O título é quase todo em inglês e tem a ver com o modo como os jornais de hoje tentam explicar o que se passou ontem com a Vodafone.
Não explicam, noticiam o ataque e algumas consequências práticas do mesmo. Pelo meio mostram estatísticas e entrevistam alguns especialistas que se limitam a dizer o que lhe perguntam e como é sabido...se este jornalismo não sabe, porque pergunta a não ser para preencher papel? Não haverá ninguém que saiba perguntar e perceber as respostas?
Não obstante, uma capa como esta prometia...
O artigo é o habitual compêndio de banalidades informativas que ontem se podiam ler na net. Para quê, então escrever isto e entrevistar supostos especialistas que pouco ou nada explicam sobre o "ataque" a não ser a habitual alusão a lugares-comuns?
Não percebo este jornalismo incompetente, fastidioso e inútil.
O que é feito das regras básicas do jornalismo do "o quê; quem, quando, onde, como e porquê" ?
Não haverá nenhum especialista capaz de explicar a ignorantes como podem funcionar na prática estes "ataques informáticos", para além dos lugares-comuns que qualquer pessoa pode escrever para encher papel ou espaço virtual?
Aqui há uns anos, em Setembro de 2018 a revista americana Wired publicou um artigo interessante sobre "o código que abateu o mundo", referindo-se a um ataque informático ocorrido em Junho de 2017 direccionado ao maior conglomerado de transportes marítimos- a Maersk e que foi configurado como o maior ataque cibernético da era da internet, até então.
Nessa altura, um ano depois, já era possível saber mais sobre o acontecimento, mas a descrição pormenorizada e técnica, para toda a gente compreender, sobre o que tinha sucedido, teria sido igualmente possível na altura da ocorrência, pelos sinais que apareciam na "rede" da empresa.
E explicavam então o que tinha sido: algo relacionado com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e os métodos usados: propagação de malware, de código malicioso, acompanhado de desligamento da rede global daquela empresa que opera em todo o mundo e em todo o lado.
O que podemos ler no artigo é algo que falta nas notícias que por aqui se escrevem: como é que ocorreu o ataque, na prática? Foi do mesmo modo ou teve contornos diversos? É segredo saber-se tal coisa?
O artigo da Wired pode ser lido aqui:
Obviamente ninguém está à espera que o jornal diário Público tenha artigos sobre tais assuntos da qualidade de uma revista dedicada a tais temas, e com tempo para pesquisar e noticiar coisas novas e interessantes, mas...não será possível fazer melhor, para quem lê ficar a entender o básico, para além das considerações espúrias sobre as dificuldades de investigação policial e do MºPº?
Para que serve um jornal destes? Será para albergar artigos de desembargadores que se ocupam em tecer loas a deputados que saíram do Parlamento e fazem parte de grupúsculos partidários ( PCP e BE) esquerdistas e de extrema-esquerda, tidos como plenamente democratas de primeira água?
Acaso o jornal Avante ou a revista O Militante ou o sítio da esquerda.net, onde se defendem ideias politicamente totalitárias e perversas na sociedade democrática ocidental, deixam enganar alguém?
Parece que sim e portanto será isso um inequívoco sinal de uma "loucura inimaginável"? Por mim creio bem que sim. Só em Portugal se vê esta condescendência, para dizer o mínimo, para com o comunismo totalitário, entendido como o símbolo exponencial da democracia.
Ora anote-se apenas pelas capas e sem ir buscar o que tem no interior que é o sinal inequívoco de tal "loucura inimaginável":
2008:
2013:
2015:
2017:
2018:
2021:
É a isto que se tecem loas através dos encómios pessoais aos deputados deste partido e do BE? Se é, parece-me de muito mau gosto, para dizer o menos e tal sem mencionar gulags, holodomores e outros horrores que aconselhariam uma sensatez que vejo ausente.
Quem assim faz que autoridade moral terá para criticar quem defende por exemplo a obra de Salazar, mesmo sob o ponto de vista histórico e apenas para desmistificar ideias feitas por tal esquerdismo militante? Sim, que autoridade terá? É pena porque nem serve de ressalva a menção a "ideologias à parte".
A ideologia comunista participa da procura permanente de alargamento das funções do Estado, ou seja da maior intervenção da entidade que lhes serve os propósitos totalitários e por isso os esquerdistas de tal matiz terão sempre vistas de simpatia para com as leis e medidas que tal proporcionem, mormente as da organização judiciária.
Não é gratuita nem desinteressada tal "colaboração" porque afinal desde os primórdios da democracia pós-25 de Abril que os mesmos tentaram e conseguiram o controlo dos mais importantes órgãos do poder judiciário concentrados nas polícias e no MºPº.
Como julgo ser sabido, a magistratura judicial foi a única que de alguma forma conseguir escapar ao controlo total que sucedeu, mas passados anos, alguns ( demasiados?) "conselheiros" que ascenderam aos supremos foram exactamente os militantes de tais ideologias. Precisam de nomes? É tão fácil ver quem foram que até dói.
Infelizmente tais práticas não acabaram e sucede actualmente com o PS que detém o poder quase exclusivo em tais organismos, incluindo os conselhos superiores das magistraturas ( outra "loucura inimaginável", não é?! Uma teoria de conspiração se calhar...).
A verdadeira independência dos magistrados obtém-se para além destas circunstâncias e julgo ser dever de todos os que assim pensam denunciar as tentativas do contrário, como tem acontecido ultimamente e à vista de todos. E vai continuar a suceder.
Os deputados do PCP e do BE, por muito simpáticos que sejam como pessoas, não entram nesta equação, pelos motivos expostos, uma vez que estão precisamente e demasiadamente comprometidos com as "ideologias".
Esquecer isto é não ver o que parece óbvio.
Ah! E já me esquecia: o que tem isto a ver com o ataque à Vodafone e a outras empresas? Sei lá...quem é que tem interesse em aceder a certos dados?! Aqui vai então mais uma "loucura inimaginável": quem é que teve interesse em saber o que o juiz Moro dizia ao procurador do processo do Lula? Para o desacreditar, está mais que óbvio porque um juiz de instrução fala com procuradores. Em todo o lado é assim e também em Portugal.
Veremos por isso o que aí virá.
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