chacota e sujeito a partidas dos maduros da época e da turma, no caso Santana Lopes, Carmona Rodrigues e Elísio Sumavielle, resistiu ao apelo das moedas recolhidas em colecta para lhe comprarem um singelo acto de má educação simbólica: dizer "merda" numa aula de religião e moral. Resistiu e não disse, este "gus" cujo sentido de humor se manteve incólume na sua inexistência.
Agora, passados estas décadas vestiu novamente o burel da bisonhice e largou uma tirada de antologia que o define mesmo como savonarola dos pequeninos : "já nesse tempo tinham tendência para a corrupção".
Há frases que valem mil palavras e definem um indivíduo.
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