O Movimento Independência de Portugal, que congrega pessoas como Gonçalo Sequeira Braga e o Tenente-Coronel Brandão Ferreira, organiza uma manifestação tripartida no próximo dia 5 de Outubro.
Com este programa que me foi enviado por organizadores com pedido de publicação que faço com gosto, porque é assunto extra-partidário e que vai contra a corrente conformista do politicamente correcto socialista.
Em Guimarães, terra do fundador da nossa nacionalidade:
Em Coimbra, onde está sepultado:
Em Lisboa, terra que conquistou aos mouros e simbolizou a gesta:
Não sendo monárquico reconheço os meus antepassados que me legaram o sítio onde vivo, tal como a cultura e a tradição. E por isso devem ser lembrados aos que ainda sabem disso e ensinados aos que para cá vêm, por bem.
Por outro lado 5 de Outubro é uma data republicana, por isso inadequada ao propósito, a meu ver relacionado com a identidade monárquica, até dos organizadores. Melhor seria como dantes era, o 1º de Dezembro. Enfim, seja o que for, vale a pena lembrar antepassados ilustres e reconhecer a nossa História.
Na edição de Outubro da revista francesa GEO Histoire o número é dedicado a Portugal, "um pequeno país com destino mundial", mas a história que lá aparece começa com os descobrimentos, passando pelas guerras napoleónicas e pelo fim da monarquia, assim explicado em duas páginas...e que se inicia com a história do famigerado "mapa cor de rosa" e o papel assombroso dos nossos aliados ingleses de quem ainda há dias assistimos a transmissões em directo de cerimónias fúnebres e coroação do seu novo rei. Então, D. Carlos de Portugal cedeu aos ingleses. Por fraqueza e falta de poder. Os franceses, certamente lidos em fontes autorizadas indicam que foi isso que fez cair a monarquia em Portugal ( abaixo os Bragança e vivas à República, escrevem eles). As ligações estreitas entre as dinastias inglesa e portuguesa lançam o opróbrio sobre esta, escrevem mais.
Isto trouxe a revolta popular, a ditadura de João Franco, o assassínio do rei ( e do filho) e por fim a república.
Certamente não é isto que o Movimento Independência de Portugal quer celebrar porque nada há a celebrar nisto...
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