Apontamento de um boletim da Gulbenkian ( nº 17) de 1969, sobre o que se passou em África desde o século XIX, com o domínio de todo o continente pelas nações europeias.
O domínio territorial europeu, em África, durou quase um século e terminou praticamente durante os anos sessenta do século XX. Em alguns casos terminou como começou, de modo violento.
Portugal, o mais antigo país europeu com territórios africanos, em consequência das descobertas do séc. XV-XVI, julgava-se diferente e com possibilidade de integração nacional das populações autóctones, o que se revelou falacioso e trágico.
A revista francesa Guerres & Histoire deste mês tem uma entrevista com um "pára" dos tempos da guerra na Guiné. O modo como conta o que se passou é ilustrativo do desconhecimento que ainda grassa por cá relativamente às nossas guerras de África, nomeadamente quanto à carência de recursos, notória face ao que os americanos faziam no Vietnam, e ao ambiente internacional em que estávamos fatalmente inseridos e que nos condicionava.
Mesmo assim, este combatente mostra o que era um verdadeiro patriota, muito diverso dos que se punham a salvo, cavando para além-fronteiras por serem contra o "colonialismo".
Por cá muito dificilmente estas pessoas têm voz nos principais media e muito menos nas televisões, onde predominam o esquerdismo a que os balsemões deram a sua bênção a troco dos trinta dinheiros da praxe.
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