Um dos motivos pelos quais o meu amigo de escola ( e que não vejo há mais de 40 anos) coleccionava revistas e recortava imagens de carros nos anos setenta para organizar dossiers, era o de conhecer as novidades das marcas de carros desportivos e de luxo.
Desses recortes que cheguei a ver, aproveitei o refugo que me deu e que mencionei e publiquei no postal anterior. Todos sobre os utilitários e de estrada, sem o luxo daquelas máquinas de elite que agora se podem ver através dos recursos infindáveis da internet.
Rapidamente percebeu que as suas colecções tinham obrigatoriamente os nomes de três italianos dedicados ao design e construção de tais veículos: Bertone, Giugiaro e Pininfarina.
A qualidade técnica e estética dos veículos produzidos por estes italianos ao longo dos anos e particularmente nos anos setenta é assinalável e fazia as delícias de quem via as suas produções ilustradas em tais revistas, porque só raramente se viam os seus automóveis nas estradas de Portugal, nesse tempo.
Bertone, enquanto marca de design, é o responsável pelo Ferrari Dino GT4, aparecido em 1973, um carro mítico para a época:
Bem como do Maseratti Khamsin, de 1974:
Ou do Lamborghini Jarama da primeira metade dos setenta:
Isso além do celebérrimo Aston Martin DB4, vindo dos anos sessenta:
Giugiaro, através da Italdesign, notabilizou-se com o Maseratti Bora, de 1971:
E com o Maseratti Merak de 1972:
No final dos anos setenta, este
BMW M1 da casa Giugiaro era um must:
E logo a seguir este
DMC DeLorean, deu muito que falar e até fez parte de um filme de ficção científica de Robert Zemeckis:
E principalmente o
Ferrari Daytona, do final dos anos sessenta, com linhas mais redondas que o acima mostrado e que aliás lhe deu origem:
E também este, julgado como o carro de super-luxo de sempre, aqui no
modelo Camargue de 1975:
E...last but not the least, este
Jaguar XJ-S de 1975 e que alguns afortunados conseguem ter:
Apesar de todos estes carros serem destinados a ricos, nem por isso eram alvo de menor curiosidade por quem não os poderia ter, tal como acontece com outros produtos de luxo cuja publicidade suscita curiosidade e satisfaz um desejo de perceber a evolução técnica e tecnológica, mesmo sem os objectos para experimentar.
Claro que para alguns tudo isto se destina a pessoas que não merecem qualquer consideração, por não serem dignos de apreço a propósito da riqueza que alcançaram.
Na revista L´Express desta semana há alguns artigos sobre este fenómeno da invejosidade social a propósito dos ricos multimilionários que não merecem o que têm.
A França, segundo um entrevistado, jornalista no Die Welt, está no primeiro lugar do pódio dos invejosos ( Portugal não aparece mas deve estar muito bem colocado e pertíssimo dos lugares cimeiros de tal pódio odioso) e as razões para o fenómeno são explicadas assim:
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