Animado pelas conversas avulsas sobre a filosofia e metafísica, longas e que emperram o funcionamento da máquina de comentários, fica aqui o mote para continuação, com maior facilidade.
Para introdução coloco dois recortes tirados de um sítio da internet, brasileiro, encontrado ao acaso da pergunta: "para que serve a filosofia na vida?".
Os sítios na internet que se dedicam a filosofias são inúmeros e alguns intragáveis, para leitura. Seja como for, este tinha estas ideias:
Devo dizer que sou ignorante em filosofias, seja na História da Filosofia que não estudei, seja na discussão de conceitos que não domino e que se atém a ideias alheias alvo de incontáveis glosas, algumas delas perfeitamente incompreensíveis.
Ao acaso folheei um livro que tenho por aqui- A História da Filosofia, de Will Durant, de 1926 mas edição recente- e encontrei esta expressão "A psicologia de Aristóteles é afectada por uma obscuridade e vacilação idênticas" e confesso que tenho dificuldade em perceber esta linguagem para além do mero jogo de palavras.
Por outro lado, o autor exulta desde o início na proclamação das alegrias e assegura que "existe um prazer na filosofia, e uma atracção, mesmo nas miragens da metafísica que qualquer estudante sente até que as vulgares necessidades da existência física o arrastem das alturas do pensamento para o mercado da disputa e do lucro económico".
E mais: "E permanece sempre em nós um melancólico remanescente dessa busca precoce da sabedoria. A vida tem sentido, sentimos nós com Browning, e procurar esse sentido é o meu alimento e a minha bebida". O autor cita o tal Browning para dizer isto.
E citando novamente, continua: " o génio sabe que Pitágoras queria dizer quando afirmou que a filosofia é a mais elevada das músicas".
Enfim, talvez seja melhor colocar toda a introdução:
Em cerca de 50 páginas ( 19 a 72) explica-nos o que foi o pensamento do grego da Antiguidade, começando por falar do seu contexto territorial e de Sócrates, com algumas observações sobre outros:
Longe de mim desvalorizar isto, mas quando escreve que os filósofos gregos estudaram tudo o que havia para estudar dos problemas que ainda hoje se debatem na "filosofia da mente", pergunto então para que serve continuar a estudar os que vieram a seguir. E na política dividiam-se em duas escolas: a de Rousseau, avant la lettre, que entendia a civilização como coisa má e a natureza como coisa boa e que todos os homens eram iguais tornando-se desiguais por causa das classes que criavam tais divisões sociais e a lei servia para obrigar os fracos a obedecer aos fortes, tendo sido estes a criá-las.
Outra escola política era a que um Nietzsche veio a adoptar e que entendia a natureza para além do bem e do mal e que os homens eram todos desiguais por natureza, sendo a moralidade uma invenção dos fracos para limitar os fortes, ao mesmo tempo que o poder era tudo par ao homem, sendo certo que o melhor governo de todos era a aristocracia.
Ora bem, sabendo isto, o que adianta? Um saber por saber? Um meio de resolver algo? De argumentar com alguém para um fim específico? E precisa disso para tal?
Ou uma forma de entender o mundo que se for estendido a outros pode modificá-lo, como já vimos que tem acontecido?
São estas perguntas -filosóficas, no fim de contas- que coloco e questiono como é que depois se desenvolve o entendimento de todas estas ideias que são explicadas noutro livro de filosofia para totós que é o Livro da Filosofia, da editora DK , de 2014 e que comprei por me sentir como tal...
Depois dos gregos vieram outros. Este, então, publicou um livro que sou incapaz de ler, com proveito. E já tentei...
O livro da Filosofia da editora DK ( Penguin Random House, edição de 2011, traduzida por Alexandra Cardoso, Rita Custódio e Alex Taradellas, para a edição nacional de 2014.
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