O cronista João Miguel Tavares denuncia hoje no Público um caso de "desonestidade intelectual" acompanhando-o com mais desonestidade intelectual de fabrico próprio.
Para mostrar que é democrata e tolerante denuncia a atitude canalha de um anónimo qualquer que acusou o autor de um estudo académico, um tal Nuno Palma, ao sítio de origem do académico em causa.
A "acusa" referia-se ao topete do filisteu Nuno Palma que demonstrou que no Estado Novo, ao contrário do que se dizia, o analfabetismo não era estimulado e até era combatido com maior eficácia que antes.
Pelo meio o cronista não se esquece de referir que o Estado Novo era um estado execrável, indefensável e tal como o filisteu, secunda-o declarando-o como regime "repugnante", ditatorial e inaceitável".
Enfim, o estudo do tal Palma começa assim:
Portanto, dois coelhos de uma cajadada: o Estado Novo que continua a ser algo "execrável" e a denúncia pideiresca de quem se encanita, como o citado Pacheco Pereira, com defesas insustentáveis do mesmo Estado Novo, em modo desonesto e estúpido.
De resto, no mesmo Público há mais do mesmo. O antigo repórter de tv, Carlos Fino, escreve um artigo de página para dizer que fugiu à tropa no tempo do fassismo e passou as passas do Algarve para chegar onde queria, a França. Pelo meio do escrito relata os horrores do fassismo de cá, sem dizer uma palavra do sítio para onde foi depois e que era exactamente um sítio como queriam que por cá o Estado Novo se transformasse nesse tempo: a União Soviética. E que era precisamente por isso que por cá havia censura, repressão política e proibição de comunismo. E servindo isso de alibi para se fugir à tropa, corajosamente.
Como se sabe agora relativamente a Carlos Fino, Moscovo não pagou a traidores...e a palermice em não reconhecer a razão a Salazar, nesse aspecto é notória.
ADITAMENTO:
E para reconhecer a aludida superioridade há agora uma nova biografia de Salazar, subscrita por um britânico, Tom Gallagher, professor emérito na Universidade de Bradord e que já escreveu sobre Portugal há cerca de 40 anos.
O Diário de Notícias de há uns dias publicou esta entrevista com o autor em que este explica uma das razões pelas quais acontecem aqueles factos acima indicados: há quem tenha medo de Salazar, nos dias de hoje. E com razão.
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