Este artigo do DN de hoje convoca a memória de um filme fantástico, estrado em Portugal em 9 de Outubro de 1981, nos cinemas de Lisboa e Porto.
O autor do artigo, crítico da especialidade, diz que foi em 12 de Junho de 1981 que o filme se estreou. Talvez, mas nos EUA. Por cá só em Outubro desse ano apareceu nos cinemas como se mostra pelos artigos e imagens do Sete de 7 de Outubro desse ano.
Nem sequer é o original americano que é assim e que agora é fácil de encontrar, até na edição original mas na altura era mesmo difícil e só em revistas estrangeiras se conseguiria ver, ou no cinema em que iria ver o filme:
O Sete, quase um mês depois da estreia, em 4.11.1981, também dava o seu contributo crítico:
Por mim nem precisava de ler aquilo porque já no mês de Julho desse ano tinha visto imagens do filme e lido algo sobre o mesmo, mormente a memorável sequência inicial que alimentei no imaginário durante meses até a conseguir ver num dos cinemas do Porto ( na Batalha, à noite e nem sequer até ao fim porque o último combóio esperava-me em S. Bento e por isso só o vi integralmente muito tempo depois).
A revista Rolling Stone de 25 de Junho desse ano (e que chegava cá com uma atraso de um mês, aproximadamente) trazia quase tudo o que era preciso para me informar sobre uma das manifestações artísticas dos anos oitenta que mais me impressionou:
Em 1981 a televisão a cores em Portugal tinha pouco mais de um ano de estreia ( fora em Março de 1980) e por isso o cinema tinha ainda grande importância espectacular.
Este anúncio do Sete dessa altura mostrava a campanha publicitária da Grundig para difundir mais aparelhos a cor, porque ainda eram escassos e de café.
Tinha passado escassa meia dúzia de anos após o 25 de Abril de 1974 e a Espanha tinha inaugurado as emissões a cores em 1977. Nós já nos tínhamos atrasado...nisto e em muito mais coisas por obra e graça dos revolucionários de Abril.
Vai uma aposta que se não fosse o 25 de Abril de 1974 teríamos a tv a cores muito mais cedo do que tivemos?
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