O CM de hoje, segundo a opinião de um director, mostra precisamente o que falhou na Educação nos últimos 40 anos, pelo menos:
"Das faculdades saem gestores, médicos, advogados, jornalistas e professores com dificuldade em escrever. Além dos erros, a sintaxe sofre tratos de polé. Grande parte teria dificuldade em passar num antigo exame da 4ª classe".
Não é preciso dizer muito mais para se poder fazer o diagnóstico preciso do falhanço rotundo do sistema educativo nacional nas últimas décadas, porque os resultados são evidentes para quem quiser ver, como aliás o director do jornal enuncia e bem entende.
As universidades acolhem alunos que não estão bem preparados na disciplina de Português e muitos não sabem escrever sem erros, o que há 50 anos seria fenómeno muito raro. Actualmente é coisa vulgar e aliás digna de nota muito negativa de quem ensina nesses lugares.
Um aluno universitário que não sabe escrever sem erros, provavelmente não saberá ler como deve ser e consequentemente interpretar correctamente qualquer texto.
Se da disciplina de Português passarmos para a de Matemática, o fenómeno não deverá ser muito diverso e provavelmente será ainda mais grave o número de alunos que não saberá contar correctamente ou efectuar operações de matemática, mesmo as mais elementares e que se deveriam ensinar no ensino que dantes se chamava primário, sem desprimor algum.
Os que entenderam ser desprimor tal designação e a modificaram, adaptando termos diferentes para evitar o efeito, são exactamente os mesmos que se tornaram responsáveis pelo descalabro do ensino e da Educação nas últimas décadas.
Basta coligir os nomes dos sucessivos ministros da Educação dos Governos que tivemos em democracia, para podermos indicar com precisão e rigor os culpados desta miséria. Aqui estão eles, numa lista disponível na internet.
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